Drone Nauru 1000C participa de primeira missão oficial no Exército Brasileiro
Sistema da Xmobots é empregado no maior treinamento militar de 2024, a Operação Perseu.
São Carlos (SP), dezembro de 2024. O Nauru 1000C, Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP), da empresa brasileira Xmobots, fez sua estreia em uma missão oficial durante a Operação Perseu, do Exército Brasileiro. Trata-se da fase final de treinamento de 7.800 militadas com atividades que envolvem a operação do drone para defesa da pátria.
A operação aconteceu recentemente, no Comando Militar do Sudoeste, na região do Vale do Paraíba, e contou com a participação de cinco Comandos de Área do Exército Brasileiro.
“O bravo guerreiro Nauru 1000C mostrou sua grandeza em sua primeira missão em condições o mais próximo possível da realidade do combate, com um teatro de operações que envolve o emprego da tropa no terreno, aplicando a doutrina militar vigente em um quadro tático de combate no amplo espectro”, destacou o fundador e CEO da Xmobots, Giovani Amianti.
Drone para monitoramento de fronteira
Resultado da parceria entre a Xmobots e o Exército Brasileiro, o Nauru 1000C é um SARP projetado para missões de alto valor tático e estratégico, que atende às demandas do setor de Defesa e Segurança.
Com peso máximo de 181kg e quase oito metros de envergadura, o drone tem autonomia de 10 horas para voos diurnos e noturnos e alcance de comunicação de até 60km. Além disso, o Nauru 1000C possui tecnologia VTOL (decolagem e pouso verticais), que possibilita a realização de missões em áreas críticas ou de difícil acesso.
Para o General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, o Nauru 1000C eleva o nível tecnológico do EB. “Está colocando o Exército Brasileiro em outro patamar em termos de tecnologia, inteligência e aquisição de alvos. Esta tecnologia vai nos ajudar muito nas operações na faixa de fronteira, operações em ambientes urbanos e nas operações convencionais mesmo”, disse ao portal do órgão.
Um sistema completo para multimissões
O Nauru 1000C integra um robusto sistema que inclui três aeronaves, Gimbal exclusiva para missões de inteligência, vigilância, aquisição de alvos e reconhecimento, além de uma base móvel para estação de controle.
A base de controle é equipada com acesso por biometria, ar-condicionado, luzes de emergência, e assentos ergonômicos. Dessa forma, a segurança e a comodidade dos operadores são asseguradas em qualquer cenário.
Operação Perseu: maior treinamento militar do ano
A Operação Perseu é um treinamento militar que simula cenários próximos à realidade de um combate operacional. Iniciada no Comando de Aviação do Exército (CAvEx), em Taubaté-SP, a Operação Perseu, também passa por cidades como: Cruzeiro-SP, Lorena-SP, Areias-SP, Silveiras-SP e Resende-RJ. O objetivo é concluir o ano de instrução militar com simulações de cenários próximos à realidade de um combate operacional.
“A Operação Perseu é a operação mais importante da Força Terrestre no ano e a maior operação que estamos fazendo na América do Sul, com emprego de muitos meios e muitas atividades, onde iremos certificar diversas capacidades”, explicou o Comandante do Exército, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.
Sobre a Xmobots
Fundada em 2007, a Xmobots é uma empresa referência em tecnologia robótica, que verticaliza o desenvolvimento de veículos, hardware, software e inteligência artificial. O ecossistema de soluções integradas garante maior eficácia em processos produtivos de segmentos vitais para a humanidade, como Agro, Geo, Ambiental, Defesa e Segurança. Isso proporciona redução dos custos operacionais e aumento da produtividade sem prescindir da acurácia e qualidade.
DIVULGAÇÃO: Xmobots
Finalmente!
Fiquei até surpreso com a notícia. Para uma força que ainda usa o FAL usar drone deve ter sido uma mega experiência. É o primeiro passo de uma longa jornada que iniciamos com muito atraso. Para um País que projetou uma aeronave ímpar como o Super Tucano ainda estarmos nesse patamar com os drones é muito atraso. Que acelerem o passo porque drones já não são o futuro, são a realidade no presente e exemplos não faltam para provar isso.
Os FAL do EB foram revitalizados, parte doados para PM de alguns estados, também foram incorporados os novos armamentos da IMBEL o Fuzil de Assalto IA2 calibre 5,56mm e o 7.62
https://www.forte.jor.br/2020/05/09/avaliacao-operacional-do-fuzil-de-assalto-ia2-762-mm-apos-emersao-no-mar/
Catalog da IMBEL
https://www.imbel.gov.br/phocadownload/produtos/catalogo-de-produtos-imbel-2018.pdf
IA2?? O FAL de plástico que é mais caro que fuzis modernos?? O mesmo que é reprovado em testes nas PMs??
