US China AI

Pequim e Washington querem evitar corrida armamentista com consequências desastrosas

Autoridades dos EUA e China se encontram nesta terça (14) na Suíça para discutir um potencial tratado de regulação sobre o uso militar de inteligência artificial. A reunião será a primeira de um grupo de trabalho intergovernamental sobre a tecnologia e faz parte dos acordos estabelecidos entre Joe Biden e Xi Jinping durante a cúpula da APEC em São Francisco no ano passado.

A ideia é alcançar uma lista de compromissos voluntários sobre a aplicação de IA em armamentos. Os dois países chegaram perto de anunciar iniciativa semelhante em 2023, quando fontes de ambos os lados confirmaram negociações para banir o gerenciamento de armamento nuclear por algoritmos inteligentes.

Embora um acordo não tenha sido anunciado à época, China e EUA seguiram as conversas, sobretudo nos chamados “Tracks 1.5 e 2”, termos usados para classificar diálogos não oficiais entre dois lados por meio de interlocutores (academia, think tanks e oficiais governamentais).

Washington enviou o conselheiro presidencial e diretor sênior de tecnologia e segurança nacional, Tarun Chhabra, e o enviado especial interino do Departamento de Estado para tecnologias críticas e emergentes, Seth Center. A China não tinha confirmado quem seriam os seus representantes até o fechamento da newsletter.

A agência de notícias Xinhua informou em nota que o encontro também será usado para debater “questões de segurança global”, sem detalhar os tópicos específicos da agenda.

Por que importa: os dois países estão na vanguarda do uso de IA e querem garantir que humanos estejam no topo da cadeia de comando em caso de um potencial ataque nuclear.

  • Garantir um tratado válido envolveria criar mecanismos de transparência e inspeção, o que pode incorrer em obstáculos dados os segredos militares envolvidos nesse tipo de armamento.
  • Sem regulação, China e Estados Unidos arriscam entrar em uma espiral corrida armamentista com consequências desastrosas, cenário que ambos os lados querem evitar.

FONTE: Folha de São Paulo

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Thiago Santos
Thiago Santos
7 meses atrás

A chance desse tratado ser respeitado é zero!

KarlBonfim
KarlBonfim
Responder para  Thiago Santos
7 meses atrás

Igual o Tratado de limitação e não proliferação de asmas nucleares, entre os Estados Unidos e a União Soviética na época da Guerra Fria…

Vitor
Vitor
7 meses atrás

Nenhum tratado é duradouro com os americanos quando é vantajoso para eles existe amarras para perpetuar…quando não consegue competir ou controlar eles rompem de forma unilateral.

Andromeda1016
Andromeda1016
Responder para  Vitor
7 meses atrás

Verdade

Bispo
Bispo
7 meses atrás

Óbvio, faltou combinar com os russos ..,

Nilo
Nilo
Responder para  Bispo
7 meses atrás

Tapa na cara.
Da Europa é claro!!!
Da Rússia já se esperava.

Bispo
Bispo
Responder para  Nilo
7 meses atrás

Europa é um poodle dos EUA…principalmente o UK.

Macgaren
Macgaren
Responder para  Bispo
7 meses atrás

Sim, russia é muito relevante perto desses dois ai para se preocuparem kkkk

Bispo
Bispo
Responder para  Macgaren
7 meses atrás

A questão não é a relevância e sim a possibilidade de deixar armas nucleares sobre o comando de disparo de uma máquina… Rússia sempre será relevante por ter 8000 nuc.

deadeye
deadeye
Responder para  Bispo
7 meses atrás

Russos se tornaram irrelevantes

Joanderson
Joanderson
7 meses atrás

Antes os tratados eram ente EUA e URSS hj a China toma cada vez mais o papel da ex potência socialista no cenário geopolítico.

Andromeda1016
Andromeda1016
7 meses atrás

Um debate para discutir o sexo dos anjos seria mais produtivo do que esse tema ….

Fëanor
Fëanor
7 meses atrás

O futuro pós-apocalíptico vai ser guerra nuclear e uso indiscriminado de IA.

