O Departamento de Estado dos EUA aprovou no dia 15 de agosto uma possível venda militar ao governo da Alemanha de mísseis PATRIOT Advanced Capability-3 Missile Segment Enhancement (PAC-3 MSE) e equipamentos relacionados, com um custo estimado de $5 bilhões. A Agência de Cooperação de Segurança de Defesa entregou a certificação necessária notificando o Congresso sobre essa possível venda.

O governo alemão solicitou a compra de até 600 mísseis PAC-3 MSE (incluindo dez mísseis de teste). A venda também incluirá itens não relacionados a MDE, como ferramentas e equipamentos de teste; programas de alcance e teste; equipamentos de suporte; publicações e documentação técnica associadas; equipamentos de treinamento; peças de reposição e reparo; treinamento sobre novos equipamentos; transporte; suporte de equipe de garantia de qualidade; assistência técnica, engenharia e serviços de suporte logístico do governo dos EUA e de contratados; integração e verificação de sistemas; suporte de escritório de campo; participação em programas internacionais de serviços de engenharia e de vigilância de campo; kits de modificação de lançadores; kits de conversão MSE; e outros elementos relacionados ao suporte logístico e ao programa.

Essa venda proposta apoiará a política externa e a segurança nacional dos Estados Unidos, ao melhorar a segurança de um aliado da OTAN que é uma força importante para a estabilidade política e econômica na Europa.

A venda também melhorará a capacidade da Alemanha de enfrentar ameaças atuais e futuras, além de aumentar as capacidades defensivas de suas forças armadas. Isso apoiará o objetivo da Alemanha de aprimorar a defesa nacional e territorial, bem como a interoperabilidade com as forças dos EUA e da OTAN. A Alemanha não terá dificuldades em integrar esse equipamento em suas forças armadas.

A venda proposta deste equipamento e suporte não alterará o equilíbrio militar básico na região.

O principal contratado será a Lockheed Martin, localizada em Dallas, TX. O comprador geralmente solicita compensações, que serão definidas nas negociações entre o comprador e o contratante.

A implementação desta venda proposta não exigirá o envio de representantes adicionais do governo dos EUA ou de contratados para a Alemanha.

Não haverá impacto adverso na prontidão de defesa dos EUA como resultado desta venda proposta.

A descrição e o valor em dólares referem-se à quantidade e ao valor estimados mais altos com base nos requisitos iniciais. O valor real em dólares será menor, dependendo dos requisitos finais, da autoridade orçamentária e dos acordos de venda assinados, se e quando concluídos.

FONTE: DSCA

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Jorge Silva
Jorge Silva
1 mês atrás

Dúvida. Se a situação está tão ruim para a Rússia na Ucrânia, por que todos os países adjacentes estão tão preocupados e se rearmando?

Akivrx
Akivrx
Reply to  Jorge Silva
1 mês atrás

A Alemanha cortou gastou militares nas últimas décadas, agora estão correndo contra o tempo para repor as capacidades perdidas.

Last edited 1 mês atrás by Akivrx
José 001
José 001
Reply to  Jorge Silva
1 mês atrás

USA não estão dispostos a pagar pela segurança da Europa por muito mais tempo.

Agora eles terão que por a mão no bolso para se defenderem.

E de preferência comprando equipamentos Made USA.

Bosco
Bosco
Reply to  Jorge Silva
1 mês atrás

Um leão ferido e acuado continua perigoso.

Bigliazzi
Bigliazzi
Reply to  Jorge Silva
1 mês atrás

Apenas deixando claro que são ouriços muito maiores do que a Ucrânia. Você é muito novo, a antiga União Soviética se desmantelou quando os EUA começaram a trabalhar na defesa espacial na década de 1980… Os Soviéticos já vinham de língua de fora na corrida armamentista, aquele movimento americano implodiu os comunistas. Qualquer semelhança com a atualidade não é mera coincidência. E o Trump vem aí… Todo mundo tem que investir em defesa. Não somos EUA na política deles sozinhos contra a renca toda. A história registrou tudo isso, basta ler os livros

Maurício.
Maurício.
Reply to  Jorge Silva
1 mês atrás

“Dúvida. Se a situação está tão ruim para a Rússia na Ucrânia, por que todos os países adjacentes estão tão preocupados e se rearmando?”

Eles não estão preocupados e se rearmando por causa da Rússia, afinal, ela está falida, e logo vai colapsar, claro, de acordo com um pessoal aí na internet, a real preocupação e ameaça é a China! Rsrsrs.

Bob
Bob
1 mês atrás

Putin ressuscitou e ampliou a OTAN. Parece que as coisas deram um pouco errado 🤣😂

Que sucesso!!!

LUIZ
LUIZ
Reply to  Bob
1 mês atrás

Cara a OTAN já vinha planejando expandir mais pra o leste europeu muito antes do Euromaidan e de 2022.

