Sem Contato: Governo Trump prioriza outras nações e esquece o Brasil

O chefe da diplomacia dos EUA, Marco Rubio, conversou com representantes de 58 países em 45 dias, mas o Brasil não está nessa lista. O levantamento, feito pela CNN com base nos registros do Departamento de Estado, mostra que todos os países do G20 foram contatados, exceto Brasil e África do Sul.
Desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca, Rubio manteve contato com autoridades de dez países das Américas, incluindo Canadá, México e Argentina. No caso da Venezuela, houve diálogo com o opositor Edmundo González, reconhecido pelos EUA como presidente legítimo.
Em janeiro, o chanceler brasileiro Mauro Vieira enviou uma carta a Rubio parabenizando-o pelo cargo, mas não houve resposta ou contato posterior. Enquanto isso, Trump tem citado o Brasil como um parceiro comercial que impõe tarifas elevadas sobre produtos americanos, como o etanol.
Além das questões comerciais, o Departamento de Estado se envolveu em uma polêmica com o Brasil. O Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental criticou o país nas redes sociais, mencionando supostas restrições à liberdade de expressão. O Itamaraty respondeu acusando os EUA de distorcer decisões do STF e reafirmou a independência dos poderes no Brasil.
Rubio priorizou contatos com países europeus, asiáticos e africanos, além de Austrália e Nova Zelândia. Entre os países da América Latina, conversou com líderes de Venezuela, Argentina e México, mas ignorou o Brasil.
Segundo fontes diplomáticas, a embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Viotti, tem buscado aproximação com o Departamento de Estado. No entanto, o governo brasileiro acredita que questões como deportação de brasileiros foram resolvidas sem necessidade de envolvimento direto com Rubio.
O Itamaraty esperava um encontro entre Mauro Vieira e Rubio na reunião de chanceleres do G20, em fevereiro, na África do Sul. No entanto, o secretário de Estado não compareceu, e os EUA foram representados apenas por uma encarregada de negócios.
Para diplomatas brasileiros, a falta de atenção dos EUA pode ser benéfica. Mesmo aliados históricos, como Canadá e países europeus, têm sido tratados com agressividade por Trump. Assim, seria melhor que o Brasil evitasse maior exposição à nova política externa americana.
A melhor postura que o Brasil pode adotar é ficar longe da diplomacia de “ideologia”, e sem protagonismo no palco montado pelo apresentador de reality show.
Se o apresentador de reality show mantiver o padrão de seu programa, logo faltarão convidados dispostos a aparecer na atração midiática que ele promove.
Exato, e além de longe da diplomacia, devemos ficar quietos, não responder a agressões verbais se ocorrerem, apenas quando elas se transformarem a ações reais contra o Brasil. Variar ainda mais parcerias comerciais com outras entidades, conversar serio com o Macron para liberar o acordo do Mercosul-UE já seria um grande alívio.
Um acordo de livre comércio com Canadá e México seria a melhor atitude agora, demonstrar união no continente Americano frente a essa palhaçada do Benito Trump.
Boa solução já que o México só vende 35% de suas exportações para os EUA, enquanto o Canada só 25%, sem contar que a maioria das empresas de ponta canadenses são filiais de empresas americanas, tudo muito simples de resolver.
E qual o problema?
Também gostaria de saber se tem algum problema, já que até o momento não fizeram nada, é só implantar esse acordo de livre comércio sugerido por você, como são só esses dois países torna fácil e rápido de colocar em pratica, afinal guerra é guerra, ainda que uma guerra comercial.
Canadá é o maior fornecedor de fertilizante para os EUA (Papel que no caso brasileiro cabe à Rússia), México é o 2º maior comprador de derivados de soja (Farelo, óleo, etc.) dos EUA. Só ai você já tem dois exemplos de possíveis eventuais benefícios de parcerias comerciais para o Brasil.
O Canadá também é o maior fornecedor de gás e petróleo para os EUA, superando os países do oriente médio.
