Governo Lula tenta manter Avibras sob controle nacional
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não quer que a Avibras vá parar nas mãos da chinesa Norinco e mobilizou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para buscar uma empresa brasileira — ou um “pool” de empresas — para assumir suas operações.
A avaliação inicial, entre militares, era que desnacionalizar a Avibras seria um “problema menor” quando ela recebeu proposta de compra da australiana DefendTex.
Essas negociações, porém, não evoluíram e a Norinco tomou a dianteira nas tratativas. Lula entrou pessoalmente nas discussões. Nesta semana, o BNDES conduzirá conversas com potenciais interessados e estuda uma forma de financiar a aquisição da Avibras por um grupo ou um consórcio brasileiro, segundo relatos feitos à CNN por auxiliares diretos do presidente.
Leia matéria completa no site da CNN Brasil, clicando aqui.
Nacionalizada, privatizada, vendida parcialmente para estrangeiros…, discutem muito isso, mas não o principal.
Empresas de defesa dependem de uma carteira de vendas sólida e constante para sobreviver, em especial, encomendas do país sede. Avibras não tem isso.
Sem vendas, a empresa privada quebra, a pública vira cabide de emprego.
“Empresas de defesa dependem de uma carteira de vendas sólida e constante para sobreviver, em especial, encomendas do país sede. ”
Concordo.
Mas a AVIBRAS tem pedidos, eles simplesmente foram incapazes de entregar.
Por mais que eu seja a favor de manter a Avibrás nacional, também temos que ser coerentes e lógicos aqui:
A Avibrás é uma empresa estagnada, “preso” a praticamente apenas um produto ( nunca ví uma empresa ter apenas um produto, mas a Avibrás conseguiu essa proeza ), e que chegou num ponto em que não tem caixa nem pra manter suas encomendas sendo entregues em dia.
Até quando vale a pena continuar ajudando uma empresa nesse estado?
Seria excelente se algum canal de Defesa fizesse uma entrevista séria com a diretoria da empresa, que eles mostrassem como a empresa chegou nesse ponto, e que eles mostrassem seus reais planos de tirar a empresa desse estado.
Caso contrário, é dar remédio pra moribundo.
” Seria excelente se algum canal de Defesa fizesse uma entrevista séria com a diretoria da empresa, que eles mostrassem como a empresa chegou nesse ponto, e que eles mostrassem seus reais planos de tirar a empresa desse estado.” Perda total de tempo. Vão mentir a rodo e tentar continuar no modal atual de calamidade.
Sou empresário mas não sou (ainda bem) nenhum especialista ou consultor em soluções para tirar empresas de situações como se encontra a AVIBRAS.
“…buscar uma empresa brasileira — ou um “pool” de empresas — para assumir suas operações…”
Independente, sempre sugeri que a melhor solução não é estatizar.
Apontei que a solução ideal era distribuir os projetos, programas e colaboradores entre outras empresas (com competência comprovada) que compõem o BID. A verba adquirida pela empresa poderia ser utilizada para pagamento dos salários atrasados. Os proprietários ficam com as dívidas diversas: bancos (públicos e privados), impostos atrasados, quebras de contratos, fornecedores e tudo o mais.
Para os contribuintes, vai sobrar a renegociação dos contratos com as novas empresas o que traz custos e, para o Governo, nesta renegociação, a expansão dos prazos.
Mas faz parte do jogo. O PEB já está se adequando com dois projetos envolvendo três empresas diferentes.
Pois é! Já existem empresas “do governo” que estão estagnadas, algumas com “nenhum produto”. A Avibrás (parece-me) tem uma tecnologia avançada, que foi ganha a duras custas. Logo, uma a mais, não seria nenhum desastre. Com a vantagem de, em sendo recuperada (diferente de algumas outras), poder ampliar “a carteira” já existente. Mas….
Tem um lote inteiro de chassis Tatra (que seriam usados na montagem do ASTROS 2020) parados na linha de montagem da Avibras, em Jacareí. Era de um comprador de região de deserto, que suspendeu o pedido devido a pandemia. Não foi o único contrato de exportação suspenso.
A pandemia foi brutal com a Avibras, que vinha se recuperando, apesar do João Verdi.
