Zaluzhny acredita que a Europa não está preparada para uma guerra prolongada com a Rússia
O embaixador da Ucrânia no Reino Unido e ex-comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valeriy Zaluzhny, afirmou que os países europeus não estão prontos para enfrentar uma guerra prolongada contra a Rússia.
“Se falarmos de ações militares de curta duração, é provável que os países europeus estejam preparados. Mas a questão essencial é se eles estão prontos para uma guerra de desgaste.
Vamos analisar os números. Em outubro, a Ucrânia foi alvo de cerca de 1.643 drones ‘Shahed’ e aproximadamente 200 mísseis em instalações civis de infraestrutura energética. E a tendência é de aumento nesse número. Apenas neste mês de novembro de 2024, o número de ‘Shaheds’ e mísseis direcionados contra alvos civis está se aproximando de 3.000, e o mês ainda não acabou.
O número de alvos aéreos está aumentando, mas os meios para combatê-los são limitados e extremamente caros. Por esse critério, considero que nem o Reino Unido nem os países europeus estão preparados para possíveis ações militares contra a Rússia. Embora eles disponham de um número significativo de aeronaves F-16, com excelentes capacidades de defesa antiaérea, seria possível esgotar completamente os sistemas de defesa em 2-3 meses.
Se estão desenvolvendo medidas alternativas para enfrentar alvos aéreos, é difícil dizer. Provavelmente, não.”
Zaluzhny destacou que, em outubro e setembro, as linhas de frente da Ucrânia receberam cerca de 4.500 bombas guiadas aéreas. Ele observou que as ogivas dessas bombas têm um peso de 500 kg, enquanto as ogivas dos mísseis “Iskander” têm 480 kg.
“Hoje, existe algum país europeu, ou mesmo o Reino Unido, com pelo menos 5.000 mísseis para sistemas ‘Patriot’ que possam interceptar bombas aéreas guiadas? Tenho dúvidas. Esses mísseis são extremamente caros e, consequentemente, difíceis de produzir em grandes quantidades. Por isso, na perspectiva militar, parece que eles não estão prontos”, afirmou o embaixador.
Zaluzhny também mencionou que, além das operações militares, os russos utilizam estratégias de guerra psicológica e informacional como parte de sua abordagem de desgaste.
“A Europa está acostumada a um ambiente confortável e não quer abandoná-lo agora. Portanto, na minha opinião, se estão preparados para uma guerra de desgaste, é com grandes limitações”, disse ele.
Por outro lado, Zaluzhny observou que, no momento, não vê adversários com recursos suficientes para conduzir operações militares em larga escala por um longo período.
“Tenho até dúvidas se a China está preparada para realizar ações de larga escala agora”, concluiu.
FONTE: Ukrainska Pravda
Pode até não estar preparada, mas a vassalagem em relação aos EUA é o que conta para decidir se o conflito na Ucrânia se deflagrará para o resto da Europa ou não.
Contanto que o fogo continue no parquinho dos outros, os EUA continuarão em uma posição cômoda e dispostos a usar os estados europeus como bucha de canhão.
O ataque russo na fabrica Yuzhmash pode ter afetado um pouco alguns interesses americanos…
A fábrica que o IRBM teve como alvo, estava produzindo peças de foguetes para a Northrop.
Talvez a seleção de alvos aqui tenha mais significado do que está sendo demonstrado.
https://www.space.com/ukraine-space-sector-threatened-lost-partnerships
Bem realista!
E muitos ainda irão contra a fala deste senhor.
E os especialistas diziam que o estoque de munições da Rússia já estava esgotado!
E esgotou, por isso eles importaram milhões da Coréia do Norte!
No mais,não conseguiram tomar Kiev que começou a receber caças e autorização para atacar o território russo esse ano…
A resposta parece de jogo de RPG. No TO real a necessidade de uma paradinha para conversa entre as partes se faz cada vez mais necessária. Se escalar mais do que está a França vai mandar seus legionários (mais grana….) e os ingleses vão junto (interesses próprios). Botas no chão da Ukrania e ahi n hora que entrarem em combate direto, não tem volta atrás.
