Exército Brasileiro ativa o Batalhão de Precursores da Brigada de Infantaria Paraquedista

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Batalhão de Precursores - 2

Brasília (DF) – Desde a Segunda Guerra Mundial, as operações aeroterrestres têm moldado o campo de batalha, impulsionando o Brasil a modernizar suas Forças Armadas. Nesse contexto, surgiram os precursores paraquedistas, militares especializados em operações de envolvimento vertical, que se tornaram uma força estratégica essencial para o Exército Brasileiro (EB).

A história dos precursores remonta à década de 1940, quando jovens oficiais e sargentos do Exército Brasileiro foram enviados a outros países para realizar cursos de especialização em paraquedismo militar, entre eles o Pathfinder. Essa iniciativa pioneira culminou na criação da Escola de Paraquedistas, em 1945.

Assim, ao longo de décadas, os precursores paraquedistas desempenharam papel crucial em diversos momentos da história militar brasileira. Por exemplo, a criação do primeiro Curso de Operações Especiais do EB, o desenvolvimento da doutrina de busca e salvamento, que deu origem ao Esquadrão Aéreo de Salvamento da Força Aérea Brasileira, a abertura de diversas pistas de pouso na imensidão amazônica e o início das instruções especiais para os Cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

Os precursores são organizados com base nos princípios de Flexibilidade, Adaptabilidade, Modularidade, Elasticidade, Sustentabilidade e Interoperabilidade (FAMESI), o que lhes confere capacidades únicas, como infiltrar em território inimigo, operar furtivamente e exfiltrar por diversos meios.

Suas competências abrangem desde a operação de zonas de embarque e desembarque até o controle do tráfego aéreo militar e a realização de levantamentos meteorológicos. Os precursores também possuem habilidades específicas em infiltração por Salto Livre Operacional, em meio aquático e em diversos ambientes operacionais, como selva, montanha, caatinga e pantanal.

A crescente demanda por tropas especializadas impulsionou a participação da Companhia de Precursores Paraquedistas (Cia Prec Pqdt) em operações conjuntas com diferentes escalões do Exército Brasileiro, forças coirmãs e órgãos de segurança pública.

Recentemente, durante o apoio das Forças Armadas ao povo gaúcho, no contexto da Operação Taquari, a atuação da Cia Prec Pqdt foi fundamental para a organização e controle do espaço aéreo, permitindo a operação segura de mais de 40 aeronaves de asa rotativa, civis e militares, otimizando o resgate aéreo em um cenário de crise.

O estabelecimento de Zonas de Pouso de Helicópteros (ZPH) foi fundamental para garantir a fluidez das operações aéreas, assegurando que os voos ocorressem de maneira coordenada e eficiente. Além disso, a unidade realizou o levantamento de informações estratégicas, o que contribuiu diretamente para a eficiência dos resgates, principalmente nas áreas onde os órgãos de segurança pública enfrentavam dificuldades para operar.

O apoio dessa tropa foi crucial para ampliar a capacidade de resposta do Comando Conjunto, garantindo maior precisão nas ações de salvamento e distribuição de ajuda humanitária, evidenciando a importância da Cia Prec Pqdt nas operações interagências em cenários de crise.

Ao longo de sua história, os precursores também desenvolveram a capacidade de realizar ações de Inteligência, Reconhecimento, Vigilância e Aquisição de Alvos (IRVA), utilizando Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) e equipes de reconhecimento. A atuação dos precursores como sensores de inteligência de combate complementa as informações obtidas por outros meios, proporcionando maior consciência situacional.

A participação em missões reais, exercícios combinados e adestramentos conjuntos com forças estrangeiras, como a Combat Controllers Team da Força Aérea dos Estados Unidos da América, por exemplo, demonstram a relevância estratégica dos precursores no cenário internacional atual.

No século XXI, a evolução da Doutrina Militar Terrestre e o surgimento de novas ameaças evidenciaram a necessidade de, a partir da Cia Prec Pqdt, criar-se a 2ª Companhia de Precursores, subordinada à Brigada de Infantaria Aeromóvel, e transformar a Subunidade em um Batalhão de Precursores (B Prec), ampliando significativamente as capacidades operativas das Forças de Emprego Estratégico do Exército Brasileiro.