Se não venderem a Avibras, deveriam ver a possibilidade de liberar uma linha de crédito para a retomada da produção e liberar a Avibras para vender para membros da OTAN.
Eles ficaram 30 anos sem fazer vendas significativas…aí quando estavam quebrados, com dividas bilionárias, sem pagar funcionários, o governo comprou 50 milhões em foguetes e óbvio, eles não entregaram. Parte da culpa é da empresa, que é mal gerida, mas parte é dos militares, que não compram nem os produtos consagrados e que seriam usados as toneladas em exércitos bem treinados. Os foguetes dos astros do EB devem ter sido adquiridos na década de 90…e olhe lá.
Amigo, o exército tem cerca de R$ 60 milhões em encomendas à empresa. Esta não entregou e está devendo.
Também depende de uma administração profissional. Talvez o exemplo da Embraer seja sempre importante. Ela tem um amplo portifolio de produtos para exportação. O seguimento militar que é estratégico para o país é apenas uma parte
O sucesso da Embraer se dá na aviação executiva e na comercial regional, essas áreas são tão lucrativas que sustentam essa “aventura” de fornecer equipamentos para nossas FA.
A Avibras não conseguiu e nem parece ter tentado seguir o mesmo caminho.
Temos teto de gastos, ajuste fiscal e queremos superávit a todo custo. O investimento total do Estado fica prejudicado, inclusive em defesa.
ainda mais com o congresso surrupiando grande parte do orçamento…
Entendo que a única saída para a Avibras é estabelecer parceria com uma empresa estrangeira com melhor expertise, presença na área e com uma sólida…carteira de pedidos!
Infelizmente o que vejo é apenas um “bras” no nome de uma empresa que não produz mais nada nem desenvolve tecnologia para coisa nenhuma.
Não existe milagre, sem clientela nem padaria vai para a frente….
Os sindicalista chegam a lamber os beiços, imaginando a Avibrás estatizada.
Correto, e depende, também, da possibilidade de vendas externas, que depende de autorizações do governo, o qual tem atrapalhado bastante.
Se não tirar o escorpião do bolso em nada adianta manter uma Avibras agonizante no Brasil. Sem grana a empresa vai perdendo now how, experiência, concorrência, etc.
Cada 1% que baixar na SELIC sobram 40 bilhões no orçamento. O Japão tem uma dívida equivalente a 270% do pib, com taxa de juro negativa. O Brasil tem uma dívida equivalente a 70% do PIB e paga 10,50% de juro, com juro real aproximado de 6%. Portanto, a cruzada da Avibras é fundamental mas ela será dificultada enquanto o dreno estiver ligado.
Dito de outra forma, o governo tem uma margem mínima disponível no orçamento. Portanto, como o cobertor é curto é preciso que ele aumente de tamanho. E está no BC a melhor forma disso acontecer.
O BC, dito “independente” do governo, vulgo dependente do mercado não vai fazer isso enquanto não mude nada na sua atual presidência monetarista. No final do ano, com o novo presidente mais alinhado a pautas desenvolvimentista e mais em sintonia com o governo pode ter uma chance. Mas aguenta a choradeira do mercado batendo o pé para que o BC faça o que eles querem….
Seria razoável que o presidente do BC fizesse parte da chapa presidencial (elegeríamos presidente, vice e presidente do BC) ou que existissem eleições majoritárias para o BC.
Deu super certo quando o governo Dilma teve um presidente do BC que seguia a lógica desenvolvimentista e baixou os juros sem que as condições econômicas fossem favoráveis.
E a esquerda não aprende com seus erros.
Basta ver o cargo onde a mesma foi colocada: Presidente do NDB. E a mesma foi eleita a “Economista 2023”. É rir pra não chorar.
Empirismo não é o forte do Brasil, Rafael, e independente se direita ou esquerda.
O Lula ficou 8 anos como presidente do Brasil com o BC não independente e tu vem me dizer que a esquerda quer fazer o que a Dilma fez? Sério? Tem que ter paciência.
Não aprende mesmo, já estão falando em usar dinheiro dos fundos de pensão, Caixa BB Correios Petrobras para projetos do PAC, talvez uma parte vá até parar na Avibras, se aprendessem com os erros não estaríamos de novo aumentando e criando impostos sem parar e estrangulando de novo a economia.
