Trump inicia nova fase da guerra de tarifas: EUA impõem 25% a Canadá e México e 20% a produtos chineses

Em uma decisão que abalou os mercados globais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou a aplicação de tarifas de 25% sobre importações vindas de Canadá e México, bem como um acréscimo que eleva os impostos sobre produtos chineses para 20%. A medida, que entrou em vigor nas primeiras horas desta terça-feira, marca o início de uma escalada na guerra comercial iniciada há alguns meses e reacende tensões históricas com os principais parceiros comerciais dos EUA.
Justificativa e Impacto Imediato
Trump justificou a decisão afirmando que as taxas são necessários para combater o que chamou de “invasão” de drogas ilícitas, especialmente o fentanil, e para pressionar seus vizinhos a adotarem medidas mais rigorosas de segurança nas fronteiras. “Se os países construírem suas fábricas aqui, as taxas serão removidas”, declarou o presidente em rede social, reiterando sua retórica protecionista. Contudo, críticos como o investidor Warren Buffett classificaram a medida de “ato de guerra” comercial, alertando para os danos que ela pode causar tanto aos Estados Unidos quanto aos seus parceiros.
Reações de Ottawa e Cidade do México
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, condenou a decisão e prometeu retaliações imediatas. Em comunicado oficial, Trudeau afirmou que o governo canadense responderá com tarifas de 25% sobre um volume significativo de exportações americanas, medida que poderá, segundo analistas, abalar até 20% do PIB canadense e causar a perda de cerca de um milhão de empregos, especialmente no setor automotivo.
No México, a presidente Claudia Sheinbaum também expressou forte descontentamento e garantiu que medidas de represália – tanto tarifárias quanto não-tarifárias – serão adotadas para proteger os setores mais vulneráveis, como o automotivo e o agrícola. Ela destacou que quase metade da economia mexicana depende do comércio com os EUA, o que torna a situação particularmente delicada.
Repercussão Global e Ameaças de Expansão
Enquanto os mercados norte-americanos reagiram com uma queda acentuada – o Nasdaq despencou 2,6%, o S&P 500 recuou 1,8% e o Dow Jones caiu 1,5% – a medida também despertou inquietação em outros blocos econômicos. Em declarações recentes, autoridades chinesas anunciaram a imposição de tarifas retaliatórias, com aumentos de 15% sobre produtos como carvão e gás natural liquefeito, elevando ainda mais a tensão na relação bilateral.
Além disso, analistas já apontam que essa decisão pode ser apenas o início de uma série de novos impostos que poderão atingir a União Europeia, com Trump sugerindo a aplicação de tarifas recíprocas a partir do início de abril. “A política de aranceles de Trump não conhece limites – nem para os parceiros históricos, nem para novos alvos”, advertiu um especialista em comércio internacional.
Consequências para os Consumidores e a Economia
Especialistas apontam que as taxas terão um efeito cascata na economia americana: o aumento dos custos de importação pode elevar os preços de bens de consumo, como automóveis, produtos eletrônicos e alimentos, impactando diretamente o bolso dos consumidores. Estima-se que, a médio prazo, cada família americana pagará centenas de dólares a mais anualmente, enquanto indicadores econômicos já sinalizam riscos de desaceleração do crescimento e aumento da inflação.
Empresas dos setores afetados, inclusive grandes montadoras que dependem de componentes importados do México e do Canadá, já solicitam à administração dos EUA isenções ou ajustes temporários, argumentando que o encarecimento dos insumos pode comprometer a competitividade e a criação de empregos locais.
Uma Nova Era de Protecionismo
Esta reviravolta na política comercial dos Estados Unidos reafirma a postura beligerante de Trump, que vem utilizando tarifas como instrumento de pressão para renegociar acordos e corrigir déficits comerciais. No entanto, a estratégia tem gerado um efeito dominó que pode prejudicar não só os países atingidos, mas também a economia doméstica americana, que depende fortemente de cadeias globais de produção.
Com as negociações ainda em curso e represálias já anunciadas, o cenário aponta para um período de incerteza e tensão nas relações comerciais internacionais, onde a escalada protecionista pode comprometer o livre comércio global e desencadear uma série de medidas recíprocas que afetarão consumidores e empresas em todo o mundo.