A cerimônia de ativação do B Prec, consolidando esse processo de transformação, oficialmente realizada em 07 de fevereiro de 2025, materializa a importância dessa expertise para o Exército Brasileiro, atendendo às exigências da guerra moderna e do emprego da Força Terrestre em todo o espectro de missões.

A evolução histórica, a ampliação de capacidades, o desempenho operacional, o comprometimento e a confiabilidade dos precursores os consolidam como uma ferramenta valiosa para o Exército Brasileiro, com atuação que transcende a concepção original e alcança diferentes escalões da Força Terrestre.

“Precede, Guia e Lidera!”

FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx

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Marcelo Soares
Marcelo Soares
1 mês atrás

Precede, guia e lidera! Parabéns aos preços!

Joao
Joao
Responder para  Marcelo Soares
1 mês atrás

🔥🚩🦅 🔥🚩🦅

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  Marcelo Soares
1 mês atrás

Muito bonito isso, vibração e talz… mas na realidade de nosso TO vc acha mesmo que vamos “combater saltando de avião” ?

Joao
Joao
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
1 mês atrás

Sem dúvida nenhuma.
Dou o exemplo de 2001, quando as FARC prepararam uma invasão ao Brasil com 3.400 homens.
Imediatamente q se soube, a Bda Inf Pqdt foi pra lá.
Um grande erro é achar q o salto ocorre na guerra somente, mas ele pode ocorrer justamente antes, pra garantir um região antes do conflito começar.

RDX
RDX
1 mês atrás

Essa tropa merecia um fuzil melhor. HK-416 ou ARAD.

Tutu
Responder para  RDX
1 mês atrás

Nem precisa disso tudo, da para partir para fabricantes nacionais.

Meu sonho seria ver o EB abortando o IA2 e partindo para essas Fire Eagle Gas Piston.

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Tutu
Responder para  Tutu
1 mês atrás

Eu tenho total convicção que se entrássemos em guerra o IA2 iria sumir da linha de frente igual os IWI Tavor sumiram do conflito em Gaza.

Muito provavelmente quem iria segurar o piano seriam os milhares de M964 (FAL) do estoque do EB além de Taurus T4, T10 e Fire Eagles adquiridos emergencialmente.

José Gregório
José Gregório
Responder para  Tutu
1 mês atrás

Se o Brasil fosse sério a Imbel seria privatizada imediatamente, que falta que faz um DOGE ao Brasil!!!

José de Souza
José de Souza
Responder para  José Gregório
1 mês atrás

Claro, nada como indústrias estratégicas privadas, nas mãos de acionistas que visam o lucro e dividendos, haja visto o que quase aconteceu com a EMBRAER…

Groosp
Groosp
Responder para  RDX
1 mês atrás

ARAD não dá porque o governo é antissemita.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
1 mês atrás

Madrugada, um salto a grande altitude de uma aeronave voando contornando a fronteira, uma equipe PREC utilizando wingsuit com propulsores e utilizando do mesmo principio de uma bomba planadora seria capaz de adentrar na casa das centenas de quilómetros em território inimigo sem ser detectado, dá para fazer.

“https://www.bmw.com/video/is/content/BMW/bmwcom/bmw_com/category/Automotive%20Life/youtube-to-com/electrified-wingsuit-background-99-media-hd.mp4”

Joao
Joao
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
1 mês atrás

Nem precisa do wingsuit, até pq tem o equipamento ainda.

Um salto HAHO cumpre essa infiltração.

Angus
Angus
1 mês atrás

SARP em quantidades mínimas – não
DAAe de média altura – não
Míssil de cruzeiro – não
Fuzil eficiente e confiável – não
Equipamentos em quantidades suficientes padronizados – não
Novos Pelotões de Fronteira – não

Batalhão de Precursores, como se isso tivesse feito alguma diferença nos conflitos e guerras que aconteceram depois da II GM – sim

Uma Cia Prec + já existia e tinha o efetivo mais que suficiente.

