LIVRO – ‘Por que o Ocidente não pode vencer?’
Por que o Ocidente Não Pode Vencer – De Bretton Woods a um Mundo Multipolar (Why the West Can’t Win: From Bretton Woods to a Multipolar World) do Dr. Fadi Lama*, aborda como os eventos nas três décadas seguintes ao colapso da União Soviética em 1991 levaram a uma reviravolta no equilíbrio de poder mundial, sinalizando o fim de um milênio de expansionismo da Europa Ocidental. Começando com a guerra na Ucrânia visando a mudança de regime na Rússia, os acontecimentos avançaram a um ritmo acelerado.
O Ocidente/OTAN estão perdendo a guerra por procuração na Ucrânia, destinada à mudança de regime na Rússia. Até a mídia tradicional agora insinua que a Ucrânia pode perder essa guerra.
As sanções de choque e pavor do Ocidente falharam, enquanto prejudicam as economias ocidentais.
A desdolarização aparece no horizonte. China, Rússia, Brasil, Índia, nações da ASEAN, Quênia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos estão agora usando moedas locais no comércio. A Arábia Saudita está vendendo petróleo em yuan; os Emirados Árabes Unidos estão vendendo gás em yuan. Gana (e outros países produtores de petróleo) agora vendem petróleo em ouro em vez de dólares. A França – o aliado mais antigo dos Estados Unidos – agora negocia com a China em yuan. China e Brasil agora negociam nas moedas um do outro. Índia e Malásia atualmente usam a rupia indiana para o comércio. Os BRICS (a aliança econômica de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão desenvolvendo sua própria moeda.
A mudança geopolítica tem sido impressionante, com as nações do BRICS ― Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ― se posicionando como uma alternativa aos fóruns financeiros e políticos internacionais existentes. Quem está se juntando? Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Argélia, Argentina, México e Nigéria. Até agora.
A análise geopolítica deste livro inclui uma visão histórica, uma compreensão dos sistemas financeiros estabelecidos na conferência de Bretton Woods que continuam dominando a economia global, como eles são usados como um poderoso instrumento geopolítico, uma análise econômica baseada na produção de bens reais, dinâmicas globais de energia, alianças e estratégias dos principais atores globais.
O atual confronto geopolítico global é essencialmente uma luta entre as potências coloniais que desejam preservar o sistema de Bretton Woods, que permite a extração de riquezas das nações, e nações soberanas que lutam por independência e pelo fim de um milênio de opressão. Este trabalho compara as forças geopolíticas desde o início do milênio com o objetivo de fornecer insights sobre suas forças relativas e o provável desfecho dessa luta.
*Fadi Lama é Conselheiro Internacional do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) e parceiro da DNL Strategic Consulting, oferecendo serviços de consultoria nas áreas de geoeconomia, indústria, PMEs e academia. Ele é fundador e gerente geral de uma empresa de fabricação de equipamentos de teste e sistemas de automação industrial. Dr. Lama recebeu seu PhD em Engenharia Mecânica pelo Georgia Institute of Technology, seu mestrado em Tecnologia de Manufatura pela City University of London e seu bacharelado em Engenharia Mecânica pela American University of Beirut.
A transição em andamento para um mundo multipolar cria novas oportunidades de interação em diversas áreas, como a diversificação de moedas no comércio internacional, o aumento do comércio entre os países do BRICS, a exploração de recursos naturais e energéticos, o fortalecimento das instituições financeiras, alianças geopolíticas estratégicas e o desenvolvimento econômico sustentável. Essas mudanças abrem novas perspectivas para o Brasil. É fundamental que esse debate seja incorporado nas universidades, entre os formuladores de estratégias e nas políticas públicas. O país precisa fazer parte desse novo mundo em formação.
O que está acontecendo hoje é a sombria perspectiva do Ocidente perder suas fontes de matéria prima tanto na América do Sul, quanto na África, pagando o preço que eles queriam pagar, da forma que eles queriam pagar. A expansão das empresas “ocidentais” pelo mundo afora nunca esteve em um ritmo tão lento, ao passo que as empresas chinesas, as do Sudoeste Asiático e do Oriente Médio estão andando a passos largos.
Ao mesmo tempo, creio que esse debate passa longe das universidades e de qualquer outro fórum de debate envolvendo à sociedade, porque são assuntos tratados por governos, na forma de políticas de Estado e que invariavelmente, cobertos sob o manto da confidencialidade.
Sei apenas que um mundo unipolar, seja qual for a matiz ideológica, se torna um tanto insalubre para a grande maioria, principalmente para aqueles que não são capazes de dissuasão adequada.
Apesar dos temores de hecatombe que havia (e ainda há) nos tempos de Guerra Fria, havia um equilíbrio de poder que funcionava como freio e contrapeso, tornando o mundo mais previsível e de certa forma mais seguro. O cenário atual que estamos observando, revela que não há lado certo a escolher.
Concordo com suas considerações.
