Ukrainian servicemen ride a military vehicle near the Russian border in Sumy region

Por Rodolfo Queiroz Laterza [1]

1 – Introdução

No dia 06 de agosto, durante a noite, um agrupamento de combate ucraniano constituído por uma ponta de lança blindada promoveu uma incursão furtiva na fronteira entre Sumy (região da Ucrânia) e Kursk (região russa adjacente), contornando o posto de controle de fronteira através de uma rápida manobra em um cinturão florestal situado no ponto de entrada da operação. Nesta manobra ligeira furtiva dezenas de recrutas russos e guardas de fronteira foram capturados para posterior barganha em troca de prisioneiros ucranianos, principalmente do antigo batalhão Azov.

Após ingressarem em território russo, as forças ucranianas, constituídas em 3-6 DRGs (destacamentos de reconhecimento e sabotagem) realizavam rápidas manobras, dispersando-se em assentamentos fronteiriços vazios e sem qualquer tropa ou linha fortificada.

A porosidade da defesa territorial russa e a negligência do alto comando militar em relação aos relatórios de campo da inteligência militar que alertava sobre a concentração e deslocamento de diversas formações de combate ucranianas foi determinante para que estas ganhassem vantagem tática e impulso operacional sem resistência de unidades militares russas, as quais não se encontravam nos assentamentos visados e foram tardiamente acionados para uma resposta de contenção.

Após a ocupação de vários comandos ucranianos em assentamentos circunscritos a uma área de até 120 km², os combates se nivelaram a Koronevo a noroeste e a Sudhza, cidade situada a leste e cuja importância é definida pelo entroncamento rodoviário cujo controle permitiria às unidades ucranianas formarem novos eixos de progressão e dispersão de unidades em novos assentamentos russos da região de Kursk.

Este estudo buscará analisar aspectos estratégicos, táticos e operacionais dessa ofensiva, a dinâmica dos combates, a natureza da tática empregada pelos ucranianos, as falhas do alto comando militar russo e a pouca efetividade estratégica desta ofensiva para a própria Ucrânia, diante da insustentabilidade de continuar a penetração em novas áreas, desenvolver novos eixos de progressão e os limites de recursos humanos e militares dos ucranianos para manterem a iniciativa operacional ofensiva.

2 – Táticas empregadas, perdas elevadas em pouco tempo de operação e abordagem estratégica das Forças Armadas da Ucrânia (FAU) na região de Kursk

Pelo menos três brigadas das Forças Armadas da Ucrânia, com até 6.000 soldados e armados com equipamento padrão da OTAN, avançaram  sobre a região de Kursk.

Na ofensiva de Kursk, a natureza da operação de ataque das FAU se modificou em relação às duas tentativas anteriores das Forças Armadas da Ucrânia de atacar a região de Belgorod; agora as unidades do exército das Forças Armadas da Ucrânia estão completamente envolvidas abertamente, ao contrário de formações proxies e não declaradamente vinculadas às forças regulares ucranianas, tais como as que foram manejadas pela inteligência militar ucraniana (GUR) durante a operação de incursão em Belgorod em março deste ano, quando empregaram uma formação paramilitar conhecida como Corpos de Voluntários Russos – RDK.

Em várias análises analíticas do que está acontecendo agora na região de Kursk, aparecem constantemente algumas estimativas astronômicas da força do inimigo. Alguém escreve sobre até 8 brigadas das Forças Armadas da Ucrânia, incluindo as de elite, como, por exemplo, as 80ª e 82ª Brigadas de Choque Especializadas, as 22ª e 61ª Brigadas de Infantaria Mecanizada, bem como uma dispersão de várias brigadas defensivas e muitos meios de reforço.

VÍDEO: Exército ucraniano entra na cidade de Lubemivka, a 70 km de Sudzha

É claro que não existem 8 brigadas na região de Kursk e mesmo, em princípio, na zona próxima da fronteira. Brigadas ucranianas inteiras raramente são vistas em qualquer lugar agora: muitas vezes as unidades mais prontas para o combate são desmontadas batalhão por batalhão e podem estar localizadas em setores completamente diferentes da frente.

Como componente terrestre das Forças Armadas da Ucrânia, estiveram envolvidos batalhões da 82ª brigada aerotransportada, 80a Brigada de Assalto Aéreo (considerada uma das mais poderosas, equipadas e rápidas” brigadas das Forças Armadas da Ucrânia), a  22ª brigada mecanizada, 88ª brigada mecanizada, 103ª brigada de tropas aerotransportadas e unidades do 54º batalhão de defesa territorial, correspondendo ao grupo de ataque principal que deflagrou a operação.

Soldados de tais brigadas começaram a sofrer perdas já em 06 de agosto , diante da dispersão em povoados diversos e diluição do poder de ataque.

No segundo dia, as forças ucranianas conseguiram ampliar a zona de controle nas áreas fronteiriças da região de Kursk. À noite do dia 07/08, até 10 aldeias fronteiriças estavam sob controle direto e indireto das Forças Armadas da Ucrânia, chegando a 28 assentamentos no dia 12/08 de acordo com o Governador de Kursk.

Muitos comandos ucranianos empregaram prisioneiros recém liberados em acordo de anistia judicial, sendo remetidos para ataques diretos a fim de criarem pontos de tensão e atrito com as forças russas que chegavam paulatinamente.

Os agrupamentos de combate ucranianos avançaram usando equipamentos soviéticos e da OTAN: tanques T-64BV ou T-80BV, veículos de remoção de minas UR-77, veículos de engenharia IMR-2, BTR-80, veículos blindados de transporte de pessoal com rodas Stryker dos EUA e veículos de combate de infantaria alemães Marder. Muitos destes veículos utilizavam redes anti-drone. O uso de artilharia, drones e defesas aéreas desempenharam um papel de apoio crítico.

Atrás deles, mas já no território da região de Sumy — estavam agrupadas mais duas brigadas como reserva. O apoio de fogo para sustentar a progressão foi provido pela 26a brigada de artilharia 26 , com emprego de sistemas múltiplos de lançamento de foguetes como BM-21 Grad; BM-27 Uragan; obus autopropelido polonês Krab e Gyasinth B; obuses rebocados M-777 de origem norte -americana. Veículos de combate de infantaria individuais (American Bradleys) também foram avistados, e nas imagens que apareceram das Forças Armadas Ucranianas rompendo a fronteira, tanques e vestígios de outros veículos rastreados são visíveis.

No contexto da ofensiva ucraniana na região de Kursk, de acordo com relatos de campo coletados para este trabalho, além do uso massivo de novos sistemas de guerra eletrônica para combater os drones FPV russos que chegassem na linha de frente, os sistemas móveis de guerra eletrônica forami implantados principalmente para bloquear as comunicações russas na área de incursão e progressão. A propósito, isso não foi difícil pela simples razão de que a comunicação russa nos locais foi realizada precariamente  por meio de dispositivos móveis entre os recrutas que estavam no posto de observação e os guardas de fronteira do FSB.  Ficou claro que é movendo a guerra eletrônica atrás do grupo de ataque em progressão que os ucranianos alcançaram sucesso inicial na luta contra drones FPV inimigos, ao mesmo tempo em que lutam simultaneamente contra drones de reconhecimento .

O uso massivo de drones FPV contra as  posições russas permitiu não só suprimir os  postos russos de tiro e de controle fronteiriços, mas garantiu a aproximação da unidades de infantaria estruturadas em destacamentos móveis de reconhecimento e sabotagem, o que permitiu o controle das estradas na região de Kursk.

No momento da aproximação através da fronteira, as forças armadas da Ucrânia tinham um grupo de combate de mais de 1 mil pessoas em progressão.