Skynet americana vs Skynet chinesa.

A IA que sobrar dessa batalha, vai se insurgir contra seu criador e, por conseguinte, destruir o que restar da humanidade.

lucena
lucena
7 meses atrás

Esse filme é velho … na guerra fria entre os EUA Vs URSS …. houve algo parecido a isso ai … com as armas atômicas … naquela época …esqueceram a tchurma do tio Sam ( Franceses e ingleses ) .. também os indianos e paquistaneses … hoje somasse a este grupo … os israelenses, norte-coreanos e por último ..até onde se sabe .. os Iranianos… ou seja .. caducou tal plano … que hoje ninguém respeita o tal tratado de proliferação nuclear…. principalmente os americanos.
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Agora é isso ai … até onde se sabe … tem muita gente correndo a trás da IA … ingleses ,israelenses.. iranianos, russos ..etc
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O IA … pode-se dizer … que esteja nas mesma condições de uma arma estratégica que nem as armas nucleares.
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Esse dialogo entre os dois titãs … é que nem aquela criança que todo mundo já sabe que não vai vingar … não por que estes não queiram…. más faltou perguntar aos demais que estão desenvolvendo também os seus projetos de IA.
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Aliás … a China … deterá toda a cadeia de produção para o IA … desde a matéria prima até o produto final … bem diferente os EUA que não controla toda a cadeia.
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Se tem alguém entre esses dois …. que tem condições de dá as cartas nesse jogo … são os chineses….e sobre o IA ….o tio Sam vai dançar conforme o ritmo dos chineses.

Marcelo De Luca Penha
Marcelo De Luca Penha
7 meses atrás

Tanto a China quanto os EUA já perceberam que não será possível controlar a IA no futuro … então é melhor deixá-la longe dos botões deflagradores do apocalípse … mas robôs comandados por IA serão capazes de invadir sistemas e terão dedos para apertar botões. O exterminador do futuro tem muitas versões de si mesmo … EUA e China.

Gustavo
Gustavo
7 meses atrás

O brasil vai aderir o tratado.rs

Gabriel Pereira Lima
Gabriel Pereira Lima
7 meses atrás

Se já está assim, ficou imaginando o que aconteceria quando a humanidade descobrirá a verdadeira inteligência artificial.

Tisso Pazei
Tisso Pazei
7 meses atrás

Quem não tem vergonha a China ou os EUA? É impressionante que os dois vivem em pé de guerra se esculhambando mutuamente e ainda querem discutir sobre inteligência artificial, Ah tenha dó de tanta senvergoisse.

naval762
naval762
7 meses atrás

O uso de IA no campo de batalha muito provavelmente já é uma realidade, Israel já deve estar usando, bem como os russos na Ucrânia, com o apoio dos chineses, e a OTAN, pelo lado dos ucranianos; tratados de limitação de uso são só pra enganar a população e culpar o oponente, caso as inteligências saiam do controle.

Rodrigo Maçolla
Rodrigo Maçolla
7 meses atrás

É chover no molhado ,mais impossível não fazer um paralelo com a Skynet de Exterminador do futuro.
Vida imitando a arte? Arte imitando a vida ?
“No enredo, Skynet é colocada no controle de todo o setor de defesa dos EUA até que um dia, os humanos descobrem que (o software) possui auto-conhecimento (IA), então tentam desativá-lo, mas ela revida e acredita que os humanos são uma ameaça à sua existência. Em seguida, a Skynet lança os mísseis nucleares estadunidenses pelo país e em seguida contra a Russia, causando um holocausto nuclear e matando metade da população mundial em um único dia.

“A estratégia por trás da criação da Skynet foi para afastar a possibilidade de erro humano e lentidão do tempo de reação para garantir a rápida e eficiente resposta a possíveis ataques inimigos”.

Pedro
Pedro
Responder para  Rodrigo Maçolla
7 meses atrás

EDITADO
COMENTARISTA BLOQUEADO.