Exército Brasileiro emite RFI para aquisição de munições de 105mm e 155mm
O Exército Brasileiro, por meio da Comissão do Exército Brasileiro em Washington (BAC), emitiu um Pedido de Informações (RFI-0159/2025) para a aquisição de munições de 105mm e 155mm. O documento foi publicado em 16 de janeiro de 2025 e visa coletar cotações orçamentárias para o planejamento da compra de munições recém-fabricadas.
A solicitação abrange diferentes tipos de munição para obuseiros e tanques, incluindo projetis fumígenos, iluminativos e de alto explosivo (HEAT-T). Empresas interessadas devem fornecer especificações técnicas detalhadas e garantir conformidade com os requisitos descritos no Anexo A – Lista de Materiais/Serviços.
As empresas que desejam participar devem estar registradas no Banco de Fornecedores da BAC e podem atualizar seus dados através do Sistema Internacional de Contratos da BAC. O prazo para envio das cotações é até 11 de fevereiro de 2025, às 23h59 (horário da Costa Leste dos EUA). As propostas devem ser enviadas online ou por e-mail para procurement@cebw.eb.mil.br, com referência ao RFI-159/2025.
As propostas devem ter validade mínima de 180 dias, e os preços devem ser preferencialmente cotados em dólares americanos (USD), sem incidência de impostos de importação ou produtos industrializados, conforme a legislação brasileira. As entregas deverão ser feitas no Porto do Rio de Janeiro sob os termos do Incoterms 2020 (CIF), e o pagamento será realizado após a entrega e inspeção dos materiais.
A iniciativa reforça os esforços do Exército Brasileiro para modernizar seu arsenal e garantir a operacionalidade de suas forças. Empresas interessadas em fornecer os materiais devem seguir as diretrizes estabelecidas no RFI para assegurar a conformidade com as exigências do Ministério da Defesa.
Como é bom ter um vizinho perigoso.
Tem toda razão, infelizmente.
A Nova Zelândia não tem vizinho perigoso, e se não me engano já estão operando o P-8. O problema nosso não é não ter vizinho perigoso, digo que é uma benção não termos vizinho hostil. Note que quando a Argentina era até bem equipada (chegou a achar que podiam bater de frente com a Inglaterra) nossas FA não eram muito melhor do que são hoje. O perigo para Nós vem do Norte. O problema que temos está dentro das próprias FA e pra corrigir isso vai tempo, e tempo é o que não temos.
Nova Zelândia tem a China
“A Nova Zelândia é um dos parceiros da OTAN na região do Indo-Pacífico, juntamente com a Austrália, o Japão e a República da Coreia. O Indo-Pacífico é importante para a Aliança, uma vez que os desenvolvimentos nessa região podem afetar diretamente a segurança euro-atlântica.”
OTAN – Tema: Relações com a Nova Zelândia
Mais uma vez o EB demonstra a inutilidade da Inbel, que de estratégica para o país, não tem nada.
Se não me engano, essa seria a justificativa para a existência dela, ou seja produzir munições para o EB.
Tem que se privatizar ou fechar essa empresa.
Quem sabe uma PPP entre CBC e Inbel?
Logo pensei na Imbel também. Ela não tem condições de fabricar as munições solicitadas pelo EB ou não consegue a quantidade pedida? É uma vergonha isso.
O Brasil com a Imbel e Mac Jee não produz essas munições, vocês tem absoluta certeza rsrsrs
A Imbel, a Mac Jee e a Fábrica Almirante Jurandyr da Costa Müller de Campos (FAJCMC) da Marinha produzem esses tipos de munições, mas a lei brasileira exige licitação!
Exige licitação em Washington?
Outra coisa, elas fabricam todos esses modelos solicitados? Tem capacidade fabril para entregar milhares de munições num prazo razoável?
Na minha opinião, a Mac Jee têm total capacidade de entregar tendo em vista a tecnologia que eles possuem e são extremamente rápidos. Eu espero que a Mac Jee possa vencer essa licitação.
Com certeza, mas alguém teve acesso ao requisitos, exigências para participação? Afinal o próprio exército tem trabalhado para nacionalização dessas munições.
