Edge Group dos Emirados adquire 51% da Condor, empresa brasileira líder em tecnologias não letais

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A Edge Group, uma estatal dos Emirados Árabes especializada no setor de defesa, adquiriu 51% da Condor, uma empresa brasileira localizada no Rio de Janeiro e reconhecida como líder mundial na produção de gás lacrimogêneo e em tecnologias não letais (NTL). Essa aquisição faz parte da estratégia da Edge de expandir sua presença no Brasil e transformar o país em um hub de exportação de armamentos. A Condor, que possui um portfólio de mais de 160 produtos em NTL e está presente em mais de 85 países, representa uma oportunidade significativa para a Edge entrar em novos mercados, especialmente nos Estados Unidos.

Esta é a segunda aquisição da Edge no Brasil, seguindo a compra de uma participação na Siatt, uma empresa de alta tecnologia em sistemas de defesa. Após essa aquisição, a Siatt anunciou investimentos significativos para a construção de uma fábrica em São José dos Campos, SP, especializada na produção de armamentos complexos, incluindo mísseis antinavio de longo alcance, em parceria com a Marinha do Brasil.

Além de fortalecer sua posição no mercado de armas não letais, a Edge planeja expandir suas operações na América Latina e África, aproveitando a capacidade de produção e a menor regulação de exportação do Brasil comparada a outros países. A Edge também abriu um escritório em Brasília, marcando seu compromisso com a expansão na região.

Carlos Erane de Aguiar, fundador da Condor, que continuará como presidente da empresa, destaca que a parceria com a Edge não apenas impulsionará a expansão da Condor, mas também beneficiará o ecossistema de defesa e segurança pública no Brasil. A cooperação é vista como uma forma de superar desafios logísticos e de mercado, permitindo à Condor alcançar novos territórios.

A Edge Group está utilizando sua parceria com empresas brasileiras como uma plataforma para aumentar sua influência global no setor de defesa, ao mesmo tempo em que fortalece a indústria brasileira através de investimentos significativos e transferência de tecnologia.

FONTE: Estadão

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Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
7 meses atrás

Além de fortalecer sua posição no mercado de armas não letais, a Edge planeja expandir suas operações na América Latina e África, aproveitando a capacidade de produção e a menor regulação de exportação do Brasil comparada a outros países.´´

Essa pra mim é nova. Achava que a legislação BR nesse sentido fosse justamente de ser muito regulada.

Já tinha visto essa notícia. Se as empresas continuarem trazendo investimentos pra cá e ajudando a trazer dólares pra nossa balança comercial, ora mim, OK.

Aparentemente, a EDGE GROUP está sendo benéfica pro SIATT e pro MANSUP, já dei a ideia de apresentarem o Matador e aquele ATGM do EB, aquele projeto de igreja´´, pra eles, pra ver se eles também se interessam em tornar esses 2 produtos em algo moderno e competitivo no mercado.

Jagdv44
Jagdv44
7 meses atrás

A Condor tem patentes depositadas no Brasil.

calvario
calvario
7 meses atrás

Porque 51% x 49% e não 50% x 50%? Quando a Embraer foi para a China a sociedade era 50% x 50%.

DanielJr
DanielJr
Responder para  calvario
7 meses atrás

Para ter controle da administração, por isso 1% a mais. Não sei se na China ainda é assim, mas para alguns tipos de indústria a lei obriga a ser 50% da empresa que vai se instalar na China e 50% do Estado Chinês.

Nessa época em que a Embraer foi pra lá, havia uma promessa de compra maciça de E-145 (acho), coisa que não aconteceu. Mas a administração chinesa absorveu um pouco de conhecimento sobre construção aeronáutica.

Também aproveitaram que a Boeing (acho que é essa a empresa) que foi construir peças aeronáuticas lá, e acabou levando máquinas de usinagem e manufatura da Cincinatti, na época eram das melhores do mundo, uma das poucas que faziam o trabalho com qualidade. Os Chineses abocanharam isso também.

