Biden autoriza Ucrânia a usar mísseis de longo alcance em ataques à Rússia
O presidente Joe Biden autorizou pela primeira vez o uso de mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos, conhecidos como ATACMS, para ataques dentro do território russo. A decisão marca uma mudança significativa na política dos EUA e visa apoiar as forças ucranianas, especialmente na região de Kursk, onde enfrentam um ataque combinado de tropas russas e norte-coreanas.
Essa medida ocorre em meio à escalada do conflito, após a decisão surpresa da Rússia de integrar tropas norte-coreanas em sua ofensiva. Biden justificou sua decisão com base na necessidade de reforçar a defesa ucraniana, especialmente diante da ameaça iminente em Kursk, onde tropas russas e aliadas estão concentradas para tentar retomar território perdido para os ucranianos em agosto.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky não confirmou explicitamente a permissão para ataques no território russo, mas sugeriu que o impacto do uso dos mísseis seria mais significativo do que o anúncio. Zelensky ressaltou que “os foguetes falarão por si mesmos”, destacando a importância do número de mísseis disponíveis para atingir os alvos russos.
Historicamente, Biden impôs restrições ao uso de armas americanas em solo russo, mesmo durante a intensificação do conflito em Kharkiv. No entanto, essa política começou a mudar após uma incursão russa em território ucraniano em maio, o que levou à autorização de sistemas HIMARS com alcance menor (cerca de 50 milhas). Agora, a liberação dos ATACMS, com alcance de até 190 milhas, representa uma escalada significativa.
Embora o uso de mísseis ATACMS possa não alterar o curso da guerra, autoridades americanas dizem que a medida envia uma mensagem clara à Coreia do Norte sobre as consequências de sua participação no conflito. Além disso, espera-se que os mísseis ajudem as forças ucranianas a atingir concentrações de tropas, linhas de suprimento e depósitos de armas em território russo, enfraquecendo a eficácia da ofensiva russo-norte-coreana.
A decisão gerou divisões nos EUA, com alguns temendo uma retaliação russa contra os Estados Unidos e seus aliados. Ainda assim, outros veem a mudança como tardia, argumentando que os receios exagerados sobre a resposta de Vladimir Putin enfraqueceram o apoio militar aos ucranianos desde o início do conflito.
A introdução de mais de 10.000 tropas norte-coreanas ao conflito foi um dos fatores decisivos para a mudança na política americana. Autoridades de defesa alertaram que, sem os mísseis de longo alcance, as forças ucranianas poderiam ser rapidamente sobrecarregadas, especialmente em Kursk, onde estão espalhadas devido a múltiplos ataques em diferentes frentes.
A hesitação inicial dos EUA em fornecer ATACMS se deu, em parte, pela preocupação com os estoques limitados do Exército americano. Também houve receio de que a permissão para ataques em solo russo pudesse provocar retaliações russas diretas contra instalações militares dos EUA ou de aliados europeus.
Apesar disso, Biden concluiu que os benefícios superam os riscos. A capacidade de atingir alvos estratégicos russos com maior alcance fortalece as defesas ucranianas e reafirma a posição americana diante da Coreia do Norte. No entanto, não está claro quantos mísseis ainda restam no arsenal ucraniano, após uma série de ataques bem-sucedidos na Crimeia e no Mar Negro usando ATACMS, Storm Shadow e SCALP fornecidos por aliados europeus.
Com a proximidade da posse do presidente eleito Donald Trump, que prometeu limitar o apoio à Ucrânia, essa decisão de Biden é vista como uma tentativa de garantir que os ucranianos mantenham uma vantagem estratégica, especialmente em negociações futuras. Caso o avanço russo em Kursk tenha sucesso, Kiev pode ficar sem território para negociar com Moscou, o que tornaria ainda mais difícil alcançar uma solução para o conflito.
Com dois anos de atraso
Essa decisão diz mais sobre pressionar o Trump (defensor do imediato cessar da guerra) do que sobre resultados ou vitórias no campo de batalha..
Agora vai!!!!
Tem que ir, senão os russos chegam daqui a pouco em Lisboa!
Primeiro míssil que provocar um estrago significativo em Moscou trará uma resposta russa. Quanto da capacidade russa efetivamente foi utilizada até o momento?
ATACMS não chega em Moscow, apenas o stormshadow. O que a Ucrânia precisa atingir não está em Moscow, está em regiões mais próximas da Ucrânia, são as bases de onde vem as chuvas de mísseis e drones russos.
“O que a Ucrânia precisa atingir não está em Moscow.”
Pro Zelensky isso não importa muito, provavelmente vão tentar atacar o que dá mais mídia, mais engajamento, tipo invadir Kursk.
Pode até ser, mas não faz sentido, não traria efeitos positivos. O estoque já é baixo, tem que aproveitar pra atacar bases russas que abrigam os bombardeiros, mísseis e drones e tentar derrubar a ponte de kerch. Invadir Kursk não gerou apenas mídia, se conseguirem manter o controle por lá dá uma boa moeda de troca em um acordo futuro.
Ah! Talvez você se refira à utilização de armas nucleares por parte do putin.
Quantas você acha que vão parar a Ucrânia e fazê-la se render ou aceitar ser submissa ao império russo? Uma só? Ou seriam duas? Umas 10 bombas táticas seria suficiente? Na linha de frente ou dentro da Ucrânia? Em Kiev?
Sim, é o que se chama de linha vermelha para os Russos.
Mas tem uma altura que se usa tanto que passa a ser cor de rosa…
Os Democratas perderam o poder nas áreas mais importantes dos EUA e o ressentimento tomou conta.
Agora vão jogar a bomba na mão do Trump e dizer: “Vai lá, termina a guerra em 24 horas!”.
Vamos ver o que acontece em 20 de janeiro.
Até lá ainda vai morrer muita gente.
A criatividade ucraniana bem que poderia adaptar o ATACMS para lançamento aéreo do mesmo jeito que a Rússia fez com o Iskander e os israelenses com o LORA e com o EXTRA.
Uma versão lançada do ar do ATACMS teria pelo menos o dobro do alcance (600 km) da versão terrestre.
Se a Ucrânia quiser faz isso acontecer em 3 meses.
Desde que essa guerra começou, esta é a frase que mais se lê nos textos que tratam dele: “Essa medida ocorre em meio à escalada do conflito” inclusive, evidentemente, está neste texto, primeira frase do segundo parágrafo. Esta guerra, segundo Putin seria para evitar a adesão da Ucrania na OTAN e proteger os povos de origem russa à leste do país. Pois bem, a região virou uma zona de guerra, Finlândia e Suécia ampliaram largamente a fronteira OTAN/Rússia e a Ucrânia será armada com mísseis de longo alcance, e pior, motivada a dispará-los!
Off: Parece que o Peru vai comprar o K2 Black Panther. Lote inicial de 100 podendo chegar a 250. Se confirmado só quero deixar aqui minha gargalhada aos nobres guerreiros da picanha e do viagra.
Espero que o motivo sejam os Norte Coreanos e não os planos de Trump e associados para “acabarem” com esta guerra.