Plataformas de pagamento do BRICS estão ganhando força: Sergey Lavrov
O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que os membros da organização intergovernamental BRICS estão recorrendo cada vez mais às plataformas de pagamento do bloco econômico como alternativas aos sistemas de pagamento ocidentais.
Em conversa com a mídia após uma reunião com seu homólogo egípcio Badr Abdelatty, Lavrov disse que mais países, tanto dentro quanto fora do BRICS, estão buscando alternativas ao dólar americano e ao euro no comércio global.
“Muitos são atraídos pelo fato de que as plataformas de pagamento estão sendo desenvolvidas dentro do BRICS, permitindo que se realizem comércio, investimentos e outras operações econômicas sem depender daqueles que decidiram usar o dólar e o euro como armas,” afirmou ele, conforme reportado pela agência estatal russa TASS.
O BRICS tem sido um dos principais opositores dos EUA e de seus aliados ocidentais. O bloco, originalmente fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem como objetivo claro libertar o mundo da dependência do dólar. Com a Rússia e a China sendo cada vez mais sancionadas pelo Ocidente e negadas acesso à infraestrutura global de pagamentos, desenvolver uma alternativa tornou-se um alvo principal para o BRICS.
O bloco aumentou seu número de membros, incluindo Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Catar, Irã e Egito, e agora possui um PIB combinado de US$ 29,3 trilhões.
Entre as plataformas de pagamento alternativas estão BRICS Pay e BRICS Bridge, dois sistemas projetados para permitir que os membros realizem pagamentos bilaterais de forma contínua. O BRICS Bridge é movido por blockchain, representando uma das maiores implementações de tecnologia descentralizada em pagamentos globais.
Os membros também têm se voltado diretamente para os ativos digitais. Recentemente, a Rússia legalizou o uso de ativos digitais para pagamentos transfronteiriços para aliviar o peso sobre as empresas locais que foram excluídas do SWIFT. O país também está construindo duas bolsas nacionais de ativos digitais em Moscou e São Petersburgo para facilitar a movimentação de valor entre moedas fiduciárias e ativos digitais.
Embora todos os membros do BRICS estejam ansiosos para reduzir sua dependência do dólar, desenvolver um novo sistema do zero é uma tarefa complexa. Elvira Nabiullina, governadora do Banco da Rússia, reconheceu que pode levar anos para que todos os membros harmonizem seus sistemas e regulamentações para uma infraestrutura de pagamentos que funcione sem problemas.
Apesar dos desafios, o bloco está firmemente focado em construir essa alternativa, com Lavrov observando que “todos entendem que qualquer um pode enfrentar sanções dos EUA ou de outros países ocidentais.”
FONTE: coingeek.com
A ampliação de membros dos BRICS fortalece e dar uma nova dinâmica a uma nova alternativa ao SWIFT, mas ainda tem restrições quanto a países fornecedores de produtos de tecnologia e de alto valor agregado, o Brasil é um país com potencial para explorar este vácuo no BRICS.
Então…. para o Brasil, com reservas de US$ 350 bilhões, um sistema alternativo ao dólar é benéfico porque permite ao país usar o sistema que for mais adequado no momento…
Inclusive, o Brasil pode fazer pagamentos com a China e com a Argentina, por exemplo, sem suas próprias moedas, á margem do Switt e do sistema do Brics.
No momento a grande oportunidade para equilibrar a avassaladora destruição do nosso parque industrial e sua complacência perante o dinamismo e força da indústria China no nosso mercado é a transição para alternativas energéticas e com urgente implantação, porque uma mais maiores cidades poluída do mundo, São Paulo, não substituiu toda sua frota gigantesca de ônibus elétricos nacionais, tendo
empresas brasileiras tanto na construção de veículos como de sistema elétricos? é um exemplo de como estamos sendo engolidos pelo dinamismo chinês.
A China está dominando essa cadeia de fornecimento, mas não muda nada,só vai mudar o dono.
Sim, e estamos sendo usado pelos chineses como plataforma de produção para produtos dos quais me refiro acima como o caso de carros elétricos, são diversos os setores e em muitos uma plataforma de importação e redistribuição para A.Sul, as vias transoceânicas cai feito uma luva rsrs sem política de fortalecimento de desenvolvimento e pesquisa industrial aí sim, nada muda.
Está aí o motivo para o início de uma guerra quente pelos EUA e Europa!
È perigoso demais peitar os 159 nações dos Brics. È uma guerra nem otan consegue ganhar.
O BRICS+ nāo é um grupo organizado. Aliás, o fato de hoje em dia deixarem entrar “qualquer” um, sem o mínimo critério, vai ser justamente a causa do fracasso do grupo.
O dólarzinho confiável e bem lastreado nāo vai deixar de ser irresistível nem tāo cedo.
Se os EUA espirrar nesses 159 países cada um corre pra um lado.
Os anões estão ganhando força.