No segundo dia após o avanço das Forças Armadas da Ucrânia, as medidas de tentativa de estabilização do front começaram, não sem problemas diversos nas estruturas de combate russas, como má coordenação, lentidão de mobilização de reforços, comunicações falhas e mau gerenciamento das unidades implantadas: : a aviação tática trabalhou várias vezes mais ativamente através do emprego dos helicópteros de ataque Ka-52,  a artilharia de longo alcance da reserva foi puxada mais próxima à linha de tensão, com ataques de barragem para suprimir a retaguarda e uso de fogo contra bateria.

Foram grupos móveis de ataque das FAU que entraram em combate, majoritariamente equipadas com veículos blindados de rodas leves e apoiadas por drones, cuja tarefa era ocupar simultaneamente o máximo de território possível. No segundo dia da ofensiva, surgiram relatos de unidades de infantaria das Forças Armadas Ucranianas entrando na região de Kursk e tentando se firmar nas linhas alcançadas.

No mesmo dia de 08 de agosto , o Ministério da defesa da Federação russa informou sobre a morte de  400 militares e outras 32 unidades de equipamentos militares diversos. Ainda quase considere exagerado esse quantitativo e esteja no contexto de guerra de propaganda, a verdade metade desta número em soldados e sistemas de armas já é comprometedora da sustentabilidade das operações de combate em muitos dias sucessivos pelas forças ucranianas.

No contexto das perdas, é especialmente importante que um grande número de veículos blindados leves tenha sido perdido conforme imagens e relatos de canais militares russos e ucranianos, nos quais as Forças Armadas da Ucrânia (como no ano 2022 perto de Kharkov) estejam tentando se mover rapidamente de aldeia em aldeia através do uso de blindados leves, tal como a doutrina de armas combinadas da OTAN preconiza. Grandes perdas únicas no emprego desta doutrina indicam a cobertura de ataques de saturação e de precisão pelas forças russas de locais de concentração, colunas blindadas, pontos de implantação de recursos e pessoal, o que significa que as forças ucranianas são observadas do céu a partir de drones de reconhecimento em missões ISR e trabalham o mais rápido possível em coordenação com a artilharia e aviação tática.

Os veículos blindados leves envolvidos são menos tenazes e há poucos tanques para ataques concentrados a fortificações. Com tais limitações de equipamento, é impossível atacar seriamente as profundezas da defesa em modo contínuo, assim como sem cobertura aérea fica muito difícil consolidar posições em avanço profundo.

O rápido ataque de grupos móveis das Forças Armadas da Ucrânia permitiu que grupos separados avançassem até uma profundidade de 15 km e assumissem o controle de uma seção da faixa de fronteira com uma largura de cerca de 15 km.

Após as forças do primeiro escalão, as reservas ucranianas foram introduzidas em operações de progressão e apoio, e unidades de artilharia foram desdobradas ao longo da fronteira. As principais tarefas de fogo da artilharia e da força aeroespacial da Federação Russa são direcionadas a neutralizar essas forças de reserva desdobradas pela Ucrânia.

O transporte de equipamentos e reforços adicionais no solo desde ontem à noite para as forças armadas da Ucrânia começou a se complicar gradualmente: está se tornando cada vez mais difícil implantar veículos blindados e tanques através dos locais de avanço anteriores.

Entretanto o progresso no terreno realmente estagno já no dia 10/08 conforme denúncia do New York Times a partir de informes de campo: agora o Grupo Norte das Forças Armadas da Federação Russa continua a atacar o território da região de Sumy — e, muito provavelmente, o segundo e terceiro escalões das Forças Armadas da Ucrânia – FAU  entrarão em batalha com menos organização e não em condições de afetar radicalmente a situação. Embora as batalhas perto de Sudj, na área de Korenev, estejam em continuidade e as forças russas não tenham conseguido expulsar as unidades ucranianas da área ocidental da cidade e assegurado o controle do centro administrativo,  o sucesso tático em tais operações é apenas um detalhe diante do panorama estratégico desafiador para a Ucrânia e OTAN com o resultado inconclusivo desta ofensiva.

A Ucrânia está com um batalhão atualmente operando dentro de Kursk e vários batalhões com mais de 2 mil soldados ao todo na fronteira de Sumy. Como foram ataques furtivos em área porosa e cheia de florestas, tiveram facilidade de realizar uma operação “stealth”, aproveitando as falhas da inteligência russa que negligenciaram o acúmulo de forças na área.

A questão principal que se deve refletir é a capacidade das Forças Armadas da Ucrânia de fornecer transporte, evacuação de feridos, rotação de pessoal com sincronia diante da necessidade de combate. Se esses fatores não forem devidamente considerados,as tropas em avanço das Forças Armadas da Ucrânia esgotarão naturalmente os suprimentos trazidos com elas. E então toda a operação cairá no bloqueio e captura de grupos dispersos através de florestas e outros abrigos. Para o desdobramento de forças sérias na região de Kursk, ainda não há espaço e condições suficientes, o que indiretamente pode indicar a natureza diversionária do ataque.

O grande desafio das Forças Armadas da Ucrânia na área de Sverdlikov, que surgiu com o avanço do batalhão de assalto ucraniano, é não apenas manter o terreno ocupado, mas também estruturar uma logística suficiente para abastecer as formações de combate alojadas na zona de ocupação. O terreno ocupado não é fácil: planícies com estradas sinuosas e numerosas faixas florestais, pelas quais é difícil contornar as principais estradas.

A porcentagem de danos infligidos a caminhões, blindados e tanques por meio de drones kamikaze (loitering ammunition) como o sistema Lancet 3 está aumentando, assim como o emprego de munições de precisão de artilharia Krasnopol , o qual está sendo massivamente usado, o que indiretamente indica a implantação de unidades de artilharia especializadas do lado russo.

A suposta linha de defesa das Forças Armadas da Ucrânia nesta área é de 15 × 15 km, mas o lugar mais estreito na área de Glyakh verde e Prado Grosso tem a forma de um gargalo de apenas 5 km de largura.se as forças armadas da Ucrânia transferirão reservas para tentar expandir o site, ficará claro nas próximas horas 24-48. Tal decisão faria sentido nas primeiras horas da operação, mas agora, após a transferência das reservas das forças armadas russas para essa direção, a entrada de pelo menos uma brigada adicional condensará as ordens da mesma maneira que na região de Kharkov, que será um presente para a artilharia do grupo russo de combate.

Ao mesmo tempo, não se pode excluir que haverá outra tentativa de atacar a região de Belgorod e, possivelmente, Bryansk, pois as formações ucranianas situadas na fronteira de Sumy englobam uma segunda reserva e terceira reserva ainda não plenamente acionadas, embora já bastante depreciadas e desgastadas por contra ataques russos no dia 10/08/2024, quarto dia da ofensiva ucraniana no território de Kursk.

Até a data referenciada, novas formações ucranianas foram avistadas na direção de Kursk:

  • 225º batalhão de assalto separado;
  • 130º batalhão de reconhecimento separado;
  • unidades da 116ª brigada mecanizada separada, além do grupo de drones .

 Este mapa também mostra unidades de:

  • 22ª brigada mecanizada separada;
  • 61ª brigada mecanizada separada ;
  • 88ª brigada mecanizada separada;
  • 80ª brigada de assalto aéreo separada;
  • 103ª brigada de defesa territorial separada;
  • 54º batalhão de reconhecimento separado ;
  • Grupo UAV Khorne/Immaterium;
  • Grupo de UAV do Projeto M2 .

 É importante compreender que as Forças Armadas da Ucrânia utilizará tais unidades gradativamente para reforçar posições eventualmente tomadas, não empregando força total em um único ataque.

