Quando o Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel na noite deste sábado (13/04) em retaliação a um ataque no início de abril ao seu consulado em Damasco, na Síria, os aliados de Tel Aviv intervieram em seu favor.

As forças aéreas dos Estados Unidos e do Reino Unido ajudaram a abater diversos desses projéteis. A França também pode ter participado do patrulhamento da área, embora não esteja claro se os franceses derrubaram algo.

Mas o que chamou muita atenção foi o fato de a Força Aérea da Jordânia também ter cooperado. O país abriu seu espaço aéreo para aviões israelenses e americanos e, aparentemente, derrubou drones que o invadiram.

Segundo a agência de notícias Reuters, moradores ouviram intensa atividade aérea, e nas redes sociais circularam imagens de restos de um drone abatido no sul de Amã, capital da Jordânia.

“Estados do Golfo, incluindo a Arábia Saudita, também podem ter desempenhado um papel indireto, já que eles abrigam sistemas de defesa aérea do Ocidente, aeronaves de vigilância e reabastecimento que teriam sido vitais para o esforço”, informou a publicação britânica The Economist.

Nas redes sociais, alguns observadores viram no envolvimento árabe uma prova de que árabes e israelenses podem trabalhar juntos e que Israel não está sozinho no Oriente Médio.

“Podemos não conhecer por um tempo todos os detalhes da cooperação árabe nesta noite para a interceptação do ataque iraniano a Israel, mas foi sem dúvida significativa, incluindo o uso do espaço aéreo da Jordânia. Certamente isso ajudou a salvar muitas vidas israelenses”, postou no X (antigo Twitter) o jornalista Anshel Pfeffer, do diário israelense Haaretz.

“A grande notícia em Israel esta manhã é a Força Aérea da Jordânia interceptando em seu espaço aéreo drones em direção a Israel. Especialmente notável para a geração de israelenses que se lembra de ter se protegido de ataques vindos da Jordânia”, escreveu no X Mairav Zonszein, analista da ONG International Crisis Group. “O que aprendemos com isso: acordos diplomáticos são vitais para a estabilidade.”

Diretor do programa de Oriente Médio e Norte da África no Conselho Europeu de Relações Exteriores, Julien Barnes-Dacey aponta que mesmo importantes países árabes críticos à guerra em Gaza, como é o caso da Jordânia, apoiaram a reação militar israelense às bombas enviadas por Teerã.

Equilíbrio tênue para a Jordânia e a Arábia Saudita

Acredita-se que mais de metade da população jordaniana tenha raízes palestinas, inclusive a própria rainha do país. Nas últimas semanas, o país teve protestos cada vez mais agressivos contra Israel.

Ao mesmo tempo, a Jordânia compartilha uma fronteira com Israel, é a guardiã da Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém – um local importante para muçulmanos, cristãos e judeus – e trabalha regularmente com as autoridades israelenses, embora muitas vezes nos bastidores.

As autoridades jordanianas, que também têm nos EUA um aliado importante, precisam equilibrar interesses conflitantes e sua própria estabilidade política e autodefesa. Daí a rapidez com que a Jordânia declarou que, ao ajudar Israel, estava na verdade se defendendo.

“Alguns objetos que adentraram nosso espaço aéreo na noite passada foram interceptados porque representavam uma ameaça ao nosso povo e áreas habitadas”, disse o governo jordaniano em comunicado. “Vários fragmentos [dos drones abatidos] caíram no território do país sem causar danos significativos.”

Mas para Emile Hokayem, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, o envolvimento da Jordânia também se tratou, em parte, de “mostrar que a Jordânia é uma boa parceira dos EUA”. “A Jordânia pode ser melhor tratada pelos seus parceiros do Ocidente”, escreveu no X. “Mas a questão é: como a opinião pública jordaniana verá essa defesa de Israel?”

A Arábia Saudita também teve que equilibrar seus próprios interesses, alianças internacionais e realpolitik com as aparências em torno do conflito em Gaza.

