Cientista americana alerta que a China poderá em breve ultrapassar os EUA na liderança STEM
A cientista americana Marcia McNutt alertou que a China pode em breve ultrapassar os EUA em liderança em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). McNutt, presidente da National Academy of Sciences (NAS), destacou que, embora os EUA ainda sejam o maior investidor mundial em pesquisa e desenvolvimento (P&D), a China está rapidamente aumentando seus investimentos, com uma taxa de investimento duas vezes maior que a dos EUA. Em 2021, os EUA gastaram US$ 806 bilhões em P&D, enquanto a China investiu US$ 668 bilhões.
McNutt observou que, desde o final da Segunda Guerra Mundial, os EUA têm sido dominantes em ciência e engenharia, representando quase 60% de todos os Prêmios Nobel já concedidos. No entanto, a China tem avançado rapidamente na quantidade e qualidade de publicações científicas e dobrado o número de patentes registradas em comparação com os EUA em 2021, o que ela considera uma tendência preocupante.
Estudos indicam que a China já superou os EUA no número de artigos mais citados, um importante indicador de impacto de pesquisa. McNutt também enfatizou a dependência dos EUA em estudantes internacionais em programas de graduação STEM, especialmente da China e da Índia. Esses estudantes estrangeiros frequentemente permanecem nos EUA após a formatura, mantendo a força de trabalho em STEM do país. Contudo, o número de estudantes chineses tem diminuído nos últimos anos, com os EUA perdendo atratividade como destino de estudo.
Para proteger a liderança dos EUA em ciência, McNutt recomendou o fortalecimento da educação STEM desde o ensino fundamental até o médio, além de construir uma força de trabalho científica doméstica. Ela sugeriu reduzir a burocracia para vistos estudantis e implementar uma estratégia nacional de pesquisa para coordenar os gastos de P&D entre agências governamentais e o setor privado.
Fan-Gang Zeng, cientista da Universidade da Califórnia, Irvine, destacou que, embora McNutt tenha apresentado boas ideias, a implementação de algumas recomendações pode ser desafiadora devido a diferentes objetivos ou interesses concorrentes, como suporte federal versus industrial e estudantes domésticos versus internacionais.
FONTE: SCMP
SAIBA MAIS:
Esperavam o quê? Ficaram se preocupando com DEI e acabaram dormindo no ponto, a China, que nāo está nem ai para essas bobagens, agradece. A educaçāo nos EUA hoje em dia é uma piada.
Uma pena o Brasil não dar a mínima importância para a área STEM no ensino escolar.
Não a toa, tomamos bomba no PISA todos os anos, sem perspectiva de melhorar.
E com a indústria morrendo, o povo envelhecendo e menos crianças nascendo, o futuro do Brasil é sombrio pra dizer o mínimo.
Tem um canal de geopolítica que gosto muito que disse que o Brasil, ao contrário de países como Alemanha e Japão, envelhecerá ANTES de ser rico e desenvolvido.
Seremos uma nação de aposentados, onerando ainda mais o sistema previdenciário, sistema esse que, como não terá mais jovens em quantidade pra contribuir com esse “sistema de pirâmide”, entrará em colapso.
Enquanto isso, a economia sera cada vez menos competitiva, com cada vez menos jovens entrando no mercado de trabalho.
Nāo só envelhecerá antes de se tornar rico, como também enfrentará o problema da geraçāo “Nem-Nem”, cujos números estāo aumentando.
No Brasil, o sistema precidenciário irá colapsar porque há muitas pessoas recebendo, enquanto que o números
de pessoas que deveria estar contribuindo diminui. Os benefícios da reforma foram praticamente anulados. Para nāo mencionar a política fracassada de distribuiçāo de renda.
Mas também nem dá para colocar toda a culpa nos mais jovens já que a perspectiva para 80% dos formados é virar Uber ou PJ ganhando mixaria.
O sistema de pirâmide que chamam de “Sistema Previdenciário” simplesmente irá colapsar ( e não é questão de “se”, e sim “quando” ) porque, além da questão do envelhecimento galopante que eu mencionei ( o mesmo canal que mencionei informa que a taxa de envelhecimento da população e baixa taxa de natalidade que o Brasil vive HOJE só era esperado pra acontecer daqui a 50 anos ), quem REALMENTE onera a Previdência, fica de fora das reformas dela.
Ou seja, seremos um fazendão, com um apopulação enorme de velhos vivendo sem aposentadoria, ou com aposentadoria que nem compra Dipirona, obrigados venderem bolo de pote ou manicure pra tentar complementar a renda.