Sobre a desdolarização eu considerava ela impossível em termos econômicos até quando a questão envolvendo este assunto não fosse conduzida a termos de geopolítica.
Ou seja quando o comercio ditava a regra do dólar como moeda reserva era impossível (ao menos durante uns 30 anos a frente) isso ocorrer.
Mas o Ocidente resolveu oficializar que ativos de nações consideradas Persona non Grata podem ser simplesmente congelados e pior que isso, aprendidos!!!!!
Oras com isso ter ativo em dólar deixa de ser interessante aos países em questão pois no fim das contas significa que eles podem ser congelados e usados para que o governante em questão seja derrubado ou tenha alguma insurgência financiada com seus próprios fundos…rs
Logo a razão de ser de dispor de um ativo desse tipo (segurança econômica) deixa de existir, então os regimes totalitários ou muito próximos disso com as respectivas ditaduras existentes e que tendem a se multiplicar irão necessariamente ignorar a lógica financeira que mantem o lastro do dólar como moeda de reserva internacional e simplesmente vão negociar entre eles apesar de toda a perda financeira em potencial que isso represente.
Mas a questão virou geopolítica e não mais econômica logo não há régua da logica ou do direito apenas da sobrevivência.
Parabéns aos envolvidos, abriram a caixa de pandora e não fecharam, estão segurando a tampa esperando o resto dos demônios saírem dela…
Resumindo roubo na mão grande ! Como faziam nas ex. colônias .
Realmente quando havia dois lados equilibrados. Dava para perceber como eles jogavam. A facilidade das comunicações e informações levaram a descrença dos regimes. Daí o romantismo acabou. Nada do meu capeta ser melhor que o seu. Aqueles que por orgulho, empáfia soberba e presunção não conversavam de jeito nenhum. Agora estão sendo forçados a aprenderem. O mundo unipolar acabou.
As transformações em andamento para um mundo multipolar, ao contrário do mundo bipolar da Guerra Fria, ainda não têm uma direção clara. Isso torna as decisões estratégicas e políticas ainda mais complexas e imprevisíveis. Essa situação é uma consequência direta do poderio militar e nuclear da Rússia, que não abrirá mão de se envolver nas questões econômicas e políticas globais, além do retorno de um novo entrante ao seu posto histórico, agora como aspirante a potência global.
De um lado, temos um ‘parceiro’ que nos tratava com desdém, sem sequer saber o nome da nossa capital e, jocosamente, entre seus parlamentares, nos considerava uma republiqueta de bananas, ao ponto de apoiar e ordenar golpes de Estado. Do outro lado, temos potências emergentes com as quais podemos construir uma relação diferente, baseada em escolhas de primeira hora, o que pode significar uma parceria em outro nível.
A hegemonia unipolar é muito ruim para o mundo e tem apenas a vantagem da constância. Para aqueles que não estão no clube do G7, nada justifica a concordância e a submissão a interesses alheios, sejam de países, corporações ou de algum bilionário louco por fazer negócios e levar os benefícios de um mundo que nunca será para você. Todavia, o nosso status quo entre esses parceiros está consolidado e não há mais lugar na janela para se sentar. Por outro lado, um mundo multipolar traz imensos desafios para a paz e uma complexidade de interesses, acordos, estratégias e poderes que podem trazer uma inquietude inicial.
Então, para conquistar nosso lugar de protagonismo, é necessário, antes de tudo, vencer nosso complexo, ter estratégias de Estado, manter sigilo das informações, pois a democracia pode ser usada por poderosos para saber e previamente sabotar esses interesses, e ter muito claro que temos brasileiros que odeiam o país e amam o império. Esse é o X da questão.
Pq o dito ocidente representa menos de 15% da população mundial e o mundo não é um feudo medieval, as coisas evoluíram, inclusive nesses quinze por cento há briga e divergência nas populações. Enfim, luta vã em curto médio e principalmente longo prazo.
O dito ocidente, representa 50% do PIB Global, porque são mais eficientes.
Isso reflete bem a métrica da economia convencional (pelo padrão ocidental). Caso esteja interessado pelas.metricas não convencionais de economia marginal (calculada com métricas locais e nunca levadas em conta para o cálculo do PIB de países da maioria do sul global) podemos ter uma redistribuição importante na conta. Basta se interessar mais pela economia local. Isso vai acontecer normalmente com o desenvolvimento da multipolaridade. Além do mais, redistribuição do desenvolvimento em países do segundo escalão leva a distribuição de renda global, relaxando a concentração econômica nos países do G20….
Países com histórico de hostilidade e exploração de outros povos assim e fácil ser “rico’
Ou seja, o não-ocidente é responsável pelos outros 50% da riqueza global. Qual é a eficiência do tal Ocidente aí? Ser igual ao Não-ocidente?
Tudo bem. Representa hoje. Será que representará nos próximos dez anos ?
E dá-lhe desinformação Russa. Teve uma Operação bem interessante de resgate de Reféns de um certo país, e só aqui não saiu nada. Mas propagando Russa não faltq
A fonte? Da informação.
