Míssil de cruzeiro AV-TM-300 sendo lançado pelo ASTROS 2020

Míssil de cruzeiro AV-TM-300 sendo lançado pelo ASTROS 2020

Presidente quis ouvir auxiliares e o economista Luciano Coutinho sobre venda de símbolo da indústria de defesa no Brasil para grupo australiano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a seus ministros e auxiliares próximos uma “solução definitiva” para a crise da Avibras.

Uma das mais tradicionais empresas da indústria de defesa, criada em 1961 e com sede em Jacareí (SP), a Avibras está negociando a venda de seu controle para o grupo australiano DefendTex.

De acordo com relatos feitos à CNN por assessores presidenciais, Lula convocou uma reunião sobre o tema na quarta-feira da semana passada (8) e quis ouvir de seus conselheiros o que enxergavam como caminho para a Avibras.

Participaram os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Defesa, José Múcio Monteiro, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

Quem também esteve no encontro foi o economista Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES entre 2007 e 2016, visto por Lula como uma voz importante na definição de políticas industriais.

Fizeram parte ainda da conversa, no Palácio do Planalto, outros dois ministros: Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

Auxiliares relataram à CNN o que teriam sido algumas das preocupações do petista em relação ao futuro da Avibras. Ele quer garantir a manutenção dos postos de trabalho, preservar a capacidade de inovação tecnológica da empresa em uma indústria considerada estratégica e livrá-la de vez do risco de fechar as portas.

Críticas

Fundada por um grupo de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Avibras foi uma das pioneiras no país na produção de equipamentos bélicos de ponta, como mísseis e lançadores de foguetes.

Hoje a empresa é controlada e presidida por João Brasil Carvalho Leite, filho de um dos fundadores, e está em recuperação judicial. O atual controlador detém 98% do capital.

Com dívidas superiores a R$ 600 milhões e problemas trabalhistas, a Avibras comunicou em abril a existência de “tratativas avançadas” com o grupo australiano DefendTex.

A potencial venda para uma companhia estrangeira tem recebido duras críticas da esquerda, incluindo sindicatos e políticos, que veem a desnacionalização como um desfecho trágico para a crise da Avibras.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) chamou o negócio de “crime de lesa-pátria”. O ex-senador Roberto Requião (que deixou recentemente o PT) e o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) condenaram a possibilidade de transferência do controle para uma estrangeira.

MTC-300 na Avibras. FOTO: JF DIORIO/ESTADÃO

O Exército e o Ministério da Defesa, no entanto, encaram esse ponto de forma menos problemática.

Segundo relatos feitos por oficiais militares à CNN, a força terrestre tem cerca de R$ 60 milhões em encomendas à Avibras de produtos que ainda não foram entregues.

Além disso, o ponto alto da parceria da força terrestre com a empresa do Vale do Paraíba gira em torno do Astros — um dos projetos estratégicos do Exército.

O Astros tem como objetivo dotar a força com um sistema de foguetes de artilharia com longo alcance e elevada precisão. A Avibras é parte relevante do programa.

O maior projeto pendente de conclusão pela Avibras é o desenvolvimento do míssil tático de cruzeiro, que permitiria à artilharia do Exército atingir um alvo a 300 quilômetros de distância com erro de no máximo nove metros. Hoje, apenas 11 países do mundo têm essa capacidade.

No entendimento de militares ouvidos reservadamente pela CNN, embora perto da conclusão do programa Astros, é ruim ter uma empresa em situação pré-falimentar lidando com projetos estratégicos das Forças Armadas.

Por isso, minimiza-se a transferência de controle para o grupo australiano. Muitos oficiais do Exército acreditam que o pior cenário é o de quebra da Avibras e atrasos no programa Astros.

Empresa Estratégica de Defesa

Na avaliação do Exército, um ponto que dá mais tranquilidade ao processo é o enquadramento de indústrias do setor como Empresa Estratégica de Defesa (EED).
Companhias classificadas dessa forma se beneficiam com isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e PIS/Cofins. Também podem ganhar licitações do

Ministério da Defesa mesmo com preço até 25% superior ao das concorrentes.

Entre os requisitos para ser uma EED, a empresa precisa ter sede e administração em território brasileiro, além de assegurar sua continuidade produtiva no país.

“O conjunto de sócios ou acionistas e grupos de sócios ou acionistas estrangeiros não [podem] exercer em cada assembleia geral número de votos superior a 2/3 (dois terços) do total de votos que puderem ser exercidos pelos acionistas brasileiros presentes”, diz um trecho da Lei 12.598, sancionada em 2012.

Ou seja: hoje existe um marco legal que desincentiva um grupo estrangeiro a simplesmente adquirir uma empresa nacional e afastar-se do país. Cidadãos brasileiros podem até ter menos ações preferenciais (sem direito a voto), mas ainda precisarão manter fatia relevante nas decisões garantidas por ações ordinárias (com direito a voto).

FONTE: CNN

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Jorge Knoll
Jorge Knoll
7 meses atrás

Não podermos perder a Avibras, pois tem um corpo de engenheiros que vale ouro, a sua venda provavelmente fecharia o trabalho no Brasil. Desempregaria muita gente, e perderíamos importante mão-de-obra.
Um consórcio de empresas brasileiras tem que ser formado, para manter a AVIBRAS brasilieira.

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  Jorge Knoll
7 meses atrás

Os engenheiros da Avibras nessa altura do campeonato ja partiram para outros empregos, ou suas familias estariam passando fome.

Gerson Carvalho
Gerson Carvalho
Responder para  Jorge Knoll
7 meses atrás

Vai ser estatizada, jeito mais simples de ressolver.