O rico estado do Golfo estava pronto para normalizar as relações com Israel antes dos ataques do Hamas em 7 de outubro que deixaram cerca de 1.200 mortos. Mas a resposta israelense na Faixa de Gaza colocou esses planos na geladeira. Em seis meses, o saldo de mortos no enclave palestino já passa de 33 mil, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

O governo saudita vê com bons olhos apelos por um cessar-fogo em Gaza e tem criticado a conduta israelense no conflito. Reservadamente, porém, eles ainda estão interessados em melhorar as relações com Israel, apontam especialistas.

Conflito de longa data entre Irã e o Golfo

Independente de terem intervido a favor de Israel ou não no caso do ataque iraniano, os sauditas têm outros motivos para querer derrubar mísseis de Teerã.

Há décadas o Oriente Médio é dividido entre linhas religiosas e sectárias, com os Estados árabes do Golfo e suas populações de maioria muçulmana sunita enfrentando o Irã, onde predominam os muçulmanos xiitas. A inimizade lembra conflitos anteriores na Europa, quando as duas principais seitas do cristianismo – protestantes e católicos – eram rivais beligerantes.

Países do Oriente Médio central como Iraque, Síria e Líbano, cujas populações são uma mistura de muçulmanos xiitas e sunitas, bem como outras religiões e etnias, se viram no meio de uma disputa por influência entre o Irã e os Estados do Golfo.

Aqui é onde entram em jogo os chamados “agentes” iranianos, grupo que inclui organizações muçulmanas xiitas que o Irã apoia financeiramente, militarmente, logisticamente e até mesmo espiritualmente. Os rebeldes houthis do Iêmen, as milícias conhecidas como Forças de Mobilização Popular no Iraque e o grupo político e militar Hisbolá no Líbano são todos membros dessa aliança patrocinada pelo Irã.

Os islamistas do Hamas também são apoiados pelo Irã – mas são uma exceção, neste caso, já que, assim como a maioria dos palestinos, são muçulmanos sunitas.

Como parte da ofensiva iraniana, esses grupos dispararam foguetes do Iêmen, Síria e Iraque em direção a Israel na madrugada de sábado para o domingo. No Iraque, há relatos de que militares americanos estacionados lá abateram alguns desses foguetes. Não está claro se os sauditas interceptaram algum vindo do Iêmen, mas eles já fizeram isso antes, no final do ano passado.

“Para atores regionais, principalmente a Arábia Saudita e a Jordânia, o argumento será de que estão legitimamente protegendo seu espaço aéreo soberano”, opinou Masoud Mostajabi, diretor-adjunto dos Programas do Oriente Médio no Atlantic Council dos EUA, em uma análise publicada no sábado à noite.

“Porém, se os ataques desta noite escalarem para um conflito Israel-Irã mais amplo, os atores regionais percebidos como defensores de Israel podem acabar virando alvos e arrastados para um conflito regional”, advertiu Mostajabi. “Diante do que está em jogo, é provável que os líderes regionais sejam motivados a agir entre as duas partes para encerrar este confronto.”

FONTE: DW

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Matheus
Matheus
6 meses atrás

Crise no “Ummah”.

Kommander
Kommander
6 meses atrás

Tô na dúvida, como os britânicos ajudaram Israel? Eles tem algum braço da força aérea ali próximo ou navios? 🤔

Franz A. Neeracher
Reply to  Kommander
6 meses atrás

Os britânicos operam 2 bases aéreas no Chipre, que é bem perto de Israel.

Hcosta
Hcosta
Reply to  Franz A. Neeracher
6 meses atrás

E no Qatar e Emirados.

Franz A. Neeracher
Reply to  Hcosta
6 meses atrás

Verdade….mas ficam mais longe do que Chipre.

deadeye
deadeye
Reply to  Franz A. Neeracher
6 meses atrás

Eles tem navios no Bahrein também, devem ter sido usados como radar.

Chris
Chris
Reply to  Kommander
6 meses atrás

Vi notícias que EUA, França e Jordânia tbem ajudaram, ate com caças !

Anildo Silva
Anildo Silva
6 meses atrás

Aqueles momentos na polítca onde o inimigo do meu inimigo se torna meu amigo….

Lopes
Lopes
6 meses atrás

Se com os EUA e Reino Unido ajudando Israel o Irã fez isso, imagina sem ajuda ..