Entenda uma coisa, comércio se faz com quem tem dinheiro, é fácil entender, monte um negócio e venda para quem não tem dinheiro e vamos ver onde vai chegar, e quem tem 30 trilhões de PIB deve ter bastante para gastar ou não? Depois me conte Canadá e México só estão fazendo tipo para não ficar feio com sua base eleitoral progressista/socialista que “odeia” os americanos malvadões, só que sem o dinheiro dos americanos malvadões esses países se tornam mais inviáveis do que já são, imagine o que seria do México e do Canadá hoje sem os EUA, essa história de outros mercados é tudo conversa, ganhar novos mercados não é simples e custa muito (transporte por exemplo), ou seja, esses países ainda que conseguissem novos mercados perderiam muito.
Veja quanto está custando para os europeus substituir o gás russo, e o custo disso para a indústria, outros fornecedores é lógico que há, mas novamente e o custo? qual o custo para entregar esse fertilizante no Brasil por exemplo, os compradores aqui não iriam arcar com isso, restaria aos canadenses arcarem com esse custo, ou seja, no final menos dinheiro que é o que importa no fundo, o resto é só conversa para a torcida.
O Mercosul já tem um acordo comercial com o Mexico desde 2002 e está negociando um acordo com o Canadá desde 2018
pois é, parece que esqueci do acordo do mercosul-méxico.
Fica tranquilo. Eu também não sabia que existia.. fui procurar depois que li o seu comentário…
o maior risco ao Mercosul continua sendo Milei
Também temos um do Mercosul com os paises da Africa Austral
https://www.mercosur.int/pt-br/acordo-comercial-entre-mercosul-e-africa-austral-entra-em-vigor/
Também já estamos negociando com o Chile, Coreia do Sul e outros paises.
Gostaria de ver todos os países da América do Sul integrados ao Mercosul
Canadá eu não sei, mas parece que o BRICS fez propostas para méxico,colômbia e Uruguai…
A diplomacia pode ser feita de modo discreto.. longe da mídia. Aliás, são poucas as vezes que se fez diplomacia midiática.. e geralmente dá errado quando isso é feito
A diplomacia brasileira está atenta.. ontem mesmo, o Brasil participou de um alinhamento continental para bloquear o candidatura paraguaia para a OEA, vista como alinhada ao governo Trump..
A resposta brasileira será dada a partir de ações concretas dos EUA. Hoje, li uma reportagem que o lobby do agronegócio dos EUA alertou o governo que sanções no setor agrícola irão beneficiar o Brasil. Também li que o vice-presidente do Brasil está em contato com o governo dos EUA.. mas parece que o primeiro escalão do governo dos EUA está batendo cabeça.
O maior problema do Mercosul hoje é MIlei
O Sr, Milei sonha com um cordo comercial com os Estados Unidos e que seja muito benéfico para a Argentina.
bem… a gente sabe que o Brasil é o principal destino dos produtos industrializados produzidos na Argentina principalmente por causa do acordo automotivo no âmbito do Mercosul.. O Brasil é destino de 17% das exportações argentinas e os EUA são 9%.
Já o comércio com os EUA são minérios e produtos primários..
como os EUA têm um acordo automotivo com o Canadá e com o México, parece equivocado tentar trocar o mercado brasileiro pelo mercado dos EUA.. mas isso é lá com o Milei e com as empresas exportadoras da argentina…
o Brasil tem alguma capacidade ociosa na indústria automotiva.. mas seria preciso abrir o mercado de trabalho para imigrantes argentinos
Pelo que li em um estudo da ANFAVEA, do Mercosul apenas a BMW exporta carros para os EUA, então o Milei não vai exportar nenhum produtos industrializado para os EUA.
Pois é… o Brasil importa carros, caminhões, tratores e muitas autopeças que são usadas nas linhas de montagem brasileiras…. e vice versa. A Argentina importa tanto veículos prontos quanto autopeças para as montadores de la..
Quando eu leio sobre o Milei reclamando do Mercosul, fico com uma impressão ruim.. ou é um demagogo (e deve ser mesmo) ou alguém cego pela ideologia (talvez também seja)
certamente é um parvo
Ele esqueceu, que os Industrialistas Argentinos, se beneficiam com o Mercosul também
verdade.. é como disse o Barão de Itararé.. de onde menos se espera é de lá que nada vem mesmo
Ele é um demagogo, certamente um cego pela ideologia, além de tudo um fraudador e golpista. E, quer saber, ele que tire a Argentina do Mercosul. Veremos quem é que sai perdendo mais.
