Exército e Marinha dos EUA avançam em armas hipersônicas

O Escritório de Capacidades Rápidas e Tecnologias Críticas do Exército dos EUA, em colaboração com os Programas de Sistemas Estratégicos da Marinha, completou recentemente com sucesso um teste de voo “end-to-end” de um míssil hipersônico convencional na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.

“Este teste é um avanço significativo que se baseia em diversos testes anteriores, nos quais o Corpo de Deslizamento Hipersônico Comum alcançou velocidades hipersônicas em distâncias-alvo. Isso demonstra que podemos colocar essa capacidade nas mãos dos nossos combatentes,” afirmou Christine Wormuth, Secretária do Exército dos EUA.

Este é o segundo teste end-to-end bem-sucedido do All Up Round (AUR) neste ano e o primeiro disparo ao vivo do sistema de Arma Hipersônica de Longo Alcance utilizando um Centro de Operações de Bateria e um Transportador-Eretor-Lançador.

“Este teste marca um marco importante no desenvolvimento de um dos nossos sistemas de armas mais avançados. À medida que nos aproximamos da primeira entrega dessa capacidade aos nossos parceiros do Exército, continuaremos avançando para integrar o Conventional Prompt Strike em nossos navios de superfície e submarinos, garantindo que continuemos sendo a força de combate mais proeminente do mundo,” disse Carlos Del Toro, Secretário da Marinha dos EUA.

As informações coletadas nesse teste apoiarão o primeiro Desdobramento Operacional do Exército do AUR hipersônico comum, bem como o uso pela Marinha em campo, a partir de bases navais.

“Este teste é uma demonstração do sucesso da parceria entre Marinha e Exército, que nos permitiu desenvolver um sistema de armas hipersônicas transformador, oferecendo uma capacidade inigualável para atender às necessidades conjuntas de combate,” declarou o Vice-Almirante Johnny R. Wolfe Jr, Diretor dos Programas de Sistemas Estratégicos da Marinha, principal responsável pelo design do míssil hipersônico comum.

O AUR hipersônico comum apoia a Estratégia de Defesa Nacional e fornecerá aos comandantes combatentes capacidades diversificadas para sustentar e fortalecer a dissuasão integrada, além de construir vantagens duradouras para a Força Conjunta.

Sistemas hipersônicos, capazes de voar a velocidades superiores a cinco vezes a velocidade do som (Mach 5), oferecem uma combinação única de velocidade, alcance, manobrabilidade e altitude. Isso permite a rápida neutralização de alvos críticos, mesmo em áreas fortemente defendidas.

“A capacidade de resposta, manobrabilidade e sobrevivência das armas hipersônicas são incomparáveis com as capacidades de ataque tradicionais para alvos de precisão, especialmente em ambientes de negação de área e acesso,” destacou o Tenente-General Robert A. Rasch, Diretor de Hipersônicos, Energia Dirigida, Espaço e Aquisições Rápidas do RCCTO.

Os programas RCCTO do Exército e SSP da Marinha estão colaborando para lançar rapidamente variantes terrestres e marítimas de um sistema de armas hipersônicas que atenderão às necessidades críticas conjuntas de combate. O uso de um míssil hipersônico comum e oportunidades conjuntas de teste permitem que os Serviços sigam um cronograma mais agressivo para entrega e realizem economias de custo. Essa colaboração garante que os Serviços permaneçam à frente de ameaças emergentes e mantenham uma vantagem decisiva no campo de batalha.

FONTE: U.S. Department of Defense

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sgt max wolf filho
sgt max wolf filho
1 mês atrás

achei q era o exercito do Brasil pela manchete da matéria, quick byte barato esse!

Cido
Cido
Responder para  sgt max wolf filho
1 mês atrás

Se o hipersonico dos EUA for o da foto, lembra o do Iran… Será que os EUA por falharem há anos, estão mantendo a tradição de r0ubar e sequestrar cientistas para seus projetos ??

sergio S.
sergio S.
Responder para  Cido
1 mês atrás

Se o hipersonico dos EUA for o da foto, lembra o do Iran… Será que os EUA por falharem há anos, estão mantendo a tradição de r0ubar e sequestrar cientistas para seus projetos ??”…você chegou nessa conclusão vendo apenas essa foto que mal da para ver o míssil? tu é fofão hein….

Bosco
Responder para  sergio S.
1 mês atrás

Rsss
Nem o Cido acredita nisso. Só falou pra acumular pontos com a “tiurma”. Rsss
Não pode é deixar escapar a oportunidade de “lacrar”.

Na verdade esse míssil lembra o míssil ICBM americano Midgetman que estava sendo desenvolvido nas décadas de 80/90.
Vale salientar que o veículo planador hipersônico “comum” desse míssil pode ser utilizado em qualquer “veículo” que o suporte.
Em tese poderá ser instalado num Minuteman ou em um Trident, fornecendo capacidade de resposta imediata convencional global.

Bosco
Responder para  Bosco
30 dias atrás

Não entendi.
Vários comentários meus sumiram desse post e do naval.
Será que já é efeito dos drones chegando no “Brazil”?

Rogério Loureiro Dhiérteria rio
Rogério Loureiro Dhiérteria rio
Responder para  Cido
1 mês atrás

Sim eles levam cientistas do mundo todo para trabalharem para eles.

Más isso tudo tem dois custos.

O primeiro é do país de origem do tal “ciêntista” que mal paga ou distribui de forma justa e igualitária a renda do país, praticamente obrigando esse profissional a procurar melhores condições de vida, inclusive fora de sua terra natal;

Segundo que os EUA não roubam, eles pagam e muito bem o que outros não estão dispostos a pagar.