 Em conclusão, foram utilizadas pelas forças ucranianas táticas já testadas de acordo com os cenários especificados. Por que isso funciona? Porque na ausência de uma linha contínua de defesa e barragens na forma de lacunas e campos minados, é viável comandos em unidades mecanizadas contornarem postos de controle, obtendo uma progressão rápida com aproveitamento  da cobertura de florestas e a presença de clareiras e estradas. Esse cenário facilitado pela geografia e absoluta negligência do alto comando militar russo que desconsiderou informes de campo sobre a presença há quase 2 meses de tropas ucranianas se concentrando na fronteira, permitiu aos DRGs ucranianos fazer o avanço dos dois primeiros dias a uma velocidade bastante elevada, aproveitando a ausência de linhas defensivas e baixo efetivo na região.

3 – Objetivos específicos da manobra na perspectiva ucraniana

Na verdade, observamos com tais incursões ucranianas em Kursk os seguintes possíveis objetivos:

  • distrair as forças russas de outros setores do front, reduzindo o nível de avanço nas direções Pokrovsky e Toretsk
  • desalojar forças russas no eixo norte de Kharkhiv, facilitando a recuperação pela AFU de áreas como Glubokoye e Volchansk, gerando derrotas táticas aos russos nesta área e nivelando esse setor do front, atualmente envolto em Batalhas posicionais que prejudicam as forças ucranianas que tentam segurar as cidades em escombros
  • obter apoio doméstico e propaganda favorável diante de várias derrotas diárias em inúmeros setores do perímetro operacional. Além de neutralizar temporariamente a insatisfação cada vez maior da sociedade ucraniana com a mobilização forçada e perdas colossais denunciadas pelos comandantes de brigadas e parlamentares como a Bezuglaya da Comissão de Defesa da Rada
  • controlar uns assentamentos fronteiriços ainda que ao preço de muitas perdas para criar distração e fixação de recursos humanos e militares russos neste setor, além de um sentimento permanente de insegurança na fronteira de Belgorod – Kursk para a população russa
  • gerar impacto midiático favorável na mídia ocidental mainstream justificando novas assistências e provisões de recursos bilionários.

Porém, provocar uma realocação de recursos e unidades de combate das Forças Armadas da Federação Russa da região do Donbass, Kherson ou Zaporizhia para reforçar o setor de Kursk sob ataque ucraniano é bastante improvável e impreciso, pois a Rússia tem contingente mais que suficiente para conter esses ataques ucranianos nas áreas fronteiriças de Kursk, pois muitas unidades das tropas de fronteira do FSB e da Rosguardia estão envolvidas além do próprio Exército e VKS, sem necessidade portanto de realocação de brigadas envolvidas em setores do front na Ucrânia.

É importante compreender que não se trata de um ataque em profundidade – as forças ucranianas planejam primeiramente defender as áreas fronteiriças capturadas da região de Kursk e barganhar uma retirada mediante alguma concessão de controle territorial russo nas regiões ocupadas em território ucraniano.

4 – As novas (e velhas) falhas do alto comando militar russo e (novamente) o fator crítico do baixo efetivo russo

Para analisar o teatro de operações de Kursk com máxima verossimilhança dos acontecimentos, infelizmente a névoa da guerra é agravada pelos problemas de comunicação nas zonas de combate. As Forças Armadas da Ucrânia não só conduzem uma guerra eletrônica ativa, mas também derrubam deliberadamente torres de telefonia celular na região ocupada, a fim de privar as Forças Armadas Russas de canais alternativos.

Entretanto, mediante análise de fontes de campo e de inteligência aberta com graus de veracidade plausível, pode-se depreender uma grave negligência do alto comando militar russo em avaliar as informações repassadas pela inteligência militar local quanto à concentração de forças ucranianas na fronteira de Sumy com Kursk.

Outro grave problema foi que as tropas russas eram inicialmente muito poucas para repelir uma ofensiva limitada – circunstância que se repete neste conflito definido pela escassez de efetivo russo.

O problema da ofensiva das Forças Armadas Ucranianas perto de Kursk na perspectiva do comando militar russo não é o número de tropas e equipamentos inimigos, mas as táticas de guerra de manobra, para as quais as forças russas não estão ainda preparadas para uma contenção rápida e evoluída, tal como ocorreu na ofensiva de setembro de 2022 em Kharkhiv. . quando as forças ucranianas conseguiram aproveitar a densidade extremamente insuficiente das Forças Armadas Russas na região e ocupar rapidamente vastos territórios.

A frente da guerra russo -ucraniana se estende por mais de 1,5 mil km – isso equivale por exemplo à linha de contato que a União Soviética enfrentou em 22 de junho de 1941 durante a operação Barbarossa, com a diferença de que atualmente é ocupada por forças militares e de defesa de fronteira várias vezes menores, em número insuficiente para guarnecer com segurança todo perímetro.

As Forças Armadas da Federação Russa (como as Forças Armadas da Ucrânia) não podem construir um muro impenetrável e contínuo ao longo de toda a fronteira. Ambos os lados dependem de uma rede de apoio consistindo em pequenos grupos de infantaria e campos minados, sendo que reforços e reservas localizados na retaguarda próxima servem a várias dessas posições ao mesmo tempo . Ao mesmo tempo, a densidade de tropas em zonas tranquilas pode ser significativamente inferior à dos locais onde ocorrem combates graves.

 

Isto é quase sempre suficiente, especialmente se o reconhecimento eficaz por sistemas ISR revelar a concentração das forças atacantes. O exemplo mais marcante foi o fracasso do ataque ucraniano a Belgorod em março deste ano, quando as FAU  não conseguiram superar os campos minados, com os soldados russos entricheirados resistindo ao ataque, permitindo que as reservas chegassem rápido e causassem  um massacre para as Forças Armadas Ucranianas, tal como se verificou , com estimativas de mais deve mil ucranianos e mercenários estrangeiros mortos.

Mas em locais sem efetivo suficiente, os problemas para a Rússia começam quando ocorre um avanço na primeira linha de defesa aproveitando as lacunas de defesa2na área. Desde a época de Balakleya, as Forças Armadas da Federação Russa não têm um  antídoto contra grupos das Forças Armadas da Ucrânia em equipamentos leves que se espalham pela retaguarda.

Uma solução poderia ser alocar grupos de operadores de drones FPV para áreas de retaguarda como reserva móvel (e idealmente munições vagantes como os “Lancets”) e criar as suas próprias unidades “rangers” capazes de responder rapidamente a tais avanços.

Até que isso seja feito, os sucessos locais das Forças Armadas Ucranianas, como o ataque em curso a Kursk, são inevitáveis.

De acordo com o canal e think tank Rybar, até abril de 2024, a região de Kursk era a zona de responsabilidade do grupo de tropas “Ocidente”: os “nortistas” apareceram mais tarde. Em dezembro de 2023, Alexey Polyakov , o ex-comandante da 144.ª divisão durante o seu período de “guardas”, foi nomeado responsável pelo local. Polyakov era conhecido por desacelerar o avanço das tropas inimigas durante o colapso da defesa das tropas do Distrito Militar Ocidental na região de Kharkov no outono de 2022.

De acordo com o mesmo canal militar, o general Polyakov durou apenas um mês em seu cargo. Após uma inspeção do Estado-Maior das Forças Armadas da Federação Russa, o trabalho de Polyakov foi considerado bem-sucedido (foram abertas trincheiras, estreita interação com voluntários, aulas para treinamento de operadores de drones FPV). Após o relatório bem-sucedido do comandante ao topo, a liderança do Distrito Militar Ocidental recomendou enviá-lo para outra área problemática.

No início de 2024, a direção tática do setor de Kursk era chefiada pelo general Igor Tomshin ,o qual era tido como inexperiente, embora considerado conveniente para o Estado- Maior, já que redigia relatórios corretos e não exigia recursos adicionais significativos.

Depois que o grupo de tropas do setor “Norte” lançou uma ofensiva na direção do Norte de Kharkhiv, a direção tática foi chefiada pelo tenente-general Esedulla Abachev . Nas condições de ênfase máxima na ofensiva em Liptsy e Volchansk , bem como na revisão dos planos para um ataque preventivo em Sumy , o número de forças confiadas, meios operacionais, bem como a oportunidade de redistribuir recursos militares e humanos que foram “congelados” diante dos interesses do grupo que avançava e a necessidade de forças para defesa de Belgorod acabaram por criar uma situação de negligência e importância terciária para o setor de Kursk, se revelando comprovadamente insuficiente para o esforço de contenção do ataque ucraniano.