Acho que a triologia tem matérias com com assuntos diversificados. Que atendem torcidas diversas. Acontece que quando a informação não é de seu interesse ou torcida este pessoal fala mal do veículo que informa. Cultura atual da lacração.
Da cabeça de torcedor.
Que mania de o pessoal ficar cutucando os editores da trilogia, como se eles fossem parte de uma maldita conspiração!!!!
Raios, vamos discutir o assunto.
Aguardando os phd’s em negação.
E ainda podemos ver (de novo) aqui em Banárnia junto com seu almirantado e generalato no reino perdido da fantasia, perdendo o bonde da história…
Duas coisas:
1- a quantidade de países que simplesmente ignoraram as sanções ocidentais e continuaram a fazer negócios com os russos, com o detalhe da maioria dos países que sancionaram, oficialmente, os russos, continuam a fazer negócios com eles por via de terceiros.
Isso é algo que, até os anos 80, era simplesmente impensável.
2- “Começando com a guerra na Ucrânia visando a mudança de regime na Rússia, os acontecimentos avançaram a um ritmo acelerado.”
Não, isso não começou com a Ucrânia. Começou com os EUA invadindo o Iraque com base numa mentira deslavada ( ou aqueles “armas de destruição em massa” foram descobertas, e eu não tô sabendo ), e a ONU e o resto do mundo simplesmente não deu um pio.
Ora, se os EUA podem invadir outro país baseadoe em mentiras e nada acontece com ele, de que valem a ONU e as leis internacionais? E se o próximo a ser invadido for eu?
Alguem ainda acha coincidência a CN ter feito de tudo pra ter suas nukes, e o Irãn buscar ter essa mesma arma?
Então, foi a invasão ao Iraque que deu todo o “novo tom” de como seria o resto do século XXI. Todo o resto foi só o “efeito borboleta” disso
Mais incrível e as relações de Saddam Hussein na época que era o queridinho dos EUA com apoio financeiro total e após a guerra irã X Iraque do dia pra noite virou um inimigo um demônio a ser extirpado pelos EUA .
O mais engraçado e que a mídia não cita muitas informações tem pessoas que até hoje não sabem que Osama Bin Laden veio de uma família bilionária fora as ligações deles com a família real Saudita e na época de George W Bush e do mesmo e suas empresas com ligações com os sauditas e a família de Osama Bin Laden o tio Sam fica quietinho sobre isso mas obviamente se for os oligarcas russos eles demonizam mas os deles por exemplo no Bahrein, Catar , Omã e Jordânia que tem suas empresas multimilionárias de exploração de petróleo eles ficam quietos por que a BBC , Reuters , CNN não fazem reportagens nestes países e a violação de direitos humanos ?
Convenhamos eu não gosto dos oligarcas da Rússia nem de Vladimir Putin porém a hipocrisia ocidental principalmente dos EUA me dá náuseas não e atoa que muitos países estão cansados do ocidente em sua forma de domínio geopolítico.
Além de tudo que você disse, ainda tem o “pequeno detalhe” de que os mujahedins do Afeganistão foram criados e treinados….
Pela CIA.
Mas esse tipo de coisa não aparece na CNN pro “grande público” americano…
Willber,
Eu tenho mais de 50 anos, e leio, ou lia, muito jornal, e as informações estavam/estão lá.
Saiu na grande mídia na época, eu li isto logo que os EUA invadiram o Afeganistão.
O problema não é a “Grande Mídia” não falar do assunto, é o leitor médio não dar bola para este assunto, “não é problema meu!”
Depois as coisas acontecem e ele fica perdido na história.
Temos que parar de culpar agentes externos, somos nós (cidadãos) que não prestamos atenção as informações.
E hoje é pior, o pessoal não tem paciência nem para ver videozinho com mais de 15seg, gente da minha idade.
Dominio geopolítico…
Cara… O único território que os EUA pegaram pra si… Foi o Alaska… E foi “comprado”.
“Curiosamente”… Todos os anti-americanos… São ditaduras !
De resto… So se “vendeu” quem quis.. E ainda ganhou boas compensações por isto. No Japão, se tem ate F-22 e não compraram nenhum.
Agora se o resto do mundo foi incompetente em nem ter tecnologia própria como o celular, gps ou computador que você esta usando…
Não culpe os americanos ! Você é livre pra jogar tudo no lixo e comprar mapa da Editora Abril na banca e papel e caneta brasileiros.
M-é-x-i-c-o…estude História.
Posso acrescentar H-a-v-a-í?
Honduras, El Salvador… E pela Doutrina Monroe, não precisa nem invadir. É só não resistir.
A gente não vê nem iraquiano reclamar dos EUA… E você quer reclamar ?
Se um presidente americano ou europeu aparecer com algum problema de demência, ou mesmo bêbado… Ele não consegue atirar nenhuma bomba nuclear sozinho. O mesmo não se pode dizer das ditaduras.. E esta é a questão !
