TCU rejeita recurso da KNDS France contra licitação de viaturas obuseiras do Exército Brasileiro
O Tribunal de Contas da União (TCU) indeferiu em 4 de dezembro de 2024, um recurso apresentado pela empresa francesa KNDS France. A companhia buscava suspender a licitação do Exército Brasileiro para a compra de 36 veículos blindados equipados com canhões de longo alcance. A decisão mantém o processo sem alterações, rejeitando o pedido de medida cautelar.
Em abril, o Exército anunciou que a empresa israelense Elbit Systems foi a vencedora do processo licitatório. A concorrência também contou com propostas de outras empresas estrangeiras, incluindo participantes da França, China e Eslováquia. No entanto, a decisão enfrentou um atraso em maio devido a pressões políticas atribuídas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conhecido por suas críticas à política israelense.
Abaixo, o texto do acórdão:
ACÓRDÃO Nº 2654/2024 – TCU – Plenário
Trata-se de representação acerca de possíveis irregularidades no RFP/RFT 1/2023, sob a responsabilidade do Comando Logístico do Exército Brasileiro – Colog, cujo objeto é a aquisição de 36 (trinta e seis) Viaturas Blindadas de Combate Obuseiro Autopropulsado 155 mm Sobre Rodas (VBC OAP 155 mm SR).
Considerando que a unidade técnica não constatou irregularidades na definição das notas dos produtos ofertados, para os quais foram adotados parâmetros e critérios de avaliação rigorosos e bem estruturados, utilizando-se metodologia amplamente reconhecida e utilizada no mundo, especialmente em relação à tomada de decisões baseada em multicritério;
Considerando que restou comprovada a maturidade do produto ofertado pela licitante declarada vencedora, que foi considerado como de “Produção Seriadas Consolidada”, com ateste de ao menos onze vendas anteriores, e para o qual não se constatou customização relevante em relação à aquisição do Comando Logístico;
Considerando que o requisito de dimensionamento do material de transporte rodoferroviário foi definido como referência, de modo a possibilitar variações, não havendo razões para desclassificar o produto da segunda colocada no certame, para o qual se considerou haver prancha rodoviária disponível em território nacional capaz de transportá-lo;
Considerando, por fim, que não foram constatadas irregularidades nos procedimentos licitatórios, mormente em relação ao processamento dos recursos e direito de petição, bem como em relação ao sigilo adotado sobre as informações sensíveis relacionadas à segurança nacional e à estratégia comercial das empresas participantes do certame;
Considerando que os TCs 024.251/2024-0 e 024.429/2024-4, por pertinência temática, foram apensados ao presente, e tratam de supostas ações no sentido de causar atrasos e inviabilizar a contratação da empresa mais bem classificada no certame;
Considerando que não se verificou atraso deliberado na homologação do processo, que, conforme informado pela Unidade Jurisdicionada, aguarda o deslinde do presente para sua homologação e que, ademais, não se verificou irregularidades que prejudiquem a licitante primeira colocada no certame;
Os ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão de Plenário, ACORDAM, por unanimidade, com fundamento no artigo 43 da Lei 8.443/92; c/c os artigos 1º, inciso XXIV; 17, inciso IV; 143, inciso III; 234, §2º, 2ª parte; 235 e 237, todos do Regimento Interno, em conhecer da presente representação, para, no mérito, considerá-la improcedente, indeferir a medida cautelar pleiteada, bem como determinar o seu arquivamento, de acordo com os pareceres emitidos nos autos e comunicar do presente acórdão ao Comando Logístico do Exército Brasileiro e aos representantes deste processo e dos TCs 024.251/2024-0 e 024.429/2024-4.
1. Processo TC-022.223/2024-0 (REPRESENTAÇÃO)
1.1. Interessado: Centro de Controle Interno do Exército.
1.2. Órgão/Entidade: Comando Logístico – Colog.
1.3. Relator: Ministro Aroldo Cedraz.
1.4. Representante do Ministério Público: não atuou.
1.5. Unidade Técnica: Unidade de Auditoria Especializada em Contratações (AudContratações).
1.6. Representação legal: não há.
1.7. Determinações/Recomendações/Orientações: não há.
O Lula está atrasando um projeto estratégico do estado brasileiro por pura ideologia.
Ainda bem que 2026 está chegando.
Acho que essa licitação vai caducar antes, ai tera que fazer tudo novamente.
Sim. As condições iniciais da recusa brasileira ainda estão presentes.