A maioria dos fuzis tem a mesma base, se não todos….
Caro, mas permite todos os escalões de manutenção.
PM reprovou???? PM vai no querer do EB fazer manutenção…. Reprovou….
Assim como nos treinamentos de combate com armas airsoft.
Fazer exercícios com drones comerciais de baixo custo adaptados [ou produzidos sob demanda], ”armados” com bombas de tinta, atacando soldados, instalações, veiculos e equipamentos.
Seria útil como forma de ganhar experiencia e compreensão praticas nas formas de ataque e defesa com e contra drones aéreos.
Os mísseis enforcers já foram comprados?
Segundo informações do pessoal da Xmobots na recente 8ª Mostra BID Brasil, ainda não foram feitos disparos do míssil a partir do Nauru 1000C, isto deverá acontecer em breve.
sim só em 2025 e na Europa
Excelente drone. SARPs cat1 vejo como necessários a nível brigada e nas artilharias divisionarias, o ideal para utilização da da AVEX seriam CAT2 em diante pelo valor estratégico, mas como provavelmente é para formulação de doutrina eles podem ser massificados para o restante da força (algum dia).
Caro Matheus, acredito que o EB tem um grande dilema nesse momento, colocar na doutrina como será a implantação desses drones, os drones maiores pelo visto ficou designado para Avex (ficou simples de resolver), mas os menores é o grande o problema… acredito que estão sendo pensado e discutido situações do tipo:
-A tropa que vai operar ou vão criar uma OM de drone para apoia-las?
-Quem vai ser responsável pelo treinamento, manutenção?
-Munições remotamente pilotadas (Drones kamikazes) que é um bicho totalmente novo…são armas de infantaria? cavalaria? artilharia? quem vai operar?
O problema que os outros países já tem tudo isso pronto e as coisas aqui não andam como gostaríamos, além do problema clássico da falta de verba e isso vai aumentando um GAP tecnológico militar com o resto do mundo…a Argentina com todos os problemas que tem, está na nossa frente nessa questão e não é feio admitir.
Ótimo equipamento! Outra coisa, já está mais do que na hora do Brasil começar a usar drones armados ou drones kamikaze.
Acredito que antes de pensar em “drones kamikazes” o exercito precisa enxergar a manobra em todos níveis de comando, sinto muito a falta de drones categoria 1 e categoria 0 para equipar a tropa…esses drones são pequenos suficiente para tropa poder carregar consigo para manobras como aqueles DJI foram para AVEX (talvez para criar doutrina), mas acredito que esse tipo de equipamento (menor) deveria fazer parte do quadro de dotação de material dos batalhões. Existe uma infinidade de missões no uso para drones, esses drones menores podem auxiliar na obtenção de IRVA (inteligência, reconhecimento, vigilância e aquisição de alvos), algumas funções que podem ser auxiliadas.
-Observadores avançados podem utilizar para fazer correção de tiros do pelotão/seção de morteiros.
-Pelotão de exploradores/pelotão de reconhecimento poderiam ver atras das colinas nas patrulhas e passar informes para seção de inteligência, sendo essa capaz de ver essas imagens em tempo real.
-Seção de operações poderia ver em tempo real as companhias atuando no terreno conforme manobra tática e ajudar na coordenação (consciência situacional).
-Pelotão de engenharia de combate poderia usar drones no reconhecimento de explosivos, como armadilhas, minas terrestres, IED, etc…
Nauru é um excelente equipamento na categoria dele, mas se não fizermos o básico, aquele feijão com arroz, não é um ganho de capacidade a ponto de fazer uma diferença, esses drones maiores a FAB tem, a Marinha tem, agora o EB tem, precisamos de drones pequenos para diminuir esse GAP tecnológico com o resto do mundo.
Vou dar um exemplo de uma situação que me deixou descontente com exercito…o EB adquiriu aquele Hórus FT-100 isso aconteceu há uns 10 anos atrás e não criou uma doutrina de operação e agora estão começando tudo novamente? e pior não seguiu em frente a ponto de dar baixa no equipamento, sinceramente se for para comprar meia dúzia drones e depois dar baixa (para inglês ver), além de não fazer sentido é desrespeitoso com a BID.
Tenho visto muito drone cat 1 sendo empregado.
Vi no Haiti, nas pacificações, na Taquari, e em inúmeros exercícios.
Talvez não apareça muito, pq está em fase de implantação, no sentindo de escolha do modelo, quem vai opera-lo no Quadro de Cargos etc.