Eu acredito que esses eventos ajudaram muito a fazer com que houvesse o projeto e produção do C919 e outros aviões que estamos vendo hoje.

Meu pai ia anualmente para lá na década de 2000 – 2010, e em quase toda fábrica de equipamentos pesados tinham máquinas ocidentais (hitachi, mitsubishi, libherr, Cincinatti, Fanuc, ZF e muitas outras) desmontados e sendo estudados. Com o tempo foram fazendo suas próprias marcas e máquinas.

Robson Rocha
Robson Rocha
7 meses atrás

“A Edge Group está utilizando sua parceria com empresas brasileiras como uma plataforma para aumentar sua influência global no setor de defesa.”
Quando uma empresa brasileira cede seu controle acionário (se vendeu 51% logo, a partir de agora ela será minoritária) então a frase acima pode ser reescrita da seguinte forma: A Edge Group ao comprar o controle da Condor diminui a influência global das empresas brasileiras no setor de defesa.
Nenhum país se torna player global se tornando com uma indústria baseada em filiais e não de matrizes.

DanielJr
DanielJr
Responder para  Robson Rocha
7 meses atrás

Não vão mexer com muita coisa daqui, pois eles têm praticamente o monopólio da compra Estatal, não querem competidores, vide CBC e Taurus.

Vão tratar de exportar a produção para onde der, se a fabricação aqui começar a dificultar algumas coisas, basta enviar alguns funcionários para o exterior, pagos em dólar, bônus etc. abrir uma linha de produção paralela e pronto.

Pode até ser que façam com outro nome/marca, para atacar consumidores diferentes, sob a mesma administração.

Mais ou menos como a AVIBRAS. Se o negócio já tivesse sido concretizado antes, eles poderiam abrir uma linha de produção na Austrália (difícil funcionários daqui não querer ir morar lá por um tempo), que apoia a Ucrânia e vender várias baterias de ASTROS, enquanto que a linha daqui fica modorrenta.

Se der problemas com propriedade intelectual, basta alterar o que necessário no projeto (os funcionários capacitados já estão lá) e pau na máquina.

Gho
Gho
Responder para  Robson Rocha
7 meses atrás

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Gho
7 meses atrás

Ao adquirir 51% das ações, o Edge comprou sim o controle da Condor. O que ele não fez foi comprar totalmente as ações da empresa, mas o controle passou a ser dele.

Gho
Gho
Responder para  Rafael Oliveira
7 meses atrás

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

Guacamole
Guacamole
7 meses atrás

Me lembro de uma lei que tinha passado a muitos anos atrás que nenhuma empresa brasileira de defesa ter mais do que 49% dela vendida para o estrangeiro.

Assim que a AEL Sistemas teve problemas, as Elbit comprou tipo uns 60% da empresa e ninguem falou nada.

Se Brasil é terra onde ninguem respeita as leis, eu não sei mais o que é.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Guacamole
7 meses atrás

Não é bem assim.

Empresas privadas, mesmo as de defesa, podem ser controladas por estrangeiros. Mesmo no Brasil, a regra ainda é a liberdade.

O que a lei n° 12.598/2012 faz foi estipular regras para considerar uma empresas como “Empresa Estratégica de Defesa (EED)” e receber incentivos e subsídios estatais. Dentre eles, está:

d) assegurar, em seus atos constitutivos ou nos atos de seu controlador direto ou indireto, que o conjunto de sócios ou acionistas e grupos de sócios ou acionistas estrangeiros não possam exercer em cada assembleia geral número de votos superior a 2/3 (dois terços) do total de votos que puderem ser exercidos pelos acionistas brasileiros presentes; e”

Não sei dizer se no caso da AEL e da Condor há respeito a essa cláusula e, consequentemente, se são e continuarão sendo consideradas EED.