Só faltou Israel implorar pro Biden dar um declaração falando que vai proteger Israel até o fim .. kkk

Monarquista
Monarquista
Reply to  Lopes
6 meses atrás

Fez o quê? Um ataque inútil?

Bosco
Bosco
Reply to  Monarquista
6 meses atrás

As narrativas são:
1- um ataque moderado telegrafado só para acalmar a ala radical do governo iraniano e deixar tudo por isso mesmo, afinal, aqueles generais mortos na embaixada não eram muito populares mesmo
2- um ataque de fustigacão utilizando só 2% da capacidade ofensiva iraniana só para gastar a cara munição israelense
3- um ataque cujo objetivo estratégico era só arranhar o asfalto de uma pista de pouso e tal objetivo foi alcançado com maestria.

Alonso
Alonso
Reply to  Bosco
6 meses atrás

Precisão eles tem, falta a velocidade?!

Bosco
Bosco
Reply to  Alonso
6 meses atrás

Alonso, Falta tudo para esse pessoal do lado negro da força e sobram narrativas. Fabricam armas de “alta tecnologia” igual com chips de geladeira e aos milhares. Não tem como a conta fechar. Há informações que dão conta que pelo menos 50% dos mísseis balísticos falharam no lançamento. Os Shahed voam alto e se tornam presas fáceis de canhões e metralhadoras. Os mísseis de cruzeiro iranianos não devem ter nenhum sistema de seguimento do terreno e também voam alto. Não devem ser furtivos ou pelo menos terem um RCS baixo. E aí falta doutrina, treinamento, etc. Junta tudo isso: falta… Read more »

Bosco
Bosco
Reply to  Bosco
6 meses atrás

Tem outras boas:
4- o ataque iraniano foi esmagador mas a OTAN ajudou os israelenses. Ah. Se não fosse a OTAN…
5- o preço do petróleo vai subir se Israel atacar o Irã e todo mundo vai ter que tirar a bicicleta do armário.

Alonso
Alonso
Reply to  Monarquista
6 meses atrás

O revide será por terem acertado uma base aérea. Força área atacou a embaixada, base que atacou foi atiginda. General ao visitar a base disse agora a pouco que vai revidar.

Maurício.
Maurício.
Reply to  Lopes
6 meses atrás

“Só faltou Israel implorar pro Biden dar um declaração falando que vai proteger Israel até o fim .. kkk”

Eu não tenho a menor dúvida, se de fato Israel se envolver em uma guerra direta com o Irã, uma guerra declarada, os EUA ficarão ao lado de Israel, inclusive com ajuda militar, com tropas e tudo que se tem direito, tudo para proteger Israel até o fim, o lobby israelense nos EUA é muito grande, Israel é praticamente um estado americano.

Chris
Chris
Reply to  Lopes
6 meses atrás

Eu não sei se vc reparou… Mas o Iron Dome fez um trabalho de “limpeza”… Que não vimos nem na Arábia Saudita, Ucrânia ou mesmo Moscou..

Contra esse tipo de drones !

deadeye
deadeye
Reply to  Lopes
6 meses atrás

Fez o que?? danificou levemente uma base área que já está operando??

Realista
Realista
Reply to  deadeye
6 meses atrás

Cisjordania, Reino Unido, EUA e França tiveram que ajudar a derrubar as biribinhas .

Fernando "Nunão" De Martini
Reply to  Realista
6 meses atrás

A Cisjordânia ajudou Israel?

Leandro Costa
Leandro Costa
Reply to  Fernando "Nunão" De Martini
6 meses atrás

É a Jordânia enfatizando que é um país CISgênero!

Realista
Realista
Reply to  Fernando "Nunão" De Martini
6 meses atrás

Jordânia **

Estou com o nome Cisjordânia na cabeça por causa de Gaza que sempre é citado .

