Avibras anuncia tratativas de venda da fábrica para empresa saudita
A transação comercial está sendo feita com a Black Storm Military Industries
A Avibras Indústria Aeroespacial comunicou ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, que está mantendo tratativas avançadas com a empresa saudita Black Storm Military Industries, no sentido de viabilizar um potencial investimento para a recuperação econômico-financeira da fábrica brasileira.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (31), ao presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, pelo gerente de Gestão de Pessoas e de Administração da Avibras, Cláudio Motta. Segundo o gerente, a intenção de venda já foi assinada, mas para que o processo seja concluído existe um prazo de 45 dias.
Um comunicado por escrito também foi enviado aos trabalhadores, em que consta: “Esta parceria (com a empresa saudita) visa manter suas instalações de fabricação no Brasil, retomando as operações o mais rápido possível e garantindo o cumprimento das obrigações da empresa com o governo brasileiro e demais clientes, seus credores e, especialmente, os colaboradores da Avibras”.
O Sindicato enviou hoje um ofício à Avibras, solicitando uma reunião em caráter de urgência. Em 2024, tratativas aconteceram com a australiana DefendTex e com um investidor nacional, mas nenhuma delas foi concluída.
Há quase três anos, o Sindicato está na luta em defesa dos empregos e salários dos trabalhadores e pela permanência da Avibras no Brasil. Os funcionários completam em fevereiro 22 meses sem receber seus salários. Para a entidade, é preciso colocar um ponto final nessa situação dramática vivida pelos trabalhadores.
Em breve, o Sindicato vai convocar uma assembleia dos funcionários da Avibras, para que sejam definidos os encaminhamentos diante dessa nova possibilidade de venda da empresa.
O Sindicato também continua cobrando do governo federal medidas que levem à regularização dos salários e à permanência da Avibras no Brasil, considerando-se que se trata de uma empresa estratégica para a soberania do país.
FONTE: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região
Isso já tá chato , entrega essa fábrica de rojões logo, talvez assim mantenham os empregos.
Sempre fui a favor de salvar a Avibrás e de mantê-la ainda como empresa nacional, mas…
Nessa altura do campeonato, me questiono se há algo a ser salvo nessa empresa ( seu corpo de engenheiros já pulou do barco a tempos ) e claramente não há nenhuma empresa BR com capital suficiente para se arriscar a absorver essa empresa, “sanar” seus problemas e torná-la lucrativa a médio e longo prazo.
Só mesmo os sauditas para terem grana suficente pra se arriscarem com a Avibrás.
E o chineses…
É possível, mas não há nada que a Avibrás não faça ( ou fazia… ) que os chineses já não façam melhor a anos.
Os saudistas estão fazendo um negócio da China. Comprando tudo naquele precinho de liquidação.
Sindicato do ficará feliz quando decretar falência e os funcionários ficarem a esperar décadas para receber qualquer valor da massa falida, se não houver negociação ninguém vai assumir esse BO.
Ótima notícia.
Os Árabes tem dinheiro, tecnologias e possuem uma visão de mercado dinâmica.
Tudo o que a Avibras precisa.
Mas ainda acho que a melhor opção, seria um conglomerado de empresas de capital majoritário nacional, adquirir a Avibras.
Vejam o que a Taurus se transformou, após a aquisição pela CBC.
Tem que perguntar se alguma das empresas nacionais acima quer realmente comprometer sabe Deus quantos bilhões de reais pra pagar todas as dívidas dessa empresa, mais grana pra colocá-las nos eixos, e mais grana pra investir na mesma e torná-la competitiva.
Aposta arriscada demais. Pras empresas acima, é muito mais fácil e “barato” contratar todo o corpo técnico da Avibrás e começar uma nova empresa do zero.
Não acredito mais nas negociações, me parece ser só mais um tempo para ver se acha um comprador real. Se pesquisar sobre essa empresa não vai achar nada além de um simples site.
Melhor que os chineses.
Resolve a situação da empresa sem precisar sofrer risco de sanções americanas.