Cúpula do BRICS destaca ‘Crepúsculo da Hegemonia dos EUA’ e marca ‘Lançamento Oficial da Ordem Mundial Multipolar’
Na quinta-feira (24/11), terminou o quarto e último dia da 16ª Cúpula do BRICS, realizada este ano em Kazan, na Rússia. Com dezenas de reuniões de alto nível, conversas bilaterais e uma declaração conjunta com 134 pontos, o evento trouxe grande simbolismo, que observadores analisaram para a Sputnik.
“A Cúpula do BRICS em Kazan é, sem dúvida, um dos eventos políticos e diplomáticos globais mais importantes deste ano, pois reuniu pela primeira vez os líderes da família ampliada do BRICS”, afirmou o professor Alexis Habiyaremye, pesquisador sênior da Universidade de Joanesburgo, à Sputnik. Ele resumiu os resultados do encontro, considerando-o o lançamento oficial de uma ordem mundial multipolar e o “crepúsculo da hegemonia dos EUA”. Segundo Habiyaremye, o BRICS se tornou o novo motor de crescimento global, com uma força econômica superior à do antigo grupo hegemônico.
A Declaração de Kazan, publicada na quarta-feira, inclui 134 disposições que buscam “criar uma ordem mundial mais justa e democrática”, “reforçar a cooperação para a estabilidade e segurança global e regional”, “promover a cooperação econômica e financeira” e “fortalecer o intercâmbio entre povos para o desenvolvimento social e econômico”. Entre os pontos específicos, os membros do BRICS concordaram sobre a necessidade de reformar o sistema de Bretton Woods e a ONU, aumentar o uso de moedas nacionais no comércio, fortalecer a cooperação em tecnologia de ponta e medicina, e apoiar a plataforma de troca de grãos proposta pela Rússia.
Habiyaremye destacou que o mais importante não são apenas as iniciativas da declaração, mas também o alinhamento estratégico do grupo, que agora atrai novos candidatos, como a Turquia. A participação do presidente turco Recep Tayyip Erdogan na cúpula é vista como um indicativo do papel futuro do BRICS na liderança dos assuntos globais. Para o pesquisador, o bloco representa uma nova ordem mundial que rejeita o domínio unilateral, oferecendo uma distribuição de poder e responsabilidades mais equilibrada.
Outro ponto de destaque foi o fortalecimento das relações diplomáticas e o desafio à hegemonia ocidental. Professor Patrick Bond, da Universidade de Witwatersrand, destacou que o evento mostrou que o presidente russo Vladimir Putin tem muitos aliados, com a presença de milhares de delegados e diversos líderes em Kazan, o que demonstra a seriedade com que a Rússia encara o BRICS. No entanto, Bond acredita que ainda há questões pendentes para transformar o BRICS em uma força verdadeiramente multipolar, como a inclusão de novos membros e o processo de desdolarização, que enfrenta desafios, especialmente devido à ligação de alguns países do BRICS com o dólar.
Por fim, Habiyaremye enfatizou a importância do diálogo para evitar o caos que ele acredita que o Ocidente tenta provocar para manter sua posição de poder. Ele defende que essa transição de uma ordem mundial unipolar para uma multipolar deve ser realizada através do diálogo, de forma a preservar vidas e promover uma transição pacífica.
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Faço coro contigo, xará hehehehehe
para ficra uma sinfonia
Hooohoohohohohohoho
jajajajajajaja
A expressão “A história acabou” foi popularizada pelo cientista político norte-americano Francis Fukuyama em seu livro O Fim da História e o Último Homem, publicado em 1992. Fukuyama argumentou que, com o fim da Guerra Fria e a queda do bloco soviético, a democracia liberal e o capitalismo ocidental emergiram como o sistema político-econômico final e dominante, sem alternativas ideológicas significativas. Influenciado, talvez, pela Escola de Chicago, que exportou seus princípios neoliberais para muitos países do Sul Global, Fukuyama não identificou as contradições recorrentes do sistema ao fazer suas afirmações, tais como:
Esses elementos são amplificados nos países periféricos, expondo suas populações às duras realidades dessas contradições e colocando em risco necessidades básicas – alimentação, moradia, educação e saúde. Daí surge o desejo de união entre os países mais vulneráveis para redefinir essas relações econômicas e a divisão internacional do trabalho.
Assim, a História não aceita o seu fim, pois é a práxis do estudo das transformações humanas ao longo do tempo, analisando eventos, processos sociais, culturais, econômicos e políticos que moldaram as sociedades. No início dos BRICS, críticos afirmavam que a aliança era sem rumo, dadas as diferenças econômicas e interesses geopolíticos de seus membros. No entanto, o grupo chega a esta cúpula mais fortalecido, com interesses comuns e apoiado por países desejosos de transformar o sistema. A lição é que esses países estão se fortalecendo e, ano a ano, reduzindo suas contradições em um aprendizado lento, mas constante. Queiramos ou não, nossa geração está presenciando uma mudança sem precedentes na dinâmica global de poder, e, claro, uma hegemonia não é substituída da noite para o dia, mas dezenas de países estão fazendo História ao apontar novos caminhos de organização.
Para muitos, é uma jornada desafiadora viver sem a hegemonia norte-americana, especialmente para os ocidentais, tão acostumados e influenciados pela indústria cultural dos EUA. Esse multilateralismo cria um mundo potencialmente mais arriscado, mas também com novas possibilidades de equilíbrio global.
De fato “…. o mais importante não são apenas as iniciativas da declaração, mas também o alinhamento estratégico do grupo, que agora atrai novos candidatos, como a Turquia....” . Em um mundo acostuma a ser medido pela “modo de vida americano” e europeu rsrsrsxrs
Só discurseira!
Ficou só no gogó
Essa nova ordem mundial por um mundo multipolar terá um preço.
Guerras.
Aquela música de Gonzaga: “Olha que tá fora quer entrar, más que tá dentro não sai”.
Acham mesmo que como um bando de playmobil, apenas se reúnem, gritam que agora quem vai começar a mandar na P#@$%@ toda serão eles e os atuais “DONOS” do mundo vão deixar?
Bom, ao menos ainda que de uma forma não direta más em parceria, o Brasil famoso com o codinome “Nanico diplomático”, agora passa a ter um papel de “Pseudo Liderança”.
Já não é tão mais neutro como sempre se posicionou a vida inteira.
Dugin já falou que “mundo multipolar” é a volta as “zonas de influência” que existiam no século XIX, retorno ao neocolonialismo e ao “chora menos quem pode mais”.
A maioria das pessoas não entende que estávamos vivendo de facto em um Mundo multipolar desde meados para fins da primeira década dos anos 2000, até a formação e expansão desse aborto da natureza chamado ‘BRICS,’ que desvirtuou completamente o motivo pelo qual o termo foi criado.
Agora, com isso, estamos caminhando novamente para um Mundo Bipolar com blocos antagônicos bem definidos, e dessa vez não vai ter ‘movimento dos países não-alinhados.’
O “Alinhamento Estratégico” dos membros é o seguinte:
Quem tem as bombas atômicas no grupo diz:
“Cala a boca e faz o que eu tô falando…”
Ué, e não é assim que funciona na OTAN e na ONU?
Também…
Ué, e essa foto aí onde aparece o Putin, segundo americanos e britânicos ele não estava completamente isolado? 🤔
Vendo alguns “comentários” lembro daquele aforismo:” os tolos riem. Os sábios observam e aprendem”. Somos ótimos em rir…