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Sistema SAMP-T

A Itália deverá retirar o seu sistema de defesa aérea de superfície SAMP/T da Eslováquia, uma medida que levanta preocupações sobre a protecção dos activos críticos da Eslováquia, como as centrais nucleares, anunciou o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico.

O SAMP/T, concebido para proteger locais sensíveis como aeroportos e portos marítimos contra várias ameaças, foi temporariamente implantado na Eslováquia no ano passado como substituto do sistema antiaéreo Patriot dos EUA.

O sistema foi integrado na estrutura defensiva da OTAN para reforçar a defesa colectiva e a interoperabilidade ao longo do flanco oriental. Actualmente, 145 soldados italianos estacionados na base militar Malacky-Kitchen, na Eslováquia, operam o sistema de defesa aérea SAMP/T Mamba dentro da Presença Avançada da OTAN.

O primeiro-ministro Fico revelou que o governo italiano o notificou da retirada, citando a necessidade do sistema de defesa aérea em outras localidades. Expressando apreensão, o Primeiro-Ministro quis saber quem iria salvaguardar as centrais nucleares e os alvos estratégicos da Eslováquia quando o sistema italiano fosse removido.

“E eu pergunto: Deus, quem protegerá nossas usinas nucleares e outros alvos estratégicos?” o primeiro-ministro perguntou.

Fico destacou o contexto, mencionando que o anterior governo eslovaco tinha fornecido à Ucrânia um sistema russo de defesa aérea S-300 em funcionamento.

Embora os sistemas Patriot fabricados nos EUA tenham aparecido brevemente na Eslováquia, eles foram retirados. A iminente saída do sistema italiano deixa a Eslováquia sem alternativa para proteger o seu espaço aéreo, levantando sérias preocupações de segurança.

Recentemente, o Ministro da Defesa do país, Robert Kalinak, também criticou a decisão de fornecer assistência militar à Ucrânia em detrimento da segurança da Eslováquia.

Kalinak disse que o fracasso do governo anterior em garantir a substituição de equipamento militar crucial entregue à Ucrânia poderia ter repercussões a longo prazo, podendo levar anos para ser resolvido.

Desde que assumiu o cargo em Setembro do ano passado, Fico, conhecido pelo seu cepticismo em relação à posição ocidental sobre o conflito na Ucrânia, suspendeu a ajuda militar da Eslováquia a Kiev. Numa recente declaração nas redes sociais, ele prometeu não enviar tropas eslovacas para a Ucrânia, mesmo que isso colocasse em risco o seu cargo de primeiro-ministro.

Assistência militar da Eslováquia à Ucrânia

A Eslováquia, sob um governo anterior de centro-direita, foi o primeiro país a fornecer sistemas de defesa aérea à Ucrânia. Colaborando com a Polónia, defendeu um maior apoio militar ocidental.

A Eslováquia entregou mísseis de defesa aérea S-300 e 13 caças Mig-29 da era soviética à Ucrânia, quando outros ainda estavam a deliberar sobre o seu curso de acção.

Nessa altura, o então Ministro da Defesa instou o povo eslovaco a reflectir sobre o seu passado. “Durante a Segunda Guerra Mundial, a Eslováquia – então parte da Checoslováquia – esperava que outros países a ajudassem a enfrentar a Alemanha nazi, o que não poderia fazer sozinho”, disse ele.

No entanto, o arsenal de armas  ​​e aviões de guerra da Eslováquia diminuiu significativamente devido às contribuições para a Ucrânia, limitando a sua capacidade de assistência adicional.

Depois, nas eleições gerais de Outubro de 2023, Robert Fico chegou ao poder, garantindo uma vitória estreita. Fazendo campanha com o compromisso de se abster de enviar qualquer munição para a Ucrânia, o seu partido Smer, originalmente de tendência esquerdista, mudou para posições de direita em matéria de imigração e questões culturais, alinhando-se com forças pró-russas em resposta às posições pró-ucranianas de políticos. rivais.

Fico opôs-se consistentemente às sanções contra a Rússia, afirmando que a ajuda militar prolongaria o conflito, e defendeu conversações de paz, enfatizando que a violência contínua não beneficiaria ninguém.

Em 8 de novembro de 2023, o governo da Eslováquia, liderado por Fico, recusou-se a fornecer à Ucrânia um 14º pacote de assistência militar no valor de 40,3 milhões de euros, previamente aprovado pelo antigo Ministro da Defesa do país.

A razão declarada foi que a Ucrânia já tinha recebido 13 pacotes, totalizando 671 milhões de euros, que incluíam não só ajuda militar, mas também assistência humanitária, como material médico e combustível.

No entanto, apesar da relutância inicial, Fico suavizou a sua posição em Janeiro de 2024 e garantiu ao primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, o apoio contínuo à adesão da Ucrânia à UE e comprometeu-se a não obstruir 50 mil milhões de euros em ajuda financeira da UE.

A Eslováquia destaca-se como um dos membros seleccionados da NATO que colaborou com a Ucrânia na produção conjunta de armamento crucial.

Em parceria com o fabricante privado da Ucrânia, a Kramatorsk Heavy Duty Machine Tool Building Plant (KZVV), a Konstrukta-Defence, de propriedade eslovaca, está ativamente envolvida no desenvolvimento conjunto de um novo obus autopropelido de 155 mm. Este esforço combina a experiência técnica eslovaca com conhecimentos provenientes das experiências da Ucrânia no campo de batalha.

O Presidente do Parlamento Eslovaco, Peter Pellegrini, esclareceu em Janeiro que o país iria manter os contratos de defesa privados, mas afirmou que a ajuda militar não seria enviada para a Ucrânia a partir dos armazéns do exército nacional.