A outra opção é atender as exigências “Putianas”, ou seja, a Ucrânia vira algo pior do que a Bielorússia, algo parecido com o holodomor e Putin segue para Moldávia e Geórgia, equanto a China recupera se sente confiante em recuperar Taiwan e atacar a Filipinas.
Se Trump não conseguir fazer essa paradinha para conversa, o mundo todo estará em grandes apuros, pois recuar não me parece “razoável”.
Sim.
Depois da Rússia conquistar Moldávia e Geórgia, avança até Suiça para chegar até Lisboa.
A China avança para Austrália e conquista o Peru.
É bem óbvio.
Com o fim da Guerra Fria, a Europa diminuiu tremendamente sua capacidade militar.
Muitas vezes, delegando capacidades que tinham, a outros aliados.
A Rússia manteve, ainda que “aos trancos e barrancos”, muitos meios.
E a Europa não quer entrar em uma economia de guerra.
Que bom que um especialista tá falando da loucura que é tá todo mundo dando como certo essa guerra e agindo como tal sem nenhum plano B (até pq estão dinamitando os fóruns globais que deveriam ser alternativa ao confronto bélico).
Fanfarrão. Rússia está sem IFV, MBT e seus caças e helicópteros operam com grandes restrições devido as defesas áreas ucranianas. E o Putin teve que pedir ajuda para a Coreia do Norte enviar mais soldados, pois suas baixas são praticamente insustentáveis.
Ele realmente acredita que a Rússia seria capaz de enfrentar a Europa em uma guerra convencional, com caças stealth, defesas áreas aos montes e tropas altamente equipadas, é sério isso?
Mesmo com suas deficiências, sim a OTAN está preparada para enfrentar a desgastada Rússia.
Calma lá meua…….migo
Por mais que a guerra sejá custosa para ambos os lados temos que admitir que desde o princípio a Rússia tem resguardado um parte significativa de suas forças pra um eventual conflito com a Otan, talvez não o bastante mas isso a Otan vai ter que pagar pra ver
Você acha de verdade que os europeus bem-nascidos, leite-de-pera, estão preparados pra passar anos nas trincheiras levando tiro de artilharia russa na cabeça? Ou eles destroem a Rússia no ataque inicial, ou não aguentam uma guerra prolongada.
Eu adoraria ver um Finlandês, Sueco, Norueguês, Dinamarquês e etc, esse povo que não sabe o que é trabalho braçal (pois tercerizam aos imigrantes) enfiados em trincheiras no inverno para defender os interesses políticos dos EUA na região. Aposto que boa parte pede para sair da Aliança na primeira oportunidade.
Teve cidadão por aí contando na “Net” que os europeus vivem passando laquê no cabelin no meio de um confronto.
O embaixador faz uma constatação e uma provocação com sua afirmação. De fato, os europeus concentraram-se, no pós-guerra, na reconstrução de seus países, no pagamento dos longos financiamentos do Plano Marshall, na geração de empregos para suas populações e, naturalmente, na distribuição dos benefícios da riqueza gerada para os mais pobres (dentro do possível). A Europa desenvolveu um modelo de organização política e econômica em que o Estado assume um papel ativo na promoção do bem-estar social e econômico de seus cidadãos, conhecido como welfare state.
A guerra ideológica, em sua plenitude, foi defendida pelos Estados Unidos como uma resposta aos avanços socialistas, que o Ocidente passou a chamar de comunismo. Nesse sentido, recaíram sobre o país mais rico e maior beneficiário desse arranjo os gastos mais vultosos com a proteção da Europa no contexto da Guerra Fria.