Eu ainda não entendi qual o pensamento de Milei… na política externa, fala muito e deixa tudo como está…
na questão doméstica, há um debate entre os economistas se faz tanto sentido mirar no déficit público ás custas de outras variáveis econômicas…
Por exemplo, a Argentina tem obtido superavit comercial tem crescido com uma redução das importações… reduzir importações pode ser redução do consumo ou redução da atividade industrial.. as reservas do banco central continuam baixas… a taxa de inflação acumulada está em 87% (12 meses).. já vi economistas dizendo que eles estão conseguindo abaixar a inflação sem um plano de estabilização… então deve ser por meio de recessão,, mas inflação inercial não se reduz por recessão…
sei lá
Essa redução (tímida) da inflação por lá se deve ao estrangulamento do consumo, o povo argentino está sendo estrangulado por essa política econômica do Milei.
E assim, todos os relatos que tenho obtido de pessoas que foram para lá ultimamente, e tb pelas mídias alternativas, dizem que o custo de vida e os preços gerais dispararam…é difícil entender como, ainda sim, há uma diminuição da inflação.
Olá Mig…
com uma inflação na ordem de 100% ao ano, qualquer preço é preço. Descer de um patamar de 120 para 100 continua bizarro.
O efeito da inflação inercial foi identificado por economistas brasileiros… imagina uma padaria que reajusta o preço do pão por causa do aumento da energia elétrica… uma semana depois, há um aumento da água. e na mesma semana o fornecedor de refrigerantes far um reajuste.. dai a padaria faz outro reajuste do pão, mas isso faz o valor da refeição no restaurante… dai é preciso reajustar o valor do salário do padeiro e há um novo reajuste no preço do pãozinho… então, a farinha vem com preço reajustado…
Eles chamaram isso de ajustes fora de sincronia.. então, mesmo que ocorra um reajuste de um produto agora, ocorrem reajuste em todos os lugares em diferentes momentos que obrigam um novo reajuste no produto.. os ajustes estão desalinhados em função do tempo…
isso é inflação inercial.
pelo que lembro, inflação inercial demanda um plano de estabilização que use uma âncora cambial, mais ou menos como foi o plano Real
Um acordo onde a Argentina não tem grana para comprar, e os EUA não tem interesse em nada do que os argentinos vendem, grande acordo esse.
Macron e causa perdida
A questão é que nossa diplomacia é ideologizada.
Nós temos de ser pragmáticos.
Se fôssemos, nos tratariam com respeito. Como sempre foi no passado.
Ah claro, se tratando do país que invadiu e/ou interferiu em mais de 20 países para exterminar o comunismo, mas é só no Brasil que existe ideologia. É o famoso pensamento liberal, nem esquerda nem direita, extrema direita.
Procede isso não, não existe diplomacia mais pragmática no mundo que a do Brasil, soft power do país reside nisso.
A dos EUA por outro lado é cada dia mais ideologizada e até instável, já que realmente o país dá um cavalo de pau a cada 4 anos.
Lógico, Lula associando Trump ao nazismo na eleição:
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/11/lula-diz-torcer-por-kamala-e-critica-trump-as-vesperas-de-eleicao-nos-eua.shtml
Muito prágmatico.
Esqueceu que o vice do Trump assim como o Musk se solidarizaram com a extrema direita, digo neonazistas, alemã?
Acho que os gestos nazistas de Musk e Bannon foram bem pensados.. nenhum dos dois é tão ingẽnuo assim, ainda que existam gente tosca que insiste no leitinho e no WP.
E o lula e boa parte do PT com URSS?
Esse tipo de discussão infantil de que “vc é bobo nazista” e “vc é feio soviético” que esse pessoal tira proveito.
Para Robert Paxton, Trump é fascista.
https://oglobo.globo.com/mundo/eleicoes-eua/noticia/2024/10/24/trump-e-fascista-historiador-proeminente-dos-eua-diz-que-sim-mas-e-cauteloso-quanto-ao-uso-indiscriminado-do-termo.ghtml
Muito pragmático é o Trump ameaçando a invadir a Groelândia, ou o Vance chamado a Europa de Woke em Monique né?