BC independente é a norma das economias mais avançadas. Nós eramos atrasados por não ter tido até recentemente isto.
Independente é uma coisa. Com uma agenda obscura que serve a outros interesses contrários aos interesses do país é outra
Caro, o governo já conta com indicados no COPOM e mesmo Estes concordaram em manter a taxa de juros.
O presidente nāo toma as decisões sozinho.
Ainda mais com os lucros fenomenais que o sr. Campos Neto tem com seus investimentos em off shores que lucram quanto mais alto for a taxa de juros. Um claro conflito de interesses que não falam
O BC é uma instituição do Estado e não de um governo.
É totalmente autônoma.
Um coisa é indicar um Ministro do STF totalmente alinhado com futuras necessidades de uma pessoa.
Outra coisa é seguir o mesmo caminho para o Banco Central.
O impacto no futuro das contas do país e, principalmente, do brasileiro, pode ser enorme (do ponto de vista negativo) se decisões forem tomadas não com base técnica, mas devido a necessidades de “investimento” de algum determinado governo.
Olá Merlin,
Eu entendo que o BC não pode ser autônomo. Ele precisa estar subordinado a outro poder, seja o executivo ou o legislativo. Contudo, como o BC é um orgão executor de politica monetária, ele deve mesmo ser subordinado ao Executivo. Pode ser vinculado a um ministério ou diretamente á presidência.
Seu papel na sociedade não é diferente de uma agẽncia, como aquelas que ordenam setores como o aéreo, as águas, telecomunicações, etc.
Entendo seu ponto de vista. Mas o problema do BC ser subordinado ao Executivo é quando este segundo acaba sendo comandado por um Presidente eleito mas incompetente, onde o foco sejam gastos populistas desenfreados sem critérios e preocupação com a dívida pública.
Neste caso, o BC serve como chave de segurança.
A autonomia tem suas desvantagens, sem dúvida. Mas, as maiores potências econômicas possuem estrutura semelhante, com exceção da China.
Veja, concordo que algumas decisões sim podem frear o desenvolvimento. Mas o modelo atual é importante.
O governo atual realmente tem tido problemas orçamentários que resultam em cortes de várias pastas. Mas o problema, de longe, tem como culpado o BC e seu gestor atual.
Vamos abaixar a SELIC, vai sobrar uns 400 bi no orçamento, ai a gente aproveita e Volta para os anos 80/90 com direito a hiper-inflaçāo rsrsrs.
Brasil e Japāo têm economias totalmente diferente, meu chapa.
O Tesouro Nacional emitindo títulos IPCA + 6% ao ano e o pessoal achando que a Selic está alta.
Baixa mais a Selic para ver como o governo irá se financiar.
É impressionante como as pessoas caem nessa ladainha do Lula e do PT de que a Selic está alta porque o presidente do BC não gosta de pobre.
São estes tipos de declarações do governo que fomentam a polaridade e dividem ainda mais o pais.
E ainda acreditam nesse papo de “paz e amor”. Bom, pra quem disse ser o “brasileiro mais honesto do país” não dá confiar muito.
“A avaliação inicial, entre militares, era que desnacionalizar a Avibras seria um “problema menor” quando ela recebeu proposta de compra da australiana DefendTex.”
Da próxima vez em que vocês virem militar indo em Congresso falando de BID e 2% pra Defesa ( esse povo só sabe falar nisso ), lembrem-se disso, ok?
Mas enfim…quais empresas nacionais poderiam fazer isso?
E a diretoria da Avibras, a responsável por tudo isso, vai ser mandado embora, ou não?
2% do PIB para a defesa? Aí ia sobrar dinheiro para residências funcionais. Em 12 de agosto o exército informou que gastou 547 milhões em 463 residências a custo de 1,18 milhões cada. Bem suspeito. É visto que não sobra para equipamentos.
São milhares de casas e vilas militares no Brasil inteiro, com aluguel subsidiado baratinho para os militares. Para manter este monstro, junto com justiça militar e hospitais/postos militar é preciso elevar a mordida no PIB.