Felipe M.
Felipe M.
Reply to  LUIZ
1 mês atrás

A OTAN caminhava para se não o fim, uma forte desintegração, com enorme questionamento político interno, no âmbito de cada país europeu, sobre a manutenção de sua necessidade e dos elevados gastos decorrentes, especialmente diante da pressão constante dos EUA para que esses gastos aumentassem ainda mais. Forças armadas de países da primeira linha do tratado estavam em elevado grau de ostracismo. A força aérea alemã vinha de constantes taxas de disponibilidade abaixo de 50%. Os britânicos planejavam uma redução drástica de gastos, especialmente em sua marinha, com planos para se desfazer de muitos meios, tendo alguns sido bastante especulados… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Felipe M.
Hcosta
Hcosta
Reply to  Felipe M.
30 dias atrás

O questionamento político da OTAN era sobre o seu rumo e não sobre a sua necessidade. Macron com a frase de estar em morte cerebral se refere à grande dificuldade de conseguir a unanimidade e de ser usada para defender os interesses da Aliança de uma forma mais eficaz. Mas algo que reforça a sua função como uma aliança defensiva. E ainda bem… E o RU desfez-se de alguns meios devido à sua escolha para operar dois Porta Aviões e tudo o que isso acarreta. Putin mudou o cenário. De operações anti terroristas, de forças expedicionárias e baseado em infantaria… Read more »

Felipe M.
Felipe M.
Reply to  Hcosta
30 dias atrás

Mudança para qual rumo? China? Uma europa que, assim como o restante do mundo, tem seu sistema econômico cada vez mais atrelado às exportações e importações para os chineses? Por mais de uma década europeus se questionavam, fortemente, se a OTAN ainda era necessária. Nem a invasão da Crimeia e as ações no leste ucraniano mudaram essas argumentações. Não só questão de necessidade x ameaças russas de outrora que, no imaginário de muitos, já não era tão presente. Muito se falava, também, da manutenção da “dependência” dos EUA e de suas ações e influências em território europeu. Especialmente na Alemanha… Read more »

Last edited 30 dias atrás by Felipe M.
Hcosta
Hcosta
Reply to  Felipe M.
30 dias atrás

Não acredite na propaganda russa. A imigração ilegal é um problema mas tem poucas consequências… Veja os resultados das eleições na França e para o Parlamento Europeu. Na maior parte dos países os grupos radicais não chegam ao poder e mesmo assim muita coisa teria de mudar para eles conseguirem fazer o que querem. E duvido muito que seja esse o objetivo dos seus líderes. Acontece que o tema mais mediático são os imigrantes e fazem disso a sua bandeira como oportunistas que são. Nem sempre quem fala/grita mais alto representa a maior parte da população… E, por algum motivo… Read more »

LUIZ
LUIZ
Reply to  Felipe M.
30 dias atrás

“Enfim, era o que estava acontecendo. E é fato que tudo isso mudou com as ações de Putin. Mas você pode continuar insistindo nas suas teses de malvados e mocinhos.”

As ações dos EUA na Ucrânia visava uma reação russa, os russos iam reagir e os EUA sabiam disso. Aí se cria um pretexto pra os vizinhos se armar até os dentes contra a ameaça russa.

Jagder
Jagder
Reply to  LUIZ
30 dias atrás

Fonte?

José 001
José 001
Reply to  Bob
1 mês atrás

É verdade esse bilhete.

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
1 mês atrás

A Alemanha deveria tentar uma parceria para fabricar os misseis sob licença por meio da MBDA. É o que o Japão está fazendo, fabricando os misseis Patriot PAC-3 localmente, sob licença, por meio da Mitsubishi. É bom para todo mundo.

Alessandro
Alessandro
Reply to  Jacinto Fernandes
1 mês atrás

A Alemanha tem plenas condições em desenvolver sistemas de defesa aérea. Vide a a Diehl com o IRIS – T. Esse sistema se mostra muito rápido eficaz, tanto que os russos estão caçando esse sistema para destruir. O problema é a classe política alemã que é míope e trabalha contra a sua indústria de defesa. . Toda a semana o parlamento quer fazer alguma lei para restringir as exportações. A plataforma de governo de alguns partidos inclusive querem extinguir esse segmento. Muito difícil ter um complexo industrial com tantos idiotas jogando contra. Apenas com a guerra da Ucrânia essas empresas… Read more »

Heinz
Heinz
1 mês atrás

Aprende ai EB, assim que se faz uma compra militar. E não comprar só a conta gotas

Luís Henrique
Luís Henrique
Reply to  Heinz
29 dias atrás

Esse texto deveria ser direcionado ao governo federal.
O EB e as demais forças compram pouco e em quantidades pequenas porque não possuem os mais de 50 bi de euros de orçamento militar, nem os 100 bi de euros do fundo especial para reaparelhamento.

Gui
Gui
1 mês atrás

Qual seria o sistema ocidental comparável ou equivalente ao Patriot?? Pergunto pra avaliar as alternativas..

Rodrigo G C Frizoni
Rodrigo G C Frizoni
Reply to  Gui
1 mês atrás

Cara acho que o sistema frances – italiano Samp-T usando missil das variantes Aster. Só que o Patriot tambem serve para engajar misseis balisticos em grande altitude, não sei se o Aster tem alguma variante que engaje misseis balisticos.

Hcosta
Hcosta
Reply to  Rodrigo G C Frizoni
1 mês atrás

https://en.wikipedia.org/wiki/Aster_(missile_family)#Testing

sim e não, dependendo do míssil balístico.
Mas com versões a entrar em operação ou em desenvolvimento para os balísticos de médio e longo alcance

Senhor morte
Senhor morte
1 mês atrás

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