US China Chips War

Os Estados Unidos devem “vencer a guerra dos chips” contra a China até 2032. Segundo relatório divulgado nesta semana, as projeções indicam que o país tem chances de atingir a autossuficiência já em 2030.

Para isso, a Semiconductor Industry Association (SIA) e o Boston Consulting Group (BCG) indicam que os EUA precisam continuar investindo na atração de fábricas de semicondutores ao país.

Com isso, será possível triplicar a capacidade doméstica de produção de chips, elevando a participação global do país de 10% em 2022 para 14% em 2032.

Nesse cenário, Taiwan ainda continuará sendo o principal fornecedor de chips do mundo.

A construção de fábricas da TSMC e Intel devem contribuir para que os EUA deixem de depender excessivamente de Taiwan e da própria China. Além disso, analistas de mercado acreditam que a Lei de Chips foi essencial para tornar o país atrativo para essas empresas.

Sem essa legislação, os EUA teriam capturado apenas 9% das despesas de capital globais (capex) até 2032, em comparação com os 28% projetados com a Lei em vigor.

A lei também permitiu que Washington conseguisse financiar a construção de fábricas e aplicasse sanções para “atrasar” a China, algo que os americanos consideram essencial.

Ainda assim, o relatório destaca que os EUA precisam continuar investindo em pesquisa e desenvolvimento para ter uma indústria forte e resiliente.

Atualmente, o país tem 80 novos projetos em andamento, resultando em um investimento total de US$ 450 bilhões.

FONTE: www.tudocelular.com

Inscrever-se
Notificar de
guest

30 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Sulamericano
Sulamericano
10 meses atrás

Ou seja, sem a mão do Estado americano esse horizonte de 2032 não seria possível e os EUA ficaram para trás na corrida tecnológica.

Já no Brasil, teve gente que aplaudiu de pé o fato do governo federal ter fechado a CEITEC.

Nativo
Nativo
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

Não duvide que muitos desses que aplaudiram a venda dessa empresa fundamental, sejam do tipo liberal sustentado pelo dinheiro público .

Manus Ferrum
Manus Ferrum
Responder para  Nativo
10 meses atrás

Nunca falha.

Sulamericano
Sulamericano
Responder para  Nativo
10 meses atrás

Tenho um amigo anarcocapitalista em que ele e toda a família são funcionários públicos.

Nativo
Nativo
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

E o pior geralmente são péssimos funcionários. Também conheci vários assim.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

Posso escrever uma Bíblia com os nomes de todos os PM’s, militares, ex-militares e funcionários públicos ( a maioria deles de “baixo escalão” ) que se dizem neoliberais e “menos estado”.

É o tipo de bizarrice que só o Brasil nos proporciona….

Carlos
Carlos
Responder para  Nativo
10 meses atrás

Sem dúvidas.

Nemo
Nemo
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

A CEITEC só existiu na imaginação nacional. Pouco mais de 200 empregados (incluindo advogados, coontadores, aspones etc), sem os bilhões necessários para entrar no jogo (só uma maquininha US$ 300 milhões. Não adianta ou você põe dinheiro grosso na mesa ou sai do jogo. Para quem não se lembra a Embraer foi construída com a ajuda de 1% do IR.

Henrique A
Henrique A
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

O gov BR não é o mesmo que o gov USA além da sociedade e mercado serem completamente diferentes. Resumindo: não é copiando um país várias vezes mais rico e avançado que vamos ter os mesmos resultados.

NBS
NBS
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

Isso! O Estado é o motor do desenvolvimento social e econômico. Os grandes produtos das empresas e corporações privadas estão fundamentados, ora pelo investimento público para o seu desenvolvimento, ora por subsídios e incentivos fiscais, renúncia fiscal, investimentos em infraestrutura, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), educação e formação de mão de obra, regulação e estabilidade econômica. O que acontece é que estamos no ‘capitalismo tardio’, marcado pela globalização, tecnologia, financeirização da economia, desigualdade econômica, mudanças no trabalho e produção. Esse sistema estabelece valores e crenças que são adotados tanto por pobres quanto por ricos, sendo profundamente influenciado, no pós-Guerra Fria, pelos valores e crenças dos EUA (Ocidente).

Assim, tanto os que têm quanto os que não têm pensam de forma similar, mas o dinheiro continua a fluir para quem já possui. Toda a estrutura de leis, os poderes da República e as instituições existem para atender aos que possuem ‘capital’. Os ‘liberais’ convencem os que não têm dinheiro, aqueles que financiaram as infraestruturas, de que o melhor é passar para a iniciativa privada, pois ela gerencia melhor aquilo que você pagou. Dessa forma, os políticos que representam esses interesses observam o esforço nacional e, se o empreendimento estiver ‘maduro’, eles o convencem a vender (privatização). Se o negócio ainda não é lucrativo, eles o convencem a encerrar. Pois esses liberais estão à espreita para comprar outra coisa que o governo construiu e que pode gerar lucro.
Por isso, toda privatização vem com financiamento público para que o comprado compre. Se houver lucro, ele é privado; se houver prejuízo, o governo deve ajudar (o povo). E é neste contexto que a CEITEC, não encontrando produtos competitivos e maduros para o mercado, vê as forças políticas decidirem pelo encerramento da empresa por ela se encontrar em um ciclo de consumir capitais (investimento). Se tudo que o Estado fizer estiver gerando lucro, deve ser passado para um investidor, e esta ideologia já está profundamente arraigada nas escolas de formação de oficiais. Nesta visão pós-Guerra Fria, o Estado precisa ser demonizado

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

—— EDITADO ——, CEITEC atraso nacional

Yuri
Yuri
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

Eu sou um que aplaudiu e ainda aplaude, muito prazer.