Mas sta há anos sendo utilizado.
Mas a maioria é por iniciativa dos próprios batalhões, que adquirem esses drones e operam de maneira empírica haja visto que, até onde eu sei, não há padronização nem doutrina para emprego dessa categoria de drones pela tropa.
Já há um tempo tem estágio de operador de SARP.
O estudo é pra definir na organização, a mudança de QCP.
Cada Pel SARP tem 2 a 3 Seç SARP, com 2 SARP cada.
Nao sabia. Obrigado pela atualização.
Drones o exército precisa desenvolver tecnologia do GPS e satélite de baixa órbita de comunicacao brasileiro e não assinar serviços estrangeiros. As FA Brasileira precisa desenvolver tecnologia militar aqui.
Precisa criar as escolas técnicas para recrutas de modo qualificar os soldados enganjados e cabos para atuar na desenvolvimento e teste de operação com novas tecnologia de modo fazer parte rotina de serviço militar.
Quis dizer criar um sistema GNSS (GPS é um produto de patente americana)….mal conseguimos colocar foguete em órbita, quanto mais fazer uma constelação de satélite….calma, um sonho de cada vez…rs
Salve Rafael ! ! O Brasil poderia optar por uma rede microssatelites que fornecesse posicionamento regional (somente Brasil ou toda a AS). Temos foguetes para isso; pois a carga útil e a órbita desejada alcançamos fácil.
Contudo, esbarramos no orçamento e na vontade política (não necessariamente nessa ordem).
Parceria com Índia, China e Rússia estão aí para isso.
Uma rede de geoposicionamento regional e com tecnologia nativa nos garantiria um fator dissuasório à mais, pois não ficaríamos à mercê de glonass; gps; baidu; galileo ou Irnss.
Contudo, caso precisássemos atuar de forma expedicionária estaríamos em aliança com 1, ou mais, desses países que já dominam o sistema de geoposicionamento por satélite, então usaríamos aquele que fosse indicado.
Mas, para atuarmos dentro do nosso território e no entorno sul-americano, usaríamos o nosso – ainda que qualquer um dos sistemas citados estivesse disponível.
“Temos foguetes para isso; pois a carga útil e a órbita desejada alcançamos fácil.”
Favor especificar qual foguete nacional consegue colocar um artefato em órbita.
Nem eu, nem a AEB, nem IAE, sabemos deste projeto secreto brasileiro.
Falha minha. Confundi teste do motor foguete com a existência do foguete em si.
Qto ao projeto secreto…foi esculache!
Mas td bem, vida que segue.
Amigo, as FFAA são subordinadas a um Governo. Esse Governo e a sociedade têm que querer que o Brasil possua capacidade de dissuassão, o dinheiro so vem de um lugar! As FFAA são o instrumento e não o contrário.
Líder Bispo, salve !
Sim, desenvolver tecnologia de geoposicionamento por satélite é vital para a manutenção da soberania.
Duas perguntas:
1) Preço?
2) Quantidade encomenda?
Tinha que colocar um drone desse sobre cada favela do RJ para coletar informações de inteligência por 24h, um dos grandes problemas é que é muito fácil se esconder e esconder coisas nesses lugares, tem casas que não tem nem número, com o drone isso acabaria.
O STF não autorizaria: Alegaria invasão da privacidade alheia.
Saiu do tema, mas vamos lá…em operações policiais como inteligencia sim, mas nesse sistema de vigilância 24/7 só vão ver a criminalidade operando e não vão fazer nada…o que é ruim na visão política no quesito segurança pública e vão cancelar a operação infelizmente.
Mais útil na fronteira, depois que entrou armas e drogas para centros urbanos o trabalho de polícia fica ineficaz e não é culpa deles.
Verdade. A favela não produz drogas e armas. Mas é um.alvo.mais fácil de ver e um culpado prefeito..
Na fronteira não adianta nada já que tudo entra normalmente pelas vias federais, não teria como o drone saber quem está transportando o que.
Acredito que seria útil em certos momentos, com uma camera boa, daria para filmar quem anda armado, e em qual casa está as drogas, depois fazer a prisão e apreensao
Sim, utilizar monitoramento por drone assim como se usa o monitoramento telefônico. Mas para casos que visem crimes de maior alcance.
Sim, um caso a ser pensado; se já não estiver ocorrendo tal monitoramento.
Com essa autonomia de 10 horas, será que há previsão de algum link mais “forte” para aumentar o raio operacional? 60 km é de botar respeito, mas ao meu ver poderia trabalhar com centenas de km com uma comunicação melhor. Abraços