Mas se a diplomacia tradicional falhar, eles tem a opção das “toneladas de diplomacia”, que costuma ser até mais convincente que a primeira. Algo que nós não temos.
Errado. Nossa diplomacia sempre foi muito profissional e respeitada, exceto por um breve período em que tínhamos um lunático discípulo do “professor” Olavo, que, dentre outras, ficava arrumando brigas e agredindo desnecessariamente a China.
Esse negócio de diplomata brasileiro ser respeitado, não passa de mito criado pelo Itamaraty em benefício próprio para manter as mamatas que usufruem no exterior , muito superiores a de diplomatas de países em desenvolvimento em.missao nos mesmos países. O Brasil e um anão diplomático , sem qualquer relevância no cenário mundial, pois só sabe assinar tudo e qualquer acordo internacional para aparecer de bonzinho na foto e não cumpre nada. O Uruguai tem uma.participacao internacional muito maior que o Brasil , sempre tem tropas participando de missões internacionais, enquanto tô aqui nossos militares não servem para nada , além de pintar meio fio e participar de desfiles. A defesa do produto brasileiro e feita lá fora por ações dos próprios produtores, pois os diplomatas acham.questoes econômicas , assuntos me ores e sem prestígio. Além disso o país como nação não tem uma política de Estado clara, com objetivos definidos , que sejam apartidários e de longo prazo.
Explica quais são as mamatas que os diplomatas brasileiros e brasileiras usufruem no exterior que são superiores a de outros paóises?
Nem uma coisa nem outra… diplomacia serve para resolver conflitos de forma pacífica. Então, existindo um conflito, é preciso acionar a diplomacia.. para isto o Brasil tem uma embaixada em Washingtin e os EUA tẽm uma embaixada em Brasilia
Toda diplomacia está inserida em um contexto de realpolitik mas é preciso que ela esteja alinhada á política externa do país. Nem quero entrar nesta história de “diplomacia ideológica” que isso me faz lembra do Ernesto Araújo, que foi demitido por pressão do Senado.
Nossa diplomacia atual é tão ruim ou pior que a de Ernesto Araújo, Celso Amorim mesmo, é um desastre completo. Totalmente ideológico
Então.. eu disse que nem queria discutir o que foi a diplomacia brasileira com o Ernesto Araújo (aliás, sumiu?), mas é curioso que ele tenha sido o único chanceler brasileiro demitido por pressão do Senado…
https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2021/03/29/apos-pressao-do-senado-ernesto-araujo-deixa-o-ministerio-das-relacoes-exteriores
Caso queira discutir a política externa brasileira, coloque os argumento. Use substantivos.. adjetivos não são argumentos.. assim a gente evita comentário totalmente ideológico.
Ministro das Relações Exteriores do governo Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo trabalha atualmente como assessor internacional de uma fundação ligada ao partido de extrema direita da Espanha Vox. https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/09/05/ex-chanceler-de-bolsonaro-ernesto-araujo-trabalha-com-assessor-do-partido-de-extrema-direita-vox.ghtml
Pois é.. curioso que nenhum partido ou organização de direita no Brasil o tenha contratado para exercer assessoria internacional…
outro que sumiu em um rabo de foguete foi o Weintraub, ex-ministro da educação. Sei que foi demitido da UNIFESP por faltas injustificadas… suponho que um professor faltando tando assim possa causar alguma balbúrdia
Rapaz… não tem como ser pior que o Ernesto
Celso Amorim é tão ruim, mas tão ruim, que para mantê-lo o governo teve que inventar um cargo fora da estrutura do MRE.
Ele não responde por seus atos. É tudo na conversa ao pé do ouvido com o Janjo.
E o antecessor também tinha seu sucedâneo de Celso Amorim, na pessoa do Almirante Flávio Augusto Viana Rocha.
Celso Amorim é tão ruim, mas tão ruim, que foi chanceler brasileiro por vários anos, exerceu cargos importantes por vários governos, não só nos petistas, é um dos fundadores dos BRICS, e foi eleito pela revista foreign affairs como o maior Chanceler do mundo em determinado ano. Mas bom mesmo era o Ernesto Araujo…
Para você ver a que ponto chegamos.
