Lin Jian

A China reafirmou sua disposição de “lutar até o fim” após o governo Trump intensificar a guerra comercial, dobrando tarifas sobre produtos chineses de 10% para 20%. O aumento foi justificado pela contínua entrada de ingredientes usados na produção do opioide fentanil nos EUA, com o presidente também impondo tarifas de 25% ao Canadá e ao México, acusando-os de falharem no combate à crise.

Pequim rejeitou a acusação, argumentando que desde a cúpula de 2023 entre Biden e Xi Jinping, tem reforçado a repressão à produção de precursores do fentanil. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, classificou o aumento das tarifas como injustificado e disse que os EUA são os verdadeiros responsáveis pela crise de drogas dentro de suas fronteiras.

Lin alertou que a “intimidação” é a abordagem errada contra a China e afirmou que, se os EUA quiserem uma guerra—seja tarifária, comercial ou de outra natureza—Pequim está pronta para lutar até o fim. Quando questionado sobre o significado de “guerra”, ele reforçou que a China responderá a qualquer agenda adversária de Washington e pediu o retorno ao diálogo e à cooperação.

A retórica dura reflete a crescente rivalidade entre as potências, que disputam influência militar, diplomática e tecnológica, especialmente na região do Indo-Pacífico. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, defendeu as tarifas, alegando que visam proteger vidas americanas e impedir que México e Canadá continuem permitindo o fluxo de fentanil.

Lutnick diferenciou as medidas tarifárias voltadas à crise do fentanil da política comercial mais ampla, que, segundo ele, passará por uma reformulação a partir de 2 de abril. Ele acusou China, Canadá e México de explorarem os EUA e prometeu mudanças significativas.

As tarifas de Trump têm provocado turbulência nos mercados globais, enquanto a China enfrenta desafios econômicos internos. Espera-se que o parlamento chinês anuncie medidas de estímulo para mitigar os impactos das sanções comerciais. Nos EUA, as tarifas devem encarecer diversos produtos, incluindo alimentos.

Em resposta, a China anunciou tarifas retaliatórias de 10% a 15% sobre produtos agrícolas e alimentícios americanos, válidas a partir de 10 de março. O Canadá também prometeu impor tarifas sobre mais de US$ 100 bilhões em exportações americanas, enquanto o México divulgará sua lista de produtos afetados no domingo.

A Casa Branca concedeu um período de carência de um mês após ameaçar tarifas em fevereiro, após México e Canadá reforçarem a segurança de fronteira. No entanto, as tensões comerciais seguem crescendo, com impactos globais imprevisíveis.

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Underground
Underground
8 horas atrás

Maga: o aumento de tarifas abaixarão os preços! America first.
Empresário de importação e exportação: Não. É você quem vai pagar pelas taxas.
Maga: O governo chinês é quem vai pagar a taxa de 20%.
Empresário: na hora que a mercadoria chegar aqui, eu vou pagar os 20% e repassar nos preço para você.
Maga: Não, não, não…

RPiletti
RPiletti
Responder para  Underground
8 horas atrás

Assim como o México iria pagar pela construção do muro que separaria os dois países.

Josè
Josè
Responder para  Underground
7 horas atrás

Tá igual aquela história das taxas da “blusinha” que ninguém iria pagar, mas no final todo munda está pagando sim.

Fábio Mayer
Fábio Mayer
Responder para  Underground
7 horas atrás

No final, quem vai pagar a conta é o cara que faz compras no supermercado… mas os lideres do MAGA não se preocupam com isso, o cara que faz compras para eles é um empregado com cartão de crédito ilimitado dos patrões.

Dworkin
Dworkin
Responder para  Underground
6 horas atrás

Tá parecendo alguém aqui do Brasil kkkkkk “as empresas que serão taxadas, não você” kkkkkkkkkkkk confia

RPiletti
RPiletti
8 horas atrás

se os EUA quiserem uma guerra—seja tarifária, comercial ou de outra natureza—Pequim está pronta para lutar até o fim.”
Azedou o caldo lá na China, resposta dura para um diplomata.

PACRF
PACRF
Responder para  RPiletti
7 horas atrás

Também não esperava uma resposta dessas da diplomacia chinesa, normalmente muito pragmática e comedida. Talvez a intenção seja fazer o apresentador de reality show descer do palco e negociar como gente grande, ou seja, sem ameaças ou retaliações.

Mig25
Mig25
Responder para  PACRF
6 horas atrás

Contra um valentão que gosta de ameaçar todo mundo, essa é uma das principais táticas. Falar grosso tb e baixar a bola dele.

Nilo
Nilo
Responder para  PACRF
6 horas atrás

O aprresentador de reality show não irá descer do palco, está no palco está ameaçando e está negociando, então te digo, a China é uma ameaça economica para todos inclusive para o Brasil, a China se chegar a ser a maior potencia do mundo será pior que EUA.

Nativo
Nativo
Responder para  Nilo
4 horas atrás

Pura besteira de yutubado.
A China não é de se meter nos assuntos internos dos outros países, como o titio chato, pode mudar, sim pode , vídeo os EUA sob comando desse vigarista.

Nilo
Nilo
Responder para  Nativo
3 horas atrás

A China não se importa, ou não interfere a China compra, se preciso, um governo, um país, e já o fez, o poder de innfluencia através de emprestimentos para financimento de infraestruturas que será no final construídas por suas empresas e gestadas por elas. A medida que a China que as Foças Armadas, principalmente a Marinha Chinesa crie capacidade de rivalizar com a Marinha do EUA, estas innterferencias serrrão mais frequentes e mais invasiva não tenha dúvida. Não é diferente das plantações de banana que que United Fruit Company quando até 1970 possuía grandes plantações de bananas na América Central.