Machado
Machado
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

Falou tudo

Machado
Machado
Responder para  Sulamericano
10 meses atrás

O Estado não é o problema. O Estado é a solução.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
10 meses atrás

Resumindo:

Os EUA “podem” alcançar isso…

Desde que a iniciativa pública tire o escorpião do bolso e financie quase tudo.

Ué, e a iniciativa privada e o “menos estado” nessas horas?

Bardini
Bardini
Responder para  Willber Rodrigues
10 meses atrás

“Atualmente, o país tem 80 novos projetos em andamento, resultando em um investimento total de US$ 450 bilhões.”
.
Isso é investimento da iniciativa privada…

Jose
Jose
Responder para  Bardini
10 meses atrás

Caro Bardini, há horas que é melhor desenhar amigo.

Marcus Pedrinha Pádua
Marcus Pedrinha Pádua
Responder para  Bardini
10 meses atrás

Subsidiado e/ou incentivado econômica e politicamente pelo Estado. Se o Estado não fizesse esse tipo de ação os 450 bilhões teriam sido investidos em Taiwan. Ou na China continental. Ou em outro lugar qualquer, que era exatamente o que estava acontecendo antes da intervenção estatal dos EUA em defesa de seus interesses de soberania e segurança estratégica. Desenhando: o dinheiro privado vai atrás do maior lucro, sem se importar com o interesse social ou mesmo com o interesse nacional.

Andromeda1016
Andromeda1016
Responder para  Marcus Pedrinha Pádua
10 meses atrás

Isso mesmo. O Chip Act não é apenas uma lei de subsídios financeiros para as empresas do setor de semicondutores, mas também um porrete para quem não adere aos planos dos gringos de desenvolver a indústria de semicondutores naquele país. Quem não aderisse perderia tanto dinheiro em relação aos que aderem que não tinha opção senão aceitar o jugo dessa lei. Nestes termos o investimento maciço mencionado aqui não teria ocorrido se não fosse a implementação dessa lei, afinal empresa estrangeiras do setor como as de Taiwan e Coreia do Sul relutavam em abrir novas fábricas nos EUA pois além dos problemas de falta de mão de obra especializada e do altíssimo custo de produção local, realizariam gastos altíssimos construindo novas fábricas sem necessidade pois a demanda do mercado dos gringos podia ser suprida facilmente pelas fábricas nos seus respectivos países. Por mais que digam que a iniciativa privada tem capacidade de promover o desenvolvimento econômico sem a ajuda (na verdade para esse pessoal seria mais interferência desnecessária) do estado, essa falácia não resiste aos fatos, razão pelo qual quem detém o poder econômico sempre procura obter o poder político também.

Bardini
Bardini
Responder para  Marcus Pedrinha Pádua
10 meses atrás

Aqueles U$ 450 bilhões de dólares não seriam investidos em Taiwan ou na China, pelo simples fato de que nas condições atuais, todas as cadeias logísticas existem e estão estabelecidas. O motivo deste investimento existir, e existir nesta ordem de grandeza, é a busca pela independência no setor. No fundo, a questão não se trata puramente de lucro, se trata de sobrevivência. Basta ver o principal caso, que é o da TSMC.
.
E sim, em resumo este investimeto é alavancado pela da ação do Estado, que implementou, oras vejam só, uma política de Estado, estruturando todo um setor. Tem gente que se surpreende com isso…
.
Estão concedendo benefícios na forma de inseções fiscais, ou seja, é o Estado deixando de cobrar impostos, ao passo que executam planejamento, regulamentação, fiscalização, investimento na formação de mão-de-obra especializada e investimentos em R&D. Ou seja, o Estado está fazendo o papel de um Estado qualquer, em uma democracia liberal qualquer. Novamente: tem gente que se surpreende com isso…

Nemo
Nemo
Responder para  Willber Rodrigues
10 meses atrás

Na Verdade isso não existe nos EUA, o Estado banca sem dó. Diante a Administração Obama a Tesla levou pelo menos US$ 1 bilhaozinho.

Carlos
Carlos
Responder para  Willber Rodrigues
10 meses atrás

https://www.forte.jor.br/2024/05/14/eua-elevam-tarifas-sobre-produtos-chineses-em-estrategia-eleitoral-e-economica/

Isso é a mão do Estado. Não precisam injetar necessariamente dinheiro nas empresas. Basta bloquear concorrentes.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Willber Rodrigues
10 meses atrás

ué maior parte disse é inciativa privada, Intel por exemplo não é estatal

Márcio
Márcio
10 meses atrás

Um relatório americano, certamente. Já combinaram com os chineses? Não estão importando fábricas, estão fazendo acontecer.

Augusto
Augusto
Responder para  Márcio
10 meses atrás

Exatamente, falta combinar com o chineses

Marcos Bishop
Marcos Bishop
10 meses atrás
Edimur
Edimur
10 meses atrás

Anos 70 China um lixo, Coreia do Sul PIB percapta 100 dólar hoje 30 mil dólares e a China é oque é. E o Brasil sem saber qual rumo seguir

Carlos Campos
Carlos Campos
10 meses atrás

Uau 450 bi, pqp se fosse no brasil o nosso pibinho ia crescer muito nos próximos anos, mas ainda assim a China perder não é certeza, pois estão investindo pesado nas máquinas litografia para diminuir o atraso tecnologico, no final os EUA só serão indepentes, quem dissesse em 1990 que o Japão ia perder o monopólio dos CChips de ponta, ia ser tratado como maluco

Bispo
Bispo
10 meses atrás

Relatório feito por americanos 😏