O que se combate são ditadores e expansões territoriais… Como a praticada ate pelo Iraque sobre o Kwait. Pois o mundo ja aprendeu no que isso resulta… Ate a Venezuela ja se animou a invadir o vizinho !
A novidade é a percepção clara de que se você tiver armas nucleares, ninguém mexerá com você… O que vale ate pra Rússia… Não há problemas em ter o Alaska como vizinhos. So a Ucrânia.
Os iraquianos não reclamam?
Os caras até fizeram um sapato como monumento público, comemorando os sapatos que um jornalista iraquiano jogou nele…
Diga-se que Bush teve ótimos reflexos e desviou dos dois sapatos 😂
No Youtube: “Bush é alvo de ataque no Iraque”
“A gente não vê nem iraquiano reclamar dos EUA… E você quer reclamar ?”
Aff..
Com certeza os iraquianos que foram bombardeados e mortos pelos Estados Unidos realmente não reclamam dos americanos (Ironia)
Se seu comentário tivesse mil deslike ainda seria pouco.
Sem mais nenhum comentário e apenas deixando um para debate, Todo o mundo sem consultar o cambio do dia sabe que mil reais correspondem a menos de 500 USD porque todo o mundo associa 1 USD a 5, … reais, e continuando sem nenhuma consulta, quem saberá quanto corresponde mil reais em renminbi? Apenas penso que quem muito estuda e estuda demais, demonstra que nada sabe de coisas simples do mundo.
Correção: menos de 200USD e não de 500 como é referido no comentário
De fato!
É plausível que em algum momento o dólar seja substituído por outra moeda para transações internacionais, porém, contudo, etc, essa moeda ainda não é o Yuan, simplesmente porque a primeira tem livre negociação no mercado e a segunda, não.
Doutor Lama cita os negócios em diversas moedas em andamento, mas esquece que as trocas ainda são feitas em dólar como referencial.
Na verdade, não.
As transações entre dois países utilizando suas moedas são baseadas nos seus termos de troca, e NÃO se usando o referencial do dólar. Assim, Se BR e CN transacionam em suas próprias moedas, não se trata de uma simples troca do meio de pagamento. Isso, por si só, já tem um impacto grande, mas é mais que isso.
Os termos de troca, ainda que tenham uma definição simples (vbpX/vbpM: valor exportado sobre valor importado), requerem cálculo complexo onde, para a calibragem monetária, utiliza-se uma cesta de moedas (e não apenas o dólar), mas outras variáveis devem ser consideradas, como produtividade, PPP, entre outras.
Caro Carlos,
Todo mundo sabe a cotação do dólar, porque essa é a moeda de comércio interacional.
A questão do texto é justamente essa. Começou uma lenta transição do comércio internacional pra outas moedas que não o dólar.
O que mais me surpreende é a arábia saudita vender petróleo em outra moeda.
A pouco tempo atrás isso derrubava uma ditadura qualquer. Muammar Gaddafi que o diga (se estivesse vivo).
Vamos acrescentar o Sadam na lista. Ele começou a vender petróleo em Euro e rapidamente foram procurar nukes no deserto dele….
No mercado ninguém consegue impor uma moeda como moeda de troca no mercado internacional, como tal só assim se poderá mudar a moeda de troca se houver confiança na moeda e ninguém tem confiança em moedas ditadas por ditadores e que podem alterar o valor cambial das moedas conforme o interesse da propaganda. Tu és um empresário e vendes o teu produto para o exterior, vais querer receber numa moeda que te dê garantias de troca. O petrodolar sempre foi uma moeda forte como tal dificilmente a Arábia Saudita irá mudar porque pega nesse dinheiro e compra o que necessita usando essa moeda.
A transição para outra moeda tem os dias contados até ao primeiro problema cambial que surja
Se você acha que nenhuma nação consegue impor uma moeda, então sugiro então uma pesquisa sobre a crise do petróleo no governo Nixon.
Estamos em uma fase de transição.
E eu acho que não haverá 1 (uma) moeda de troca, exatamente pelo que vc expos, as trocas se darão diretamente entre moedas nacionais.
A tecnologia facilitou e muito isto.
O que o futuro nos reserva, esta é a incógnita.
Carlos.. quando ficou claro que a Alemanha perderia a guerra, foram iniciadas várias discussões sobre como seria o pós-guerra. Duas das mais importantes foram a ONU e o acordo de Bretton Woods.
Uma das mais interessantes discussões foi sobre a adoção de uma moeda de referência para o comércio exterior e a implementação de uma instituição internacional que atuaria para evitar crises cambiais, que se tornou o FMI.