Ao mesmo tempo, um impulso agressivo no campo da mídia começou com sucessos perto de Kharkov e Donetsk, obscurecendo os riscos nas áreas fronteiriças e a iminência de uma operação furtiva de forças ucranianas alguma zona mal defendida. As teses de que falta vontade de combate às formações ucranianas, de que estão prontas para se render em massa e estão prestes a realizar negociações de paz começaram a aparecer cada vez com mais frequência nos relatórios oficiais , causando otimismo e possível cegueira cognitiva quanto aos riscos inúmeros ainda existentes com as forças militares ucranianas e com a OTAN – que atua com protagonismo em todo planejamento operacional, garantia de consciência situacional através de seus sistemas de reconhecimento aeroespacial, gerenciamento estratégico do campo de batalha e infraestrutura logística de suporte contínuo.

Apesar da euforia, muito possivelmente os militares do alto comando do Estado Maior das Forças Armadas da Federação Russa não prestaram atenção aos relatos da inteligência a respeito de um ataque iminente vindo da direção tática de Kursk, diante das evidências concretas sobre a reunião forças pelas FAU.

Tudo isto confirma mais uma vez que após 2,5 anos de operações militares, o planejamento e elaboração de operações de combate no Exército Russo funciona eficazmente no máximo ao nível tático-operacional, deixando muito a desejar no aspecto estratégico, o que gera crescente insatisfação na tropa e na sociedade russa, principalmente com o general Valery Gerasimov, considero arcaico e refratário às necessidades de aprendizagem e mudança conforme evolua a dinâmica dos combates.

5 – Panorama atual – 12/08/2024

Os combates continuam ferozes na região invadida pelas forças ucranianas na oblast de Kursk, tendo havido estabilização do front pelas forças russas no quarto dia de operação. A cidadela de Korenevo, muito atacada pelas forças ucranianas, contínua  sob o controle das Forças Armadas Russas . Há relatos conflitantes da cidade de Sudzha, no qual parte da cidade já está na zona cinzenta. A própria cidade foi significativamente danificada pelo fogo de artilharia e sua captura permitiria à Ucrânia pertubar a distribuição de gás natural para países europeus importadores.

As Forças Armadas da Ucrânia tentaram diversas vezes isolar Sudzha, assumindo o controle da rede rodoviária ao seu redor, buscando estabelecer o cerco operacional da cidade,  tentando contornar Sudzha pelo sudeste. No dia 12/08 um relatório atualizado do canal militar Rybar apontou controle do distrito pelas forças ucranianas.

Até o dia 12/08, a profundidade de penetração das Forças Armadas da Ucrânia é de 12 km, a largura é de 40 km, disse o governador Smirnov em reunião com Putin. Cerca de 180.000 pessoas estão sujeitas a evacuação, 121.000 pessoas saíram e foram evacuadas, gerando grande impacto humanitário à população da região.

Até o momento, ambas forças beligerantes sofreram perdas significativas durante os combates. Conforme pesquisa minuciosa trazida pelos canal militares Voenktor e Military Summary, as forças ucranianas perderam até o dia 11/08,, durante os combates na direção de Kursk, até 1.610 militares, 32 tanques, 23 veículos blindados, 17 veículos de combate de infantaria, 136 veículos blindados de combate, 47 veículos utilitários, 4 sistemas de defesa aérea, 1 sistema MLRS BM-21”’Grad”.

Do lado russo, as perdas também foram significativas – 3 helicópteros foram destruídos ou danificados, vários tanques, dezenas de veículos de combate de infantaria e peças de artilharia, mais um número desconhecido de pessoal, entretanto no mínimo na proporção de centenas de mortos. A Ucrânia reivindica aproximadamente 40 prisioneiros, ao passo que vários Vários oficiais das FAU e soldados também foram capturados.

A Ucrânia está atualmente usando as forças de duas brigadas com unidades de reforço em operações ativas, mas está se preparando para introduzir reservas adicionais na zona ofensiva para desenvolver o sucesso (potencialmente até 4 brigadas), por isso é muito cedo para falar sobre estabilização total. O Estado-Maior General das Forças Armadas Russas está a transferir reservas adicionais para a região de Kursk para estabilizar a situação, com a intenção óbvia de parar o avanço das forças ucranianas, restringindo a sua atividade operacional e avançando para expulsar metodicamente as forças invasoras inimigas. As Forças Armadas da Ucrânia, por sua vez, se esforçarão para manter o ímpeto da ofensiva, ampliando a frente de ataques às custas das reservas, com opção de assalto a Sudzha e Korenevo, bem como um plano mais ambicioso de ataque a Kurchatov ou tentando promover incursões em áreas pouco defendidas em Bryansk e Belgorod, embora haja limites em recursos para tais investidas e as perdas crescentes em efetivo e equipamentos estejam degradando muito rapidamente as brigadas envolvidas, criando perda de impulso operacional e revezes táticos crescentes.

Também na possível agenda de ataques midiáticos e demonstrativos por parte das forças ucranianas para lograr alguma posição favorável em futuras negociações de paz com a Federação Russa, está a questão das novas tentativas  de organizar desembarques através do Rio Dnieper na área de Energodar e na central nuclear de Zaporizhzhya. Tudo isso é feito às custas das reservas que atualmente estão cada vez mais ausentes na região de Toretsk, Krasnoarmeysk, Pokrovsky e outras áreas do Donbass, onde as forças russas ganharam níveis quantitativos de maior escala de progressão e controle de áreas novas.

A tarefa difícil das Forças Armadas da Federação Russa será frustrar os planos operacionais diversionistas e ousados dos ucranianos,  localizar as reservas ucranianas existentes  nas áreas onde o Estado Maior pretende usá-las para gerar novos desgastes à Federação Russa, ao mesmo tempo que desenvolve as suas operações ofensivas em direções que sejam bem-sucedidas para os objetivos russos de capturar toda região de a Donetsk e avançar com maior profundidade na região de Kharkhiv, principalmente à margem esquerda do Rio Zherebets.

Do ponto de vista das avaliações gerais, aguardaremos o fim da batalha na região de Kursk para no mínimo mais de 1 mês considerando as incursões ucranianas em Belgorod ocorridas em março deste ano.

Apesar da escassez crescente de efetivo e dificuldades enormes no conflito militar com a a Rússia,  é impossível não notar que as Forças Armadas da Ucrânia conseguiram com a ofensiva em Kursk uma surpresa operacional-tática (assim como durante Balakleya em setembro de 2022) e tomar a iniciativa operacional devido à vulnerabilidade descoberta na formação de tropas russas na região de Kursk.

Os próximos dias serão decisivos para o resultado desta operação, que tem levado a críticas crescentes na mídia ocidental mainstream e em canais militares ucranianos pela insustentabilidade logística e perda extremamente elevada de sistemas de armas e tropas que deveriam ser preservadas para uma estratégia de resistência mais consolidada, principalmente no setor norte de Kharkhiv onde as forças ucranianas se desgastam em contra ataques infrutíferos para retomar Glubokoye e Volchansk e ficam em batalhas posicionais prejudiciais diante dos sucessivos ataques de saturação exercidos pela artilharia e aviação russa com bombas planadoras.

Da mesma forma, o impulso do avanço russo em diferentes direções de Donetsk aliada acima escassez crescente de efetivo qualificado e bem treinado pela Ucrânia para impedir perdas de áreas e derrotas com perdas cumulativas em pessoal criam crescente insatisfação nas fileiras militares ucranianas e acusações contra a ingerência política do gabinete do Presidente Zelensky em relação à estratégia de defesa do país, considerando informações de que o Comandante Geral das Forças Armadas da Ucrânia, Olexandr Sirsky, teria se oposto à operação em Kursk.