Mas esses imóveis ainda são patrimônio pelo menos, dá para vender. Inclusive já está em discussão:
https://www.sociedademilitar.com.br/2024/08/disputa-imobiliaria-a-vista-no-vermelho-forcas-armadas-querem-vender-terrenos-pra-comprar-equipamentos-mas-congresso-esta-de-olho-em-mansoes-luxuosas-de-comandante-clubes-e-estacionamentos-wvt.html
Ah, é mesmo?
Bom saber. Poderiam começar com aquela mansão da MB que ela tem próximo ao Pq. Ibirapuera, um dos metros quadrados mais caros de SP.
Aquela historinha de “museu da Marinha” é conversa pra boi dormir. Poderiam começar vendendo aquilo.
Aposto que daria pra comprar 2 NaPaOc com essa venda.
Só para reflexão, não adianta gastar uma grana para estatizar a empresa e continuar não fazendo pedidos…vai virar mais uma empresa estatal cheia de encostados e sem serviço. É melhor pegar esse dinheiro e comprar mais lançadores, foguetes, mísseis e etc…uma vergonha o Brasil ter só 30 lançadores do Astros (creio que seja esse o número).
A Avibras tem mais produtos para oferecer além do astro?
Tinha o Guará mas o EB preferiu dar dinheiro aos italianos da IVECO com a escolha do Guaicuru (que nome pavoroso!) do que apostar pelo produto nacional, ainda que não estivesse no mesmo nível. O EB tb tem parte dessa culpa. As três forças, sempre quando podem, escolhem comprar lá fora mesmo que haja aqui um produto nacional similar. Dois doritos depois vão no congresso reclamar de orçamento, BID, ToT e afins.
O Guará nem participou da licitação que escolheu o Iveco Lince / Guiacurus, como é que o EB iria escolher ele?
Empresa que tem decadas, so tem o guará e o astros (nao estou dizendo que o produto e ruim) pra oferecer? Nao acha um portfólio limitado? Creio que nenhuma empresa sobrevive nao tendo nada de inovador pra oferecer. O Avtm 300 não e da Avibras?
era , era…
O Guará é tão nacional quanto o Guaicuru, era o Sherpa francês montado aqui apenas.
Semana passada o governo propôs a Israel a montagem de obuseiros israelenses no Brasil. https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/caio-junqueira/politica/amorim-trava-blindados-de-israel-e-defesa-propoe-producao-no-rs/
Muito embora a reportagem fale em montagem no RS, creio que o engano se dá em função da sede de pesquisa da Elbit ser em Porto Alegre, mas sem qualquer linha de produção. Moro no sul, tenho colegas engenheiros que trabalham na Elbit, e desconheço empresa no RS que por hora teria chão de fábrica para tocar esse tipo de empreitada.
Será que o governo tem em mente entregar essa produção para a Avibrás? O parque industrial da empresa teria condições?
Sob a ótica governamental seria uma grande jogada para o país, muito mais para a empresa.
Se for pegar o chassi de um caminhão, montar a cabine e o canhão, tanto a Avibrás, quanto as gaúchas Agrale, Random e Marcopolo teriam condições de montar em CKD.
E provavelmente a Ares no RJ.
Li aqui,em algum lugar,que tem chassis de Tatra lá na Avibrás que eram de alguma venda cancelada. Daria pra aproveitá-los e montar o canhão e os sistemas nesses caminhões parados?
Os Patriotas agora devem estar espumando de raiva. Coisa de “comunifta” isso aí hein!
Da mesma forma que engavetaram o prosuper e deixaram o “legado” de copa e olimpiadas?
Seria interessante para a Embraer adquirir a Avibras?
Não….de jeito algum.
Porque não, exponha sua opinião por favor, portifolio da embraer eiria aumentar e muito
São ramos diferentes…..a Avibrás apesar de ter um bom produto é uma empresa com sérios problemas….seria um grande “pepino” para a Embraer.
Olá Franz. Na crise de 2008, a GM estava para falir. A empresa foi dividida em duas… uma “old!” e uma “new”. Uma delas ficou com a parte saneada e a outra foi deixada para falir.
O governo federal investiu algo em torno de US$ 50 bilhões na empresa que sobreviveu, virando sócio. Depois, ele vendeu as ações na bolsa…
Este é um dos caminhos. Estatiza, faz um saneamento, privatiza a parte saneada e depois vende as ações em bolsa para investidores.