Sobre a moeda, havia duas propostas. O Secretário de Tesouro dos EUA defendia a adoção do dolar como moeda de comércio exterior que estaria lastreada em dolar em uma cotação fixa. Keynes prôpos uma moeda virtual cuja cotação seria avaliada pela composição do dolar e da libra. Inclusive Keynes defendia ser desnecessário um lastro em ouro. A proposta do dolar venceu,
A partir de então, os países fariam os pagamentos internacionais em dólar, sendo que cada banco central faria a compensação doméstica. Os países poderiam fazer reservas em dólar porque cada dolar era um título de deposito de ouro das reservas mantidas pelos EUA.
Como o ouro é um bem limitado, a quantidade de dóilar estava limitada. Com o crescimento do comércio exterior, o dolar se tornou um limitante do comércio. Além disso, depois da crise do petróleio, os paises arábes começaram a fazer suas reserva em ouro, ao invés de dolar.
Nixon decretou unilateralmente o fim da conversão. Isso liberou os EUA a emitirem mais dólares, o que de um lado permitiu a ampliação do comércio exterior e por outro, permitiu aos EUA financiar o seu deficit, principalmente em função da importação de petróleo.
Curiosamente, o fim da conversação teve impacto nulo sobre o uso do dolar como moeda de comércio exterior, tendo o FMI como agente de financiamento dos paises em desequilíbrio cambial.
O problema começou quando os EUA passaram a usar o dolar como arma de política externa. Isso abalou a confiança internacional no dolar. Os Departamentos de Estado e de Justiça possaram a sancionar e intervir nas empresas estrangeiras a partir da argumentação que toda empresa que operar com o dolar está sujeita à legislação dos EUA. Outro problema foram as sançoes contra a Venezuela e contra a Russia, impedindo que estes países possam operar suas contas externas em dolar e confiscando os ativos destes países em bancos nos EUA e na Inglaterra.
Quando os EUA confiscaram os ativos da Venezuela e a proibiram de atuar no sistema fianceiro mundial impedindo-a de usar dolares, cantei essa bola aqui.. que isso iria fragilizar o dolare e levaria os paises a operar com outras moedas.
Então, o que se abre daqui para frente são dois caminhos, nao excluidenres. 1) países criarão câmaras de compensação bilateras. O Brasil e a Argentina já operam assim 2) blocos de países vão operar uma moeda virtual cujo valor de referência será uma cesta de moedas.. o BRICS estpa indo nesta direççao.
Não vou entrar em debate mas quero dizer duas coisas e a primeira é que contaste uma história muito mal contada já que falas que os países árabes deixaram de fazer reservas em dólares e passaram a fazer em ouro e que Nixon mandou imprimir moeda e que esta medida não teve repercussão nenhuma no comercio externo, mas eu quero te lembrar da lei da oferta e da demanda se aumentou a oferta de dólares tendo origem nas reservas e na impressão de moeda e mantendo a demanda, logo o valor do dólar desce, como tal existe algumas coisa nessa história algo muito mal contado.
Em segundo gostaria de dizer te que podes fazer comercio externo em qualquer moeda, claro que o pagamento estará sujeito ao cambio em vigor e o valor das moedas no cambio não estão sujeitas a politico nenhum, daí o presidente não entender como não pode mexer no valor da moeda no comércio externo.
A Conferência de Bretton Wood existiu para regulamentar as finanças internacionais, para que o mercado calcule o valor que posa ter cada moeda.
Nos EUA está a ser julgado um senhor de nome Manuel Chang, antigo ministro das finanças de Moçambique, que é responsável pela criação de dívidas ocultas que quando foram descobertas até o FMI deixou de colocar dinheiro nesse país. Conhecida e reposta a verdade a vida segue normalmente.
Ninguém por si só consegue mexer no valor de qualquer moeda, daí que muitos vigarista se queixem do sistema porque assim não conseguem ganhar dinheiro indevidamente através do jeitinho. Ainda deve ser do conhecimento público as sanções impostas à Rússia quando os bancos russos foram impedidos de fazerem transações no sistema SWIFT, mas o que ninguém sabe é que este sistema é um sistema privado gerido por sociedade bancária para facilitar a transação e o comercio internacional.
Muita gente não sabe nem gosta de normas que regulem transações e que o diga Trump que já foi condenado no estado de NY por contabilidade fraudulenta e não é necessário andar pelo mundo à procura de um exemplo, mesmo nos EUA consegues encontrar exemplos.
Normas são leis aplicáveis a todos e tenho muita pena que assim não seja neste país, daí passam o pano às infrações da Rússia e ainda existem países que fazem negócios com a Rússia, mesmo sabendo que este violou a Carta das Nações Unidas, fazendo negócios apenas porque o fazem com descontos.
Aguardando a choradeira nas viúvas em 3…2…1..
O mapa não engana ! vermelho é a polícia do mundo … e muitos floristas insiste que somos ocidentais.
Esqueceram de pinta Coreia do Sul, Singapura e Taiwan e Israel.
