O governo dos Estados Unidos está considerando impor restrições na exportação de chips avançados de inteligência artificial (IA) para certos países, com o objetivo de proteger a segurança nacional. As discussões estão focadas em nações do Golfo Pérsico, indicando que as licenças de exportação podem ser ajustadas para empresas como a Nvidia e outras.

A proposta sugere um limite no número de chips de IA que podem ser vendidos para alguns países, refletindo a crescente preocupação com a importância estratégica dessa tecnologia. A medida busca evitar o uso indevido de tecnologias avançadas que possam ameaçar os interesses dos EUA.

As negociações sobre essas restrições estão em fase inicial e ainda podem sofrer alterações. O Departamento de Comércio dos EUA e empresas como Nvidia não comentaram sobre o desenvolvimento. Grandes fabricantes de chips, como Intel e AMD, também não responderam a consultas.

Essas discussões seguem uma regra recente do Departamento de Comércio que facilita o envio de chips de IA para centros de dados no Oriente Médio, desde que esses centros obtenham o status de Usuário Final Validado, permitindo maior flexibilidade nas exportações.

O pano de fundo dessas conversas é uma iniciativa da administração Biden de 2022 para restringir a exportação de chips sofisticados para mais de 40 países, incluindo o Oriente Médio, com o objetivo de evitar que tecnologias sensíveis cheguem à China e de reforçar embargos de armas.

O mercado de chips de IA está projetado para crescer de USD 123,16 bilhões em 2024 para uma estimativa de USD 311,58 bilhões até 2029, com uma Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) de 20,4% de 2024 a 2029, de acordo com um novo relatório da MarketsandMarkets™.

Os chips de IA surgiram como o ápice do crescimento tecnológico. A crescente ênfase na computação paralela em data centers de IA está impulsionando a inovação em indústrias como BFSI (serviços financeiros), saúde, varejo e e-commerce. Além disso, o aumento de servidores de IA impulsionará a demanda por chips de IA. O crescimento do mercado também é atribuído à crescente adoção de robótica industrial e automação que dependem de capacidades de IA.

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Nilo
Nilo
1 mês atrás

Estão criando um novo conceito para livre mercado, liberalismo e democracia, a queda do Muro de Berlim, o Globalismo suas repercussões rsrs 1984, George Orwell.

Last edited 1 mês atrás by Nilo
Talisson
Talisson
Reply to  Nilo
1 mês atrás

Em seus livros George Orwell pareceu fazer as criticas às ditaduras asiáticas. Russia e China nunca foram democracias. Interessante é que o que ele escreveu está aos poucos se desenhando no ocidente dele.

Wagner
Wagner
1 mês atrás

O livre mercado só é ” bonito” quando o monopólio é dominante da sua parte,quando se tem concorrência é “ameças a segurança nacional”. Mas vamos ver se vão aguentar concorrer com o monopólio chinês.

Allan Lemos
Allan Lemos
Reply to  Wagner
1 mês atrás

Nāo tem nada a ver com o livre mercado, nessa situaçāo realmente envolver a segurança nacional, apesar de eu ser contra qualquer intervençāo estatal na economia. Ainda assim nāo se pode negar que o que eles fazem, esporadicamente, ressalte-se, é bem diferente da ideia ultrapassada de “Estado onipresente que move a economia” que se tem aqui na república de bananas.

fewoz
fewoz
Reply to  Allan Lemos
1 mês atrás

Esporadicamente? Esporadicamente??? Você não vem lendo as notícias, não é mesmo? Só pode estar brincando, não é possível.

Hamom
Hamom
Reply to  fewoz
1 mês atrás

O significado da sigla USA até mudou,
atualmente que dizer ↓ 😅

”United Sanctions of America”

Last edited 1 mês atrás by Hamom
JuggerBR
JuggerBR
1 mês atrás

Intel tá mais preocupada em sobreviver, perdeu completamente a corrida dos chips pra AMD e concorrentes asiáticos. Por mais que o governo americano injete dinheiro, estão bem atrás…

Cerberosph
Cerberosph
1 mês atrás

A china agradece, mais clientes para ela.

Bispo de Guerra
Bispo de Guerra
1 mês atrás
Last edited 1 mês atrás by Bispo de Guerra
Maurício.
Maurício.
1 mês atrás

E o blá blá blá do tal livre mercado, que o estado não deve se meter?
Aquele pessoal que defendia essa ladainha na época da “parceria” entre Boeing e Embraer, nessas horas todos tomam chá de sumiço! 😂🤣

Wagner
Wagner
Reply to  Maurício.
1 mês atrás

O dito “livre mercado”só sobrevive sugando o estado, são incapazes de alocar recursos para produção e concorrência sabem para onde vão? Juros da dívida pública, Títulos na veia.

Carlos Campos
1 mês atrás

Olha isso vai doer nas contas da NVIDIA, Intel e AMD, IBM, fora que quando a China passar a vender os Chips dela, esses mercados serão totalmente dominados pela China, vai ser a nova mudança dos Chips, Primeiro EUA, Depois Japão, Consórcio EUV-Taiwan e futuramente China

fewoz
fewoz
Reply to  Carlos Campos
1 mês atrás

Os EUA estão cavando o próprio buraco. Quanto mais impõe sanções em nações poderosas como a China, mais estas aumentam seus desejos de se desenvolver. Os EUA por décadas ignoraram (e continuam a ignorar) países do Sul Global. Enquanto isso, a China fez parcerias com estes países, numa relação ganha-ganha.

Isso tudo é positivo, pois tira a hegemonia americana de vários setores. É perigosíssimo que o mundo depende apenas de uma nação.

NBS
NBS
1 mês atrás

Enquanto você dormia, o mundo girava…‘ poderia muito bem representar a cegueira habitual de olhar os fatos sem relacioná-los, como se fossem alheios e fruto do acaso. Os BRICS buscam sua autoafirmação e voz nos fóruns dos organismos econômicos e nas grandes decisões que moldaram o século XXI. Quando a ideologia de mercado tomava conta dos corações e mentes dos jovens dos anos 90 e 2000, o neoliberalismo econômico dos tempos de Margaret Thatcher e Ronald Reagan, aliado ao Consenso de Washington, ditava a tônica da partilha do mundo. Esse ‘botim das grandes economias’ arrasava centenas de países com um… Read more »