Faver
Faver
7 meses atrás

A Edge Group, uma estatal dos Emirados Árabes especializada no setor de defesa… Estatal não é ruim? Um governo de outro país não pode mandar nesta estatal deles a fim de direcionar as ações realizadas aqui?

ln(0)
ln(0)
Responder para  Faver
7 meses atrás

O problema não é a estatal em si, mas como ela é estruturada no Brasil. Aqui as estatais, no geral, recebem um orçamento fixo todo o ano para suas atividades. Caso precise aumentar a produção elas não conseguem por serem limitadas a esse orçamento. O lucro adivindo das vendas não fica com a empresa, mas vai direto para o tesouro. Assim ela não tem caixa próprio, o que leva a ela depender todo ano do orçamento disponibilizado. Caso haja cortes, ela não tem dinheiro para se modernizar ou cumprir contratos. Vide imbel, ela tem uma fila para compra de munições de 155mm mas não consegue aumentar a produção, pois o orçamento anual não permite espaços para comparar mais matéria prima além do previsto.
Ainda há o problema de ter que abrir licitação para quase tudo, o que deveria ser resolvido em uma semana leva dois ou três meses.
Outra questão é que como ela recebe um orçamento fixo, ela tem que gastar tudo, pois se a empresa for eficiente e terminar o ano com dinheiro sobrando, há uma grande chance de no ano seguinte o dinheiro destinado a ela ser menor, pois a lógica é a seguinte: “se ela não gastou tudo é porque ela não precisa”.
Isso vale não só para estatais, mas para boa parte do setor público.

Francisco
Francisco
7 meses atrás

Brasil vendendo sua tecnologia de ponta no final não vai sobrar nada. Nunca vai ser um país de primeiro mundo.

Gho
Gho
Responder para  Francisco
7 meses atrás

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Waldir
Waldir
7 meses atrás

Se bobear logo a Avibras entra nesse pacote de compras da Edge

Luiz Carlos
Luiz Carlos
Responder para  Waldir
7 meses atrás

No caso Avibras, já seria interessante.
Os árabes injetariam dinheiro, tecnologias e encomendas.
Além de modernizar o modo de pensar e agir da administração da Avibras, que parou no tempo com o Astros!

Nativo
Nativo
Responder para  Luiz Carlos
7 meses atrás

Dinheiro até podem botar, agora tecnologia… Só se comprarem de um terceiro.

Luiz Carlos
Luiz Carlos
Responder para  Nativo
7 meses atrás

Deve estar brincando.
Não conhece os produtos do grupo ?
Vai pesquisar e depois conversamos!

Mafix
Mafix
Responder para  Waldir
7 meses atrás

Não sei se voce sabe mas foi um tal de Saddan lá daquelas bandas que ‘bancou’ a Avibras e deu vida ao Astros…

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Waldir
7 meses atrás

Se botarem a atual diretoria da Avibrás pra correr, e se isso trouxer investimentos e encomendas pro Matador e ASTROS, pra mim, beleza.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
7 meses atrás

Condor e Avibrás são empresas privadas de capital fechado e, por isso, não são obrigadas a divulgar seu balanço para terceiros.
Digo isso porque fiquei curioso em saber se a Condor é maior ou menor que a Avibrás (em termos de faturamento), dado que a venda do controle acionário da primeira não está gerando a mesma comoção que a suposta venda da segunda.

Gho
Gho
Responder para  Rafael Oliveira
7 meses atrás

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Pedro y
Pedro y
Responder para  Rafael Oliveira
7 meses atrás

A condor é uma sociedade anônima, e pela lei 6,404/76 é obrigada a publicar anualmente suas demonstrações financeiras em jornal que circule na cidade da sede, no caso o RJ

Antonio Palhares
Antonio Palhares
7 meses atrás

O Brasil está desnacionalizando sua industria de defesa. Estratégicamente isto não é bom.

Gho
Gho
Responder para  Antonio Palhares
7 meses atrás

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Jefferson B
Jefferson B
7 meses atrás

Estão comprando o Brasil!

Gho
Gho
Responder para  Jefferson B
7 meses atrás

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Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
7 meses atrás

Você sabe qual o lucro da empresa? Sabe quanto pagaram?

