Jean-Noël Barrot

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou à BBC que não existem “linhas vermelhas” no apoio à Ucrânia. Ele declarou que a Ucrânia pode usar mísseis de longo alcance franceses contra a Rússia dentro do princípio de “autodefesa”, mas não confirmou se armas francesas já foram utilizadas dessa forma. “O princípio foi estabelecido… nossas mensagens ao presidente Zelensky foram bem recebidas”, afirmou Barrot.

O presidente francês Emmanuel Macron já havia sinalizado disposição para permitir o uso de mísseis franceses em território russo no início deste ano. No entanto, os comentários de Barrot são significativos, ocorrendo logo após os primeiros usos de mísseis de longo alcance dos EUA e Reino Unido contra a Rússia.

Barrot também ressaltou que os aliados ocidentais não devem impor limites no apoio à Ucrânia contra a Rússia, evitando “linhas vermelhas”. Quando questionado sobre a possibilidade de tropas francesas em combate, ele respondeu que “nenhuma opção está descartada” e reiterou o compromisso de apoiar a Ucrânia “intensamente e pelo tempo que for necessário”.

O ministro sugeriu ainda que a Ucrânia poderia ser convidada a ingressar na OTAN, uma demanda do presidente Zelensky. “Estamos abertos a estender esse convite e trabalhando com amigos e aliados para aproximar a Ucrânia de nossas posições”, disse ele. Barrot também apontou que os países ocidentais precisarão aumentar seus orçamentos de defesa para enfrentar os novos desafios.

Os comentários de Barrot ocorrem em uma semana de escalada significativa no conflito. Mísseis de longo alcance do Reino Unido e dos EUA foram disparados contra a Rússia pela primeira vez, enquanto Moscou lançou um novo tipo de míssil, e Vladimir Putin sugeriu a possibilidade de uma guerra global. Um oficial do governo britânico descreveu o momento como um “ponto crítico” antes do inverno e do retorno de Donald Trump à Casa Branca.

Para os aliados da Ucrânia, a prioridade é manter o fluxo de apoio financeiro e militar. Uma fonte sugeriu triplicar o financiamento europeu e intensificar os esforços para confiscar ativos russos, destacando a necessidade de criar um “caixa de guerra” para apoiar a Ucrânia até 2025 ou 2026.

Embora haja um consenso no setor de defesa sobre a necessidade de aumentar os orçamentos, o governo britânico tem relutado até mesmo em estabelecer uma data para atingir a meta de gastar 2,5% do PIB em defesa, tornando improvável um aumento imediato nos investimentos.

Fontes do governo britânico enfatizam os compromissos de longo prazo já feitos, incluindo o fornecimento de drones à Ucrânia. Dados de inteligência mostram que, em setembro, drones foram usados para destruir quatro depósitos de munição russos, causando grandes perdas de suprimentos russos e norte-coreanos, embora não esteja confirmado se esses drones foram fornecidos pelo Reino Unido.

Além disso, destaca-se um tratado assinado entre o Reino Unido e a Ucrânia em julho, que visa fortalecer a capacidade de defesa ucraniana a longo prazo. Isso reflete o esforço contínuo dos aliados ocidentais em apoiar a Ucrânia diante da crescente ameaça russa.

FONTE: BBC

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Gerson Carvalho
Gerson Carvalho
2 horas atrás

Teve um francês baixinho que queria dominar o mundo! Levou um tombo catra a Rússia.

carcara_br
carcara_br
2 horas atrás

Bom, eles possuem o m-51 se quiserem defender a Ucrânia, hj, bastaria enviar um desses sem ogivas em Sevastopol.

Maurício.
Maurício.
1 hora atrás

Jean-Noël Barrot, tu não resolveu nada nem no incidente diplomático entre França e Israel que teve esses dias, ou seja, não se leve muito a sério!

José 001
José 001
41 segundos atrás

Complexo de Napoleão continua na cabeça dos petits insignifiants.

Quando afundar tomara que o Carrefour puxe a fila.