A provocação está diretamente ligada a mexer com os brios do europeu mediano, incentivando um maior envolvimento da Europa na causa. Afinal, do outro lado do Atlântico, as notícias não são alvissareiras. Trump, percebendo o declínio dos EUA frente à China e ao mundo multilateral, não está disposto a destinar mais bilhões de dólares que poderiam ser utilizados em outras necessidades internas. O déficit orçamentário dos Estados Unidos no ano fiscal de 2024 atingiu aproximadamente US$ 1,833 trilhão, representando um aumento de 8% em relação ao ano anterior.
Especialistas e autoridades expressam preocupação com a trajetória ascendente do déficit e da dívida pública dos EUA, destacando os riscos potenciais para a economia global e a necessidade de medidas fiscais para garantir a sustentabilidade econômica a longo prazo.
Resta saber se Trump aplicaria um receituário neoliberal de corte de gastos. Na prática, o que importa é o tipo de gasto que um país realiza, e não necessariamente a busca pelo déficit zero. Mas isso seria outro — e fascinante — assunto. Nesse contexto, o orçamento público dos EUA assemelha-se ao de muitos países, em que o dinheiro público serve como fonte, mas as destinações frequentemente atendem a interesses privados.
Será que Trump teria coragem de reduzir o número de bases militares? Um país sem recursos deveria realizar cortes significativos e definir prioridades. O certo é que, se nada for feito, o mundo já está diante de uma crise contratada: a crise da dívida americana. Essa crise poderá ser transformadora para o mundo que conhecemos.
Uma guerra em larga escala, na Europa, seria um desastre difícil de mensurar.
Ex-comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia.
Atual embaixador da Ucrânia no Reino Unido.
Não é um prisioneiro de guerra na Rússia.
Não está com uma arma apontada pra cabeça em algum lugar isolado.
E mesmo assim vai ter muita gente dizendo que ele não sabe de nada, está recebendo dinheiro da Rússia, ou que é uma tática para enganar a Rússia e blá-blá-blá etc.
“Hoje, existe algum país europeu, ou mesmo o Reino Unido, com pelo menos 5.000 mísseis para sistemas ‘Patriot’ que possam interceptar bombas aéreas guiadas? Tenho dúvidas. Esses mísseis são extremamente caros e, consequentemente, difíceis de produzir em grandes quantidades. Por isso, na perspectiva militar, parece que eles não estão prontos”, afirmou o embaixador.
Isso é justamente o que o convidado do Felipe Sales do Base Militar Vídeo Magazine diz sobre as armas ocidentais/padrão OTAN e Russia/Chinesas entre outras, onde o convidado Sr. Sandro Teixeira diz que essa guerra da Rússia x Ucrânia esta mostrando que ter armas com menos qualidade numa guerra longa é melhor do que ter armas de grande qualidade já que para produzi-las além da demora elas são muito caras.
O vídeo foi ao ar 03/11/2024.
https://www.youtube.com/watch?v=9b6jo8izu1I&t=305s
O Sandro falou algumas bobagens na live. Até os 10 minutos, ele estava falando sobre o Surovikin que havia sido demitido, mas acontece que a demissão dele aconteceu no início de 2023, isso não ocorreu no início de 2024, após a rebelião de Prigozhin, que foi no meio do ano de 2023, quando ocorreu a rebelião, Surovikin já havia sido demitido meses antes. Ele errou a linha do tempo. A reorganização que ele descreve ocorreu em 2023.
Eu não vi o resto da live.
Zalujny é lúcido, como se deve esperar de um ex-comandante das Forças Armadas de um país, e ainda revelou números interessantes da atuação russa.
A diferença entre os países europeus melhor armados e a Ucrânia é que eles não ficariam apenas se defendendo e esperando autorização para atacar o território russo.
Eles também atacariam as bases militares russas.
Queria ver a Rússia lançar 500 bombas enquanto é atacada por F-35, Typhoon, Rafale e etc.
Seria um outro tipo de guerra. Uma para a qual Alemanha, França e Reino Unido estão muito melhor preparados do que a Ucrânia.
E se todos os países europeus da Otan atacarem a Rússia aí é que ela só tem alguma chance se usar o arsenal nuclear.