O TCU reconhece que as alegações da KNDS acerca do processo licitatório são improcedentes e atesta que a vencedora foi a ELBIT Systems. O governo pode adquirir o item ou realizar um novo processo licitatório após os procedimentos contratuais. O problema é que as condições iniciais para a não formalização do contrato ainda persistem. O governo de Israel permanece o mesmo, e não há, no momento, condições diplomáticas favoráveis a um estreitamento das relações bilaterais. As Forças Armadas, habitualmente, têm realizado política internacional sem prévia consulta ao MRE e ao governo federal, historicamente se arrogando o direito de estabelecer relações… Read more »
E desde quando as Forças Armadas precisam do aval do MRE?
Brics são uma sociedade que não deu e nunca vai dar certo.
O que está errado e esse cachaceiro querer barrar a venda dos melhores sistemas por puro ideologismo político.
Mas, na pior das hipóteses, 2026 logo chega e essa raça volta pra cadeia.
Recordo que no período de 2019 a 2022 o Brasil foi a maior potência militar do sul global. Contém ironia. Hipocrisia é acreditar que lado B ou Lado A vai fazer mais pela defesa.
Num país com tantos problemas e tanta corrupção as prioridades podem não ser as ideais.
Bom, agora o governo tem de assinar a compra dos ATMOS e todo mundo fica feliz…
Sonho meu, sonho meu…kkkkk
Abraço
Nas palavras dos Mandalorianos ;
” Como deve ser !!!”
Excelente. Que a aquisição siga em frente agora. Os 36 (trinta e seis) Obuseiros poderão equipar 3 (três) Grupos de Artilharia de Campanha (GAC), em complemento aos GAC equipados com os M-109 A5/A5 plus, o que deixará a artilharia autopropulsada 155mm em boas condições. Não sei a quantas andas o planejamento de adquirir o M-198, para substituir os já cansados M-114 (155mm autorebocados). Por fim, também carece a atenção a mais que necessária substituição dos M101 por obuseiros L-118/119 (o EB possui apenas 36 unidades L-118). De qualquer modo, pelo menos a artilharia 155mm estará bem servida com a nova… Read more »
“Não sei a quantas andas o planejamento de adquirir o M-198, para substituir os já cansados M-114 (155mm autorebocados)”
Que eu saiba esse assunto morreu já faz um bom tempo.
Pelo q se sabe, os M-101 serão substituídos por Light Gun produzido no Brasil.
Os M-114 ainda está em estudo. Essa “guerralhada” toda no mundo não está ajudando.
Lembrando que há poucos meses países da OTAN substituíram seus M-114.
A OTAN já substituiu os substitutos do M114.
O M114 está obsoleto desde a década de 70. Para ser mais exato desde quando surgiram as peças L39 e L45. O M114 possui alcance máximo 14,6 km enquanto os substitutos possuem praticamente o dobro do alcance.
Na verdade as peças rebocadas 155mm estão obsoletas, com exceção do M777. A maioria já foi substituída por peças AP.
Aliás, grande parte das peças rebocadas 155mm sobreviventes da OTAN foi desovada na Ucrânia.
Muito bom ,sem ideologia hipócrita e que o EB se imponha pela compra.
Existe Hierarquia de disciplina no Poder executivo
Mais uma lapada seca nesses franceses. E o prego no caixão será o acordo UE-Mercosul que sai mais tarde.
E que não é bom para a indústria nacional
Você fala isso, porém a FIESP foi uma que fez lobby para o acordo. Literalmente o acordo vai até facilitar exportações de carros do Mercosul para a UE. Eu não sei de onde vocês tiram isso.
Não sei qual carro seria exportado hoje pra Europa do Brasil, sendo que as europeias dominam o mercado brasileiro. Hoje o maior risco pro mercado europeu de autos se chama BYD.
Eu sou fã da indústria Israelense , tanto a militar quanto a civil.
Dependesse de mim estaria assinado o contrato , mas eu sou voto vencido e o povo brasileiro escolheu outro tipo de politica.
Agora vamos assinar esse contrato,com os atrasos acho viável agora aumentar para pelo menos 41 à 46 unidades. Um absurdo esse atraso por pura ideologia.
“com os atrasos acho viável agora aumentar para pelo menos 41 à 46 unidades”
…. quem sofre com isso são os Blog, parques de manutenção e arsenais que precisam garantir operacionalidade dos meios atuais por mais tempo.
Aumentar acho difícil, mais fácil o governo querer cortar….a lógica é a seguinte…se o eb precisar de 100 unidades, precisa pedir uns 200 para chegar os 100….rs
No mínimo 80..
Claro, melhor financiar criminosos como Netanyahu e seus asseclas…
Morrer de fome Israel não morrerá por deixar de vender obuseiros, eles ganham anualmente uma mesadinha de seu cafetão Yankee🤔🇺🇲.
Mas como são o povo escolhido, vai que a venda sai😆😆😆
Estão querendo ganhar no tapetão.
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
A KNDS queria vender caminhões Peugeot com canhões mintal?
Deus nos livre. E os Franceses continuam perdendo sem elegância.