O argumento de autoridade não garante qualquer qualidade intrínseca.
Se você acha Celso Amorim bom chanceler, OK. Eu discordo.
Evidentemente que ele tem qualidades, mas ele contamina toda a sua atuação com um posicionamento ideológico simplista, que determina a priori todas as suas escolhas.
E o fato de Ernesto Araújo ser ainda pior do que Celso Amorim não faz deste último alguém imune a críticas.
Tem um equívoco nessa discussão, o Celso Amorim não é o Chanceler do Brasil, esse cargo é ocupado pelo Mauro Vieira, ele sim é o homólogo do Rubio, e dado os sucessos recentes da diplomacia brasileira, sobretudo no G20 (primeiro em anos a terminar com declaração final aprovada), isso depois de uns 4 anos de isolamento no mundo, é bem forçado dizer que ele faz um trabalho ruim, é bem pelo contrario eu diria inclusive.
O Celso tá em cargo da estrutura do Gabinete da Presidência como assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República. Pegando um homologo nos EUA o cargo dele tá mais pra uma versão turbinada do cargo para o qual Trump nomeou o Massad Boulos*2.
Justamente por ocupar cargo do gabinete da presidência e não do Itamaraty ele interviu na questão do ATMOS, inclusive, pois creio que essa questão sequer tenha passado pelo ultimo.
*1 https://www.gov.br/planalto/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/assessoria-especial-do-presidente-da-republica-1/Curriculo_resumido_2023CelsoAmorim.pdf
*2 https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2024/12/01/trump-nomeia-empresario-de-origem-libanesa-massad-boulos-assessor-para-o-oriente-medio.htm?cmpid=copiaecola
Ernesto Araújo é tão ruim que foi pior que Amorin..,
eita nóis
O Biroliro deve ter sido o único presidente que disse que o Trump foi roubado na eleição de 2020. Talvez isso conte alguma coisa.
Talvez algo inalcançável no momento atual, onde tudo é judicializado, onde o parlamentar é punido por ter sua imunidade mitigada, mesmo falando na tribuna da câmara. E, principalmente, quando o Itamaraty emite declarações sobre assuntos fora de sua órbita de atuação. O embate entre AM e Musk, não deveria se tornar assunto diplomático. Ao divulgar a nota do Itamaraty, o governo brasileiro se envolve diretamente, politizando o assunto. A resposta à divulgação do Dept. do Hemisfério Ocidental do Dept. de Estado americano, deveria ter partido do próprio tribunal.
Ou seja, o dept. de estado americano já lembrou do Brasil sim, quando soltou a nota sobre os efeitos das decisões judiciais brasileiras sobre as plataformas de conteúdo em solo americano.
Pode ter certeza que o Brasil será lembrado no momento oportuno (para eles).
Houve um ataque direto em nota oficial do órgão de terceiro escalão do Departamento de Estado, replicada pela Embaixada dos EUA no Brasil, contra uma Instituição Brasileira.
As decisões são do STF, não há um embate solitário do Moraes com o Musk, isso é sim assunto diplomático em qualquer país do mundo e mereceu a resposta que teve do Itamaraty, pois se trata de uma questão de soberania (Aos tribunais pátrios cabe aplicar o direito interno em assuntos de sua jurisdição, não a Primeira Emenda da Constituição Americana como quer o Rumble).
Me surpreende e me preocupa no meio militar (pra essa mesma linha ter sido defendida no pessimo Defesanet, é pq ao menos alguma ala do militarismo brasileiro defende isso) ter gente relativizando essa tentativa pueril de violação da soberania brasileira dos Techbros, considerando que, em última instância, seriam as FA encarregadas de defendê-la.
O Estado brasileiro não pode aceitar ter sua democracia e Suprema Corte atacadas por autoridades estrangeiras, ainda mais desses extremistas que flertam abertamente com o nazism@. Alguma autoridade brasileira atacou a suprema corte de lá, algum magistrado de lá? Mesmo com decisões altamente questionáveis que eles tomaram?