Antunes 1980
Antunes 1980
8 horas atrás

EDITADO

Última edição 8 horas atrás por Antunes 1980
PACRF
PACRF
Responder para  Antunes 1980
7 horas atrás

Prezado, seu comentário não possui nenhuma correlação com o tema da reportagem.

Antunes 1980
Antunes 1980
Responder para  PACRF
7 horas atrás

EDITADO

Última edição 7 horas atrás por Antunes 1980
PACRF
PACRF
8 horas atrás

O apresentador de reality show precisa olhar para dentro de casa: os EUA são os maiores consumidores de drogas pesadas do mundo, como a cocaína, o LSD, a heroína, o ecstasy e todos os tipos de opioides. Aliás, os opioides já se tornaram um problema de saúde pública por lá. O problema é que ele não quer sair do “palco” ou “palanque”, como queiram, e encarar esse problema de frente. Aliás, o apresentador de reality show é mestre em fazer as duas coisa mais fáceis do mundo: falar bem de si mesmo e colocar a culpa nos outros, como está a fazer com a China nesse tema.

Última edição 7 horas atrás por PACRF
Mig25
Mig25
Responder para  PACRF
6 horas atrás

Meu caro, além de todas essas que você listou, eles tem um grande problema com o consumo e abuso de remédios prescritos. Eles abusam de uma infinidade deles. Infelizmente, a sociedade americana está doente, com o seu individualismo exacerbado, capitalismo selvagem, a competição desenfreada que gera alguns Winners, e uma maioria de Losers. Eles acabam recorrendo a diversas drogas para lidar com essas situações. Não é na base da força e ameaça que qualquer governo vai conseguir lidar com isso.

ChinEs
ChinEs
7 horas atrás

Agora vai começar a verdadeira 3WW, a pandemia de covid foi apenas uma amostra, a Guerra da Ucrania foi refresco, agora vai começar a verdadeira Guerra, o Trump quer combater a China, mas para isso ele tinha que tirar a Rússia da jogada,a Rússia já esta fragilizada e incapacitada, enquanto isso a China se fortaleceu em todos os aspectos.

Kayron
Kayron
Responder para  ChinEs
7 horas atrás

Os EUA não precisam de uma Rússia fragilizada e incapacitada, eles precisam de uma Rússia no mínimo neutra. Pegue o mapa e veja as razões entender essa realidade.

ChinEs
ChinEs
7 horas atrás

A China ainda não esta preparada para enfrentar militarmente os EUA, somente depois de 2035, até lá a China terá o mesmo orçamento e quase a mesma paridade em termos tecnologicos, daqui a 10 anos ou 20 anos,somente em 2049 a China vai estar em condições de enfrentar de tu para tu os EUA.

Rafael
Rafael
7 horas atrás

Esse seria o momento ideal para ampliar parcerias do Brasil com a China na área tecnológica pensando em atender setores que podem ficar mais difíceis ao acesso dos EUA…mas não.
Aqui nesse fazendão só tem gente comemorando o fato de que vamos poder exportar mais soja e carne de frango para atender a demanda chinesa com a imposição de tarifas pelos EUA.

Josè
Josè
Responder para  Rafael
6 horas atrás

Rafael, você se refere aos chineses como se fossem os parceiros comerciais dos sonhos, e que estes irão nos favorecer de alguma forma muito vantajosa, duvido muito que isso aconteça, pesquise sobre o que os chineses nos obrigaram a fazer no caso dos navios da classe Valemax da Vale, para resumir, sequer nos permitiram prestar um dos serviços mais básicos que existe, que é o transporte de cargas, mas tem outros exemplos, quando barram a importação de carne, soja, etc. alegando “problemas” que não existem com o claro objetivo de manipular os preços no mercado, você sinceramente acredita que irão nos beneficiar em algo mesmo? não esqueça essas relações entre nações não passam de interesses, não existem nações amigas, não importa se é EUA, China, Rússia ou outro no final são só interesses próprios.

Libertário
Libertário
6 horas atrás

Em de briga de s o ç a s ninguém mete taxa!

kkkk

Wagner
Wagner
6 horas atrás

Se os EUA ” Sonhava” um acordo de Plaza acabou o sonho e virou um pesadelo. China não é o fraco Japão que cedeu.
Sua aliança inabalável com a Rússia foi justamente para enfrentar esse momento.

Ricardo Rosa Firmino
Ricardo Rosa Firmino
6 horas atrás

Maldita hora que erraram aquele tiro…

Josè
Josè
Responder para  Ricardo Rosa Firmino
6 horas atrás

Viva a minha democracia, não é mesmo?

Emmanuel
Emmanuel
6 horas atrás

Quase 1,5 bilhão de pessoas. Esse até o fim vai demorar…

Bigliazzi
Bigliazzi
5 horas atrás

Queriam que ele falasse: “estamos com medo…” Cada matéria…

Hamom
Hamom
4 horas atrás

Trilha sonora perfeita para esta treta ↓ ;D
”Calulinho – Erasmo Carlos – “Pode vir quente que eu estou fervendo” (anos 60)”

Gerson Carvalho
Gerson Carvalho
52 minutos atrás

 se os EUA quiserem uma guerra—seja tarifária, comercial ou de outra natureza—Pequim está pronta para lutar até o fim.” a parte “de outra natureza” nesta frase é preocupante.