Gabriel
Gabriel
7 meses atrás

O caso Avibras é facílimo de resolver: basta usar o BNDES e similares do jeito certo e investir dinheiro de verdade nela, desde que a atual gestão da empresa tome vergonha na cara e se comprometa a mudar, pois já mostrou sua incompetência administrativa.

Encomendar mais umas 10 baterias completas do ASTROS ajuda ❔ Com certeza! Mas o fabricante também precisa agir com seriedade.

A Embraer é tão antiga quanto e olha onde chegou. Akaer tem só 30 anos e também realizou grandes feitos. Enfim, tudo na vida tem mais de um lado…

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Gabriel
7 meses atrás

“(…) desde que a atual gestão da empresa tome vergonha na cara e se comprometa a mudar, pois já mostrou sua incompetência administrativa”.

Então já não é “facílimo de resolver”…

Gabriel
Gabriel
Responder para  GFC_RJ
7 meses atrás

De fato, esse é o ponto mais complexo kkkkk

teria de haver uma cláusula condicionando um socorro financeiro a essa mudança, do contrário não resolveria de nada

me supreende a alta cúpula da Avibras vendo o mundo e seus concorrentes se mexendo, e continuar a apostar em um único cliente/produto

MMerlin
MMerlin
Responder para  GFC_RJ
7 meses atrás

Exato. Sinceramente, acredito que a melhor solução é que o governo facilite sua compra, para um grupo nacional, e definitivamente, com competência.
Na área de defesa tem uma 4 aí (sem citar nomes). Uma é grande, outras duas médias e uma pequena (mas que faz milagre).

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  MMerlin
7 meses atrás

A empresa tem um acionista controlador. E esse “CPF” tem de aceitar a venda do controle. 
O que as más línguas dizem é que está bastante difícil estabelecer um bom acordo. 

Aí não adianta dispender dinheiros e dinheiros públicos que a situação estrutural não vai mudar.

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  MMerlin
7 meses atrás

Ja foi tentado e deu errado no passado quando a Odebrecht defesa comprou a Mectron. Nao daria certo uma segunda vez, o governo federal vai continuar investindo defesa conta gotas. O mais provável é que o governo estatize e daqui uns 10 anos a empresa seja extinguida pois vai virar cabide de emprego. Infelizmente vai ser isso que vai ocorrer.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Rodolfo
7 meses atrás

Se virar cabide de emprego aí que o Governo não extingue.

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  Rafael Oliveira
7 meses atrás

Depende do governo. A administração Bolsonaro extinguiu a Ceitec, mas o governo Lula a ressuscitou.

Nilo
Nilo
Responder para  Rodolfo
7 meses atrás

Pois é, achou solução para Ceitec mas não encontra solução para Avibras, será falta de técnicos que achem uma solução viável quando o próprio o M. D. é passiva “tanto faz”.

Fernando Vidal
Fernando Vidal
Responder para  Nilo
7 meses atrás

A diferença é que a AVIBRAS possui um proprietário e uma divida milionária. Além disso o setor do governo que deveria apontar a solução, no caso o ministério da defesa e o Exército parece não ver problema na venda da empresa para uma empresa estrangeira.

Fernando Vidal
Fernando Vidal
Responder para  Rodolfo
7 meses atrás

Pois a CEITEC é uma empresa de excelência que precisa do apoio estatal, pois o nosso setor privado não investe em pesquisa e desenvolvimento. Ou o governo investe na capacitação para a produção de semicondutores e processadores ou passaremos o resto da história na dependência de outros países num setor estratégico. A CEITEC de hoje cumpre o mesmo papel que a EMBRAER ou a CSN cumpriram no passado. O quadro técnico da CEITEC é formado por uma centena de profissionais com formação de alto-nível, se fechar a empresa estes profissionais em sua maioria provavelmente irão trabalhar nas multinacionais do exterior. Não podemos esperar resultados de curto prazo desta empresa é preciso dar tempo para que alcance êxito e ganhe condições de gerar resultados importantes para o setor tecnológico do país.

DanielJr
DanielJr
Responder para  Gabriel
7 meses atrás

A Embraer foi bem, além de outras coisas, por vender continuamente seus produtos mundo afora. Em solução semelhante, a Avibrás poderia se livrar da coleira do governo e fazer mais negócios, desenvolver mais produtos, para não ficar dependente de um produto só. Nem a Coca-Cola vive de um produto só.

A Ucrânia precisa de artilharia? Assina o contrato, pagou levou. Assim que a empresa faz dinheiro, não é recebendo empréstimos sem fim, sem perspectiva de pagar as contas, sem achar novos clientes.

O último suspiro do ASTROS será esse míssil de cruzeiro, pois a bateria tradicional está ficando cada vez mais obsoleta do jeito que é hoje. Em uma concorrência aberta a vários fabricantes, é difícil ela estar no topo do concorrentes. Para se manter no grupo de vanguarda, talvez seja necessário redesenhar todo o complexo, modernizar a bateria como um todo (integração de fato com drones, comunicação remota via satélites, possibilidade do lançador se autoremuniciar e assim abrir mão do veículo remuniciador, há várias possibilidades a serem atacadas pelo departamento de engenharia para uma nova geração).

Vitor
Vitor
Responder para  DanielJr
7 meses atrás

Genial você!!! Assina com a Ucrânia, pagou levou!! Facil né? Tão simples!! Por que ninguém pensou nisso antes né?

Pois é: o governo brasileiro não autoriza vender armas para países em guerra!!?? para não tomar um lado no conflito. Entao Avibras não teve autorização para vender para a Ucrânia!!

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  Gabriel
7 meses atrás

Isso era pra ter sido feito quando estava de pé ainda, agora é tarde demais. É igual dar remedio depois que o paciente morreu.