Alguém teve acesso ao Edital? Leu?
A munição iluminativa e a fumígena são caríssimas.
Por isso compram fora, priorizando as alto Explosivas pra IMBEL.
A CBC é uma empresa super-organizada, moderna, competitiva e eficiente. Por que ela vai querer se juntar com a Imbel que é seu extremo oposto?
No mais, concordo que a Imbel é de pouca utilidade para o EB.
Aliás, o EB tem o IME, o CTEx, a Imbel, os Arsenais de Guerra, mas não consegue nem fabricar essas munições.
Precisa ser discutida a utilidade dessas instituições.
Não consegue nem evitar uma invasão em nossa fronteira…
Sem a IMBEL, a CBC acaba…. Pois o mais importante da Mun, a IMBEL fornece pra CBC.
Mesmo a Imbel sendo pública isso não dispensa a licitação pelas leis brasileiras!
O problema é termos uma empresa com a finalidade de produzir munições para as FAs e ter que participar de uma licitação para fornecer as munições.
Caso ela for derrotada na licitação para que ela servirá? Apenas para nos dar despesas?
Tem muita coisa errada neste país.
No Brasil, além da IMBEL, a Mac Jee e a CSD – Componentes e Sistemas de Defesa SA também produzem munição 155mm.
A Mac Jee com capacidade de produção de 85 mil unidades da munição de 155 mm por ano.
A partir de abril de 2025, Modirum e Gespi iniciarão a produção regular de munições de 155mm, com um volume mensal constante em unidades.
A Fábrica Alte. Jurandyr da Costa Müller de Campos – FAJCMC pertence à Marinha do Brasil e é gerenciada, desde 1996, pela EMGEPRON tb produz munições de 155 mm
Com equipamentos da década de mil novecentos e bolinhas, vai produzir munições a passos de tartaruga. A IMBEL é totalmente ineficiente e incapaz de entregar no prazo certo, aja visto a questão dos IA2. Das duas uma, ou fecha de uma vez, ou privatiza logo.
E abrir mão dos empregos para os coronéis reformados?!
Sacrifícios precisam ser feitos.
Os veículos que utilizam essas munições já operam no EB a décadas.
E desde então, não houve nenhuma tentativa de nacionalizar a munição desses veículos.
Como já perguntaram acima:
A Imbel serve pra quê, afinal?
Como a Imbel é uma empresa estatal, a decisão de fabricar ou não munições de grande calibre, como as de 105 mm e 155 mm mencionadas, deve ser uma decisão estratégica e partir diretamente do Ministério da Defesa.
Não é de hoje que as políticas estratégicas voltadas para a soberania nacional são falhas, muitas vezes com as próprias FAs atuando de forma desalinhada com esses objetivos (vamos colocar nesses termos).
Se hoje a Imbel não produz essas munições, é porque não houve interesse no desenvolvimento dessa capacidade. Na minha opinião, parte dessa responsabilidade também recai sobre o EB, que não promove iniciativas voltadas para o fortalecimento da indústria de defesa nacional (vide o recente caso da Avibrás por exemplo).
Existe vários tipos de licitação, inclusive com exigência de produção nacional.
Por favor, se alguém tiver acesso ao Edital, repasse informações, antes que alguém tenha um infarto rsrsrs
“(…) deve ser uma decisão estratégica e partir diretamente do Ministério da Defesa.”
1- MD e nada, dão no mesmo, e não é de hoje;
2- se essa decisão deveria vir do MD, ou seja, dos civis, porque o EB não tem esse tipo de visão e inicativa, isso diz muito sobre o EB e sua mentalidade…
“Se hoje a Imbel não produz essas munições, é porque não houve interesse no desenvolvimento dessa capacidade (…)”
O pessoal com estrelinhas no ombro que se “esquecem disso” são os mesmos que defendem 2% do PIB pra Defesa…
“Na minha opinião, parte dessa responsabilidade também recai sobre o EB (…)”
Parte, não. 100%.