KKce
KKce
Reply to  Lopes
6 meses atrás

Fez o que? Lançou uns pernilongos e umas biribinhas que o dano máximo que causaram foi um buraco no chão de uma base militar israelense? Irã está completamente desmoralizado. Os EUA acabaram com o principal general deles, os israelenses atacaram uma embaixada iraniana. Se isso aquilo foi a resposta iraniana foi bem fraquinha. Cachorro morto.

mictan
mictan
6 meses atrás

Ataque simbólico? Riscou uma base aérea e mais nada

Jose
Jose
Reply to  mictan
6 meses atrás

Muito improvável uma base aérea ter sido riscada/destruída como você afirmou, não esqueça que o pilar das forças armadas Israelenses é centrado em seu poder aéreo, ou seja, certamente essas bases devem ser bem protegidas por sistemas de defesa, obviamente que um ou outro passe pelas defesas, mas duvido muito que uma base aérea tenha sido riscada/destruída como afirmado por você.

Last edited 6 meses atrás by Jose
mictan
mictan
Reply to  Jose
6 meses atrás

Riscada, como riscou a pintura, deu uma riscadinha, e não destruída… De riscar pra destruir tem um abismo de diferença. Foi um ataque entre aspas, pq não destruiu nada, só riscou a pintura de uma base aérea como relatado em alguns lugares

Jose
Jose
Reply to  mictan
6 meses atrás

Desculpe mictan, no fim o seu risco foi literalmente ao pé da risca mesmo.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
6 meses atrás

É aquele negócio:

Ninguem na AS gosta de Israel, mas “gostam menos ainda” do Irãn.
Da mesma maneira que ninguem da AS gostavam de Saddam, mas entre ele e o Irãn, preferiram financiar Saddam na Guerra Irãn / Iraque.

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
Reply to  Willber Rodrigues
6 meses atrás

Em termos religiosos, por incrível que pareça, o judaísmo está mais próximo do wahabismo do que o xiismo, dado que o sunismo radical vê o culto aos 12 imãs do xiismo como uma forma de politeísmo. Há pouco tempo, um general iraniano “acusou” a família real saudita de se descendente de judeus…

Afonso Bebiano
Afonso Bebiano
Reply to  Jacinto Fernandes
6 meses atrás

Para os wahabitas, os xiitas são apóstatas.
Os xiitas são minoria no islamismo, com cerca de 10% a 15% do total de fiéis muçulmanos.

Chris
Chris
Reply to  Afonso Bebiano
6 meses atrás

Em outras palavras… Essa região é um barril de pólvora… Com um monte de gente que acha que terá cadeira cativa no céu, se morrer em nome da religião !

Alonso
Alonso
Reply to  Afonso Bebiano
6 meses atrás

Falacia, Hamas não é xiita, e tem apoio do Irã.

Last edited 6 meses atrás by Alonso
Afonso Bebiano
Afonso Bebiano
Reply to  Alonso
6 meses atrás

Eu não disse que o Hamas é xiita.
O Irã apoiou o Hamas porque ambos tinham interesse em frustrar o estabelecimento de relações diplomáticas entre Israel e a Arábia Saudita.
Foi uma aproximação circunstancial.

Alonso
Alonso
Reply to  Afonso Bebiano
6 meses atrás

Os reis são wahabitas…. a morte do esposo da Fátima está muito longe no passado. Hoje a questão é o petróleo, fechando o Irã, o rei Saudita enriquece mais e mais e Israel exporta o gás palestinos a democrática Alemanha.

Last edited 6 meses atrás by Alonso
Afonso Bebiano
Afonso Bebiano
Reply to  Alonso
6 meses atrás

Não é só petróleo. A disputa é pela liderança religiosa, pelos corações e mentes dos muçulmanos.
Dinheiro é consequência dessa liderança.

Marcelo De Luca Penha
Marcelo De Luca Penha
6 meses atrás

O Irã imagina que pode realizar um ataque com centenas de drones, misseis de cruzeiro e mísseis balistícos contra Israel e que, mesmo com a neutralização de 99% de todo esse armamento, nada vai acontecer. A paulada israilense vai vir, será muito forte e terá o apoio dos EUA. Nesse momento, quando até a Jordânia e a Arabia Saudita, entraram em cena para defender Israel do ataque iraniano, todos sabem que a chapa pode esquentar e ninguém quer a desestabilização do Oriente Médio. E até a Ucrânia pode vir a se beneficiar dos desdobramentos desse conflito …

Last edited 6 meses atrás by Marcelo De Luca Penha
Bosco
Bosco
Reply to  Marcelo De Luca Penha
6 meses atrás

O “massacre da motosserra” iraniano nem chegou a arranhar a pintura.
A densa defesa em camadas dos israelenses funcionou como um relógio suíço.
Mísseis balísticos foram interceptados fora e dentro da atmosfera.
Mísseis de cruzeiro e motosserras voadoras foram interceptados na fase intermediária da trajetória pela aviação e enfrentaram densa defesa de ponto na fase terminal.
Vamos ver o contra-ataque israelense como vai ser.