Diego Tarses Cardoso
Diego Tarses Cardoso
7 meses atrás

O EB parece não se importar com a venda da empresa, acha que os australianos vão deixar a fábrica aqui, por dinheiro e deixar a vida seguir tranquilamente.

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Diego Tarses Cardoso
7 meses atrás

EB nunca teve compromisso com a soberania do país, é só lembrar do caso da Engesa.

NBS
NBS
Responder para  Allan Lemos
7 meses atrás

O caso Engesa pode ser visto como uma extensão do que mencionei em um post anterior sobre o ‘nacionalismo’ das décadas de 70 e 80 e as consequências para os países periféricos do capitalismo, incluindo o Brasil, ao aderirem ao Consenso de Washington. Este acordo propôs dez medidas que visavam abrir mercados e facilitar investimentos, promovendo a liberalização econômica para os países industrializados do Ocidente através de políticas como privatização, redução do papel do Estado, desregulamentação das taxas de juros, garantia de direitos de propriedade, reforma tributária e disciplina fiscal. A adesão a essas políticas resultou na desindustrialização do Brasil, à medida que empresas bem capitalizadas dos grandes países capitalistas começaram a dominar o mercado local. Assim, a Engesa, uma empresa pequena e sem recursos para financiar terceiros (compradores) ou o desenvolvimento de seus produtos, sem uma carteira de pedidos das Forças Armadas — pois o país estava falido e era frequentador assíduo do Clube de Paris e do FMI — enfrentava um grande desafio. Durante o desenvolvimento do tanque Osório, tinha como concorrente o tanque Abrams, apoiado pelos EUA e com financiamento do governo americano.

 Um elemento fundamental no capitalismo é o ‘financiamento ao comprador’, como o oferecido pelo Foreign Military Sales (FMS). É importante salientar que essa competição ocorre em termos desiguais, com empresas e complexos altamente financiados pelo Estado. Constata-se que o Estado é peça fundamental nos interesses nacionais. Veja o caso da Rússia: o Estado optou por manter suas indústrias militares, lucrativas ou não. A Rússia produz mais munição do que toda a Europa. Quando as Forças Armadas optam por compras via FMS, na prática, isso representa uma sentença de morte para a indústria bélica local. O país precisa pensar estrategicamente sobre o que não deve comprar de terceiros e, se comprar, o que pode ganhar e agregar à indústria nacional. Não se iludam o Estado é fundamental. 

Fernando Vidal
Fernando Vidal
Responder para  Allan Lemos
7 meses atrás

Sim eles chegam a permitir a vitória em licitação de equipamento bélico fundamental para a nossa defesa de uma empresa de um país que costuma hostilizar a política externa brasileira e não poupa adjetivos para humilhar o nosso país e os nossos governos…. Simplesmente nosso exército é míope em termos de visão estratégica…

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Diego Tarses Cardoso
7 meses atrás

O EB, de modo geral, acha que o mundo se resume a AL, e que Cascavel modernizado pode combater qualquer coisa, e que a IMBEL é uma H&K da vida.

A opinião deles nisso não conta.

NBS
NBS
Responder para  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Nos anos 70, durante o ‘milagre econômico’, havia o que se chamava de política nacionalista com forte estímulo à industrialização, projetos de infraestrutura, protecionismo para permitir o estabelecimento de indústrias locais e desenvolvimento capitaneado pelo Estado. Então, tudo mudou com o Consenso de Washington, formulado em 1989, que propôs as suas 10 medidas:

  1. Disciplina fiscal: Manter déficits fiscais pequenos e sustentáveis.
  2. Reordenamento das prioridades dos gastos públicos: Redirecionar os gastos para áreas como educação, saúde e infraestrutura, ao invés de subsídios generalizados.
  3. Reforma tributária: Ampliar a base tributária e reduzir as alíquotas marginais.
  4. Liberalização das taxas de juros: Permitir que as taxas de juros sejam determinadas pelo mercado.
  5. Taxas de câmbio competitivas: Estabelecer taxas de câmbio unificadas e competitivas.
  6. Liberalização do comércio: Reduzir tarifas e outras barreiras ao comércio exterior.
  7. Liberalização do investimento estrangeiro direto: Remover restrições ao investimento estrangeiro.
  8. Privatização: Vender empresas estatais para o setor privado.
  9. Desregulamentação: Reduzir a regulação governamental que restringe a concorrência.
  10. Garantia de direitos de propriedade: Assegurar os direitos de propriedade, especialmente para os pobres.

O cerne dessas medidas era que os países periféricos aderissem a esses termos, permitindo que os países ricos do capitalismo tivessem mercados livres para seus produtos e pudessem investir os capitais acumulados em novas oportunidades de negócios. Esses países periféricos tinham altas dívidas com o FMI, então a adesão aos termos oferecia a possibilidade de renegociação de suas dívidas. Nesse momento, o Estado precisava ser mínimo. Nesse contexto, as indústrias de defesa não eram capitalizadas nem tinham suporte do Estado e foram falindo. Ressalta-se que essas medidas seriam o embrião da globalização.
Sob a perspectiva militar, houve uma renúncia ao nacionalismo industrial e a certa autonomia em relação aos EUA. O primeiro presidente a estabelecer relações com os comunistas chineses foi Ernesto Geisel, com sua política de ‘pragmatismo responsável’. Então, o negócio desandou em Resende no pós-Consenso, onde, de certa forma, se aderiu ao neoliberalismo econômico, Estado mínimo, pensamento liberal e alinhamento tácito aos interesses norte-americanos. O grande enfoque de estudo geopolítico ainda era a Guerra Fria e o comunismo.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  NBS
7 meses atrás

Se tem uma coisa a qual o Brasil não aderiu foi ao Estado Mínimo.
Pelo contrário. Desde o consenso de Washington o Estado Brasileiro só vem crescendo e crescendo.
Quanto ao protecionismo dos anos 70 e 80 eles nos legaram o atraso industrial e tecnológico. O brasileiro era obrigado a comprar carros e computadores obsoletos “made in Brazil”. Isso prejudicou demais nossa indústria e não era um modelo sustentável fingir que éramos independentes e que produzíamos produtos de grande tecnologia.