O deputado fanfarrão que vive nos EUA tentando livrar a cara do pai, não pode se aliar a agentes estrangeiros para pedir intervenção no Brasil, isso é crime. Assim como o senador extremista pedindo claramente que os EUA invadam o Brasil. Isso é crime.
Não bastou pedirem intervenção militar aqui, e serem processados por isso, estão pedindo agora intervenção externa. Esses são os auto intitulados “patriotas” brasileiros.
Melhor postura, negociar fora do holofote mundial, evitando ruídos que prejudicam e alimentam desinformacoes ao grande público, é uma escolha sensata, e certamente não tenho dúvidas que está ocorrendo, o Trump irá falar isso é inerente dele, a questão e conter a verborragia do nosso Presidente, a tentação de dar resposta atendo a uma esquerda exigente e ideologicamente atrasada. E não tenho dúvidas que que está ocorrendo negociações nos bastidores com o Brasil, se não chegou até Trump, coisa que não acredito, é porque na divergência as congruências estão sendo mais relevantes.
Exato., diplomacia deve ser feita longe do holofote.. a polêmica em torno da visita de Zelensky em Washington foi exatamente por ter sido sob holofotes..
Um bom acordo é aquele no qual os dois países são igualmente prejudicados.. riso, Parece piada, mas é um frase que já vi vários diplomatas mencionando
Você tem razão. A diplomacia brasileira está trabalhando para evitar a crise, inclusive envolvendo o vice presidente do Brasil.. agora, se os EUA taxarem as exportações brasileiras, ai será necessária uma resposta. O Brasil tem abordado o problema de modo bastante pragmático.
Como as exportação brasileiras não foram (até agora) taxadas, então não há um problema. As negociações estão sendo feitas para evitar a crise e negociação significa ceder e ganhar pontos… se ninguém ceder nada então não houve negociação. Seria um erro estratégico divulgar as opções brasileiras antes de se chegar a um acordo…
tenho percebido que o primeiro escalão dos EUA está batendo cabeça
Te Adiantar, em algum momento pode ser taxado, e o Brasil já deve estar sabendo, o Brasil está entre os Grandes faz parte dos BRICS e não pode Trump deixar de taxar um país com a importância do Brasil na A. Latina e com um governo, que não reza a cartilha do Trump, acredito haver tratativas fora do holofote, apesar de impressão e do recado dar ao público outro entendimento.
Até aqui, o Trump tem batido cabeça… fico com a impressão que ele supos que teria amplo apoio doméstico…
O sistema eleitoral nos EUA é ruim. Ao adotar o sistema distrital, a minoria é sub-representada. Fica sempre aquela sensação que a vitória eleitoral ou a representação no Congresso ou Senado nos EUA são uma expressão real do sociedade.
Acho que o grupo em torno de Trump superestimou o apoio doméstico, concluindo que a pressão dos eleitores seria suficiente para gerar capital político. Um erro mastodôntico.
O modelo brasileiro de voto obrigatório, voto proporcional para o legislativo e segundo turno para o executivo é uma representação muito boa do momento político.
A questão do imigrante ilegal foi um balão de ensaio para seu público interno.. mas lá o poder econômico é muito forte e descolado do base eleitoral.
eu ainda não sei separar o que são ações econômicas para beneficiar os grupos que o apoiaram, quais são as ações realmente ideológicas e quais são apenas cortina de fumaça.. estão dando muita cabeçada.
Creio que Trump cometeu um erro enorme ao colocar Musk como seu principal assessor.. é impossível demitir Musk. Isto é um erro comum de políticos frágeis.. ou eles colocam gente sem expressão ou colocam pessoas que se tornam maiores que eles próprios.
Não esperava menos, pois o Atual PR do Brasil xingou ele, e ainda fica dando pitaco no jeito dele de governar.
O desse desgoverno está guardado,não adianta a militância espernear e dizer que o Brasil é do BRICS,é o maior e etc.
O lule e seu desgoverno vão colher o que plantaram é inevitável,as sanções só irão piorar o que já está péssimo nesse desgoverno de malucos vingativos.
China rindo de orelha a orelha, ganhando sem qualquer esforço todos os ex-aliados dos EUA.