Zorann
Zorann
Reply to  Bosco
6 meses atrás

O cara torce para a situação piorar.

Se Israel responder, não vai acontecer nada né?

Bosco
Bosco
Reply to  Zorann
6 meses atrás

Você devia ter feito essa pergunta antes: “Se o Irã responder, não vai acontecer nada né?” Agora é tarde! E eu não torço para a situação piorar. Eu torço para que Israel dê uma resposta avassaladora contra alvos militares e terroristas iranianos. Se Israel não responder vai estar subentendido que quando quiser os Iranianos poderão lançar mais uns 300 mísseis sobre Israel que tudo bem. É só eles avisarem antes… Pra mim o ato iraniano foi uma declaração formal de guerra e considero que Israel não pode se escusar de aceitá-la. Se o fizer irá mostrar fragilidade e ser frágil… Read more »

Zorann
Zorann
Reply to  Bosco
6 meses atrás

Oque Israel faz na faixa de Gaza, obviamente que é consequência do ataque de 7 de outubro e apesar dos excessos, não consigo condenar Israel por sua reação. Foi o 11 de setembro deles.

Mas atacar a embaixada do Irã na Síria, vai além disso e é claro que não ia ficar sem resposta. Se Israel realmente fizer oque você torce, torço para que Israel sobreviva às consequências de uma coisa desta.

Marcelo De Luca Penha
Marcelo De Luca Penha
Reply to  Zorann
6 meses atrás

O Comando Militar de Israel já informou que atrasará a ofensiva em Gaza para dar início ao planejamento da retaĺiação contra o Irã. Vamos ver como a defesa antiaérea iraniana vai se sair contra caças stealth e drones com IA.

Zorann
Zorann
Reply to  Marcelo De Luca Penha
6 meses atrás

Vai se sair mal. O Irã não tem os mesmos equipamentos que Israel tem. Mas vai escalar o conflito, inclusive com seus proxis. Não vai ser bom para Israel retaliar.

mictan
mictan
Reply to  Bosco
6 meses atrás

Foi isso que quis dizer num post acima entenderam errado. Só que eu disse que arranhou a pintura de uma base aérea se não me engano, detritos cairam por lá como relatado em algumas fontes, e mais nada…

Bosco
Bosco
Reply to  mictan
6 meses atrás

A interceptação de veículos de reentrada de mísseis balísticos na atmosfera não deixa de produzir escombros dos quais boa parte proseguirão na trajetória balística original.
Já a interceptação no espaço além de cobrir grandes áreas pode pulverizar grande parte desses destroços.

Jose
Jose
Reply to  mictan
6 meses atrás

Mictan mais uma vez desculpas pela não compreensão da sua fala no outro comentário sobre ter “riscado”.

mictan
mictan
Reply to  Jose
6 meses atrás

Tranquilo Jose

Maurício.
Maurício.
Reply to  Marcelo De Luca Penha
6 meses atrás

“A paulada israilense vai vir, será muito forte e terá o apoio dos EUA.”

A resposta de Israel vai ser igual a tal contraofensiva ucrâniana, né? “Vai ser lenta e consistente”…rsrsrs.

Marcelo De Luca Penha
Marcelo De Luca Penha
Reply to  Maurício.
6 meses atrás

Aguarde e observe …

Mig25
Mig25
Reply to  Marcelo De Luca Penha
6 meses atrás

Não é de interesse dos EUA a escalada do conflito no Oriente Médio. As eleições americanas estão chegando, e a última coisa que o Biden quer é uma Guerra generalizada por lá, e o aumento do preço do barril de petróleo…

Last edited 6 meses atrás by Mig25
Bosco
Bosco
Reply to  Mig25
6 meses atrás

Não creio que seja do interesse de Israel deixar passar a impressão que lá é a casa da mãe joana independente de quais sejam os interesses dos EUA.