Resumo.

Não existe roubo.

Existe negócios.

Eu te pago melhor para você viver melhor, com sua familia etc…etc..

Em troca, trabalhe para mim.

Não tem vitimismo.

Jagderband#44
Jagderband#44
Responder para  Rogério Loureiro Dhiérteria rio
1 mês atrás

E eu pagaria o cido para não falar abobrinhas.

Felipe
Felipe
Responder para  Cido
30 dias atrás

Claro q não, na próxima tenha a obrigação de pesquisar quais são os mísseis que os EUA estão desenvolvendo, para não comentar bobagens, custa nada!

Jaguar
Jaguar
1 mês atrás

enquanto isto na Russia…

LUIZ
LUIZ
Responder para  Alexandre Costa
1 mês atrás

Off topic: E a Rússia que é um estado terrorista como acusam os países da OTAN e a própria Ucrânia. Na tecnologia mísseis hipersônicos os russos estão ums 10 anos a frente dos EUA.

Bosco
Responder para  LUIZ
1 mês atrás

E qual a vantagem da Rússia em estar 10 anos a frente nessa tecnologia?
E qual a vantagem que os mísseis hipersônicos têm oferecido aos russos?

SteelWing
SteelWing
Responder para  Bosco
1 mês atrás

A vantagem de não poderem ser interceptados ou extremamente difíceis de serem interceptados, fosse assim os EUA não estariam gastando bilhões para terem também.

Cristiano ciclope
Cristiano ciclope
Responder para  SteelWing
1 mês atrás

Exatamente.

Iran
Iran
Responder para  SteelWing
30 dias atrás

Acho que o que ele quis dizer foi: o que adianta a Rússia ter armas hipersônicas se eles estão atrás em praticamente todo resto, inclusive doutrina? Exemplo, do que adiantou ter o SU-34 extremamente moderno se ele só jogava bomba burra?

Hcosta
Hcosta
Responder para  Bosco
1 mês atrás

Não lhes retire a ilusão dos hipersónicos, torpedos, cruzadores nucleares, etc.

Desde o início desta 2ª invasão que não há muitos motivos para se vangloriarem sobre as “grandes” vantagens tecnológicas Russas…

é tudo à base de T-80 para baixo…

Cristiano ciclope
Cristiano ciclope
Responder para  Hcosta
1 mês atrás

Se o básico funciona, para quê gastar oais sofisticado?

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Responder para  Cristiano ciclope
1 mês atrás

Porque poupa vidas, e vidas têm valor.

Cristiano ciclope
Cristiano ciclope
Responder para  Bosco
1 mês atrás

São armas destinadas a alvos espeficos, de alto valor e densamente defendidos, como um super porta-aviões no mar, sim super porta-aviões atracado numa base naval, um depósito de munições de munições fortificado ou um centro de comando e controle.
Na Ucrânia a guerra e mais pulverizada, infantaria dispersa no território, trincheiras, nesse tipo de guerra, mísseis de cruzeiro, ou balísticos, de qualquer velocidade que for, seja ocidental ou não, não faz muita diferença.
A não ser com uma ogiva nuclear tática, aí sim, num cenário 3 guerra mundial, um único kinzal com uma ogiva, destroe uma base aérea da OTAN com caças F-35 sem poder ser interceptado a dois mil km de distância, mas aí o nível e outro.

Bosco
Responder para  Cristiano ciclope
1 mês atrás

Cristiano,
Concordo que mísseis hipersônicos são para serem utilizados contra alvos específicos, de alto valor.
O problema é que os russos os utilizam de forma indiscriminada e fora de um contexto em que o míssil lhes proporcione uma vantagem decisiva.

Bosco
Responder para  LUIZ
1 mês atrás

Os mísseis “toscos” feitos nas coxas pelas ditaduras , com qualquer velocidade (subsônica, supersônica e hipersônica) não se comparam aos refinados mísseis ocidentais.
Um exemplo claro é o Irã, que não fabrica caças mas fabrica mísseis. Claro, fazer um míssil balístico hipersônico é mil vezes mais fácil que fazer um caça de quarta ou quinta geração.
O Brasil mesmo se quisesse já teria seus “hipersônicos” tendo em vista ter expertise em motores foguetes sólidos de alta densidade energética.
A questão é: vai fechar qual gap?
Ter dois tubos de alumínio ou aço inox preenchidos com propelente sólido para funcionar como dois estágios e ter um objeto aerodinâmico na ponta , resistente ao calor, não faz desse míssil um míssil eficaz do ponto de vista militar, a menos que esse não seja o interesse e sim o midiático ou provocar o terror psicológico e em sendo utilizado só teria uma validade mais do que questionável se utilizado contra alvos civis (cidades) e de preferência carregado com agentes químicos.
Temos visto isso na Ucrânia e em Israel.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Bosco
1 mês atrás

e a Coreia do Norte…
Talvez tenham aprendido no mesmo local…

Cristiano ciclope
Cristiano ciclope
Responder para  LUIZ
1 mês atrás

E foram ridicularizados quando anunciaram as armas deles, disseram que era impossível de funcionar.

Felipe
Felipe
Responder para  LUIZ
30 dias atrás

Se mísseis hipersônicos ganhasse guerra a Rússia já teria vencido a Ucrânia!

Cristiano ciclope
Cristiano ciclope
1 mês atrás

E pensar quando o Putin falou das armas hipersonicas a anos atrás, a OTAN falava serem armas fake, impossíveis de existir, não tem como manobrar, não tem como ser guiado e por último, as atuais defesas conseguem interceptar, então não vale a pena!
E hoje, a OTAN corre atrás da Rússia e da China nessa tecnologia.