Aliás, repetiu-se com a Sabesp um modelo de privatização ruim, que é vender o controle da empresa ao invés de vender as ações pulverizadas para investidores inclusive pequenos e médios
Oi Camargo.
Vc já contou esse caso da GM várias vezes.
A questão do comentarista não foi de estatizar ou não a Avibrás.
Mas sim da Embraer adquirir ou não a Avibrás; são coisas totalmente diferentes.
Sou porém da opinião de que seria uma péssima idéia (para a Embraer) juntar duas empresas completamente diferentes.
Antes estatizar do que unir as duas empresas….corremos o risco de no fim falir ambas.
Várias empresas que começaram em um unico ramo hoje possuem vários ramos de atuação, inclusive empresas de defesa.
A própria Embraer hoje não é apenas uma empresa aeroespacial, como ela mesma diz, possui soluções para ar, Mar e terra.
Adquirir a AVIBRAS aumentaria o portifolio e a diversificação da companhia.
Tudo bem, cada um com a sua opinião.
Hoje a Embraer por ser sucedida é vista como uma bóia de salvação para empresas em dificuldades….
Pergunte a Embraer se ela tem interesse nesse abacaxí…
Ou talvêz outras empresas do setor de defesa.
Se tivessem interesse, já teriam se manifestado.
Mas, repetindo, não sou da opinião de que seria uma boa idéia.
Olá Franz.
talvez a Embraer tenha interesse.. talvez não… lembro que a Embraer foi (ou ainda é) controlada por um banco. O que viria depois do saneamento da empresa é algo aberto… talvez a Embraer tenha interesse.. talvez a empresa se torne uma empresa independente controlada pelo mesmo grupo que controla a Embraer.. ou até mesmo ser controlada por outro grupo.
O problema agora é evitar a falência da empresa.
Embraer nunca foi controlada por um banco.
O único controlador que ela teve foi o governo brasileiro.
Depois da privatização, Bndespar, Sistel e Previ foram os maiores acionistas por determinado tempo, mas não chegaram a ter o controle (50% +1)7! da empresa.
Atualmente o maior acionista é o fundo estrangeiro Brandes com cerca de 15% das ações. Depois o Bndespar com cerca de 5%. Nenhum outro acionista tem mais de 5% das ações. Por isso ela é uma corporation (empresa “sem dono”), algo raro no Brasil e muito comum nos EUA.
O maior acionista da Embraer quando da privatização foi o banco Bozano & Simonsen, que indicou o Maurício Botelho para ser o presidente da Empresa, sucedido pelo Fred Curado, também como indicação do banco.
Sistel e Previ estiveram também entre os maiores acionistas, tendo direito a indicar nomes para o Cons. Administração, mas saíram não muitos anos depois, dando espaço para cada vez mais investidores financeiros “stricto sensu”.
Aliás, essa questão – de no conselho estarem sentados apenas interessados em retornos financeiros – foi um dos ponos-chave para a estória da venda à Boeing.
Concordo que deve-se evitar a falência da Avibrás.
A empresa enfrenta dificuldades há muitos anos……por quê isso não foi debatido antes?
Creio que a única solução será mesmo a estatização e torcer para que um dia o Estado recupere o que investiu……dos males, o menor!!
O controle da Sabesp não foi vendido a uma empresa. O grupo Equatorial que comprou as ações do governo de SP ficou com apenas 15% do capital que está pulverizado. Ele será um acionista de referência, mas não terá o controle.
Se os demais acionistas votarem contra suas propostas elas não serão implementadas.
A Avibrás chegou num ponto em que não tem caixa nem pra pagar seus funcionários e os fornecedores dos insumos de seus produtos, e nem vou falar da empresa estar estagnada com apenas um produto relevante em seu portfólio.
Se eu fosse a Embraer, pra que diabos eu ia querer me meter nessa arapuca?
Aumentar muito: um produto.
Você acha que se a Embraer quiser fabricar foguetes e lançadores como o Astros ela precisa adquirir a Avibrás com uma divida enorme ou basta ela investir dinheiro e desenvolver ela própria esses produtos que não são tão modernos assim?