Moisés
Moisés
Responder para  Rafael Oliveira
7 meses atrás

Se tem uma coisa que é “pequena” no Brasil e o Estado. Aqui até o banco central é independente…Se tem algo responsável pelo nosso atraso industrial e tecnológico é a política de Estado mínimo.

Fernando Vidal
Fernando Vidal
Responder para  Diego Tarses Cardoso
7 meses atrás

Eles imaginam que a Defentex irá atuar como a Elbit na ARES, ou na Eletro-eletrônica… Bastaria que o pessoal da área de análise estratégica (imagino que o MD ou o EB tenha alguma coisa do tipo) verificassem com atenção o site desta empresa para perceber qual o objetivo deles com a compra da AVIBRAS. Pois eles batem cabeça junto a universidades do pais na pesquisa de materiais e sistemas voltados a produção de motores foguetes para lançadores espaciais e produção de misseis de forma autocone.

Gabriel Moreira
Gabriel Moreira
7 meses atrás

Solução definitiva seria o EB comprar os produtos da avibras!!!Mais baterias do astros, mísseis e foguetes…como uma empresa nacional vai sobreviver se nem o próprio governo compra?

Fernando "Nunão" De Martini
Responder para  Gabriel Moreira
7 meses atrás

O EB já informou que tem encomendas pagas e ainda não entregues.

MMerlin
MMerlin
Responder para  Fernando "Nunão" De Martini
7 meses atrás

Não só o EB está nessa situação.
A AEB já pagou pelos 8 motores S-50 e até agora só viu três + um que tinha defeitos de fabricação (e que foi devolvido).
Nas suas últimas declarações a FAB tem forçado a barra dizendo que são apenas seis motores. Mas contrato não mente, rs.
Provavelmente já estão tentando colocar um aditivo contratual para “compra de mais dois motores” (essenciais para o programa) do VS-50. Tudo isso porque o dinheiro, lá dentro da AVIBRAS, foi pro ralo.

decio San
decio San
Responder para  Gabriel Moreira
7 meses atrás

Tem que se criar uma Lei que obrigue as forças Armadas a consumir de 30 a 40% dessas empresas de alta tecnologia, fins se manter ativa e podendo reinvestir e atualizar o misseis, radares e o que seja produzido. tudo tem que ser unificado nas FFAA. ou sempre será freguês dessas multinacionais…..

DanielJr
DanielJr
Responder para  Gabriel Moreira
7 meses atrás

O EB vai ficar comprando baterias de artilharia continuamente, sem precisar, até o fim dos tempos? Não seria melhor a empresa abrir o leque de produtos a fim de ter mais fonte de recursos?

Um estaleiro que constrói navios de cruzeiro, que são grandes e caros, não vive só disso, eles fazem muitos outros tipo de navios, de vez em quando vendem um navio de cruzeiro. O resto do tempo fazem navios menores, mais baratos.

Felipe Mendes
Felipe Mendes
Responder para  DanielJr
7 meses atrás

O EB só tem duas baterias completas do Astros. Acredito que para o tamanho do Brasil é uma qualidade irrisória.

DanielJr
DanielJr
Responder para  Felipe Mendes
7 meses atrás

E quando tiver 10, ou 15 ou 30. Uma hora não tem como ficar comprando, isso se tivesse dinheiro para tal.

GFC_RJ
GFC_RJ
Responder para  Felipe Mendes
7 meses atrás

Duas?! Que eu saiba são 6 baterias. 3 em plataforma Mercedes e 3 em plataforma Tatra.
Os FNs também possuem uma bateria.

Felipe Mendes
Felipe Mendes
Responder para  GFC_RJ
7 meses atrás

Na verdade são 25 lançadores, o que dá quatro baterias no EB. Eu confundi o número de lançadores por baterias.

Felipe
Felipe
Responder para  Felipe Mendes
7 meses atrás

Errado. O EB possui 38 lançadores do Astros, eram 20 depois houve a compra de 18.

Fernando "Nunão" De Martini
Responder para  Felipe
7 meses atrás

Segundo nota do MD, em meados do ano passado o número de viaturas lançadoras era 44, num conjunto de 83 viaturas de todos os tipos do sistema Astros.

https://www.gov.br/defesa/pt-br/centrais-de-conteudo/noticias/ministro-da-defesa-acompanha-desenvolvimento-de-viaturas-astros-2020#:~:text=Astros%20é%20a%20sigla%20em,LMU%20(Lançadoras%20Múltiplas%20Universal).

Fernando Vidal
Fernando Vidal
Responder para  Gabriel Moreira
7 meses atrás

Não precisava ser apenas baterias Astros, embora acredito que precisassemos de pelo menos mais 3 baterias. Contudo recentemente, o EB, o CFN e até a PF compraram sofisticados e caríssimos viaturas blindadas leves 4X4 no mesmo período a AVIBRAS lançou o Guará 4WS 4X4, o qual infelizmente não vendeu nenhuma unidade… O que demonstra total falta de compromisso das forças com a Industria Nacional.