Vai ter reunião do Alckmin, Ministro da Industria e do Comercio (além de vp) com o Secretario de Comércio deles nessa semana pra discutir as tarifas.
Considerando que dificilmente o Brasil vai estar do lado das aspirações do Rúbio para o continente (hj, por exemplo, endossou a candidatura do candidato do Suriname pra presidir a OEA, eleição em que o “preferido” dos EUA seria o candidato do Paraguai que retirou sua candidatura* tbm hoje (só conseguiu o apoio de Panamá e Argentina)) não deve rolar reunião entre ele e o nosso chanceler tão cedo.
* https://www.cnnbrasil.com.br/politica/paraguai-retira-candidato-apoiado-por-trump-da-eleicao-para-oea/
Ser inimigo dos EUA é ruim, ser amigo é pior.
Como os mexicanos falam “México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos”
Ótimo, e que ignorem a América Latina por muitos anos.
Seria uma boa oportunidade para fechar os acordos de livre-comércio com a UE e Canada. E expandir para África, outro continente tambem ignorado por Washington.
Diante de todo o cenário internacional fervilhante, não sei se isso é de todo ruim…
Se for para ser alvo da fúria de um certo chefe de Estado, é melhor o Brasil ficar de canto só observando mesmo e assumir uma postura pragmática em buscas de oportunidades para si mesmo…
Veja bem o caso das sanções, se por um lado podemos ser prejudicados pelo protecionismo ao aço, alumínio e madeira, por outro, podemos nos beneficiar da briga deles com a China na questão da soja (Não sei se viram a nota do “Agro” dos EUA, que votou em massa no atual presidente, mas, que estão irados com o seu líder, achando que o será um tiro pela culatra e o Brasil pode ser um dos grandes beneficiados por tabela, sem querer).
Salve observador !!
O cenário que vc descreve é, mais ou menos, parecido com o que poderia ter acontecido com o Brasil em relação à China, quando membros do governo passado atacavam duramente a China e havia o risco dos chineses deixarem de comprar grãos brasileiros e passarem a comprar dos EUA.
Lembra desse período ?
Concordo que a melhor atitude é aquela que vise buscar oportunidades e evitar desgastes.
Um gigante não presta atenção num anão diplomático.
O Brasil é insignificante para os Estados Unidos. Mas essa é uma verdade que muita gente não está preparada para ouvir.
Só quem vê o Brasil como uma força da diplomacia é o brasileiro.
Força vem de dentro do país, se a situaçao economica vai mal como agora (mais uma decada perdida sem crescimento) e queda do PIB em dolares, o país perde atenção. Se o Brasil fosse hoje a 6a maior economia do mundo se não tivesse perdido a oportunidade que pintou nos anos 2000 hoje não seria esnobado.
Se o Brasil fosse a 6ª economia do mundo ainda seria um anão diplomático.
Não adianta ser uma das maiores economias do mundo e falar que Israel faz genocídio. Defender Hamas e outros grupos terroristas. Flertar com países terroristas e ditaduras.
Não é sobre economia.
Anão que todo ano abre a Assembléia Geral da Onu.
Isso foi dado no período pos 2a guerra ao Brasil por ser considerado neutro por ambos os lados pois EUA e URSS estavam disputando quem falaria primeiro. Naquela época também a relação do Brasil com EUA era mais amistosa.
Osvaldo Aranha presidiu a sessão da ONU que criou o Estado de Israel. Foi ele quem criou as convergências e articulou para que esse fato histórico fosse possível.
Tem avenida e universidade em Israel com o nome dele.
Honrou o nome do Barão do Rio Branco. Mas, acho incrível a capacidade do brasileiro em denegrir a imagem do próprio país. Aqui temos muitas coisas boas que despertam o interesse de gente de fora. Lembro de uma reunião em Kioto, no Japão, quando um brasileiro começou a contar anedotas sobre o Brasil, que foi prontamente repreendido por um japonês que disse: basta observar o mapa mundi, para constatar a importância do Brasil no cenário mundial.