E como você bem lembrou, quem “poderia” contribuir, é muito mais vantagem virar Uber e ser PJ. E quem pode culpá-los por isso?
Alguém sabe quanto tempo uma nação de velhos permanece sendo uma nação de velhos até que esses velhos morram e essa nação estabilize a população novamente?
Considerando-se que, durante quase toda a história humana, morrer jovem foi a regra, e que só “recentemente” ( considerando-se a história humana ) é que os avanços científicos finalmente nos permitiram ter sociedades aonde o n° de idosos iguala ou supera o n° de jovens, nós não temos resposta pra isso.
E como o envelhecimento das populações parece ser a regra da humanidade daqui em diante ( com exceção de algumas regiões do Planeta ), é um desafio cuja resposta nós ainda não temos como será.
Para isso ocorrer a geração mais nova (e a que vem depois dela) precisa ter pelo menos 2 ou mais filhos.
Então chuto uns 40~50 anos.
É o tempo que a galera que estão prestes a se aposentar (50~65 anos) venham a falecer.
Allan, o caso de nosso país é bem pior do que Nem-Nem ou previdência. É falta de investimento cultural em risco/investimento/inovação/posicionamento de mercado/planejamento futuro/vontade, não é o caso de falta de educação, meio científico, técnico ou tecnológico, afinal temos gente boa formada aqui em várias áreas que foram embora para o exterior. De leve, lembro de 10.
Eu trabalho com planejamento e desenvolvimento de fármacos, uma outra área em relação a elencada na reportagem (peço desculpas aos editores). Para situar, cito que tive uma patente de um composto bioativo para tratar covid depositada em 2023. Sabe quantas empresas interessadas tivemos? Zero. E não vai aparecer.
Acompanho startup que trabalha na mesma área. O pessoal se mata para fazer reunião e apresentar proposta para as empresas. Elas vem, olham, acham legal, mas ninguém tá a fim de pagar preço razoável para desenvolver solução nova. Há interesse, não há vontade de gastar/inovar. Já viu industria farmacêutica sem dinheiro?
Já ouvi que Inovar para um lider de farmacêutica nacional é enviar multivitamínico para o espaço em uma viagem destas dos empreendedores espaciais. Não ter um medicamento nacional. Dá mídia. Outra, um profissional altamente qualificado (graduação, mestrado, doutorado, pósdoutorado + experiência) foi fazer entrevista em uma empresa, setor de P&D, e esta queria pagar menos de 1000 reais para o cara morar em São Paulo. Ele preferiu fazer outra atividade até conseguir outra empresa. Não é fácil este Brasil velho em mentalidade gerencial arcaica. As empresas não investem.E falo isto da cultura empresarial em inovação, não da população. Porque esta área estratégica já está longe da massa em geral. Graças aos céus, existem empresas que não pensam assim neste país, mas a maioria sim. E o governo? Até tenta fazer com muito poucos recursos, mas deveria fortalecer os sistema de quintupla hélice.
E a China neste ramo? Totalmente ao contrario do Brasil, vai explodir em inovação e suporte ao que é desenvolvido lá. Mentalidade diferente, e que vai bater de frente com as multinacionais farmacêuticas americanas e européias….
Só um desabafo. É só uma outra área, é coisa da vida. E nós? Como diz o músico, andamos no Brasil aos passos de tartaruga e sem vontade.
Pois é… mas eu pergunto: interesse de quem em manter o país assim?
Em breve??? Já ultrapassaram a anos. Mas hoje somos lideres mundiais no que realmente importa, ou seja, a ideologia de gênero, transição de sexo em crianças, aborto e destruição da familia…
Pois é, mas, a China não está está maravilha.
O diferencial lá é a política.
Não é está bagunça que temos aqui.
Aqui qualquer cabeça de bagre chega no Congresso Nacional, basta virar influencer.
Lá, eles estabelecem em cima, e vem para baixo sem ninguém criticar.
Aqui,………………………………………………………………………………..
Por isso não dá certo.
Tudo isso que você falou os EUA lideram .
Apesar de ser contra tudo isso que você mencionou, penso que não é a presença ou ausência desses costumes e praticas que define o sucesso de uma nação.
Uma pessoa pode ser transgenero ou praticar aborto e ainda assim ser um grande gênio em uma área cientifica e desenvolver algo revolucionário que impactará profundamente na economia de um pais.
Os motivos do atraso no desenvolvimento cientifico brasileiro não devem ser associados a pratica de costumes sexuais ou religiosos sob pena de atirarmos no vilão errado.
A culpa está mais na nossa índole como povo e no nosso modus operandi politico e organizacional.