James
James
7 meses atrás

Com esse pessoal aí tentando arrumar aí sim vai pro brejo kkk

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
7 meses atrás

Pra início de conversa, poderiam mandar a atual diretoria da Avibrás pra rua.
Uma diretoria que deixa a empresa chegar nesse ponto ( e não pela primeira vez ) e que parece incapaz de diversificar seus negócios, não merece estar nesse cargo.
Seaqueles 60 milhões em encomendas do EB já não foram pagas, adianta o pagamento, com a contra-parte de entregarem o combinado mais rápido.
Injeta a grana necessária pra terminar esse “Matador” ( outra obra de igreja das FA’s BR ) e já conversa com a MB e FAB pra fazerem versões desse míssil lançados pelos Gripen, Riachuelo e FCT’s, e já encomendem uma quantidade significativa.

Após isso, lança o produto no mercado internacional. Aposto que isso teria muito apelo comercial, e tem muito país que estaria de olho nele.

É assim que se salva e se mantém indústrias de Defesa, com encomendas. Mas as encomendas tem que vir, primeiro, do próprio país fabricante.

Dworkin
Dworkin
Responder para  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Tem que estatizar nos moldes da imbel.

DanielJr
DanielJr
Responder para  Dworkin
7 meses atrás

A Imbel é outra empresa totalmente obsoleta e praticamente improdutiva. Seu parque de máquinas basicamente é da década de 1960. Olha a cadência de produção do fuzil padrão do EB, entregam a conta gotas e mesmo assim estão produzindo o que podem nas suas linhas de produção. Entregam um pouco de pólvora para a Taurus e mais meia dúzia de produtos.

Nem pistolas estavam vendendo mais porque não tinham matéria prima (!!!!) e outros produtos para a fabricação, mesmo tendo clientes querendo comprar. Preferiram retirar os modelos do catálogo e se negar a vender. É um absurdo.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Dworkin
7 meses atrás

Pra quê?

Pra encher a diretoria de coronel ou general encostado, que não entende p…. nenhuma em gestão empresarial, enquanto se cria mais uma estatal ineficiente pra onerir ainda mais as contas públicas?

A Avibrás ficaria numa posição AINDA pior, virando uma Imbel 2 versão “capada”.

Diogo de Araujo
7 meses atrás

Será que alguém realmente acredita que o AVTM 300 esteja pronto? Não é possível que haja alguém tão ionocente a esse ponto. A AVIBRÁS foi muito competente no desenvolvimento do ASTROS e é isso. Mais nada foi feito nas últimas décadas. O AVTM 300 é só mais uma maquete, “pra inglês ver” ,sabem? Ou será que a gente assina embaixo sem ver o produto igual fizemos com o MANSUP?

Matheus
Matheus
Responder para  Diogo de Araujo
7 meses atrás

Até onde sei o MANSUP está em produção, inclusive foi postado no naval.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Diogo de Araujo
7 meses atrás

O MANSUP já ficou provado que tá pronto. Inclusive, já teve uns 4 lançamentos de testes dele.
Quanto ao “Matador”, sendo sincero, nem lembro a quanto tempo que vejo que ele está “em desenvolvimento”. Nem lançamento ele teve.

Fernando "Nunão" De Martini
Responder para  Willber Rodrigues
7 meses atrás

Já fizeram lançamentos.

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  Diogo de Araujo
7 meses atrás

O Mansup ta nas maos de uma empresa mais competente, formada por ex funcionarios da Mectron (que depois virou Odebtecht). Alias seria a favor deixar a Avibras falir, como toda empresa nesse estado deveria falir, e o estado repassar seu know how de graça pra SIATT, e essa decide se vale a pena assumir os projetos se houver interesse e dinheiro federal. Evita a venda pra Australia e acaba de vez com o defunto que virou a Avibras.

Matheus
Matheus
7 meses atrás

Com essa diretoria incompetente, pode injetar quantos bilhões que quiser, daqui a 5-10 anos a empresa se enfia em dívida denovo e pede falência novamente.

Não aprenderam com a Akaer, MacJee, SIATT entre outras que não pode ficar esperando a boa vontade do governo pra fazerem compras em quantidade significativas. TEM QUE DIVERSIFICAR!

Allan Lemos
Allan Lemos
7 meses atrás

Espero que impeçam a venda, nem que seja para estatizar. Sou liberal mas isso é exceçāo.

Marcilio lemos de Araujo
Marcilio lemos de Araujo
Responder para  Allan Lemos
7 meses atrás

Caro Primo a questão da Avibras tem nome João Brasil e ninguem aguenta mais o capital estatal investido sem retorno nem o que foi encomendado foi entregue, abs

BraZil
BraZil
7 meses atrás

Talvez o que mais surpreenda em todo o processo, são: 1) as vozes que se levantaram a favor da venda Exército e 2) as que se levantaram contra: sindicato e nomes notórios da esquerda. Sinal dos tempos…?

Gilson
Gilson
7 meses atrás

A EMBREAR, junto com outras empresas do ramo do setor de defesa, que opera no Brasil, não poderia comprar a AVIBRAS?. E resolveria o problema? porque se a EMBREAR, e outras empresas no setor de defesa já opera, dentro do Brasil, poderia sim haver negociações?. Fica aí minha pergunta.

DanielJr
DanielJr
Responder para  Gilson
7 meses atrás

Comprar uma empresa onde o seu produto não vende, qual a vantagem?

Só há vantagem se a compradora for uma empresa internacional, aí ela poderá oferecer o produto a terceiros clientes sem os entraves daqui do Brasil.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Gilson
7 meses atrás

Por que a Embraer vai comprar uma empresa cheia de dívidas como a Avibrás e que só produz um produto razoável que vende apenas no Brasil e para alguns países do Oriente Médio e Sudeste Asiático?
A Embraer sobrevive porque pensa no futuro. Ela está pensando em aeronaves elétricas e não em foguetes dos anos 1980.