Este mapa mostra o risco que o mundo ocidental está correndo… os mapas estão em vermelho.. sabe o que isso significa? è o fim do ocidente capitalista,.,
Já tentaram fazer isso com a bandeira do Brasil;;; agora querem fazer isso com os EUA e a Europa…
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Isso é a bandeira do Brasil junto com a bandeira do Japão num layout, não tem nada de bandeira do Brasil vermelho bando de desinformados.
Caro Cer…
Eu sei.. isso é um painel comemorativo do centenário da imigração japonesa… sem dar spoillers, procure o vídeo desta senhora… dai você vai entender a piada…
Camargoer, meu caro, vais ter de começar a explicar as piadas…kkk
RIso…. geralmente em alemão elas ficam mais engraçadas…
Somos orientais?
Somos “Cucarachas”
Pra uma parcela significativa do mundo, somos latinos ( mas não americanos, americanos “mesmo” só tem 2 países ) e não ocidentais.
Ou seja, somos uma sub-classe que ocupa uma realidade alternativa paralela no próprio planeta Terra.
Pois é. O Darcy Ribeiro definia o Brasil como uma outra coisa.. nem ocidental nem oriental… Ele duzia que o Brasil era uma civilização mestiça, a primeira civilização mestiça que surgiu na história, e que teve a sorte de ser também tropical…
Ele nunca conseguiu incluir o Brasil nas definições e sistemas internacionais. Ele duzia que nossa herança ibérica, de Portugal, um passinho pequeno que aprendeu a se virar entre os grandes, que encontrou o indígena que não tinha a culpa cristã e que tudo isso foi elevado para outro patamar com a vinda do negro escravo.. e temperado com a imigração de. Gente de todo lugar.. japonês, europeu, espaço…
O Brasil não tem espaço na ordem ocidental oriental… Porque o Brasil é outra coisa.. que ele chamava de civilização mestiça tropical
O Brasil é o lugar do Universo aonde tudo se mistura e, daí, se cria novas coisas.
Deveríamos nos orgulhas disso, mas preferi-mos dizer que isso é errado e odioso, e ficar “babando” pra cultura norte-americana ou européia ( as piores partes disso, diga-se de passagem ) e chamar isso de “patriotismo”.
O Livro do Darcy Ribeiroé muito bom… Vale a pena ler
Tu é trabalhista afinal?
heheh, lembro da historia de um amigo, nome e sobrenome japonês, com passaporte brasileiro, tentando explicar para a fiscalização na Alemanha, que ele era brasileiro.
Riso… eu tive um colega, descendente de libaneses que teve o mesmo problema, mas acho que foi nos EUA.
Eu passei por uma situação vexatória… eu voltada de Tokyo, voltando para o Brasil. O agente da imigração perguntou porque eu estava indo para o Brasil (com passaporte brasileiro). Expliquei que estudava no Japão e estava indo de férias para o Brasil… dai ele perguntou se eu gostava do Japão….
Respondi que os dois melhores países do mundo eram o Brasil e o Japão…. dai ele ficou bravo comigo.
Ué? Porque ele ficou bravo contigo?
Sei lá… Uma coisa que nunca se faz é questionar um agente da imigração nem falar mais do que ele pergunta..
Ele perguntou, respondi e ele ficou enfezado.
Bem, foi ele que perguntou se vc gostava do Japão….tu apenas respondeu que sim e acrescentou o Brasil…enfim, pode ser stress ou calores da menopausa…xD
hehe, tem gente que não gosta deste tipo de resposta, ou é “1” ou é “0”.
Riso… Doifera
Por isso Muitos brasileiros dizem isso pra gringa eles vêem com a pergunta assim :você e o que ? e latino ? e branco ? e negro ? (principalmente os EUA com as questões étnico/racial deles bizarra) e simplismente dizemos sou brasileiro e pronto e muitos ficam irritados só ouvir isso .
Essa é uma perspectiva que ganhou visibilidade por ter sido formalizada pelo Huntington e tem grande utilidade para vários tipos de análise, mas não significa que seja assim, mesmo. Esteja seguro que, para o chinês, o japonês e o indonésio médios, nós somos ocidentais.
Tenho muitas dúvidas se um chinês, um japonês e um indonésio médio, eles saberiam apontar o Brasil num mapa, que dirá dizer que somos Ocidentais….
Se bem que:
1- não é demérito não saber apontar um país num mapa, a grande maioria não sabe fazer isso;
2- eles sabem que não somos asiáticos e, por consequência, não somos orientais.
O japonês médio sabe sim onde é o Brasil. Na Europa também. Já nos EUA a proporção de quem sabe onde é o Brasil é menor
Para isso se tornar realidade, teríamos que enterrar a nossa própria auto estima e adotarmos por conta própria essa condição.
Beleza. Mas somos orientais?
Nem.ocidenral nem oriental… Segundo Darcy Ribeiro somos uma civilização mestiça tropical (em O povo brasileiro, sei último livro)
Isso é diferente de ser ocidental ou oriental.
Ocidental na geografia, não na geopolítica. O ocidente da geopolítica é um clube da qual não fizemos parte. Tem farto material na internet e referências bibliográficas que versam sobre isto.