A  realidade baseada no curso dos eventos e complexidade da operação de contenção e derrota das unidades de reconhecimento e sabotagem dos ucranianos que estão dispersos nos povoados indica uma operação de contra ataque russo que poderá levar vários meses para derrotar os esquadrões e elementos de combate das forças ucranianas, diante da necessidade de limpeza de área e fatiamento de cada ponto para recuperação do terreno.

Em relação à população russa esta ofensiva ucraniana tende a aumentar a crítica ao alto comando militar russo e à abordagem contida da operação militar especial e a guerra centrada em desgaste com recursos limitados, ao mesmo tempo que reforça o desejo de mobilização e apoio a ações bélicas mais contundentes à Ucrânia e à OTAN.

Em relação ao apoio ocidental, a ofensiva ucraniana gerar efeitos a depender das próximas 2 semanas. Se as forças ucranianas conseguirem se fixar ali, pode-se criar uma enorme hipérbole midiática que pode gerar mais justificativas de apoio.

Guerra centrada em desgaste e atrito com destruição gradual da força inimiga não é sem a lógica do desgaste da própria força beligerante que assim define a estratégia. Toda e qualquer guerra tem preço alto e perdas.

6 – Fontes consultadas


[1] Delegado de Polícia, Mestre em Segurança Pública, historiador, analista de geopolítica e conflitos militares.

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

86 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Vitor
Vitor
4 meses atrás

A logística vai determinar o resultado dessa incursão.

Bob
Bob
Responder para  Vitor
4 meses atrás

O principal objetivo da operação já foi alcançado: Impor a maior humilhação da carreira de Putin.

E Kiev não chega nunca…

Emmanuel
Emmanuel
Responder para  Bob
4 meses atrás

Que humilhação?
Sério.
Você acha mesmo que ele está preocupado com isso?

No mínimo, o que vai acontecer é Putin conseguir expulsar os ucranianos de lá ganhando ainda mais força dentro da Rússia, que é o que importa pra ele.
Sem contar que uma coisa para o povo russo é uma guerra no vizinho. Outra, dentro de casa. Os russos são extremamente nacionalistas.

Fábio De Souza
Fábio De Souza
Responder para  Emmanuel
3 meses atrás

Exatamente !! Essa invasão de Kiev , pode ser o que o Putin , realmente queria . Ou seja , despertar o sentimento de Nacionalismo Russo .

Senhor Maskarado
Senhor Maskarado
Responder para  Bob
4 meses atrás

Humilhação ou operação midiática para agradar os contribuintes : OTAN / UE que a grana que estão dando junto a recursos são suficientes ou mais para ir até Moscou lol a diferença entre a Rússia errar e a Ucrânia e justamente o tamanho em geral de recursos desses país a Ucrânia está queimando o pouco que tem se essa incursão falhar e vai falhar a UE e OTAN vão repensar seriamente em quais objetivos focar ou e a Ucrânia ou e Israel ou outros pontos como Taiwan.

Essa incursão e tentativa de invadir a Rússia e tola e vai se fragmentar só para ter aparecido com 5 minutos de fama de a Rússia está tendo problemas sendo muito mais suficiente que a Ucrânia que nem economia tem mais direito e infraestrutura imagina a Ucrânia tentar sustentar invadir território russo sendo que 20% do seu território está sob controle russo e ainda querer voltar a ter esses recursos e tentar invadir territórios russos quero até ver.

Eromaster
Eromaster
Responder para  Bob
4 meses atrás

Impor uma humilhação pra perder mais de 2000 solados e mais de 200 blindados? Qual e ó ganho tático disso para a Ucrânia?.

Santamariense
Santamariense
Responder para  Eromaster
4 meses atrás

De onde vcs tiram esses dados?

mictan
mictan
Responder para  Eromaster
4 meses atrás

Ucrania perdeu também + de 20 presidentes Zelenskies

Iran
Iran
Responder para  Eromaster
4 meses atrás

E da onde você tirou que a Ucrânia perdeu 2000 soldados e 200 blindados?

Bigliazzi
Bigliazzi
Responder para  Eromaster
2 meses atrás

os fantasmas desses soldados ucranianos continuam a dominar territórios nacionais russos… isso depois de passados mais de um mês da invasão? Pode isso Arnaldo? São nesses horas que os russos merecem a alcunha de patéticos. É mais ou menos como Cuba tomar posse por mais de um mês de Miami e o Exercito Americano ficar passando vergonha. Olha que a cidade de Miami é bem menor do que o território que os Ucranianos tomaram para si. A bem da verdade a Crimeia esta para is Russos como Kursk esta para a Ucrânia, aquilo não foi invasão, foi apenas retomada do que sempre foi da Ucrânia.

Marcos Alexandre Queiroz
Marcos Alexandre Queiroz
Responder para  Bob
4 meses atrás

Isso não de humilhação não ganha guerra. Comentário de torcedor. Apenas isso.

Emmanuel
Emmanuel
Responder para  Vitor
4 meses atrás

Não tem logística que supere números. E isso os ucranianos não tem.

Bigliazzi
Bigliazzi
Responder para  Emmanuel
2 meses atrás

Dois meses e eles ainda estão por lá… mais um pouco colhem a primeira safra de trigo…

Allan Lemos
Allan Lemos
4 meses atrás

Quando é que esse pessoal vai aprender que invadir a Rússia nunca é uma boa ideia? Aqueles que nāo aprendem com a história, estāo fadados a repeti-la.

Bob
Bob
Responder para  Allan Lemos
4 meses atrás

Você acha que o plano é tomar a Rússia??? Que comparação esdrúxula… O famoso especialista de History Channel.

Emmanuel
Emmanuel
Responder para  Bob
4 meses atrás

Então diz aí qual é o plano.
Queimar reservas e equipamentos que não tem em vão????

Explica aí pra gente especialista do Pentágono.

Senhor Maskarado
Senhor Maskarado
Responder para  Bob
4 meses atrás

Plano e fazer showzinho pra agradar o contribuinte norte americano e da UE por que falar a verdade gastar rios de dinheiro e tendo total apoio praticamente da Europa em equipamentos e dinheiro e recursos para não conseguir retornar os territórios sob controle russo e do nada literalmente do nada pensar :bora dar uma volta em Kursk e uma boa idéia e algo patético.

Zelensky só está fazendo isso sob pressão de obter resultados impossíveis para agradar os contribuintes por que ele vai conquistar o que em Kursk ? Como vai sustentar vários cenários de operações contra a Rússia ? Logo a poha da Rússia que se está a Rússia está tendo problemas imagine a Ucrânia menor em todos sentidos dependendo de forças externas para se manter tudo para criar um cenário de que a Ucrânia está ganhando e que o contribuinte de mais recursos e dinheiro, vai chegar uma hora de desgaste moral e financeiro para os contribuintes que vão largar Zelensky na primeira oportunidade esse cara vai aprender da pior forma isso .

KKce
KKce
Responder para  Allan Lemos
4 meses atrás

Só se esqueceu que dessa vez não tem inverno, os ucranianos são os oponentes e a ajuda dos EUA está sendo pro outro lado…

LUIZ
LUIZ
Responder para  KKce
4 meses atrás

A ajuda dos EUA e dos outros países da OTAN é que encoraja os ucranianos nessa incursão. Eles querem mostrar ao ocidente que a OTAN pode vencer a Rússia pelas vias terrestres.

Hcosta
Hcosta
Responder para  LUIZ
4 meses atrás

sim, os Ucranianos não devem ter mais nenhuma motivação para atacar os Russos…

Bigliazzi
Bigliazzi
Responder para  Allan Lemos
2 meses atrás

______

COMENTÁRIO REPETIDO APAGADO. MANTENHA O BLOG LIMPO.

