Exército Brasileiro seleciona empresa turca SYS para fornecer metralhadoras M2HB QCB

A empresa turca Samsun Yurt Savunma Sanayi (SYS) foi escolhida para fornecer 200 metralhadoras M2HB Quick Change Barrel (QCB) de calibre 12,7×99 mm padrão OTAN ao Exército Brasileiro. O contrato, avaliado em US$ 3,1 milhões, ainda não foi formalmente finalizado, mas representa um marco importante para a presença da indústria de defesa da Turquia no mercado brasileiro.

O fornecimento dessas armas tem como objetivo equipar estações de armas remotamente controladas e operadas manualmente em veículos blindados de rodas do Exército. As metralhadoras serão integradas aos veículos Guarani 6×6 e Guaicurus 4×4, equipados com as estações de armas ARES REMAX 3 e WE Platt MR550. Além disso, está prevista a aquisição de estações manuais ARES REMAN e MR550 adicionais.

A seleção da SYS aconteceu por meio de um processo de licitação iniciado pelo Exército em 18 de setembro de 2024, com um Pedido de Cotação (RFQ) para 200 unidades da M2HB QCB. A empresa turca concorreu com fabricantes renomados, como FN Herstal (Bélgica), Aquila International e Ohio Ordnance Works (EUA). Para avançar no processo, está programada uma visita técnica do Comando Logístico do Exército Brasileiro às instalações da SYS em março de 2025.

Se concluída, essa compra será uma conquista estratégica para a SYS, fortalecendo a presença da indústria de defesa turca na América Latina. Esse contrato pode abrir portas para futuras colaborações entre a Turquia e o Brasil, além de potencializar parcerias com outros países latino-americanos.

A escolha do Brasil pela SYS demonstra uma diversificação nas fontes de fornecimento de armamentos, refletindo uma tendência global de ampliação dos fornecedores militares. Caso o contrato seja firmado, a Turquia consolidará seu papel crescente no setor de defesa internacional, estabelecendo uma posição mais forte no mercado latino-americano.

FONTE: Türkiye Today

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Nilo
Nilo
1 hora atrás

Essa metralhadora calibre 12,7, deveria ser um projeto nacional a ter sido criado junto quando do projeto Guarani.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  Nilo
1 hora atrás

Com certeza. Um país desse tamanho. Com uma economia grande. Uma boa base industrial precisar comprar produtos militares que poderiam ser produzidos aqui. E exportados. Assim não teríamos condições de enfrentar e aguentar nenhum inimigo minimamente armado.

Esteves
Esteves
Responder para  Antonio Palhares
1 hora atrás

BID? Como pode haver BID se não há indústria?

Palpiteiro
Palpiteiro
Responder para  Esteves
1 hora atrás

A indústria brasileira representa mais de 25% do PiB

Esteves
Esteves
Responder para  Palpiteiro
1 hora atrás

Tira as montadoras.

Esteves
Esteves
Responder para  Esteves
47 segundos atrás

Depois tira elétricos e eletrônicos.

Hamom
Hamom
Responder para  Antonio Palhares
48 minutos atrás

Uma das razões para os EUA manterem seus enormes gastos militares é a lei que não permite ao governo americano adquirir itens sem um alto índice mínimo obrigatório de nacionalização dos itens pagos com dinheiro dos impostos arrecadados pelo governo dos EUA… aí incluídos os itens destinados as FA, como armas, navios, aviões, veículos, munições, equipamentos e sistemas diversos, etc…
Com isto o dinheiro gasto volta a circular na economia interna, gerando renda, emprego, pesquisa e desenvolvimento.
Na prática o orçamento da área miliar é a aplicação do modelo keynesiano na economia dos EUA desde uns 90 anos atrás até hoje.
E Apesar de todo ”discurso boca-pra-fora’ sobre economia liberal, ninguém ousou mudar isto e dizer ”vamos importar armamentos, que sai mais barato”.
[No Brasil este modelo cai no gargalo dos 80 por cento do orçamento das FA serem gastos com pessoal.]

Última edição 43 minutos atrás por Hamom
Joao
Joao
Responder para  Hamom
16 minutos atrás

Gasto com pessoal é fixo e decrescente. Não é porcentagem do orçamento.

Esteves
Esteves
Responder para  Joao
1 minuto atrás

Nem uma coisa nem outra.

A despesa com folha aumentou. A despesa com inativos subiu mais.

Passa dos 80%.

Esteves
Esteves
Responder para  Nilo
1 hora atrás

Desenvolver aqui…projetar, financiar, modelar, testar, aprovar, programar, licitar, vender, receber sabe lá Deus quando.

Pra comprarem quantas?

Heinz
Heinz
1 hora atrás

É uma excelente aquisição, mas esses armamentos poderiam ser fabricados aqui sob licença. Sobre a indústria de defesa turca, há varios projetos que seriam interessantes para nossas forças armadas, desde drones, MBT, blindados, radares, defesa AA, navios..

Esteves
Esteves
Responder para  Heinz
1 hora atrás

A mesma história da ponte metálica. Quem? Como? Quando? Quanto? Por que?

Heinz
Heinz
1 hora atrás

nenhuma matéria sobre o Centauro 2? Teste de fogo em Saicã.

Diogo de Araujo
1 hora atrás

Vergonhoso demais o Brasil não fabricar nem isso que loucura.

Gustavão
Gustavão
1 hora atrás

guarda Nacional vai ficar bem equipada agora. Defesa de verdade se constrói pelo menos o básico no país, metralhadora, obus rebocado, obus autopropussado, míssil, sistema defesa aérea, isso que significa defesa, isso que significa ter exército forte e isso.

Última edição 1 hora atrás por Gustavão
Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
54 minutos atrás

Li aqui que o pelotão de apoio das companhias de fuzileiros tem uma seção de morteiro e uma seção anticarro, não tem mais uma seção de metralhadoras pesadas .50?

Joao
Joao
Responder para  Rafael Gustavo de Oliveira
14 minutos atrás

A .50 das SU Fuz não pertencem ao Pel Ap.
É operada pela Tu Furriel/ Seç Cmdo pra Def AT/SU.
Podendo ser empregada em outro ponto da ZAç da SU, obviamente.

Henrique A
Henrique A
51 minutos atrás

O pessoal que numa matéria assim sempre vem falar “mas poderíamos fazer isso aqui” tinham que parar pra pensar: o Brasil já fez isso que você dizem entre os anos 70 e 80 e como que foi que isso acabou?
Onde está a Engesa agora? A Bernardini?

O Brasil está preso perpetuamente na renda média muito por causa de gente assim que não aprende com os erros. Até hoje tem gente que defende a catástrofe da política econômica do regime militar que entregou o país com inflação de 3 dígitos e calote na dívida pública.

Esteves
Esteves
Responder para  Henrique A
4 minutos atrás

A política econômica da época foi impactada pela crise do petróleo de 1973 e outras que seguiram-se a essa nos demais anos.

Juros explodiram, petróleo explodiu, dólar…aço explodiu…o Brasil não tinha pauta de exportações.

Para tentar salvar a política da reserva de mercado criaram impostos…ICM, IPI, PIS, desconto de títulos, financiamento de capital de giro. O calote foi na dívida externa.

Deu tudo errado.