Last edited 6 meses atrás by Bosco Jr
JuggerBR
JuggerBR
Reply to  Bosco
6 meses atrás

Lembre-se que o primeiro ato foi de Israel, atacando embaixada em Damasco e matando iranianos, digamos que os dois países estão, no momento, no 1×1…

Bosco
Bosco
Reply to  JuggerBR
6 meses atrás

Não vamos retroceder muito sob pena se chegarmos nos neandertais mas eu diria que o “primeiro ato” foi o ataque dos proxys iranianos da Faixa de Gaza.
O segundo foi o ataque dos outros proxies iranianos (Houthis) .
E por aí vai.
Na base de tudo está o gnomo do Kremlin que para se beneficiar não importa em botar fogo no mundo e para isso não exita em usar e abusar de seus vassalos.

Last edited 6 meses atrás by Bosco Jr
Henrique
Henrique
Reply to  JuggerBR
6 meses atrás

aham..
primeiro ato foi de Israel sim…

confia

Realista
Realista
Reply to  Henrique
6 meses atrás

Quem atacou a embaixada do Irã ?

Bosco
Bosco
Reply to  Realista
6 meses atrás

Por que a embaixada do Irã foi atacada?

Realista
Realista
Reply to  Bosco
6 meses atrás

Me diz você ué ?

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
6 meses atrás

O conflito entre o Irã e Israel é absolutamente fabricado. Não têm fronteiras, a população do Irã é persa e xiita, e se o Irã realmente se importasse com sunitas apátridas (como os palestinos) eles ajudariam a maior nação sunita e apátrida que existe – os curdos. Israel ajudou o Irã na guerra contra o Iraque fornecendo misseis TOW e outros equipamentos. O que existe é uma tentativa de o Irã utilizar Israel como subterfúgio para ser a poder dominante no Oriente Médio, dando continuidade à milenar disputa entre xiitas e sunitas que começaram a se matar uns aos outros… Read more »

Zorann
Zorann
6 meses atrás

Foi só um ataque para responder moderadamente ao ataque israelense em sua embaixada na Siria. Mostrar que é capaz de saturar as defesas israelenses fazendo um ataque de precisão. Percebam que o Irã sabia que muitos drones e misseis seriam interceptados, tanto que lançou mísseis de modelos antigos e drones para serem os alvos do Iron Dome, saturando as defesas. Vários países ajudaram a derrubar os misseis. Estes países não estarão sempre de sobreaviso, como ocorreu desta vez. 9 misseis atingiram os alvos, que eram pistas de pouso em bases israelenses. 7 desses misseis eram hipersônicos, para mostrar que são… Read more »

Comenteiro
Comenteiro
Reply to  Zorann
6 meses atrás

Colheita de inteligência? Os sistemas de defesa parecem que foram testados como nunca antes.

Bosco
Bosco
Reply to  Zorann
6 meses atrás

300 mísseis lançados.
9 passaram.
A defesa foi saturada?
O objetivo do Irã foi cumprido?
Atingir pistas de pouso no deserto com 9 mísseis?
Então é só isso?
Estão quites agora?

*Acho que esse modus operandi do Irã não irá dissuadir os israelenses caso eles precisem destruir outra embaixada. Mais alguns arranhões nas suas pistas de pouso não os impedirá de agir.

Bosco
Bosco
Reply to  Bosco
6 meses atrás

Impedirá = impedirão

mictan
mictan
Reply to  Bosco
6 meses atrás

Agora é hora de vermos como se sairá a defesa anti aérea iraniana.
Se for como o “ataque”…

Bosco
Bosco
Reply to  mictan
6 meses atrás

Talvez o Irã tenha apostado no general “distância”e no “marechal” fronteiras.
Não é fácil para Israel atacar o Irã se a Jordânia e o Iraque fecharem o espaço aéreo para o reabastecimento dos caças.
Não deve haver grande quantidade de mísseis Jericho II disponíveis.
Há dúvidas acerca dos israelenses terem um míssil de cruzeiro capaz de atingir o Irã. O mais provável seria o Popeye Turbo, lançado do ar.
E ainda que tenham é complicado para os israelenses fazerem passas seus mísseis de cruzeiro e drones de longo alcance sobre território jordaniano e iraquiano.