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Léo Neves
Léo Neves
4 meses atrás

A logística da Ucrânia não tem capacidade de suprir está ofensiva .
Mudando de pau para cavaco.
Bom seria se a Rússia estivesse em condições de vender o lancet aí brasil pois este a cada dia está mais eficiente.
Até agora a Ucrânia não tem nada capaz de interferir ou abater de forma eficaz .

profyler
profyler
Responder para  Léo Neves
4 meses atrás

Pelo amor, tem inúmeros videos de abate do Lancet no Reddit. Assim como abate de misseis ucranianos também. É cada uma..

Léo Neves
Léo Neves
Responder para  profyler
4 meses atrás

Se você me mostrar 100 vídeos de abates do lancet ainda é pouco comparado aos que passam as defesas. Exceções não invalidam a regra , a maioria esmagadora dos lancets não são interceptados e não há na Ucrânia defesa efetiva contra eles.

Magaren
Magaren
Responder para  Léo Neves
4 meses atrás

Passam nas defesas da sua imaginação

Bigliazzi
Bigliazzi
Responder para  Léo Neves
2 meses atrás

Tem razão… em tres dias Kiev… em tres semanas Paris… e la se vão quase tres anos.

Santamariense
Santamariense
Responder para  Léo Neves
4 meses atrás

Não tergiversa…não desconversa. A Ucrânia invadiu uma pequena área tussa, aumentou essa aérea e a está mantendo. A logística ucraniana vai ser suficiente? Não sei. Mas, por enquanto, funciona. Logo, o que o lancet tem a ver com o assunto do tópico?

Léo Neves
Léo Neves
Responder para  Santamariense
4 meses atrás

O lancet foi citado no texto , aparentemente você não leu… Ele junto de outros drones fpv São a chave do conflito neste momento. Ontem saiu um vídeo de 7 btr-4 e mais outros veículos destruídos em um curto espaço de tempo na mesa floresta por drones fpv .

Santamariense
Santamariense
Responder para  Léo Neves
4 meses atrás

Quando escrevi, não tinha lido na íntegra, pois estava sem tempo. Agora eu li. Percebi algumas incongruências e erros de continuidade no texto. Na parte que se refere ao lancet, é bem genérico. E esse trecho abaixo?
“ O uso massivo de drones FPV contra as posições russas permitiu não só suprimir os postos russos de tiro e de controle fronteiriços, mas garantiu a aproximação da unidades de infantaria estruturadas em destacamentos móveis de reconhecimento e sabotagem, o que permitiu o controle das estradas na região de Kursk.”
O uso de drones FPV não é exclusividade russa. Então, fica claro que não existe isso de arma super poderosa ou indefensável. Ou tu acha que o lancet é um “game changer” (termo que os russófilos adoram usar) russo? Tu crê que ele pode, sozinho, determinar o resultado das ações?

Senhor Maskarado
Senhor Maskarado
Responder para  Santamariense
4 meses atrás

Não tem estratégia nem lógica a não ser chamar a atenção da mídia e agradar os contribuintes a Rússia tem muito muito mais lenha pra queimar que a Ucrânia e podem de certa forma se dar o luxo de cometer burrices já a Ucrânia….

Bigliazzi
Bigliazzi
Responder para  Santamariense
2 meses atrás

______

COMENTÁRIO REPETIDO APAGADO. MANTENHA O BLOG LIMPO.

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Hcosta
Hcosta
Responder para  Léo Neves
4 meses atrás

De onde tirou essa de que a Ucrânia não tem capacidade logística para sustentar esta incursão?

Bigliazzi
Bigliazzi
Responder para  Hcosta
2 meses atrás

Acho que você tem razão… dois meses depois e os Ucranianos continuam donos do pedaço… com Logística OK e com os patéticos russos passando vergonha.

Bigliazzi
Bigliazzi
Responder para  Léo Neves
2 meses atrás

Sim, você tem razão… passados dois meses os Ucranianos ainda estão por lá. Kursk não pode se considerar invadida, mas sim se considerar novamente Ucraniana, como sempre foi na historia milenar da região.

Missão
Missão
4 meses atrás

EDITADO
COMENTARISTA BLOQUEADO.

737-800RJ
737-800RJ
4 meses atrás

Então o Putin está sentindo na pele o que é ter seu território invadido do nada!
É como dizem: o mundo não dá voltas; ele capota.

“Os próximos dias serão decisivos para o resultado desta operação[…]”

A logística é que vai ditar se será possível manter essas posições por mais do que algumas semanas. Realmente é desafiador, mas penso que eles não tentariam se não tivessem tudo muito bem planejado.

Emmanuel
Emmanuel
Responder para  737-800RJ
4 meses atrás

Não vão manter.
Ataque midiático para chamar atenção para causa.

Essas reservas seriam mais úteis para expulsar os russos da Ucrânia e não para segurar um pedaço da Rússia que não vai mudar o destino do conflito.

Charle
Charle
Responder para  Emmanuel
4 meses atrás

“O mundo não dá voltas; ele capota”. Se aplicarmos esse ditado à situação de guerra atual e partindo do pressuposto de que a única culpada pela guerra é a Rússia, chegou-se o momento de pagar a conta. Pelo menos superficialmente. Visto que as “coisas” são nebulosas e cinzas com muitas variedades de tons…

Mas e quanto àquele país ao norte que está sempre levando invasão, guerra, destruição e miséria ao redor do mundo? E tudo sob a capa do mais sórdido, mentiroso e vil falso moralismo. Quando será que tal nação pagará o que deve à humanidade?

Ou será que o dito popular só serviria para a Rússia?

Senhor Maskarado
Senhor Maskarado
Responder para  737-800RJ
4 meses atrás

A diferença e que a Rússia e muito maior que a Ucrânia em tudo e Putin e os russos cada vez mais estão achando certo destruir e desmantelar a Ucrânia posteriormente a isso.

Nei
Nei
Responder para  Senhor Maskarado
4 meses atrás

Este comentário como todos, sempre só torcida.

wilhelm
wilhelm
Responder para  737-800RJ
4 meses atrás

“mas penso que eles não tentariam se não tivessem tudo muito bem planejado”

Desde o começo da guerra ambos os lados estão atolados em um conflito onde erros foram cometidos a torto e a direito.

Planejamento por si só não significa nada. A ofensiva russa no início da guerra foi muito bem planejada, assim como a contraofensiva ucraniana de 2023. Sabemos bem como elas terminaram.

Bigliazzi
Bigliazzi
Responder para  737-800RJ
2 meses atrás

Sim, dois meses depois e nada mudou… é como se Cuba ficasse com a cidade de Miami sobre controle e o exercito americano como um monte de bananas sem conseguir reaver parte se seu próprio território… patético isso… imagine o que o Blog estaria falando.

profyler
profyler
4 meses atrás

Olha eu começo a achar que essa guerra de 3 dias da Rússia não esta indo tão bem assim.
Posso estar errado.

Maurício.
Maurício.
4 meses atrás

Na minha opinião, ataque suicida e para propaganda, agrada o Zelensky, os pró-EUA/OTAN, seus apoiadores, e deixa o Putin puto da vida.

Bob
Bob
Responder para  Maurício.
4 meses atrás

Qualquer leigo sabe, ou ao menos deveria saber, que o moral é um ponto muito importante em guerras. Enfim…

Maurício.
Maurício.
Responder para  Bob
4 meses atrás

Não adianta ter moral e faltar soldados, equipamentos e munições, volto a repetir, operação para agradar os EUA/OTAN e seus apoiadores, operação suicida, simples assim.

Emmanuel
Emmanuel
Responder para  Bob
4 meses atrás

Noooosssa…..que moral esse combate vai trazer.

“Vamos lá pessoal, morram e destruam nossos preciosos equipamentos num ataque sem sentido para o pessoal de Kiev ficar felizinho”

Entende tuuuudo.

