Ataques aéreos dos EUA matam militantes do Estado Islâmico na Síria em investida contra liderança do grupo

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Ataques aéreos dos EUA atingiram na segunda-feira diversos acampamentos do Estado Islâmico no deserto sírio, matando até 35 operativos do grupo, segundo comunicado do Comando Central dos Estados Unidos nesta quarta-feira.

As investidas aéreas, realizadas no início da noite, tinham como alvo vários líderes sêniores do grupo, e não houve registros de baixas civis. Autoridades dos EUA não responderam imediatamente sobre a identidade dos líderes atacados.

Os Estados Unidos deslocaram navios de guerra e sistemas de defesa aérea para a região, onde Israel está em conflito com Hezbollah e Hamas, ambos apoiados pelo Irã, com quem Israel tem tido confrontos diretos. A Síria, aliada ao Irã e ao Hezbollah, também está envolvida no conflito, o que aumenta a apreensão internacional sobre a estabilidade da região.

O Pentágono alertou em julho que os ataques do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, reivindicados pelo grupo, estão a caminho de dobrar em relação ao ano passado, indicando um ressurgimento do grupo terrorista. As afiliadas do ISIS também se tornaram mais letais em outras partes do mundo, como na região do Sahel, na África, aproveitando a instabilidade política e a fraqueza dos governos centrais.

O Estado Islâmico reivindicou 153 ataques no Iraque e na Síria na primeira metade deste ano, de acordo com um relatório do Comando Central dos EUA. No ano passado, foram 121 ataques.

Em 2014, o grupo conquistou vastas áreas de território na Síria e no Iraque, onde estabeleceu um regime brutal. Nos cinco anos seguintes, uma coalizão de adversários, incluindo os EUA, recuperou a região, mas milhares de combatentes do grupo sobreviveram, misturando-se à população geral.

“O Estado Islâmico na Síria nunca desapareceu; sempre esteve lá. Desde 2019, o grupo tem aguardado o momento para ressurgir,” afirmou Devorah Margolin, especialista do Washington Institute for Near East Policy. Ela disse que o grupo tem realizado mais ataques do que admite publicamente, tentando libertar seus membros de prisões e mantendo uma governança oculta em partes do nordeste da Síria.

Os EUA mantêm 2.500 soldados no Iraque e 900 na Síria para ajudar a conter e derrotar o que resta do ISIS. Apesar do aumento dos ataques do grupo neste ano, a coalizão militar liderada pelos EUA planeja encerrar sua missão e deixar o Iraque nos próximos dois anos, conforme anúncio conjunto de autoridades dos EUA e do Iraque em setembro. O comunicado afirmou que a missão na Síria poderá continuar por mais tempo, dependendo das condições locais.

Margolin alertou que o ISIS crescerá quando as tropas americanas se retirarem. “Sem uma base no Iraque para operar, será quase impossível oferecer o apoio aéreo necessário para combater o ISIS na Síria ou manter nossa presença de tropas lá,” afirmou. “Sem um plano concreto de operação na Síria, os EUA se verão forçados a sair, criando uma oportunidade para o Estado Islâmico ressurgir plenamente.”

FONTE: The New York Times

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Nilo
Nilo
1 mês atrás

Resolveram matar antigos aliados.

LUIZ
LUIZ
Responder para  Nilo
1 mês atrás

Quando não serve mais a solução é essa.

Victor Filipe
Victor Filipe
Responder para  LUIZ
1 mês atrás

Luiz e Nilo, voces dois… as vezes a torcida fica um pouco de mais né? ninguem nunca foi aliado do ISIS.

nem EUA, nem China, nem Russia, nem ninguem. ISIS é um grupo que despertou o odio em literalmente todos no mundo.

Nilo
Nilo
Responder para  Victor Filipe
1 mês atrás

Pode ser rsrs apenas deixou a porteira aberta.
Me lembro dos Hilux, branquinhos reluzentes, zero Km rsrs

Talisson
Talisson
Responder para  Victor Filipe
1 mês atrás

De forma alguma. Israel e EUA tem mais convergência do que divergência com o ISIS. As monarquias sunitas do golfo, então, nem vale a pena citar.
Um ou outro piloto jordaniano executado nem entra na conta de uma “big picture”.
Fora que na Siria tem terroristas tão ou mais abjetos do que o ISIS e são nitidamente apoiados pelos governos citados acima, somada a Turquia.
Os poucos inimigos do ISIS naquelas bandas são o Irã, Russia e Siria.

Bigliazzi
Bigliazzi
Responder para  Nilo
1 mês atrás

A Rússia é uma antiga aliada de EUAe Inglaterra…

Marcos R
Marcos R
1 mês atrás

Tem mais é que retirar as tripas e deixar iraquianos e sírios se virarem com o daesh!

Adriano
Adriano
1 mês atrás

Esse país aí, contorce e distorce as leis como melhor lhe convém!
Até onde me consta, eles não possuem mandato da ONU ou autorização do governo local para permanecerem na Síria.
É invasão mesmo, na cara dura!
Daí, volta e meia, postam aquelas bobagens de “mundo baseado em regras”.
Vai vendo…..
Off Topic: Alguém tem uma explicação razoável para que uma embaixada com 9 andares de profundidade?

Cassini
Cassini
Responder para  Adriano
1 mês atrás

“Até onde me consta, eles não possuem mandato da ONU ou autorização do governo local para permanecerem na Síria”.

É exatamente este o ponto. É invasão e ocupação na cara dura, e com direito a exploração e negociação do petróleo sírio, o que deixa tudo mais absurdo ainda!

Não bastasse terem ajudado a fomentar a criação do ISIS após demolirem o Iraque, os EUA convenienteme tomaram o próprio ISIS como justificativa para continuarem fincados criminosamente na Síria e no Iraque.

Estranhamente a ONU e nenhum outro órgão internacional relevante jamais se opôs a tal situação.

Maurício.
Maurício.
1 mês atrás

Ataques aéreos para inglês ver, só isso.

Bigliazzi
Bigliazzi
1 mês atrás

Desliguem os celulares… será que esse pessoal ainda não entendeu isso??? Os caras sabem o CPF e RG dessa tigrada toda.