O termo “ocidental” não existe na geopolitica”, quem usa esses termos como ocidente, “sul global”, como termos geopolíticos, está errado.
Ocidente e oriente são termos exclusivamente geografico/culturais.
De fato! O que existe é WASP e o resto do mundo!!!!!!
Não existe “ocidente” e “oriente” quando falamos de geopolitica, são termos exclusivamente geográfico/culturais.
Caro Yuri,
Pelo contrário, a geopolítica usa essas categorizações à larga.
Quem usa isso está errado.
Então.. se o centro é a Europa, o Brasil está do lado ocidental… Se o centro for o Japão, estamos do lado oriental… Se o centro for o Brasil, nem um nem outro.
Olá Yuri. Pergunte isso para um oriental!!!
E ele vai dizer que não somos orientais.
Não somos europeus isso posso te garantir KKKk
Os canadenses são europeus?
Não? Você é oriental ? Kkkk
Se levarmos em consideração o mapa, esse “Ocidente” aí deveria estar entre aspas.
Esse “ocidente” em vermelho JAMAIS considerou o resto do mundo como Ocidente, principalmente a AL, da mesma maneira que jamais considerou a parte européia da Rússia como européia.
Aliás, duvido muito que esse “ocidente” em vermelho considere países como Kosovo, Albânia e Sérvia como “europeus”….
É por isso q falei do mapa
Aguardando Odessa cair 😇
Compra um caixão e deita.
Nenhum país era obrigado a se alinhar com a China, vocês sabem porque Vietnam e India optaram pelo diálogo? É porque a única coisa que o EUA tem a oferecer são bases militares, o EUA é incapaz de financiar uma ferrovia ou porto sem cobrar 500% de juros.
“O EUA é incapaz de financiar uma ferrovia ou porto sem cobrar 500% de juros” e a China é incapaz de fazer isso sem que o país em questão jure submissão completa aos interesses eurasianos.
O problema é a galera do sul global(isso nem existe, o que mais tem é pais desse eixo odiando uns aos outros) achar que com o crescimento da China vai se abrir um mundo multi-polar. A verdade é que a China vai ser suprema e ditar a regra do jogo assim como os EUA depois de 1991.
Sendo o Chinês tão etnocentrista como eles são, eles não vai abrir espaço para outros concorrentes como Índia, Indonésia e etc, Já estamos vendo isso com a Russia, por mais que a Rússia possa se considerar soberana(ao contrário de muitos paises ocidentais em relação aos EUA), a China pode impor o que quiser sobre eles(vide a negociação das linhas de gás natural via eurasia) e é o único pais que pode parar a Russia com a guerrra se quiser.
Exato.
Correção de texto: Eles não VÃO
não percebi o erro durante a digitação.
O quê vai “abrir” será uma “janela de transição” – que para o Brasil poderá ser uma “janela de oportunidade” para aumentar sua influência geopolítica.
A China não consolidará seu poder do dia para à noite e nem os EUA perderá – se perder – seu posto do dia para à noite também, portanto, teremos a ascensão de centros grandes e médios de poder irradiados devido a essa quebra de sistemas e jogos de interesses.
No mais, por mais que a China seja forte, ela sempre dependerá, mais que os EUA inclusive, do grande fluxo de mercadorias/insumos para o seu território e da via marítimas seguras das zonas fornecedoras – África e América do Sul sobretudo – até o seu território, fatos que poderão ser um calcanhar de Aquiles, fazendo o país se tornar mas flexível diante de certos países.
Nesse sentido, eles poderão optar pela expansão de suas bases militares pelo mundo, mas para o Brasil isso pode ser um incentivo ao país se tornar de vez um poder militar consolidado no América Latina e no Atlântico Sul.
A janela de oportunidade que o mundo multipolar e os interesses do Sul Global oferecem ao nosso país é muito maior do que os benefícios obtidos até agora pela participação secundária nos interesses do ‘Ocidente’. Isso se traduz em vassalagem e subserviência, especialmente influenciando a geração mais velha, que vê os EUA como uma figura paterna. A adesão histórica do Brasil a esses interesses pouco contribuiu para um país mais justo e próspero, perpetuando um complexo de inferioridade que tem muitas explicações históricas e sociológicas. Embora o novo cenário multipolar tenha seus riscos e possa substituir uma hegemonia por outra, temos a chance de sermos protagonistas e de construir um mundo melhor. Neste novo contexto, podemos ser líderes, não coadjuvantes.
A defesa do status quo dos capitalistas ocidentais e de suas virtudes, enquanto muitos de nós não possuem nada além da esperança, me soa muito mal. Uma severa dissonância cognitiva. Trocando em miúdos, esse mundo tem pouco a oferecer a quem não está na elite do G7.
Fale isso pra uma pessoa que viveu em uma ex república soviética… vamos ver se ela prefere um mundo dominado por eurasianos ou pelo ocidente.