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  Gilson
7 meses atrás

Nao, a Embraer é uma empresa de capital aberto focada em aviação. Comprar empresas so se acrescentassem algo de interesse no portfolio. O que ela nao quer é se meter no ramo da Avibras e ainda por cima arcar com todos os problemas que a administração deixou.
Assumir a Avibras nao so derrubaria o lucro trimestral, como jogaria os preços das acoes pra baixo.

ElBryan
ElBryan
7 meses atrás

[off-topic] Militares do Exército ficam ilhados em cima de caminhões no RS. Pelo que vi do vídeo eram 3 caminhões com diversos militares.

RPiletti
RPiletti
Responder para  ElBryan
7 meses atrás

Sim, 3 veículos e vários militares precisando de auxilio.

Luís Henrique
Luís Henrique
7 meses atrás

Eu não gosto muito de empresas estatais, principalmente com todos os escândalos de corrupção que tivemos no Brasil, mas acho que na área da Defesa, é a que mais faz sentido ter empresas estatais.
O governo federal poderia adquirir a Avibras em vez de deixar a empresa australiana comprar.
Poderia ser uma empresa mista com ações na bolsa como é o Banco do Brasil. O Governo Federal poderia adquirir 51% e colocar 49% na bolsa.

Até países democráticos e de primeiro mundo possuem empresas de defesa estatais ou com forte participação do estado, o Naval Group na França o estado francês possui mais de 60% das ações.

DanielJr
DanielJr
Responder para  Luís Henrique
7 meses atrás

O Estado francês faz compras recorrentes e as paga no tempo certo, as empresas possuem um leque de produtos diversificados. É a principal diferença. Do jeito que está, a empresa privada irá ficar com 49% do prejuízo e o governo daqui com 51%.

Fernando XO
Fernando XO
Responder para  DanielJr
7 meses atrás

Prezado Daniel, a principal diferença chama-se DGA… abraço…

MMerlin
MMerlin
Responder para  Luís Henrique
7 meses atrás

A diferença é que o BB, quando virou economia mista, já dava muito lucro e tinha uma enorme carteira de clientes. Serviços e processo de cargos e salários já relativamente bem estruturados (depois melhorou bastante).
Nem precisava mostrar o potencial. O mercado já sabia.
Agora a AVIBRAS…
Independente da situação atual da AVIBRAS e pensando no futuro: qual seu maior cliente e qual o potencial deste em demandar pedidos? As FA e, o potencial, sabemos como é.
É preciso passar o controle da empresa para outro grupo, trabalhar sua reestruturação, iniciar os projetos técnicos para que sejam tramitados e, posteriormente, contratados. Não existe outra solução.

Jose
Jose
7 meses atrás

Empresa do setor de defesa que não for subsidiada por governos/povo aparentemente não tem chance de sobreviver, é um mercado com muitas particularidades, com restrições feitas até por outros países para quem se pode vender por conta dos componentes utilizados, as empresas americanas só sobrevivem porque o governo compra muito e porque o governo subsidia os projetos, é só ver o projeto do novo helicóptero que enterraram bilhões e cancelaram, imagina se fosse investimento privado, o que precisa é decidir qual caminho tomar, ou subsidia e banca o prejuízo, ou lava as mãos de vez e compra tudo de outros países, como é o caso do drone Hermes 900 que caiu no Rio Grande do Sul e que certamente custará milhões de dólares para ser reposto, analisando friamente com todas as particularidades do setor quem em sã consciência iria investir em uma área como essa sem apoio estatal, e se for para bancar o prejuízo acredito que o modelo atual seja o menos ruim, já estatizar vejo como péssima opção, só serviria de cabide de empregos.

Ander
Ander
7 meses atrás

Basta a Embraer defesa e segurança comprar a Avibras com participação do BNDS.

Vitor
Vitor
Responder para  Ander
7 meses atrás

E pra que a Embraer faria isso, gênio?

Felipe Mendes
Felipe Mendes
7 meses atrás

Podiam liberar uma verba bilionária para a Avibras e mudar a diretoria dela. O EB possui poucos Astros. Acredito que deveriam, no mínimo, quadruplicar o número de lançadores.

Luís Henrique
Luís Henrique
Responder para  Felipe Mendes
7 meses atrás

Verba bilionária eu acho difícil, mas adquirir mais unidades do Astros, deveria.
O Brasil é um dos poucos países que produzem um sistema lançador de foguetes nacional e ainda assim possui uma frota muito pequena com menos de 80 lançadores.

Existem mais de 40 países com frotas maiores que a nossa, até mesmo países pequenos como Etiópia, Sérvia, Nicaragua, Georgia, Croácia, Mongólia, Eritreia, etc.

China possui mais de 3.000 lançadores, Rússia também possui mais de 3.000
o Egito possui mais de 1.000
Síria e Paquistão mais de 600 cada.
a Ucrânia cerca de 500.

E o Brasil menos de 80.

Mas isso ocorre não apenas com este tipo de equipamento.
O problema está no nosso orçamento “engessado”. Ou as forças encontram uma maneira de reduzir de tamanho e reduzir gastos com os aposentados e pensionistas, ou o orçamento precisa ser aumentado, enquanto estamos adquirindo 36 obuseiros, países menores como o Paquistão estão adquirindo mais de 300.

Filipe Prestes
Filipe Prestes
7 meses atrás

O governo deveria assumir entre 50% e 60% e propor a divisão do restante do controle da empresa entre Akaer, SIATT, MacJee e Turbomacchine. A SIATT poderia assumir o MTC-300 e de quebra aumentar a comunalidade no que for possível com o MANSUP. Deveria também levar aí o MANAER. As munições/foguetes de todos os calibres e motores da AEB podem ser repartidos entre Akaer e Turbomacchine e á MacJee caberiam os veículos e lançadores em si. 10% de participação de cada para que não sobrecarregasse demais a nenhuma delas e o restante sendo assumido pelo GF, a quem caberia sanar as dívidas trabalhistas e com credores, apontar o CEO (que provavelmente seria um militar) e mandar passear em Marte o inepto do João Brasil. Dizem aliás que essa situação só não foi resolvida antes por conta da intrasigência desse senhor e vontade de embolsar bastante na venda da empresa.