Vitor
Vitor
Responder para  Bob
4 meses atrás

A moral caiu do cavalo você olha para trás só vê escombro a população resistindo e sabotando o sistema contra o recrutamento nazi em várias cidades é sinal de esgotamento do conflito.

Santamariense
Santamariense
Responder para  Vitor
4 meses atrás

Recrutamento nazi … ainda continuam com essa ladainha …

Nilo
Nilo
Responder para  Bob
4 meses atrás

Em guerra não tem moral tem Disciplina.

Senhor Maskarado
Senhor Maskarado
Responder para  Maurício.
4 meses atrás

De fato e os caras não conseguiram na chamada contra ofensiva gigantesca se aprofundar no próprio território deles e agora querem brincar de invadir a Rússia não sei com quais objetivos senão agradar e dar algum resultado inflado pro contribuinte da OTAN e UE quem nega isso não está sendo lógico não tem como a Ucrânia recuperar 20% do território ocupado e fazer incursão na Rússia isso não tem pé nem cabeça que dêem deslike tô nem ai

Rosi
Rosi
Responder para  Senhor Maskarado
4 meses atrás

Tentativa de ofensiva número 4
É melhor morrer tentando!

Eromaster
Eromaster
4 meses atrás

Essa é uma operação suicida da Ucrânia, pois isso mostra desespero.Além disso, vai perder mais de 2.500 soldados bem treinados na aventura.

A Ucrânia já não tem muito soldados pra lutar, pior ainda, perder tantos efetivos bem treinando vai enfraquecer ainda mais o já enfraquecido o Exército da Ucrânia.

Emmanuel
Emmanuel
4 meses atrás

Ataque sem sentido e desesperado realizado para demonstração de força que não tem.
Só “queimou” reservas importantes num palco que não é o principal da guerra.
Nem expulsou os russos da Ucrânia e nem vai manter conquistado o território russo em questão.

Concluindo: brincadeirinha cara que custou vidas e equipamentos que seriam mais úteis em outros fronts. E ainda é capaz de fazer a Rússia abrir uma nova frente e fazer minguar, ainda mais, as escassas forças ucranianas.

Parabéns zé lesnki. Você é um jênio, com J mesmo.

Carlos I
Carlos I
Responder para  Emmanuel
4 meses atrás

Jenio é o baixinho que tomaria Kiev em duas semanas e está aí perdendo recursos tem anos.

Não sou estrategista militar, mas David tem segurado golias como ninguém sério imaginaria.

Rosi
Rosi
Responder para  Emmanuel
4 meses atrás

Despreparo não foi meu amigo
Quem estava despreparado neste ponto de fronteira foram os Russos
Pode ser que não tenham fôlego para manter uma linha de suprimento mas que foi ousado e agressivo foi.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Emmanuel
4 meses atrás

fase da raiva mas com ainda alguma negação…

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
4 meses atrás

“Muitos comandos ucranianos empregaram prisioneiros recém liberados em acordo de anistia judicial, sendo remetidos para ataques diretos a fim de criarem pontos de tensão e atrito com as forças russas que chegavam paulatinamente.”

Peraí, isso não é coisa de russo?

Enfim…todo esse ataque e alarde valeriam a pena se visse-mos que a Rússia está desvia do tropas das linhas de frente ucraniana pra expulsar os ucranianos de seu território, permitindo aos ucranianos “respirarem” e organizarem melhores defesas nesses pontos.

Isso está acontecendo?

Mas enfim, nada disso teria acontecido sem a burrice e despreparo do alto comando russo em ter ignorado os sinais dessa invasão….

Senhor Maskarado
Senhor Maskarado
Responder para  Willber Rodrigues
4 meses atrás

Respirar ? A Ucrânia não tem como respirar desse jeito eles não vão se sustentar por muito tempo assim diferente da Rússia que mesmo com problemas consegue fabricar suas armas e tem recursos naturais abundantes para tais feitos a Ucrânia está se mantendo viva por causa da OTAN e UE todos sabem disso eles precisam agradar o contribuinte , se essa incursão falhar e se mostrar erratica igual na última contra ofensiva que não recuperou os territórios pretendido querem ver onde vão arrumar mais recursos e de quem a Rússia errou em muitos pontos a questão e o também de cada país em todos sentidos e olha que a última contra ofensiva foi muito maior em recursos que está ofensiva que no final cai ser travado e vão ser empurrados ou mortos pelos russos.

Krest
Krest
4 meses atrás

Apesar dos êxitos, as forças armadas russas saíram dessa guerra com a imagem muito arranhada. Desde o começo quando inventaram de invadir a Ucrania com 200 mil homens já tava claro que eles entraram num moedor de carne e não estavam preparados.

LUIZ
LUIZ
Responder para  Krest
4 meses atrás

Erraram muito com 170 mil soldados de início numa primeira fase. Uma primeira fase numa doutrina antiga da segunda guerra numa guerra moderna. O Putin pensava uma coisa foi outra.

Rafael
Rafael
4 meses atrás

Fazer qualquer tipo de operação sem domínio do espaço aéreo é inútil.

Diego Tarses Cardoso
Diego Tarses Cardoso
4 meses atrás

Mas a Ucrânia não estava a ponto de se render e que a guerra estava perdida ? Pelo jeito são os russos que estão meio perdidos por lá.

Comte. Nogueira
Comte. Nogueira
4 meses atrás

Parece que a Ucrânia mordeu a chumbada… Por mais incompetente que os comandantes russos sejam, não é possível que ignorariam a informação sobre a concentração de tropas ucranianas perto da fronteira. Parece ainda, que os ucranianos foram atraídos para dentro da arapuca.
Dificilmente vai sair vivo algum ucraniano participante desta operação.

Rosi
Rosi
Responder para  Comte. Nogueira
4 meses atrás

Se seguirmos este xadrez 5G podemos então afirmar que os comandantes Russos dão a mínima pela vida do seu povo e que e cai por terra o argumento da invasão da Ucrânia pra defender os falantes russos
Prefiro acreditar em erro de estratégia, poderiam ter antecipado tropas para mais próximo encurtando o tempo de reação….
Tremenda de uma trapalhada russa

wilhelm
wilhelm
Responder para  Rosi
4 meses atrás

É óbvio que a Rússia não está nessa guerra para defender os “falantes russos” como objetivo principal. É uma guerra de domínio por um território que na visão dos russos faz parte de seus territórios históricos.

Assim como o Ocidente usa suas bravatas envolvendo democracia, a Rússia também usa a suas. Só os ingênuos compram elas.

Omaha
Omaha
4 meses atrás

“Meus Deus, ergueram a saia da mãe Rússia de novo, o que devemos fazer? Dizer q Puto vai ganhar mais força? Dizer q é show midiático? Operação suicida? Era uma armadilha pros ucranianos? Mãe Rússiaaaaaa”
Os russos iniciaram uma guerra de expansão e com todas as vantagens q tem sobre a Ucrânia acabaram em uma guerra de atrito e agora tendo parte do próprio território invadindo, tinham uma imagem distorcida do próprio poderio militar, flexionam os braços e cai uma pele flácida e enrugada mas eles só enxergam os músculos q tiveram no passado.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
4 meses atrás

Uma operação midiática que não melhorar em nada a situação da Ucrânia. Existem lugares desta guerra. Nos quais, estes valiosos recursos poderiam ser melhor empregados.

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
4 meses atrás

Teria lógica se o exército ukra fosse maior e mais equipado para chegar na usina de kursk e usar a usina como um arma atômica. Ação sem volta para muitos mas faria a Rússia sentar para negociar.

Victor Hugo
Victor Hugo
Responder para  Renato de Mello Machado
4 meses atrás

Você deve ser o maior Gênio a comentar aqui no Site do Poder Terrestre, um incidente nuclear na Rússia apenas legitimaria a Rússia atacar a Ucrânia nuclearmente, já vai ser um milagre a Rússia não usar armas proibidas para combater a Ucrânia em seu territorio uma vez que estando em territorio russo os russos podem fazer o que quiser.