Acho curioso a quantidade de gente ( muitos militares, inclusive ) que defendem privatizacões a torto e a direito, defendendo que empresas privadas são mais eficientes, mas nenhum deles cita a Imbel…
Curioso, não?
Claro que não queremos tensões, escaramuças ou guerras; o ideal é sempre paz e prosperidade.
Mas aposto que essa movimentação na nossa fronteira vai tirar um monte de projetos da gaveta e fazer aparecer dinheiro extra pra Defesa.
Ouso dizer que até o sumido AV-TM 300 virará notícia caso o ditador da Venezuela continue provocando…
Dinheiro extra para os americanos e israelenses nos vendendo equipamentos de segunda mão que poderíamos produzir localmente.
Embora falte a inclusão de vírgulas, meu comentário é de outra categoria: ” Tem que botar os malvadões EUA e Israel nessa conversa?”
Pqp…abaixo ao imperialismo, viva Cuba! Etc..etc..
Bom, precisou a guerra da Ucrânia + aquele “susto” que a Venezuela nos deu tempos atrás pro EB “finalmente” lembrar que o MSS existe, tira-lo do limbo em que ele se arrastava a décadas, e coloca-lo em uso, mesmo sendo obsoleto.
Se não for na base do susto e da pressão, o EB não se mexe.
Que susto???
Invenção danada….
A Mac Jee fabrica munições de 155 mm pelo que ouvi falar.
A Emgepron fabrica munições HE 155mm
Mas acho que seria uma versão naval, ela é diferente da de obus pois provavelmente já vem com o estojo e carga explosiva (de propulsão) pré-definida.
Negativo. 155mm M107 para obuseiros, 105mm para o Light Gun e 105mm para os obuseiros M101 e M56.
Tomei um susto agora. E nós não fabricamos essas munições? gente isso é uma piada. Que capacidade de sustentar uma guerra nós poderemos ter desse jeito…
Olha, se temos capacidade de sustentar uma guerra eu não sei lhe dizer.
Mas posso lhe afirmar que temos uma capacidade gigantesca de sustentar um monte de pensionistas na folha de pagamento das FAs. Nisso somos imbatíveis!
Eu costumava dizer que nossas forças começariam a se mexer (principalmente o EB) por conta dos riscos claros que a Venezuela, com o tempo, começaria a demonstrar. Bem, parece que é justamente isso que estamos vendo e, se for pra ser assim, que seja.
Li agora pouco que a Venezuela não comunicou ao EB sobre os exercícios em nossa fronteira. É muita coisa errada aí. Falta de comunicação, invasão clara de militares armados em nossa fronteira, falta de militares brasileiros em nossa fronteira, falta da diplomacia brasileira, falta do governo brasileiro, falta dos deveres constitucionais que cabem também aos militares de agir, em suma.
Mas do quê adianta? Vão dizer que não existe “rusgas” né! Literalmente entram em nosso território com três picapes abarrotadas de militares armados, mas, não, não existe “rusgas” e estamos todos bem. O EB não recebeu comunicação alguma, mas estamos todos bem.
Cadê o braço forte e mão amiga?
Cadê o congresso?
Este ato da venezuela, foi gravíssimo e só há silêncio, seja do govertno, ffaa, midia, congresso…
Se fossemos um país sério, a resposta seria imediata! É inacreditável isso acontecer, inacreditável. O Brasil, é o único país que aceitou isso em silêncio e não atuou como deveria ter atuado, de forma IMEDIATA e visando ação nos termos constitucionais. Isso somente nos prova do quão incapaz somos.
Na verdade, a Venezuela não errou em não ter nos comunicado… afinal, esperar o quê, de uma pessoa como o atual mandatário venezuelano? O erro FATAL é NOSSO!
Eu queria ver, se fosse o Brasil, indo lá, manobrar veículos militares, cheio de militares armados, DENTRO da fronteira com a Venezuela…
Nossas instituições estão tomadas por pessoas ruins, seja no governo, seja nas forças armadas, em suma. Os bons, se calam. Este país está tomado pelo mal de todos os lados. Isso precisa cabar!
Disse tudo!