Quem dorme com quem e o que fazem nas suas vidas privadas não pode ser a causa de nossos atrasos.
Penso que a crise no Ocidente é muito mais profunda e busca em ultima analise uma volta ao padrão social, politico e organizacional da psique coletiva pré cristã. E enquanto esse embate não for resolvido não avançamos.
Marcos, eu concordo com colocação do João.
Tente olhar pelo seguinte angulo.
O nosso foco de debates e discussões, hoje, estão totalmente voltados para esses assuntos, deixando de lado completamente outras questões, como investimentos em P&D e STEM.
O grande foco das mídias, dos políticos, das redes sociais, da justiça, dos movimentos sociais, são principalmente (e em alguns casos apenas) sobre posicionamentos sobre as questões ideologia de gênero, transição de sexo em crianças, aborto. Mesmo entre a população, os debates se dão somente por estas questões.
Não se fala nada, em lugar algum, em políticas de desenvolvimento tecnológico. Em nenhuma esfera (civil ou publica). Não se fala ou vê projetos, propostas ou ações….. nada….. e o meio privado (industrial), hoje também esta vendado sobre o tema, sendo poucas fora dessa mentalidade (que por sinal, se for analisar, são as maiores em seus respectivos mercados), mas a grande massa empresarial também esta mais preocupada com essas questões.
Atualmente, trabalho em uma empresa, para exemplificar a colocação anterior, onde o foco atual da empresa é falar sobre diversidade (comitê da diversidade, inclusão de gênero e bla bla bla), mas ao mesmo tempo, a empresa não vai bem (operacional e financeiramente). Ou seja, um total desvio de foco, exatamente como temos hoje no Brasil.
Se pesquisar sobre as questões levantadas pelo João, bem…… basta ir vendo o volume de paginas que aparecem nas pesquisas do google sobre o tema. Ou então as infindáveis listas de comentários de publicações nas redes sociais.
Pois é só sobre isso que se sabe falar… É só sobre isso que a grande massa fala….
Uma amostra de como este tipo de discussão esta fora do pensamento nacional brasileiro, foi uma resposta minha, a tempos atras sobre Phalanx na Marinha do Brasil.
Na época, eu sugeri utilizar o equipamento que estava no navio (e que nunca funcionou) fosse utilizado para estudos e desenvolvimento de uma versão nacional, buscando uma forma de integrar ele com outros sistemas nacionais (tipo radar SABER ou outros), podendo ser utilizado tanto na MB, como pela FAB e pelo EB. Isso é uma forma de investir em P&D nacional.
Bem, os comentários que recebi de volta, diziam que isso era inulto, que o Brasil não precisava disso, que era dinheiro jogado fora, e bla bla bla…
Ou seja, aqui mesmo nesta trilogia de defesa, temos muitos que são exemplos vivos desta falta de interesse em buscar novos caminhos, ficando sempre presos aos mesmos tipos de comentários e tópicos.
Lembro de uma pesquisa entre jovens nos EUA , China sobre o que queriam ser, respostas vencedoras:
Americanos, youtubers.
Chineses , astronautas.
Fonte: https://nextshark.com/survey-youtube-stars-astronauts
Face ao prêmio Nobel tem seu lado escuro, um país se beneficia com alguns laureados ou com uma população de cientistas, técnicos, etc, com cérebros padrão Nobel.
O Gaokao(vestibular chinês) considerado o mais difícil do mundo. Esse ano 13.4 milhões de estudantes se inscreveram, os que passarem frequentarão as melhores universidades do país.
A China, ao longo do seu planejamento estratégico, tem tomado as medidas necessárias para atingir seus objetivos. Está investindo massivamente em P&D, expandindo rapidamente seus programas de educação e treinamento em STEM para jovens estudantes, implementando políticas proativas para facilitar colaborações internacionais e atrair talentos globais, e focando em setores estratégicos como inteligência artificial, biotecnologia e energias renováveis, onde pretende se tornar líder mundial.
Por outro lado, os EUA enfrentam desafios como:
A China dá uma lição ao mundo de como uma nação que, até pouco tempo, era predominantemente agrícola, fez o dever de casa. Estratégia, planejamento, acompanhamento e controle são elementos essenciais de seu sucesso, embora isso também seja fruto do regime político vigente. Muitos desses funcionários de governo estiveram no Brasil há alguns anos em busca de aprendizado. Tenho amigos que acompanharam de perto essa interação e, às vezes, enfrentamos o vexame de não termos consistência em projetos de Estado, mas sim em projetos de governo. Não temos mais tempo para improviso.
