Wang Yi e Jake Sullivan

O diplomata chinês de alto escalão, Wang Yi, expressou seu desejo de trabalhar com o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, para promover relações “saudáveis e estáveis” durante as conversas que ocorrerão em Pequim. Wang destacou que as relações entre China e EUA enfrentaram muitos desafios nos últimos anos e que é importante aprender com essas experiências, mantendo a direção de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação benéfica para ambos.

Sullivan, por sua vez, disse estar ansioso para discutir uma ampla gama de questões, tanto aquelas em que os dois países concordam quanto as diferenças que precisam ser gerenciadas de forma eficaz. Ele reafirmou o compromisso do presidente Biden em gerenciar a relação de maneira responsável, garantindo que a competição entre as nações não se transforme em conflito e buscando formas de cooperação onde os interesses coincidam.

A visita de Sullivan à China é a primeira de um conselheiro de segurança nacional dos EUA em oito anos, e é vista como uma preparação para um possível novo encontro entre Biden e Xi Jinping. Além de questões bilaterais como Taiwan e o Mar do Sul da China, também está na agenda a crise de fentanil nos EUA e o alegado apoio da China à indústria de defesa russa, uma acusação que Pequim nega.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que Wang Yi deve levantar a questão das “medidas arbitrárias” dos EUA, como tarifas, controles de exportação e sanções unilaterais que visam o desenvolvimento de alta tecnologia da China. Na sexta-feira anterior, os EUA sancionaram dezenas de entidades e indivíduos chineses por seu suposto papel em apoiar a guerra da Rússia na Ucrânia.

A visita de Sullivan também ocorre em meio a crescentes tensões entre China e Filipinas no Mar do Sul da China. Na segunda-feira, a Guarda Costeira Chinesa afirmou que dois navios filipinos “invadiram” suas águas perto do Banco Sabina, o que levou a um terceiro confronto entre as duas partes em uma semana.

Por fim, a visita de Sullivan ocorre enquanto as pesquisas mostram uma corrida presidencial acirrada nos EUA entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump. Embora a administração Biden tenha afirmado que a viagem de Sullivan não deve estar diretamente ligada às eleições, analistas sugerem que o pleito de novembro será um dos principais temas discutidos durante as reuniões.

FONTE: South China Morning Post

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Maurício.
Maurício.
3 meses atrás

Esse Jake Sullivan é o sujeito que enviou um e-mail para a Hillary Clinton em 2012 dizendo que a Al-Qaeda estava do lado dos EUA contra a Síria, ou seja, americanos e terroristas unidos! Hipócritas do cara*.

https://wikileaks.org/clinton-emails/emailid/23225

Dr. Mundico
Dr. Mundico
Responder para  Maurício.
3 meses atrás

Conforme-se, a hipocrisia sempre fez e sempre fará parte das relações humanas, diplomáticas inclusive.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  Maurício.
3 meses atrás

Terroristas ? Eles eram “oposição moderada”. Reunidos, treinados, financiados para desestabilizarem um governo legítimo de um país soberano. Membro da ONU. Tal como apoiam e armam os nazistas da Ucrania.

Bigliazzi
Bigliazzi
Responder para  Antonio Palhares
3 meses atrás

Nazistas da Ucrânia… Fale mais sobre isso.

BraZil
BraZil
3 meses atrás

Na foto, parece o estagiário que foi chamado na sala do supervisor…

Antunes 1980
Antunes 1980
3 meses atrás

A simbiose Estados Unidos e China é impossível de ser mudada.
Um precisa do outro. Os Estados Unidos são o “cérebro” do mundo e a China a “fábrica”.
A China tem a sabedoria de alimentar a economia do ocidente e lucrar, e fomentar seus aliados globais da foice e do martelo e também lucrar.

wilhelm
wilhelm
Responder para  Antunes 1980
3 meses atrás

Sugiro você dar uma pesquisada nos países que mais publicaram artigos científicos nas últimas décadas.

Macgaren
Macgaren
Responder para  Antunes 1980
3 meses atrás

Realmente triste e chocante ao mesmo tempo.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  Antunes 1980
3 meses atrás

Quem mais forma cérebros no planeta é a China. Mais do que Estados Unidos e Europa juntos,

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
3 meses atrás

É o que sempre digo aos novinhos da Guerra Fria 2.0. Hoje é o Comercio Mundial quem manda, o resto é disputa de quem tem o …. maior!

NBS
NBS
3 meses atrás

“Nas últimas conversações de alto nível entre os Estados Unidos e a China, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, propôs uma abordagem colaborativa, buscando evitar que a competição entre as duas nações se transforme em conflito.”Contudo, apesar das declarações de intenção de promover relações “saudáveis e estáveis”, as ações subsequentes dos EUA têm demonstrado uma postura ambígua, minando o que poderia ser um avanço genuíno nas relações bilaterais.
Recentemente, logo após as conversações, os EUA sancionaram dezenas de entidades e indivíduos chineses por alegado apoio à guerra da Rússia na Ucrânia. Esta não é a primeira vez que as ações dos EUA contradizem suas palavras. Em ocasiões anteriores, como em 2023, durante negociações sobre controle de exportações e tecnologia, os EUA impuseram tarifas e sanções unilaterais logo após encontros diplomáticos que prometiam cooperação mútua.
Além disso, enquanto Sullivan discutia formas de cooperação, o Ministério das Relações Exteriores da China expressou preocupações sobre as “medidas arbitrárias” dos EUA, como os controles de exportação que visam restringir o desenvolvimento tecnológico da China. Tais medidas são vistas por Pequim como desestabilizadoras e contraproducentes ao diálogo proposto.
Esses episódios demonstram um padrão recorrente: as iniciativas de diálogo são frequentemente seguidas por ações punitivas, o que levanta dúvidas sobre a sinceridade do compromisso dos EUA com uma aproximação genuína. Ao adotar essa postura dual, os EUA correm o risco de perpetuar a desconfiança mútua e dificultar uma cooperação que poderia beneficiar ambos os lados. Essa estratégia, embora focada em agir com firmeza em relação à China, carrega o risco de fracasso, podendo levar ao fim da globalização, do livre mercado e a uma maior centralização das cadeias produtivas dentro de cada país.

Arthur
Arthur
3 meses atrás

Que cena linda, idílica! Mas, logo, logo, a frota americana irá “game changear” os chineses no Mar do Sul da China, quem sabe no mundo… Os Houthis que o digam!!! kkkkkkkkk!

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
3 meses atrás
Bigliazzi
Bigliazzi
3 meses atrás

A China irá brigar contra o seu maior cliente??? Não faz sentido. Nunca fez… E as torcidas deliram.