E sim, “mundo multipolar” é balela.
Acredito que esteja falando de um tipo de governo ‘comunista’ que, na verdade, não era. A Rússia é um país capitalista, onde imperam as leis de mercado, com todas as inconsistências próprias desse modelo de produção. O movimento de ultradireita que está tomando os países capitalistas do Ocidente, o G7, é fruto dessas inconsistências, onde a população desses países não consegue auferir os benefícios do sistema. Contudo, de forma equivocada, atribuem o problema econômico a questões de imigração, nacionalismo e proteção econômica. Todos esses elementos, como sabemos, levarão essas nações à guerra.
A Rússia, na prática, não é capitalista.
Se o Brasil não tem peso geopolítico na conjuctura atual, não vai ser com um novo panorama que isso vai mudar, 50% da população brasileira não tem tratamento a redes de esgoto, temos que resolver muitos problemas antes que querer brincar de potência. O brasil não tem nada a oferecer a outros paises comparado aos EUA, China e Rússia, e isso não vai mudar.
A Índia tem os mesmos problemas ou piores, mas não deixa isso interferir em sua política externa e no que ela aspira ser no mundo. Problemas de subdesenvolvimento interno não é desculpa para enterrar a cabeça na areia.
O Brasil certamente não está onde gostaríamos que estivesse. Entretanto, ele está em seu melhor momento no cenário internacional. Somente no encontro de paz promovido pelo Ocidente, Zelensky se viu compelido, por duas vezes, a falar da posição do Brasil que não o agrada. Alguém que não tem peso geopolítico nem é lembrado. O mesmo se deu com o governo sionista de ultradireita de Israel. Os dois reconheceram a importância do Brasil. Muito desse protagonismo está centrado na imagem do nosso presidente no exterior. Se fizermos o dever de casa, devemos aproveitar esse mundo multipolar para sermos líderes deste momento, sem abrir mão das parcerias já estabelecidas. Afinal, precisamos fazer negócios.
Dar pitaco todo mundo pode. Inclusive engenheiros.
“Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”.
ROUSSEFF, Dilma.
Vc tem de ser parceiro de quem também te oferece alguma parceria.
Por que os dois últimos governos (este e o ultimo), mesmo sendo de lados opostos, se recusaram a ajudar a Ucrânia?
Acabou a conversa. A resposta está aí
Talvez porque a Ucrânia tenha dado um calote imenso no Brasil, no conto do vigário do foguete Cyclone.
Pix na conta do professor, 1000 rublos depositado
Piada pronta: o cara trabalha no Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento.
Esperando a edição em português.
As vezes o obvio é visto como modo avestruz.
Interessante, não sabia que a França negociava com a China na moeda deles.
Basta entender a forma básica de geração de riqueza: trabalho. Quando se retira a coerção do países Ocidentais sobre o resto do mundo, o que sobra se não um aristocrata roliço que nunca tocou numa enxada?
O grande déficit do livro parece ser imaginar o Oeste ou Ocidente como uma entidade monolitica teleologicamente expansionista. O Ocidente não é monolítico, assim como a Ásia e mesmo a China não o são. O capitalismo é a entidade monolitica que moveu o expansionismo de todos os povos e nações nos quais incubou (das cidades de Veneza e Florença, passando por Espanha, Portugal, Flandres, Inglaterra, França até Estados Unidos, Itália, Japão e Alemanha (a expansão Russa na idade moderna não faz parte disso)- ele, sim, é uno em todos os seus avatares (mercantil-comercial, industrial e pós-industrial ou neoliberal). Do ponto de vista chinês, segundo alguém, toda a civilização capitalista (que o ‘Ocidente’ usaria mal devido aa hegemonia pendular entre politica e economia, só serve se servir a China – dai a imitação sem rebuços de máquinas e processos da história alienígena com a finalidade de redenção de algo pra nós, que ainda contamos com uma vaga lembrança do significado de nossa história recentemente expirada, incompreensível. Mas não está decidido que o Ocidente, em bloc, vá perder (o quê, mesmo?) se a Nova Ordem Mundial sob tutela estadunidense pós IIGM se esboroar num certo número de Estados isolacionistas, protecionistas e nacionalistas, simplesmente porque o ‘Ocidente’ surgiu de uma paisagem fragmentada, conflituosa, e pode bem retornar a ela pra um novo salto imprevisível. Esse otimismo mitigadissima não é o mesmo que acreditar que o Capitalismo neoliberal em crise (lucros reduzidos sobre recursos finitos paralelos a revoltas sociais) possa dar um novo salto através da acumulação primitiva (a espoliação privada das rendas e bens públicos, Blackstone e Blackrock como exemplos disso, numa reminiscência dos enclosures-cercamentos dos XIII ao XVII) ou pela aposta de guerra mundial direta entre as potências econômico-militares retoras do sistema (ninguém dúvida que o motivo do lucro esteja presente não apenas na democracia americana mas também na autocracia russa e na ditadura chinesa…).