Esta história de misturar o tráfico de fentanil com taxas de importação é meio esquisita..
fiquei rindo com a ideia de construir uma fábrica de fentanil nos EUA para não pagar imposto…
talvez o governo dos EUA enfim descriminalize todas as drogas, legalizando a importação.. neste caso, suponho que os traficantes vão mesmo preferir uma produção doméstica que o contrabando.
Já lucram horrores vendendo armas e equipamentos que nem as forças armadas norte americanas tem disponível em seu arsenal. Apenas iriam “expandir” sua linha de fornecimento/compra com esses mesmos narcotraficantes/cartéis. Ou melhor dizendo, legalizar o que já fazem às escuras ( a CIA vai adorar essa notícia ).
Um exemplo quanto a isso, é que as armas dos carteis mexicanos, são compradas legalmente nos EUA e vendidas depois ao cartel kkk
Ele deu um mês de isenção de tarifas para carros feitos no Canadá e México, pois ia ferir as indústrias automotivas americanas. O que será que está por trás dessa “guerra”?
E o Trump, ao ver a M que fez já começou a voltar atrás. Tarifas na indústria automotiva suspensas:
https://english.elpais.com/usa/2025-03-05/trump-delays-auto-tariffs-on-mexico-and-canada-by-one-month.html
Acho que o Lobby da GM, da Ford e da Stellantis está em dia….
Brasil que seu cuide, sorte que o nosso maior parceiro é a China.
China, UE e Mercosul. E como nossa balança é deficitária com os EUA, eles vão se afetar mais do que nós.
Esse Taxadd hein… não pera.
É só decisão errada, cortou o apoio a Ucrânia, taxou os únicos 2 países com quem faz fronteira, pegou briga com toda a UE. O Biden era um velho senil, mas o Trump está querendo supera-lo.
Me lembro da crise do subprime em 2007/2008… Foi ali onde a China se destacou e com o surgimento do grupo do 20 e com a nomenclatura BRIC….muitos especialistas em economia ….achavam que o mundo ia acabar ali…naquele momento.
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Pode ser que seja a curva definitiva da inflexão da hegemonia américa em declínio e afirmação da China no globo….em ascensão.
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Isso se o mundo não conseguir aguentar…resistir … o mau humor dos derrotados ocidentais…Europa e os EUA ….com uma guerra total no mundo.
Quando você coloca sanções contra um determinado país, geralmente quem estar sendo sancionado, vai procurar um outro parceiro mais forte. Não sei, mas não sei dizer se o que ele faz é bom para os EUA ou seus concorrentes kkkkk… é o tipo de situação que vai pegar muita gente de surpresa, mas na minha opinião, vai afastar os EUA do mundo mais ainda.
Espero que Washington esteja preparada para a “botada” sem cuspe que Ontário poderá presenteá-los…
O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, reafirmou sua ameaça de cortar o fornecimento de energia elétrica para estados norte-americanos caso
os Estados Unidos apliquem novas tarifas.
Ontário é um grande exportador de eletricidade para Nova York, Michigan e Minnesota.
O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, disse que cortaria o fornecimento de energia
aos EUA “com um sorriso no rosto”, se o presidente Trump cumprir sua ameaça de tarifas.
Ford tem controle sobre a rede elétrica de Ontário, o que significa que ele pode ter influência sobre a usina Ontario Hydro One.
Esta usina ajuda a fornecer energia para os estados da Costa Leste, Sul e Centro-Oeste dos Estados Unidos, com exceção do Texas.
Esses estados também são abastecidos por usinas em Manitoba e Saskatchewan, no
entanto, a usina de Ontário é considerada um player maior do que as outras duas.
O Canadá é o maior fornecedor de energia para os EUA.
Em 2021, o Canadá forneceu aos EUA 61% de suas
importações de petróleo bruto. E em 2020, o Canadá forneceu aos EUA 98% de suas importações de gás natural, 93% de suas
importações de eletricidade e 28% de suas compras de urânio, ajudando a
abastecer milhões de lares, empresas e cidades de costa a costa.
Acredito que se o Canadá deixar Wall Street 48 horas sem energia,já seria um rebuliço muito grande.
Apesar de sua atitude arrogante e megalomaníaca, Trump voltou atrá sobre tarifas automotivas,após se encontrar com os presidentes da Ford, GM e Stellantis ,que conseguiram enfiar algo na cabeça de laquê dele.
https://www.csis.org/analysis/mapping-us-canada-energy-relationship