Projeto da FGV para desenvolver Base Industrial de Defesa Brasileira será financiado pela CAPES

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Segundo o professor Paulo Negreiros Figueiredo, da FGV EBAPE, coordenador principal da proposta contemplada, “o projeto tem como objetivo explorar a interseção entre políticas públicas, indústria, tecnologias de uso dual e defesa nacional

A proposta de projeto de pesquisa “Políticas públicas, indústria, dualidade e defesa nacional: evidências para uma agenda de desenvolvimento da Base Industrial de Defesa brasileira”, liderada pela FGV, foi contemplada pela CAPES para obter apoio financeiro no âmbito da quinta edição do Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Defesa Nacional (Pró-Defesa V).

O projeto, que conta com a participação, em rede, de instituições como a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), a Universidade da Força Aérea (UNIFA), a Escola Superior de Defesa (ESD), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), além de instituições de ensino colombianas como a Universidad del Valle e a Universidad Nacional de Colombia, obteve nota máxima nos critérios de análise de mérito, classificando-se entre as 15 vagas recomendadas para apoio financeiro da CAPES. Ao todo, o Pró-Defesa reuniu 79 propostas de projetos de pesquisa por todo o país.

Segundo o professor Paulo Negreiros Figueiredo, da FGV EBAPE, coordenador principal da proposta contemplada, “o projeto tem como objetivo explorar a interseção entre políticas públicas, indústria, tecnologias de uso dual e defesa nacional, no sentido de contribuir para a promoção de uma agenda de desenvolvimento para a Base Industrial de Defesa brasileira, em suas multifacetadas dimensões sociais, estratégicas, econômicas e tecnológicas. Trata-se de um objetivo prioritário presente na Estratégia Nacional de Defesa e, mais recentemente, no programa Nova Indústria Brasil”.

Segundo o professor Guilherme R. Garcia Marques, corresponsável na coordenação do projeto, “a abordagem multidisciplinar prevista na proposta, integrando elementos da administração, da economia e da geopolítica, será fundamental para que possamos avançar na compreensão dos complexos desafios enfrentados pela nossa Base Industrial de Defesa”.

O Programa Pró-Defesa é executado por meio de parceria entre o Ministério da Defesa e a CAPES, com o objetivo de estimular no país a realização de projetos conjuntos de pesquisa e a formação de recursos humanos pós-graduados em Defesa Nacional, com o propósito de desenvolver, consolidar e difundir o pensamento brasileiro nesta área estratégica.

FONTE: portal.fgv.br

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profyler
profyler
5 horas atrás

“Proposta de projeto”. Ou seja, ja sabemos.

Nilo
Nilo
Reply to  profyler
4 horas atrás

Sim, ia na mesma linha de comentário rsrs

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
5 horas atrás

A proposta é boa, sem dúvida. Mas como tudo no Brasil, o diabo está nos detalhes: Temos que nos espelhar no caso indiano: já falei várias vezes que falta no Brasil um órgão como o DRDO indiano ou o DGA francês, pra centralizar a aquisição e P&D de equipamentos que sirvam pras 3 FA’s, e que as 3 FA’s as comprem em quantidade. O MANSUP é um bom exemplo: Ele, desde o começo, já deveria ter sido criado pra ser uma família de mísseis anti-navio que possa ser usado pela máximo de navios da MB, disparado pelos ASTROS e pelos… Read more »

MMerlin
MMerlin
Reply to  Willber Rodrigues
4 horas atrás

“…centralizar a aquisição e P&D de equipamentos que sirvam pras 3 FA’s…” Na teoria, que deveria atuar nessa interseção de interesses, projetos e programas é o MD. Mas peguemos um declaração antiga do fundador da AVIBRAS, João Verde Leite. Este certa vez comentou que praticamente todos os requisitos tinham suas peculiaridades, exclusivas de cada ramo das FA, que quase inviabilizavam sua comercialização com outro ramo ou país estrangeiro. Temos vários projetos de equipamentos feitos em solo nacional, desde de fuzil, embarcações até veículos e, devido a “requisitos específicos” e talvez por ego, não são adotados de forma comum entre as… Read more »

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  MMerlin
2 horas atrás

Cara, o MD e nada, dá quase no mesmo…
As 3 FA’s continuam a revelia e fazendo o que bem entenderem, e dane-se a interoperabilidade…

Gabriel BR
Gabriel BR
Reply to  Willber Rodrigues
4 horas atrás

Para mim o melhor exemplo de politica industrial de defesa é o Estado de Israel. Israel comprou por muito tempo equipamentos da França em larga escala com transferência da tecnologia ganhando tempo e dinheiro. Com os off sets industriais e o trabalho em conjunto com as Universidades eles criaram e mantiveram no país os acadêmicos e engenheiros que constituíram um parque industrial autóctone cujas patentes beneficiam todos o setores da economia israelense. Hoje Israel tem elevados rendimentos oriundos de patentes e propriedade intelectual empregados amplamente por industrias e serviços em todo o Ocidente , além é claro da própria produção… Read more »

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  Gabriel BR
2 horas atrás

Concordo.
Israel compra navios, caças e submarinos de fora, mas o “recheio” ( radares, sonares, mísseis ) é nacional.
O Brasil é o contrário: fazemos ToT’s de navios, submarinos e caças pra serem feitos aqui, mas o “recheio” é totalmente importado.
E juramos por Deus que isso vai fazer nossa BID ir pra frente…
É só ver a quantidade de itens realmente nacionais nas FCT’s.

Gabriel BR
Gabriel BR
4 horas atrás

A Economia industrial em geral, na grande maioria dos casos ,demanda planejamento a nível de estado. Para ter êxito é necessário fazer um arranjo com diversos setores em diversos níveis e quem capitania esses esforços são os governantes . A Industria de Defesa tem o Estado como único comprador e que se por natureza tem risco elevado também tem um lucro presumido enorme …na dúvida basta observar o quanto os franceses faturam com venda de armas a nível global !

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
3 horas atrás

O problema desses projetos é que quando ficar pronto será só um documento acadêmico.
Ou o presidente vai ler? O ministro da Defesa? Os comandantes das Forças? Os empresários do setor?
Será só mais dinheiro do contribuinte gasto sem resultado prático.

JPonte
JPonte
3 horas atrás

Temos bons pesquisadores , temos boas ideias , temos recursos , temos matéria prima …. só nos falta a percepção de perigo … nos falta um inimigo , falta nos a iminência da perda para o assunto defesa nacional ser levado com a seriedade que ela merece . Seriedade tanto por políticos , militares e sociedade em geral ….. parte desta percepção falha crédito as lideranças militares e sua pouca capacidade de interação com a sociedade ….. isto deve ser mudado a bem da nação . Não há de fato nada que garanta que nossas fronteiras serão respeitadas no futuro… Read more »

Last edited 3 horas atrás by JPonte