Concordo. O Brasil jamais será um anão diplomático. Território gigante e rico, normalmente entra as 10 maiores economias mundiais. Um dos maiores mercados consumidores do mundo. Líder natural da América Latina. Essa conversa é antiga, umas das maiores pragas nacionais. O famoso viralatismo de parcela da população brasileira.
Anão que abre por educação que deram a ele.
“Prêmio de ‘consolação’
Para o professor e coordenador do curso de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Matias Spektor, a regra é uma espécie de prêmio de consolação pelo Brasil não fazer parte do Conselho de Segurança.
“Isso foi uma troca feita na época da criação da ONU, quando foi criado o Conselho de Segurança, com seus cinco membros permanentes. Houve uma discussão sobre se o Brasil seria um membro. Mas [Winston] Churchill e o [Josef] Stalin vetaram a proposta. Como forma de reconhecer a ascendência do Brasil na América Latina, na época, optou-se então por criar essa regra”, afirma.”
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2023/09/19/por-que-brasil-e-o-1-a-discursar-na-assembleia-geral-da-onu-ha-3-teorias.htm
Anão e insignificante no cenário internacional.
Será que esqueceram do Brasil mesmo? Essa pergunta é legítima
Pois as notícias de bastidores que ando vendo é outra.
Tem muita gente aqui do governo atual ou terceiros que presta serviço sujo, que estão com a “barba de molho” receosos sobre o futuro.
Eu não sei quem vai vencer essa batalha ideológica que está envolvendo até o comércio entre os dois países, mas sei de uma coisa, geralmente quem faz “caca” demais perde!
Quanto mais fazendão nos tornamos, menos relevantes para os outros ficamos. Países que abrem mão do próprio desenvolvimento não tem importância para os demais.
Eles sabem que se pararmos de comprar com eles, voltamos para os tempos das cavernas, já que não temos indústria para suprir as nossas demandas, fora que, se eles peidarem lá no norte o dólar passa da casa dos 10 reais fácil. Então se importar conosco para que? Os nossos “representantes” já trataram de tirar a nossa relevância perante o resto do Mundo com sua agenda neoliberal e de austeridade. Agora é ficar aqui, igual bobos, vendo o resto do Mundo caminhar e tomar os partidos que bem entenderem mediante aos seus interesses, enquanto nós, na melhor das hipóteses, seremos ignorados, pois, se assumirmos qualquer lado, já era. Se formos para um lado o outro destrói a nossa economia e se formos para o outro, o outro que destrói.
Irrelevância que acaba sendo crucial para a nossa sobrevivência, dada a nossa atual situação. Fazer o que, né? Mas os tontos ficam ai brigando por esquerda e direita…
Nossa economia já está destruida com esse desgoverno ,menis para a militância,somos potência econômica,SQN.
Como vocês podem observar, esses dois países( Brasil e África do Sul)…. tem uma coisa em comum entre eles dois … Elon Musk.
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Brasil e África do Sul não é um problema do Departamento de Estado e sim …do melhor amigo do rei…uma questão pessoal para ele.
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E como tem gente no Brasil disposta em ser servil ao Elon Musk …pessoas que nem esconde a sua irá contra a nação brasileira para atender os caprichos do dito cujo.
A posição do Brasil contra as açoes de Israel foram mais importantes pro Dep de Estado americano.
O Governo brasileiro esta agindo certo. Melhor ficar só observando as bravatas de Trump pra ver até onde ele vai com essa postura arrogante.
Ótimo, que continue assim.
EUA, tem que unir firmemente com Brazil e América do Sul, estrategicamente e militarmente unidos. Água e terras e boa temperatura para plantio tem de sobra cá. Deveriam esquecer China, e fundir-se economicamente. Guerras estão por vir.
Somos irrelevantes.
Anão diplomático é pouco.
Ótimo ! por mim eles podem derreter…
As notícias do grande irmão do norte estão ótimas; inflação, desemprego, uma possível recessão e projeção de crescimento de – 2,8% do PIB.
Eles que se ferrem com seus próprios problemas que estão criando e deixem o Brasil e outros países em paz.
Vai sonhando.
A hora desse desgoverno está chegando.
Não tem problema algum! O importante é que o Brasil mantenha boas relações com seu maior investidor e parceiro comercial: China