E depois reclamam de falta de recurso, falta de efetivo, etc etc etc

Enfim, prioridades…

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
Responder para  Angus
1 mês atrás

Briguinha do Tomás com os FE. Ele e o filho tomaram pau no processo seletivo pra FE. Por isso o ódio do Cid. EB na contramão da história.

RDX
RDX
Responder para  Rinaldo Nery
1 mês atrás

Então está explicado porque eles foram transformados em batalhão. Na prática a Cia Prec foi transformada em unidade de operações especiais. Até combate urbano (leia-se ações em favelas do RJ) virou justificativa. Existe lançamento de paraquedistas em áreas urbanas?
Repito: é o “BOPE” da Bda Paraquedista.

Joao
Joao
Responder para  RDX
1 mês atrás

RDX… não se apaixone pelas críticas.
Tomazinho ter tomado pau no Comandos não tem nada com o aumento dos Prec no EB.
BOPE é polícia… não tem nada com Exército.
Os PREC treinam muita ação em área edificada, pois são umas melhores tropas pra fazer monitoramento de Região de Interesse Para Inteligência (RIPI) em profundidade, de nível estratégico. E também podem fazer GAA (Guia Aéreo Avançado) pra Campanha Aérea Estratégica.
E muitos desses alvos são em localidade.
Simples assim.

A Bda Inf Pqdt é nenhuma outra tropa do EB precisa de um BOPE.
As TTP de área edificada são treinadas bastante, para aqueles q têm de atuar em área urbana.
Prova disso, é q em anos de ação urbana, não houve morador morto, e pouquíssimas baixas ocorreram, com grande cumprimento de missões e enfrentamentos.

Dworkin
Dworkin
Responder para  Rinaldo Nery
1 mês atrás

ódio do cid kkkkkkkkkkk aiaiai essa caserna me dá vontade de rir

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
Responder para  Dworkin
1 mês atrás

Civil não sabe o que se passa nos AltCom. Quando ignoramos algo fazemos silêncio.

Última edição 1 mês atrás por Rinaldo Nery
Dworkin
Dworkin
Responder para  Rinaldo Nery
1 mês atrás

Claro que sei, mamata da mais pura.

Saldanha da Gama
Saldanha da Gama
Responder para  Rinaldo Nery
1 mês atrás

Obrigado pela infoirmação, exolica muita coisa !!!

Sergio
Sergio
Responder para  Rinaldo Nery
1 mês atrás

Se ainda fosse só dor de cotovelo, caro coronel, estaríamos bem na fita.

É bem pior que isso.

Se o trump mantiver a coragem e a disposição, no que creio , aí veremos a porca torcer o rabo.

Fábio CDC
Fábio CDC
Responder para  Sergio
1 mês atrás

Realmente. O Trump está muito calado e quieto sobre o BRasil, o que indica que vem tempestade por ai e das grandes. Eu, o Senhor e muitos sabem disso, porém a maioria prefere ignorar ou acreditar que nada acontecerá.
.
Esperem e verão, sofreremos muito mas será assim mesmo.

José de Souza
José de Souza
Responder para  Fábio CDC
1 mês atrás

Não fala porque não somos importantes. Ou tu acha que ele dá a mínima pra esse delírio dos bananinhas da vida? Fala sério!

Dworkin
Dworkin
Responder para  Sergio
1 mês atrás

Os patriotas ai kkkkkkkkkkk implorando pelo trump.

Scudafax
Scudafax
Responder para  Rinaldo Nery
1 mês atrás

Me recuso a aceitar que os oficiais das Forças Armadas tenham este tipo de pensamento.
Prezado Nery, atentar contra a honra de militares da ativa não está no código disciplinar?

Scudafax
Scudafax
Responder para  Rinaldo Nery
1 mês atrás

“ III – os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II,”

José de Souza
José de Souza
Responder para  Rinaldo Nery
1 mês atrás

Que nem um certo ex-capitão e suas birras com o INMETRO, IBAMA, FEs…

Salomon
Salomon
Responder para  Angus
1 mês atrás

Concordo, mas poderiam começar pelos bonés, um tanto pequenos para os cabeções brasileiros.

adriano Madureira
adriano Madureira
1 mês atrás

Mas e aí?! Oque muda para melhor?!