Marcos
Marcos
7 meses atrás

Não vai ter uma matéria sobre o colapso das linhas de defesa ucranianas nos últimos dias? Parece que perderam umas 05 cidades de uma só vez… E estão recuando uma vez mais…

Luís Henrique
Luís Henrique
7 meses atrás

É só notícia ruim.

Heinz
Heinz
7 meses atrás

Todo dia uma 7×1 diferente, é dureza ser brasileiro.

Luiz Carlos
Luiz Carlos
7 meses atrás

Só brasileiro mesmo!
Vender uma empresa de sucesso e extremamente lucrativa.
Me espanta nossa ingenuidade ou bobeira mesmo.
Parabéns aos Árabes!

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Luiz Carlos
7 meses atrás

Você é o contador da empresa para saber que ela é extremamente lucrativa?
Sabe quanto foi pago aos donos para eles venderem? Sabe se o que eles pagaram não é mais do que a empresa vale?

Ou é tudo presunção sua, inclusive que os donos da empresa não sabem o que estão fazendo e você, sem saber detalhes, tem certeza do que eles deveriam fazer com a empresa que eles criaram e desenvolveram?

Luiz Carlos
Luiz Carlos
Responder para  Rafael Oliveira
7 meses atrás

Olha os anúncios de vendas dela e saberá.
Se souber fazer conta de padaria, vai ver que ela é extremamente lucrativa.
Olha os investimentos em P&D.
Basta saber olhar nas entrelinhas e saber somar 1+1.
Na verdade, acho que essa venda é mais para facilitar a entrada da Condor no mercado Árabe/ oriente médio, do que necessidades financeiras !

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Luiz Carlos
7 meses atrás

Quais os valores das vendas? Qual margem de lucro nas vendas? Quanto ela investe em P&D por ano?]

Anúncio de venda não significa nada isoladamente.

Uma empresa pode vender muito e ter prejuízo ou lucro baixo.

Isso não é ler nas entrelinhas. É tirar conclusões sem base em fatos, apenas na imaginação.

Marcos
Marcos
7 meses atrás

Estão comprando TUDO, quem tem dinheiro manda mesmo… Diretoria bem que faz mesmo, vende tudo, se aposenta e vaza desse circo de país.

Dr. Mundico
Dr. Mundico
7 meses atrás

Ao contrário do que muitos pensam, vender participação de uma empresa não significa necessariamente na perda do controle.
Empresas privadas vendem cotas para atrair potenciais investidores ( ou sócios) que irão injetar dinheiro, trazer novos clientes, abrir novas carteiras e estimular novos produtos para novos mercados.
Entendam, abrir capital ou vender participação não é uma coisa ruim. Basta saber que as maiores empresas privadas nacionais tem participação de capital estrangeiro. Pesquisem por WEG, Gerdau, JBS, Braskem, Vale, Tupy, Marfrig, etc… todas admitem participação de capital estrangeiro porque PRECISAM dessa participação.
Da mesma forma, WEG, Gerdau, JBS, Braskem, Vale, Romi, etc..detem participações em empresas estrangeiras mundo afora!
Admitir participações é um fato necessário e útil no mundo empresarial! Ninguém ganha dinheiro sozinho, meninos!
A própria Petrobrás tem participação de capital estrangeiro (americano, árabe, chinês, japonês, etc) entre seus acionistas e não vejo ninguém dando chilique patrioteiro por causa disso.
Então vamos com calma, garotada!
Nesse caso, essa estatal árabe adquiriu maioria de cotas, o que lhe dá controle administrativo (ou gerencial) mas não o controle financeiro definitivo.
E nada empata que futuramente essa participação possa ser vendida a outra empresa estrangeira ou nacional (inclusive para a própria Condor), dentro das normas e leis.
A finalidade de uma empresa não é ser “patriota” ou ser “ufanista”, mas sim ganhar dinheiro!

Joli Le Chat
Joli Le Chat
7 meses atrás

Vamos torcer para que a empresa não deixe de fazer vassouras.