Tem que por esse dinheiro na Imbel melhorar a produção e incentivar outras empresas a produzir por exemplo a CBC poderia começar a fazer munição de grande calibre.
Eu fiz uma rapida pesquisa e tem duas empresas nacionais que faz munição de artilharia a Mec jee e CSD além da Imbel então porque vão comprar munição fora ?
Seria bom se fosse uma resposta à invasão de fronteiras sofrida, mas se quer notinha foi emitida…
Deve ser a outro fim, aquele ao qual general se orgulha em cumprir, mas a compra é desproporcional a ameaça de senhoras e idosos na praça dos três poderes.
As fábricas de apertar parafusos que fazem parte da BID não são capazes de produzir essas munições? Irônico, uma vez que enchem a boca para falar que “fabricam” aviões, caças, navios etc…
Mais de 43 mil unidades. Número expressivo para padrões de América Latina.
Tem general que já foi parar no RS, bem longe da invasão. O Exercito de Brancaleone.
Esta foi ótima !!!
Essa munição Heat é a de obus ou para leopard 1a5 ? Acho estranho tanta munição heat, visto que a comum para artilharia é HE.
É para canhão 105mm dos MBT. Tá até escrito TANK AMMUNITION.
É que existem munições heat para obuses, mas achei muito grande a quantidade solicitada, por isso achei mesmo que fossem para os Leopards.
Mas aí entra outra pergunta: Por que Heat e não Apfsds, sendo que a segunda é a principal munição anticarro ?
Munição HEAD e APFSDS
Munições como HEAD (High Explosive Anti-Tank) e APFSDS (Armor-Piercing Fin-Stabilized Discarding Sabot) são projetadas para diferentes finalidades e contextos de uso em operações militares.
Munição HEAD
Munição APFSDS
Conclusão
A munição HEAT-T M456 é a munição HEAT padrão dos carros de combate do EB. Perfura até 350 mm de material RHAe em qualquer distância, pois seu efeito não depende de sua energia cinética e sim, de sua carga explosiva. Possui velocidade inicial de 1173 m/s e alcance máximo de 8200 metros.
As munições para obuseiros de 105mm e 155mm listadas são do tipo fumígena e de iluminação. Nos sites da Imbel e da Mac jee só é mostrado as AE (auto-explosivo) provavelmente este deve ser o motivo do EB querer adquirir munição importada.
E no caso da munição de 105mm para carro de combate não há notícia da sua fabricação aqui.
Estamos desenvolvendo as HE e Hesh. As Heats são o próximo passo e por último devem vir as Apfsds.
Na lista da RFI constam 6 mil unidades de munição 105 mm AE (alto explosivo) para os obuseiros – itens 10 e 11.
Tenho algumas dúvidas, quando uma bateria vai fazer uma operação acredito que exista um calculo de consumo de munições de acordo com tipo de operação a ser realizada (ataque/defesa em combate real), alguém sabe se as estimativas estudadas estão correspondendo ao consumo de munição da guerra da ucrânia? ou se essas estimativas são calculadas baseadas em combates anteriores já defasados? (segunda guerra, guerra do vietnan, etc…)….
Digo isso pois li relatos a Ucrânia atira menos, mas tem uma precisão maior, em contrapartida a Rússia precisa atirar muito mais para bater seus alvos…tenho uma teoria a ser defendida que uma bateria com 4 peças e munições de precisão tem eficiência maior que um bateria de 6 peças de munição convencional, que no final das contas essa bateria (4 peças no estado da arte) se colocado o custo de operação na ponta do lápis acaba “se pagando” no fim das contas.
Por ultimo, mas não menos importante vem Israel com uma solução alternativa para essa questão (talvez até mais em conta) com uma munição apelidada de Super HE onde promete uma destruição de uma área maior, link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=G18Rwoa7c1k
Muita coisa dos Dados Médios de Planejamento (Dameplan) do EB são de estatísticas da II GM. O último grande confronto convencional que o mundo assistiu.
Registre-se que a única fabricante brasileira da munição 105mm para o Light Gun é a Emgepron.