O problema é que pra atacar com aviões um país que tem 11 mil quilômetros de leste a oeste, é que tem muito tempo pra interceptação do defensor. Além disso, teria que mandar muitos soldados pra ocupar uma pequena parte da Rússia (que e o maior país do mundo, mais que dobro do tamanho do Brasil). E se, toda a população da Europa e dos EUA forme mandados para ocupar a Rússia, ela ainda tem armamento nuclear. Se ela estiver pra acabar, ela leva todo mundo junto. Qualquer país com arma nuclear faria isso.
Esse argumento não faz sentido. O TO se configura das áreas de desdobramento até a linha de frente, marcando os dois lados do confronto.
O TO para quem ataca a Rússia é toda a extensão territorial. Pra começar pensar em subjugar a Rússia, teria que atacar a fabricação de armamento, o que estaria longe do conflito.
Não falei de ocupar a Rússia toda.
Mas de atacar as bases militares e reduzir drasticamente a capacidade da Rússia atacá-los.
Boa parte delas fica bem próxima da fronteira com os países europeus.
Lembrando que há armas nucleares dos dois lados. Acredito que só serão em último caso (e olhe lá).
Se for mandar avião atravessar o ártico, é melhor usar algum país nórdico e o Alaska como base. Ou mandar fazer porta-avião quebra-gelo. Mas acho que os russos veriam porta-avião chegando há milhares de quilômetro.
É verdade!
Não sei se a Europa entregará a Ucrânia para a Rússia, que, nesse caso, aguardaria mais uns anos para se rearmar e reinvindicar mais um pedaço de outro país.
Se os ingleses que acredito ser o país mais ameaçado por Putin não tiver uma arma secreta para se defender das armas nucleares vindo do território russo ou dos submarino submersos e possa o 007 surpreender Moscow poderá ser destruída , pois a Rússia possui a maior quantidade de armas nucleares. Durante a segunda guerra Hitler queria destruir Londres, mas não conseguiu com suas bombas voadoras.
Desculpas mil mas, 007? Seria importante voltar ao mundo real.
” Não sei se a Europa entregará a Ucrânia para a Rússia,” A Ukrania vai ser fatiada e não entregue. Até o momento é isso. A Rússia acha bonito ter do Dnipro para o leste, a tal faixa de exclusão de 300 km…. Mas se contenta com a Criméia e regime especial de tratamento a Dombass e Luhansk, acredito eu. Deveriam trocar uma ideia e parar as escaramusas. Na hora que chegar o primeiro dia de -25, todo mundo vai querer voltar para casa. Já eiro e Fevereiro estão chegando, junto com Trump e seu desejo de protagonismo “pacifista”…..
Em termos de desgaste , os Russos sempre foram Russos, desde Napoleão até Hitler, ou vences os Russos numa única batalha tal como os Japoneses fizeram, agora uma Guerra prolongada de longa duração, acredito que os Afegãos foram os únicos a ganharem uma Guerra longa contra os Russos… Dai que se a Otan tiver que enfrentar a Rússia vai ser numa Guerra Nuclear de 24 horas… Vai chover Mirvs dos DL5E Tridents e M51 por toda a Rússia… Acredito que os Russos vão retaliar com os Bulavas e os Satans e Yars contra os EUA e a Europa, mas vai ser complicado…
A questão é que os europeus atacarão as fábricas dessas armas. A questão é que os Europeus possuem superioridade aérea, a questão t que os Russos são patéticos. A questão é que os Europeus apenas tem o que os pobres Ucranianos não podem usar. É difícil entender isso?
UK esta vendendo sua marinha para pagar a janta…rs
Em 03 meses a Rússia(sozinha) produz mais armas que a OTAN(Europa) no ano todo…#chorahaters…rs
Fora o preparo dos militares …e pior…como a sociedade europeia veem os militares..
….p.ex. a sociedade alemã considera quem opta pela carreira militar como de baixa inteligencia…os professores dizem, para alunos com notas baixas..”se continuar assim vai acabar sendo militar”….