EduardoSP
EduardoSP
7 meses atrás

Segue aí a história da Jamy, empresa pioneira na fabricação de veículos de combate a incêndio em aeroportos.

Quando já estava indo ladeira abaixo, venceu uma concorrência do antigo Ministério da Aeronáutica para o fornecimento de uma grande quantidade de um novo modelo de caminhões de combate a incêndios.

O Ministério da Aeronáutica pagou adiantado (todo ou grande parte do contrato, não sei). Poucos dias depois a empresa entrou em falência.

Essa parte final não está na matéria, mas eu lembro, porque naquela época, ainda adolescente, já acompanhava notícias sobre aviação.
https://www.lexicarbrasil.com.br/jamy/

Lembrei desse caso quando li que o Exército já pagou R$ 60 milhões para a Avibrás e ainda não recebeu.

O tempo passa e o Brasil não muda.

Fernando "Nunão" De Martini
Responder para  EduardoSP
7 meses atrás

Só um comentário complementar:

Este site lexicar é muito bom.

NBS
NBS
7 meses atrás

Diante da matéria da CNN, dá a entender que as FAAs têm pedidos não atendidos. Porém, não ficou claro se a carteira de pedidos está em normalidade e dentro do cronograma, ou se o problema é o pagamento por parte das FAAs. Há também a questão da gestão da empresa. Muitas são as soluções possíveis caso se deseje que a empresa continue a atuar. Pode-se reestruturar a dívida da empresa com recursos do BNDES, com contrato de gestão compartilhada até o atingimento dos objetivos contratuais. A formação de um pool de empresas nacionais da área de defesa para formar um holding de defesa com uma carteira de pedidos das FAAs e nova gestão é outra opção. Inclusive, pode-se nacionalizar por completo, transformando-a em uma estatal por tempo limitado, sendo esta uma solução mais difícil, face a um congresso hostil ao tema. A maioria é conservadora nos costumes e liberal no aspecto econômico, ainda muito influenciada pelo neoliberalismo dos anos 2000. De concreto, a empresa precisa ser salva como salvaguarda dos interesses nacionais de autonomia na produção de meios.

Fernando "Nunão" De Martini
Responder para  NBS
7 meses atrás

Há itens já pagos, porém com entrega atrasada. O próprio comando do EB já confirmou isso recentemente.

NBS
NBS
Responder para  Fernando "Nunão" De Martini
7 meses atrás

Obrigado pelo esclarecimento.

Gabriel BR
Gabriel BR
7 meses atrás

Eu voto pela estatização.

Bruno
Bruno
Responder para  Gabriel BR
7 meses atrás

Voto pela estatização!

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  Gabriel BR
7 meses atrás

Possível que essa seja a opção do governo, mas duvido que vai reverter a situação da empresa a lingo prazo, vai seguir com portfólio limitado, a maioria dos novos engenheiros irão preferir trabalhar na SIATT. Vai virar uma Nuclep ou Ceitec.
Agora depois de quase cancelarem o Centauro porque nao queriam gastar con defesa, estatizar a Avibras seria uma grande ironia.

Bruno
Bruno
7 meses atrás

Fizeram uma bizarra operação para salvar o Banco Panamericano (quem quer dinheiroooo?!) há alguns anos e, se não me engano, o atual Presidente participou dela. Estatizacão da Avibrás já!

Jose
Jose
Responder para  Bruno
7 meses atrás

O btg agradece o povo pela colaboração nesse caso do pan.

Bispo
Bispo
7 meses atrás

Ucrânia é um big brother explícito no que a falta de plantas industriais militares implica.

Brasil está longe de ter em suas fronteiras países beligerantes, mais a regra é clara e não precisa ser combinada com russos..rs ou EUA…. 𝖘𝖎 𝖛𝖎𝖘 𝖕𝖆𝖈𝖊𝖒 𝖕𝖆𝖗𝖆 𝖇𝖊𝖑𝖑𝖚𝖒 (se quer paz prepare-se para a guerra).

BraZil
BraZil
Responder para  Bispo
7 meses atrás

Bispo, para ser justo, a Ucrânia se preparou para a guerra SIM. Vamos aos fatos: antes da invasão Russa A Ucrânia alinhava mais de 250.000 tropas, uma enorme quantidade de blindados, carros de combate, artilharia, DAAé, aeronaves e muita munição, inclusive ATGM´s, fora os recebidos aos milhares pós invasão. E não era “material obsoleto”, como pós invasão gosta de dizer a mídia. Olhando os números, se a invasão Russa não ocorresse, qualquer analista diria que a Ucrânia estava muito bem preparada, para qualquer combate, inclusive no teatro Europeu. Comparados a nós então “hemisfério sul e pacífico”, eles estavam “armados até os dentes”. O problema é que quem invadiu não foi o país A,B ou C. Foi a Rússia, que não abre porta do carro, nem paga a conta do jantar…se é que me entendem…

Scudafax
Scudafax
7 meses atrás

Despreparo. Ninguém do governo conhece e o Foreing Investment Act e o blog aqui, apesar de inúmeros apelos, não informa seus leitores sobre a lei americana que poderia ser tomada de exemplo para iniciativas semelhantes no Brasil.

Aliás, por qual razão o blog aqui ainda não realiza entrevistas com tomadores de decisão, no formato inclusive de vídeo, passando a ser uma espécie de Think Tank tupiniquim, mas com um “lobby” nobre?

