Taiwan busca certificação para produzir mísseis antiaéreos Stinger
O Instituto Chungshan de Ciência e Tecnologia, afiliado ao Ministério da Defesa Nacional de Taiwan, está buscando certificação para montar 1.985 mísseis antiaéreos Stinger, além dos já adquiridos dos EUA. Um funcionário de defesa anônimo informou que Washington enviará uma equipe para avaliar as capacidades de fabricação e a segurança da informação do instituto.
O Ministério da Defesa inicialmente comprou 500 mísseis para o exército e a marinha, mas aumentou o pedido para 2.485 devido ao aumento das atividades militares da China em torno de Taiwan e à necessidade de armas móveis para combater aviões e drones chineses. Se o instituto obtiver a certificação, Taiwan receberia os mísseis antes do prazo estipulado, que varia de 2025 a 2031.
Os sistemas Stinger seriam destinados a guarnições militares e da guarda costeira em áreas estratégicas, como as Ilhas Pratas e as Ilhas Spratly. O ministério não confirmou se parte dos mísseis já foi entregue pelos EUA como parte de um recente pacote de segurança.
O instituto enfatizou que não tem papel na formulação de políticas, mas que ficaria satisfeito em obter a certificação para montar os mísseis. O Stinger é um sistema de defesa antiaérea portátil, capaz de derrubar aeronaves dentro de um raio de 4,8 km, e sua produção local aceleraria a entrega.
Em outro caso, o Ministério da Defesa de Taiwan anunciou que a empresa de defesa RTX Corp, anteriormente Raytheon, devolveria os lucros indevidos obtidos em um esquema de cobrança excessiva nas vendas de armas dos EUA a aliados. A RTX fabrica sistemas de defesa aérea Patriot e radares para Taiwan.
O Departamento de Justiça dos EUA investigou as alegações de preços abusivos e alcançou um acordo judicial com a RTX, que devolverá cerca de US$ 959 milhões a partes prejudicadas, incluindo Taiwan. O ministério afirmou que o caso foi um exemplo de medidas anticorrupção eficazes nas transações de armas entre os dois países.
Apesar disso, o legislador Wang Ting-yu criticou a falta de transparência do ministério sobre o caso e sugeriu que Taiwan desenvolvesse um sistema independente para avaliar as compras de armas dos EUA, evitando depender apenas de Washington para garantir a justiça nas negociações.
FONTE: Taipei Times
Deveríamos buscar por certificações como essa e fabricarmos aos montes no Brasil. O “básico” dita muito no campo de batalha, aja visto a necessidade de cada vez mais de sistemas como esse mostrado no conflito atual.
Pelo tamanho do Brasil, e pelo tamanho do orçamento já era pra gente produzir localmente ATGM de quarta geração, míssil de cruzeiro e míssil anti-navio disparado por terra, mar e céu, míssil antiradiação, MANPADS, mísseis AA de curto-médio alcance tipo o AIM-9X, etc.
Concordo 100% com você.
Se depender da politica internacional desse governo não vamos conseguir nada
acho que depende mais dos militares que não sabem usar 20 bilhões de dólares de orçamento.
Ao que me consta, a maioria dos países mais sancionados pelos EUA conseguem ter uma indústria militar anos-luz a frente da indústria brasileira, apesar de todas as dificuldades.
Política internacional não é desculpa para um problema que está no escopo da política interna.
Sinceramente, fazia pelo menos uns 8 anos que a BID não via um ano tão bom. Para se ter noção a BID lucrou mais de 50% se comparado ao ano interior, e 157% a mais do que lucrou no último ano do governo Bolsonaro. Leia o plano do governo de reindustrialização (Nova Indústria Brasil) que o atual presidente revelou no discurso dele na ONU, nela consta nacionalização de componentes de defesa e revitalização da BID, claro, uma coisa é papel e discurso, outra é a realidade, mas só de ter um plano de ESTADO escrito, já demonstra um certo compromisso.… Read more »
Só no papel mesmo, porque a realidade são mais cortes no orçamento da defesa.
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Se as aeronaves chinesas operarem sistemas IRCM como DIRCM dos EUA, ou o MUSIC de Israel esses MANPADS não se tornam inúteis contra grandes aeronaves?
Considerando o uso por misseis de longa distancia por China, esses Stingers só servirão quando a invasão já estiver em terra, atingindo helicópteros e drones.