Se ela quisesse já estaria nesse mercado faz tempo. Mas é um mercado “pequeno” para ela.
Nao existe sinergia nenhuma de produto, só ia dar dor de cabeça. Talvez a MacJee que também trabalha com um lançador de foguetes menor (Armadillo) bem como bombas e foguetes. A MacJee recebeu o contrato pra terminar o 1o estagio do hipersonico nacional, programa que estava com a Avibras.
https://www.defesanet.com.br/space/finep-aprova-subvencao-recorde-para-foguete-hipersonico-construido-pelo-brasil-r-117-milhoes/
Eu já disse anteriormente que se a Avibrás quebrar é capaz da MacJee ocupar seu lugar.
Uma empresa mais nova e com mais produtos a venda. E se quiser poderá comprar o projeto do Astros da massa falida da Avibrás.
Rapaz de Deus, galera que queria o gopi deve tá remoendo e bebendo todas 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
Lembre de quem aprovou a venda da Embraer para a Boeing.
justamente meu caro, primeira coisa que me veio na cabeca
Forças Armadas são de ESTADO… e não de GOVERNOS.
Para mim tem que estatizar e ponto.
O ideal seria a Embraer defesa e a Mac Jee assumirem a Avibras, profissionalizar a administração.
A Mac Jee seria uma boa opção pra assumir a carteira. E talvez o mais simples seria receber o know how do Astros e pronto, deixa a Avibras sucateada falir mesmo. A FAB ja desistiu do S50 e contratou a Mac Jee pra fabricar o 1o estagio do hipersonico 14x.
A MAC Jee Comprando 40 a 60% da AViBRAS e o governo entrando com ajuda , empréstimo, redução da dívida já dá pra Salvar , ou junto com uma 3° empresa e comprem uns 80% , provavelmente o atual empresário dono da AViBRAS nao vai abrir mão de tudo!
” provavelmente o atual empresário dono da AViBRAS nao vai abrir mão de tudo” Exatamente ahi reside o maior problema.
Um consórcio vai comprar e o lucro sai da onde ? cadê os potenciais clientes ?
Cliente depende de produto… produto depende de investimento.. e investimento depende de análise de mercado….
Considerando que o relatado seja realmente verdade, pois não vi nenhuma fonte oficial confirmando, a questão as grandes dívidas da Avibras inviabilizarem o interesse de empresas brasileiras deve ser visto c/ ingrediente importante: o BNDES. O papel deste no projeto deve ser decisivo p/ justamente amortizar esse montante alongando seus vencimentos, adiantando verbas p/ a urgente questão dos salários atrasados e disponibilizando valores p/ investimentos que certamente terão que serem feitos p/ dar condições de crescimento e retomar a credibilidade de clientes externos realizarem novos pedidos.
Meus candidatos a sócios nessa empreitada, limitando a empresas nacionais, seriam:
– Embraer
– Mac Jee
– CBC
– Akaer
Acrescento a AEQ do grupo Sinergy Defesa e Segurança (SDS),
É concorrente da MacJee aí não dá associação…
Amigo, nem sei se ainda está em operação, o site pelo menos nem tá mais ativo. Eu considerei apenas aquelas empresas que já tem um porte maior e atuam há anos como exportadoras de produtos e serviços.
AEQ é Grande, e é uma empresa considera estratégica….
O site não estando ativo não indica que está inoperante, por ser empresa de materiais sensíveis é bem restrita..
Ótima oportunidade para a Embraer defesa & segurança expandir o portfólio:
MLRS
Missil de cruzeiro
Motores de foguetes
Foguetes não guiados e guiados.
Blindados
Com uma ajudinha do governo a Embraer pagaria em 10 anos ou mais ….
Sabe porque a Embraer não quis? Porque não vale a pena. Se valesse, já teria comprado. Ninguém no Brasil quer a Avibras
De fato, nessa situação, hoje não vale a pena. Mas o governo pode fazer valer a pena.
Todos os funcionários bons, que tinham conhecimento importante, já foram embora. São anos de crise.
Se os chineses/australianos querem comprar, deixem comprar. A Avibras é só um nome.
Vc é brasileiro?