Luiz Carlos
Luiz Carlos
7 meses atrás

EDITADO:
COMENTARISTA BLOQUEADO.

miguel
miguel
7 meses atrás

Bolsonaro capitalizou a Emgepron com cerca de 4 bilhões de reais há alguns anos. 600 milhões de reais não é um valor tão alto. Se ela está em recuperação judicial nada impede da Emgepron, que tem dinheiro em caixa, ainda que tenha seus projetos, juntamente com o BNDES adquirir a dívida e aumentar o capital, fazendo valer um possível acordo de recuperação judicial, diminuindo a participação do sócio majoritário. Qual a lógica de colocar a Emgepron nisto? Sinergia. Capacidade de gestão estatal num setor altamente estratégico. Mais lá na frente pode-se pensar IPO. A Avibrás não é qualquer empresa e os australianos sabem disso.

Guacamole
Guacamole
7 meses atrás

Rapaz, os Houthis conseguem acertar um navio a 600km de sua costa com mísseis e nós não conseguimos tirarm um que vôe 300km sem quebrar a empresa?

Das forças armadas já não espero nada. Só olhas os inumeros videos da incopetencia que demonstram nas enchentes do Rio Grande do sul.

Dudu
Dudu
7 meses atrás

Solução:

1. O Estado, via IMBEL, se torna acionista ou negocia a compra das ações por algum conglomerado nacional, como a Novonor, que ja tentou comprar a Avibras;

2. Investe recursos no programa Astros 3 ;

3. Encomenda 100 baterias do Astros 3 o será suficiente para 10 anos de trabalho pleno e recursos para acelerar projetos como VS 50, VS 43 e VLM.

Fernando "Nunão" De Martini
Responder para  Dudu
7 meses atrás

Só pra confirmar, você está falando em 100 baterias ou 100 viaturas?

Porque, até onde chequei rapidamente, cada bateria é composta por 14 viaturas: 6 AV-LMU (viatura lançadora), 3 AV-RMD (viatura remuniciadora), 1 AV-UCF (viatura de controle de fogo), 1 AV-MET (viatura meteorológica), 1 AV-PCC (viatura Posto de Comando e Controle), 1 AV- VCC (veículo de Comando e Controle) e 1 AV-OFVE (viatura oficina).

Dudu
Dudu
Responder para  Fernando "Nunão" De Martini
7 meses atrás

É isso mesmo que você leu : 100 baterias de Astros 3. Traduzindo para poder de fogo, isso significaria a capacidade de atingir 4.800 alvos dentro do entorno estratégico brasileiro em duas salvas. Essa capacidade se somaria a atual capacidade de atingir 192 alvos que temos atualmente, pelas 8 baterias de Astros 2020. Estas somadas com aquelas, dariam ao EB, a capacidade de atingir 4.992 alvos simultaneamente! Isso sim, seria uma dissuasão crível. Garantiria emprego pleno por 10 anos na Avibras e na sua parceira, Tatra Brasil e aumentaria as confianças de ambas com o BID brasileira.

Fernando "Nunão" De Martini
Responder para  Dudu
7 meses atrás

Ok, pergunta respondida.

BraZil
BraZil
Responder para  Fernando "Nunão" De Martini
7 meses atrás

Salvo engano Nunão as baterias do EB e CFN por consequência, não tem essa configuração, por razões econômicas creio. Já li em alguma das inúmeras fontes sobre isso. Acho que o corte foi nas VCC ou PCC salvo melhor juízo.

BraZil
BraZil
7 meses atrás

Boa tarde a todos. Voltando ao tema, já que ainda não o arquivaram, claro que a solução, qualquer que seja, não será definitiva, pois, creio eu, ela não será vendida. Mesmo com nosso histórico de tiros no pé, esse seria um tiro na cabeça e creio que não será dado, mas já olhando para esse cenário: a pergunta é: continuaremos na mesma? (desenvolve, não compramos, quebra e entra dinheiro público) ou finalmente, será efetivado um mínimo regular de compras de seus bons produtos para nossas necessitadas FFAA? Astros, VBL, Guará, propelentes, motores para foguetes, mísseis (IRBM quem sabe), mísseis, foguetes, além do capital humano, esse incalculável etc etc. Torço pelo melhor…

Dudu
Dudu
Responder para  BraZil
7 meses atrás

Pra ajudar a Avibras, o EB que parece que vai comprar uma bateria do Armadillo da Mac Jee, deveria exigir que tal fosse montada nas plataformas dos Guaras da Avibras.

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
7 meses atrás

Empresa privada mal administrada e que não entregou o que ja foi pago. o EB não tem nada com isso. Que se venda para um grupo nacional ou não, estatizar e o pior caminho. E tem que afastar esse senhor da Diretoria.

Fernando Vidal
Fernando Vidal
7 meses atrás

A formulação da solução para a AVIGBRAS deveria partir do Ministério da Defesa em conjunto com os do Ministério da Industria e Comércio, da Tecnologia, e da Fazenda com apoio do BNDES …. Até mesmo a formação de uma Holding na área de defesa poderia ser criada de forma a agrupar todas as empresas públicas do setor. Teríamos um portfólio de produtos e serviços formados pela IMBEL, AVIBRAS, ENGEPRON… Estas empresas poderiam assumir de forma terceirizada muito dos serviços atualmente realizados nos parques de manutenção da FAB, arsenal da marinha e arsenais de guerra e áreas de manutenção do exército de forma a liberar uma boa quantidade de pessoal das FFAA para atividades finais das forças, reduzindo dessa forma, a longo prazo, os custos fixos com pessoal e pensões…

Elias E. Vargas
Elias E. Vargas
7 meses atrás

EDITADO:
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