Zorann
Zorann
Reply to  Bosco
6 meses atrás

Foi oque o Irã comunicou que estão quites agora. Que pra eles o assunto está encerrado. Até com os EUA o Irã conversou sobre a intensidade do ataque.

Eles atacaram só para dar uma resposta interna à sua população e provar que podem atingir alvos relevantes se realmente quiserem. Acertaram pistas de pouso que em duas horas já estavam remendadas!!! E para acertar uma pista de pouso é necessário ter precisão.

Todos entenderam isto. Até os aliados de Israel entenderam, Só você que não.

Israel gastou1.3 bi de dólares para conseguir derrubar os drones e misseis de cruzeiro.

Henrique
Henrique
Reply to  Zorann
6 meses atrás

Caras matam 6 terroristas num único prédio com um único ataque, ai o Iran revida com 300 misseis atacando diversos lugares aleatórios incluindo o lugar sagado do Islã e sobre os países vizinhos…

e o sujeito acha que não vai ter revide.. ainda mais agora que Irã de motivos de sobra pra Israel justificar um ataque legitimo no território deles

pode esperar ai os pendrive fritando as centrifugas e gente do programa nuclear morrendo do nada, pelo menos

JuggerBR
JuggerBR
Reply to  Henrique
6 meses atrás

Mas atos assim já ocorrem sempre que o Mossad tem a oportunidade, não precisa de mais nenhum motivo…

Henrique
Henrique
Reply to  JuggerBR
6 meses atrás

sempre precisa…

Zorann
Zorann
Reply to  Henrique
6 meses atrás

Atacaram a embaixada do país na Síria e mereceram a resposta que não causou destruição nenhuma relevante. Reação medida para não escalar a coisa.

Se Israel responder, com certeza não terá dificuldades para atingir e destruir muitas coisas no Irã. O Irã não tem força aérea, as defesas deles AA, nem sei qual capacidade tem. Falam de alguns sistemas s300.

O problema é a escalada a seguir. Não só com o Irã, mas com outros de seus proxis.

E se o Irã tiver alguma arma atômica? Mesmo que rudimentar?

Henrique
Henrique
6 meses atrás

Ainda bem que Arabia Saudita e Cisjordânia ajudaram a defender o Domo da Rocha ,junto com Israel, que o Irã atacou e jogou vários misseis lá e perto kkkk

Mundo Árabe deve lembrar disso pra sempre

Alonso
Alonso
Reply to  Henrique
6 meses atrás

Acredito que se refere a Jordânia, deve ser… Mas hoje “o chef do Itamaraty” da Jordânia e de seu Rei, falou que o ataque na embaixada na Síria e Eventual contra ataque agora é cortina de fumaça para Netanyahu esconder os crimes em gaza. 70 por cento da Jordânia partilha da origem dos palestinos. A trilogia poderia falar da base francesa na Jordânia, britânicas e americanas em volta do Irã/Irão

Last edited 6 meses atrás by Alonso
Heli
Heli
6 meses atrás

Tem um povo em clima de final de copa do mundo comemorando a vitória do Iron Dome e seus pares (Davi Sling e Arrow) sobre os Shaheed e os misseis balisticos derivados do Scud e alguns misseis de cruzeiro. Sendo que os Shaheed voam a 150Km/h e tinham a rota ate os alvos já mais que conhecida. Além do mais Israel deve ter sido avisado umas 8 horas antes por algum E2 Hawkeye da US Navy. Realmente um grande feito viu. Agora vamos guardar a champanhe pra comemorar o contra ataque de Israel ao Irã, vai ser um 7×1 pra… Read more »

Patta
Patta
6 meses atrás

O irã conseguiu unir mais ainda os países Islãmicos com os judeus. Israel já disse que vai revidar de uma forma que não cause uma guerra de grande escala na região, agora como eu não sei.