Meu caro, se a avibras estivesse tanto na m…. Assim essas duas empresas não viriam tentar comprar. Aposto que na época da Engesa tinha pessoas dizendo a mesma coisa que vc disse
Tenta? rs
Não houve “Tentativa para bancar 16 BILHOES de reais para artista né? rs
Agora para salvar uma das raras empresas nacionais que realmente agregam não só tecnologia mas literalmente soberania, fica nesse lenga lenga de tentar certo?
Muito melhor ficar na mão de brasileiros,
A Avibrás é empresa de um produto o sistema ASTROS que por sí só é de suma importância para o Brasil, a solução cabe ao governo descubrir, estatização com posterior privatização, após saneamento a fórmula cabe aos economistas discutir.
O HIMARS fez um sucesso na guerra Russo – Ucrâniana, e tem gente achando que deve quebrar de vez ou entregar para estrangeiros, é piada, o exército deve tentar ajudar ao governo a achar uma solução até para recuperar o investimento feito e o produto não entregue, temos sim que manter a AVIBRÁS na mão de brasileiros é estratégico para o Brasil. Se nós brasileiros não fizermos por nós mesmos, ninguém fará, se você quer algo faça por sí mesmo e não dependa dos outros.
Acredito que já seja um pouco tarde, a AVIBRAS está sendo completamente vendida para o estrangeiro. A nossa indústria de defesa está desaparecendo aos poucos e indo para mãos estrangeiras…
Seria interessante Embraer defesa, Siatt ou Mac Jee, com participação de 40% do governo. Avibras precisa renovar sua engenharia e gestão, tem um excelente produto era para estar bombando com essas guerras e ameaças de guerra pelo mundo. E precisa de novos produtos para diversificar.
Esses militares brasileiros são uma piada. Deveriam ser os primeiros a quererem que a empresa seja salva.
Os militares já estão repassando projetos para outras empresas como a Mac Jee.
Eles querem, mas não pelo estado e pelo atual governante.
Governo Lula tenta manter a Avibrás em estado de falência nacional, é uma piada. Por que não anuncia injeção de dinheiro para algum projeto para as forças armadas, qualquer uma delas.
Isso é exatamente o que ele não quer, injetar recursos para manter a Avibras.
Fera a avibras tem milhões em encomendas do exército brasileiro e não entrega, vc vai no açougue comprar carne, vc paga e o cara não te entrega e toda vez é isso, vai continuar pagando?
Infelizmente nossos comentários são teoricos, ideológicos, sentimentais. Mas a verdade está la, na AVIBRAS, quase falida ou falida. Uma fez eu, fiz um comentário aqui, e disse: temos empresas no ramo de setor de defesa no Brasil, que poderia se juntar e comprar a AVIBRAS, sim eu acho que isso poderia ser feito, porque temos sim demandas para o Brasil e no exterior, de produtos da Avibras, e novos produtos. Não é dizer ha não, a EMBRAER, não pode comprar a AVIBRAS, porque não tem encomendas do Governo e projetos. ( eu acho que tem sim ) e é viável sim, empresas Brasileiras comprar a AVIBRAS. Basta as empresas quererem e governo assumir um compromisso financeiro com as empresas interessadas no negócio. Já que o Governo, barrou todas as vendas, só existe duas saídas, ou o governo negocia com as empresas Brasileiras na área de defesa ou fecha a AVIBRAS.
Infelizmente já é tarde, no que depender desse atual governante, a Avibras irá à falência total. Eu mesmo já não tenho esperanças.
A não cara para, vc pode ver que a galera nem te responde mais, todo mundo já percebeu que vc é daquela galerinha que se não for o meu lá não vai dá nada certo, pode parar todo mundo já pegou o esquema
Rsrs… você é o sabichão pelo visto rsrs…
Prefiro ver 49% da AVIBRAS vendida do que 51 ou 100% em mãos estrangeiras…
E essa intromissão do governo poderá ser maléfica, atrapalha negociações mas ao mesmo tempo não mostram nenhuma intenção de adquirir algum percentual da empresa.
CONTROLE ESTATAL e não nacional. Empresa de defesa sempre “quebra” na iniciativa privada. Além disso o governo tem que obrigar as FFAA a adquirirem produtos periodicamente p a linha de produção nunca parar. Assim deixa de importar material e garante empregos aqui no país.