Análise completamente errada porque em nenhum momento fala do questionamento e da busca pelo que não se sabe e saber pela inovação. A China tem um sistema de ensino que funciona mas não questiona ou seja qualquer chinês é ensinado a não questionar o que para muitos é certo como tal não existe gosto pelo desconhecido e pela inovação.
Falas nos EUA mas esqueceste que as próprias universidade questionam sempre em busca de novas ideias e saberes e se encontram quem saiba e tenham vontade de questionar eles próprios pagam para que o estudante estude e faça pesquisa na própria universidade. Por norma são professores universitários das universidades americanas que vencem os Prémios Nobel da Economia, Física, Química, Medicina, etc.
Os EUA estão a barrar o acesso a estudantes chineses em áreas, tais como Inteligência Artificial, Computação Quântica e a China ainda não é desenvolvida o suficiente para poder evoluir por si própria.
Se estudares desenho chinês irás entender que não existe espaço para a criatividade porque o melhor desenho é a melhor cópia feita e nisso os chineses são peritos a copiar, mas a inovar já existem muitas dúvidas.
Atualmente o sistema chinês tenta que os seus estudantes questionem mas não sobre as politicas do PC Chinês, isso é um crime lesa pátria e as limitações ao questionamento impede o seu desenvolvimento.
em matemática eles já tinham perdido a muito tempo, um ou outro américano é bom na área, já na China e outros países asiaticos a matemática é um assunto muito estadado e parece que o cerebro asiático funciona melhor pra isso, em engenharia, apesar de ter as melhores faculdades da área tem decaído na qualidade principalmente a parte aeronáutica, pois estão precisando “roubar” brasileiros para a Boeing não morrer,tecnologia aí estão empatados.
Jah tive a oportunidade de escrever aqui em algumas oportunidades a respeito de STEM e China, com numeros e projecoes.
Mas diretamente relacionado, recomendo uma leitura (em ingles) a respeito do futuro dos campos de batalha.
https://www.axios.com/2024/07/10/us-military-future-weapons-ai-warfare
Passa na STEM é fácil! Quero ver a China passar na dancinha!
Quem manda na China são os engenheiros, isso desde o fim do comunismo de Mao e sua trupe. Não há coincidências. Ponto final.
Se não me engano , Xi tem formação em Química
Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento nos EUA e na China também estão inclusos os investimentos em tecnologia militar ??
Ou os investimentos em pesquisa de tecnologia bélica é um investimento a parte ligado ao orçamento de defesa.
Hum… sei… com altas taxas de desemprego e a economia afundando (as pessoas não conseguem pagar o financiamento de seus apartamentos) a única coisa que os chineses vão ultrapassar é em quem vai colapsar primeiro.
Isso é um fato.
Realmente há um gigantesco desequilíbrio de oferta e procura na China. E não só em construção civil. Praticamente em todas as áreas industriais há uma superprodução que o mercado interno não absorve e que o mercado externo está bloqueando em adquirir via barreiras alfandegarias e impostos de importação.
A china tenta desovar essa produção vendendo-a a preços artificiais abaixo do custo de produção assumindo os prejuízos por não poder interromper a produção e desempregar a população.
Como a grande maioria das grandes industrias chinesas são controladas pelo estado fica fácil tolerar esses prejuízos que de outra forma a iniciativa privada livre não assumiria.
“Fan-Gang Zeng , cientista da Universidade da Califórnia, Irvine, destacou que, embora McNutt tenha apresentado boas ideias, a implementação de algumas recomendações pode ser desafiadora devido a diferentes objetivos ou interesses concorrentes, como suporte federal versus industrial e estudantes domésticos versus internacionais.”
“Fan-Gang Zeng”… Só esse nome já diz muita coisa.
Aff.
A Trilogia se tornou caixa de ressonância do regime chinês.
Lamentável!
*A Trilogia ruiu antes do império americano , que ainda resiste sendo a referência a ser atingida e superada.
E com isso, perdemos comentários técnicos como o seu, que era um dos mais antigos foristas.
Agora o pior é ter que ler as narrativas sempre dos mesmos, sob os efusivos aplausos da edição.
Que besteira, quando há noticias sobre o Ocidente, é publicado igual, e vc sempre pode sugerir pautas e reportagens que é publicado aqui regularmente.
A questão não é repercutir as posições do regime chinês, mas não oferecer na mesma matéria contrapontos ao que foi apresentado.
1 milhão USD de investimento feito pela China rende muito mais que 1 milhão USD feito pelos EUA porque na China tudo é mais barato, menos burocrático e a perdulariedade é menor. Por isso vemos um avanço chinês tão rápido em tantas áreas mesmo gastando menos em P&D.