Zorann
Zorann
1 mês atrás

Estão parecendo tropas do MST

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
1 mês atrás

Alguém viu algum algum ” salto de para-quedas” no TO da Ucrânia ? Isso é inviável hoje em uma guerra moderna, sério, quantos minutos vcs acham que um C-390 ou C-130 sobreviveria lá no Dombass ? Numa guerra de invasão ao Brasil vamos saltar onde ?

Rafael Coimbra
Rafael Coimbra
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
1 mês atrás

Vamos levar tropas para Ucrânia??? Não podemos ficar repetidamente cometendo o erro de colocar nossas prioridades dentro de um cenário do leste europeu. No T.O sul americano podemos ter sim saltos. Mas compreendo que teriam outras urgências para o EB hj em dia.

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  Rafael Coimbra
1 mês atrás

TO sulamericano é o Brasil, é aqui que lutaremos, contra uma potencia. Nossos vizinhos não são ameaça a integridade nacional.

Joao
Joao
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
1 mês atrás

Hj, os saltos q ocorreram foram antes/ bem no início do conflito começar, ou para não começar, se utilizando de surpresa principalmente.

Os EUA utilizaram no Iraque e Afeganistão. A França usou no Mali.
A Rússia usou na Ucrânia, mas como tropa aeromóvel, q as tropas paraquedistas também são.

Como eu escrevi lá pra cima, o Brasil lançou na cabeça do cachorro, em 2001.
Apoia acionados, em 6hrs, um grande efetivo já decolava do RJ, precedidos pro FEsp e Precursores.

Hrs depois, eram lançados. Nas 48 hrs seguintes, mais tropas paraquedistas, de Selva e Fuzileiros Navais chegavam e inteiravam 5.000 homens.

Então, sim, tropas paraquedistas são utilizadas na atualidade.
E precursores realizam as funções de reconhecimento e balizamento da Zona de Lançamento.
Mas também, tem condições de realizar reconhecimento avançado, monitoramento de objetivos de inteligência estratégico e guia aéreo avançado para a campanha aérea estratégica.

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  Joao
1 mês atrás

Contra guerrilhas que não possuem meios antiaéreos sim, dá pra utilizar. Contra uma força regular de um país é muito arriscado.

Tem outra coisa: existe como lançar paraquedistas na floresta ?
Na Cabeça do Cachorro é região de selva, foi salto ou somente infiltração por heli ?

Acho que no Mali foram uma meia dúzia de precursores…
Não sabia que foram usados no… Iraque/Afeganistão ?!? tem certeza ?

A Rússia fez um assalto aeromóvel no aeroporto de Hostomel, tem vídeo de uma parte no yt, mas foram tropas desembarcadas de helicóptero. Conseguiram tomar o local mas não conseguiram manter muito tempo.

Em tempo – estou questionando SOMENTE o uso de tropas lançadas de pára-quedas e não desembarcadas por helicóptero.

José de Souza
José de Souza
1 mês atrás

Meu quepe VO jamais será vermel… ops!

Lucas
Lucas
1 mês atrás

Mais uma unidade “especial” no Rio de Janeiro?
Que piada.

A Brigada Paraquedista e os Fuzileiros Navais abastecem a Milícia com soldados que dão baixa dos quartéis a décadas.

Tem até um podcast com um Coronel da PM carioca falando que vai chegando a época das baixas nas FA, a milícia já coloca ex militares nas portas dos quartéis pra “recrutar” praças que estão voltando a vida civil.

E nosso Generais e Almirantes fazem vista grossa. Não querem perder as regalias na Zona Sul.

Qualquer.pais sério tirava a Brigada Paraquedista e os Fuzileiros Navais do RJ.
Igual fizeram com.as F.E.

Nos tempos em que as forças armadas eram comandadas por homens de honra. E não por esse bando de ratos que comandam nossas forças.