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
Responder para  Victor Hugo
4 meses atrás

Não sou gênio.Sou um homem normal. Então? De outra saída para o problema ucraniano que estão já esgotados em todas as frentes.

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
Responder para  Victor Hugo
4 meses atrás

Estou esperando o doutor aí dar uma solução para a questão ucraniana.

Marcelo De Luca Penha
Marcelo De Luca Penha
4 meses atrás

Ninguém comentou que a Ucrânia projetou o raio de ação de suas defesas antiaéreas sobre a região de Kursk, dificultando qualquer apoio aéreo russo. Os moradores russos da região fronteiriça relataram o sobrevoo de caças ucranianos … seriam os F-16 começando a dar suporte aéreo às tropas terrestres ucranianas??? Também há relatos de intensa guerra eletrônica e uso de drones em larga escala pela Ucrânia em território russo!!! Como os russos vão se organizar para conter a ofensiva é um mistério!!! Tem até relato do uso de bombas termobáricas de grande porte pela força aeroespacial russa!!! Segue o jogo …
https://g1.globo.com/google/amp/mundo/ucrania-russia/noticia/2024/08/12/video-mostra-drones-ucranianos-destruindo-veiculos-militares-russos-em-front-de-batalha-na-russia.ghtml

Felipe
Felipe
Responder para  Marcelo De Luca Penha
4 meses atrás

O show midiatico da Ucrania está grande

Marcelo De Luca Penha
Marcelo De Luca Penha
4 meses atrás

Parece que a Operação Especial da Ucrânia na Rússia é bem maior do que se espera. A Ucrânia lançou uma incursão surpresa com blindados e infantaria nas regiões de Kursk e Belgorod com milhares de soldados, totalizando 14 brigadas.
A Ucrânia agora controla cerca de 1.000 km² (386 milhas quadradas) do território de Kursk e os russos confirmaram que forças ucranianas controlavam 28 assentamentos, incluindo cidades e vilas até 18 milhas (30 km) dentro da Rússia. O avanço ucraniano forçou a evacuação de 121.000 pessoas na região de Kursk e de 11.000 pessoas na região de Belgorod. A Ucrânia novamente está fazendo a Rússia se coçar …
https://www.theguardian.com/world/article/2024/aug/13/ukraines-incursion-into-russia-explained-in-maps-footage-and-photos

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
4 meses atrás

Recuperar este território é questão de prestígio para os russos e a liderança política vai exigir que os territórios sejam retomados rapidamente custe o que custar. Isso vai exigir concentração de soldados, de material, aproximação dos centros logísticos do fronte. Se os ucranianos tiverem suficiente munição de artilharia e para o HIMARS e se os EUA autorizarem o uso de ATACMS dentro do território russo (como parece que vai), os ucranianos têm a oportunidade de promoverem uma carnificina no exército russo.

Felipe
Felipe
Responder para  Jacinto Fernandes
4 meses atrás

os Ucras estão tentando, mas tá dificil. Veja esse Himars destruido ontem por um Iskander na linha de frente em Kursk…https://liveuamap.com/en/2024/15-august-russian-ministry-of-defense-published-video-said

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
4 meses atrás

Olhando o mapa da situação os ukras tem de deixar reto o front.Do jeito que tá está formando muitas situações que os russos vão fechar em forma de pinça.

Heinz
Heinz
4 meses atrás

A matéria fala das perdas ucranianas, lógico, elas são reais e são duras para a Ucrânia.
Entretanto, as perdas russas também foram elevadas, os ucranianos destruíram um comboio inteiro que seguia para confrontar as tropas ucranianas, foi perdido um batalhão inteiro, além de muito equipamento. (foi postado em grupos pró russos, canal romanov) Os ucranianos também fizeram centenas de prisioneiros, incluindo tropas chechenas do Akhmat (tem vídeo para comprovar). Se foi um operação para satisfazer os financiadores, como muitos estão falando, não vejo nexo nenhum, até porque os EUA se opõe a Ucrânia atacar diretamente a Rússia. vejo mais como uma manobra de distração, para tirar alguma parte das forças russas da região de kharkiv, lugansk e donestk para reforçar a frente de Kusk. Além claro, de conseguirem baixar o moral das tropas russas na região. Em uma semana a Ucrânia assumiu o controle de território russo, quanto a Rússia ocupou de território Ucraniano no ano inteiro de 2024, óbvio que é uma força pequena e que não vão sustentar terreno, em breve recuarão, mas já valeu para deslocar algumas forças russas.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Heinz
4 meses atrás

E terem de reforçar toda a zona de fronteira para que não se repita em outros locais…
Campos de mina, trincheiras, linhas logísticas, depósitos de munição, alimentos, etc… são muitos mais recursos que são desviados das linhas da frente.

E ainda temos engenheiros, artilheiros, etc… pessoal especializado que não podem estar em dois sítios ao mesmo tempo…

Nilton L Junior
Nilton L Junior
4 meses atrás

Incursão tabajara, vão ser dizimado.

Felipe
Felipe
4 meses atrás

Sempre quando um lançador de S-300 ou S-400 é destruído, saem dezenas de noticias que um “sistema completo de S-400” foi destruído por um Himars, ATACAMS ou Storm Shadow. Vamos ver as noticias agora quando 12 misseis de ATACMS foram interceptados ao mesmo tempo pela defesa aérea russa a um novo e frustrado ataque a ponte de Kerch pela Ucrania: https://liveuamap.com/en/2024/16-august-russian-ministry-of-defense-claims-shooting-down

Bigliazzi
Bigliazzi
2 meses atrás

Passados mais de 30 dias, pergunto: Os Ucranianos que invadiram a Rússia (a segunda maior potencia militar do Mundo) já foram mortos e mandados para uma outra dimensão espiritual ou os Russos continuam a passar vergonha??? A Guerra da Ucraína acabou? Os russos já foram varridos do mar por uma traineira e três caiaques Ucranianos… agora vão perder os territórios nacionais contra um bando de maltrapilhos, cansados, extenuados, exauridos Ucranianos que atacam com estilingues e a cusparadas?

Bigliazzi
Bigliazzi
2 meses atrás

Passados dois meses dessa publicação… qual é o resultado dessa “molecagem” Ucraniana??? Os invasores já foram defenestrados e mandados para outra dimensão ou os russos continuam a passar vergonha?

Vocês não publicam mais nada sobre isso…

RESPOSTA DOS EDITORES: DESDE AGOSTO VÁRIAS MATÉRIAS FORAM PUBLICADAS ABORDANDO O ASSUNTO ESPECIFICAMENTE E SOBRE A GUERRA NA UCRÂNIA EM GERAL. O BLOG NÃO TEM CULPA SE VOCÊ NÃO AS VIU.

SEGUEM ALGUNS DOS VÁRIOS EXEMPLOS:

https://www.forte.jor.br/2024/09/09/com-menos-armas-e-em-menor-numero-os-militares-da-ucrania-lutam-contra-o-baixo-moral-e-a-desercao/

https://www.forte.jor.br/2024/09/11/russia-afirma-que-a-contraofensiva-em-kursk-esta-empurrando-as-forcas-ucranianas-para-tras/

https://www.forte.jor.br/2024/09/18/um-milhao-de-mortos-ou-feridos-na-guerra-entre-russia-e-ucrania/

Bigliazzi
Bigliazzi
2 meses atrás

______

COMENTÁRIO REPETIDO APAGADO. MANTENHA O BLOG LIMPO.

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Andre Motta
Andre Motta
3 dias atrás

NA real, taticamente, foi bom para a Russia essa força de elite e bem treinada Ucraniana lutando num local terminado e preso. Tirou boas tropas da defesa Ucraniana.