FONTE: The Eurasian Times

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Jefferson B
Jefferson B
9 meses atrás

Por que ele não compra o mesmo sistema dos italianos?
Basta comprar umas 2 ou 3 baterias completas, sem dúvidas os italianos aceitariam até alguma parceria na modernização e desenvolvimento dessa futura arma.
Acho chato um país ter que ficar refém da defesaaerea de outro, principalmente algo caro. É complicado!

JS666
JS666
Responder para  Jefferson B
9 meses atrás

Uma bateria seria suficiente, mas qualquer artilharia AA de longo alcance é caríssima, fora do orçamento militar deles.

Bernardo
Bernardo
Responder para  JS666
9 meses atrás

Dá pra comprar pq a UE tem financiamento pra isso (se for pra isso, se for pra indústria europeia etc). Mas vai demorar muito tempo pra entregar pq a fila tá longa

deadeye
deadeye
Responder para  JS666
9 meses atrás

Eles compraram 18 F-16 Block 70, dinheiro não é problema

Paulo Sollo
Paulo Sollo
9 meses atrás

Que Trairagem.
Os “aliados muy amigos” da otan convenceram os eslovacos a entregar seus sistemas AA para Zelensky e agora lhes viram as Costas deixando-os totalmente vulneráveis.

Lições demonstradas: quem é pobre dentro da otan é tratado como membro de terceira classe. Não há igualdade de tratamento nem empatia entre os membros da otan.
Só deve entrar nas aventuras militares da otan que pode se sustentar. País pobre que dá o pouco que tem acaba sem nada ao depender dos outros para sua própria sobrevivência.

Que sirva de lição. Se explodir uma guerra continental, na hora de puxar o cobertor curto da otan, os pobres do leste cumprirão o papel para o qual foram atraídos. Escudos que serão destroçados, carne de canhão.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Paulo Sollo
9 meses atrás

Realmente, aqui quem mudou de posição foi a OTAN…

Underground
Underground
Responder para  Hcosta
9 meses atrás

“Depois, nas eleições gerais de Outubro de 2023, Robert Fico chegou ao poder, (…) alinhando-se com forças pró-russas em resposta às posições pró-ucranianas de políticos rivais.”

Orivaldo
Orivaldo
Responder para  Paulo Sollo
9 meses atrás

Quem vai Atacar a Eslováquia? Kkk

Paulo Sollo
Paulo Sollo
Responder para  Paulo Sollo
9 meses atrás

Mais uma o observação.

Ao convencer a Eslováquia a entregar o pouco que tem a Zelensky e depois deixá-los sem proteção, os maiores da otan buscam forçar a Eslováquia a comprar novos sistemas deles.

Como sabemos, um dos principais impulsionadores do apoio da otan à Ucrânia foi a possibilidade de se livrarem de equipamentos antigos e comprarem novos sem resistência das populações.

Quem entra na otan tem que gastar com a indústria do bloco ou será marginalizado.

Jefferson B
Jefferson B
Responder para  Paulo Sollo
9 meses atrás

“Gastar com a indústria do bloco ou será marginalizado”.
É lógico, você esperaria que os membros da otan comprariam armas de onde?
Estão certos comprar do bloco, gerar pesquisas, empregos e desenvolvimento nos membros do bloco.
Não faria sentido ter armamento de outro local.

Bernardo
Bernardo
Responder para  Paulo Sollo
9 meses atrás

não tem sentido a OTAN apoiar (e gastar) com alguém que apoia Putin, hoje a maior ameaça deles. ele também parou de contribuir com o bloco, o bloco parou de contribuir com ele. é do jogo, ele fez o show dele pra ser eleito e já sabia.
ele pode sair da OTAN quando quiser, é só seguir a burocracia lá e pedir defesa aérea ao Putin. e aí lida com as consequências disso.
o que não dá é pra fazer o que quer e não esperar que ninguém reaja. ngm é bobo (de nenhum dos lados). muito menos ele.

Rui Mendes
Rui Mendes
Responder para  Paulo Sollo
9 meses atrás

A propaganda Russa, não diria melhor, faltava á verdade, mas isso são pormenores.

deadeye
deadeye
Responder para  Paulo Sollo
9 meses atrás

“escudos que serão destroçados” A Rússia não passou da Ucrania e vai chegar na eslovaquia

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
9 meses atrás

Os caras doaram o pouco que tinham pra Ucrânia, receberam um sistema AA “emprestado” e, durante esse tempo, ao invés de comprarem seu próprio sistema AA, fizeram corpo mole.
E agora, ficam chorando pelo AA emprestado ser levado embora.

Achei que o único país que terceirizava sua Defesa fosse só a Ucrânia…

Maicon
Maicon
9 meses atrás

O importante é ter SAMP-T “defendendo” Odessa dos ataque russos (será ?).

Heinz
Heinz
9 meses atrás

Esse sistema é muito interessante, acredito que é um forte candidato a ser adquirido pelo EB.

737-800RJ
737-800RJ
Responder para  Heinz
9 meses atrás

Seria um sonho, mas além do sistema ser caro, os mísseis são também salgados: custam (Aster 30) quase 4 vezes mais do que o Barak-8, por exemplo.

Fonte:

https://missiledefenseadvocacy.org/missile-defense-systems-2/missile-defense-systems/missile-interceptors-by-cost/

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Responder para  Heinz
9 meses atrás

Heinz….não sei se foi o Bardini ou se foi o bosco que comentou algo sobre radar ser caro e que a tropa pode se locomover o dia todo que ainda estará sob cobertura radar, isso me fez refletir um pouco sobre a artilharia antiaerea nacional….não sei se eles lerão esse post….mas vamos lá:
O SABER M60 mesmo que ainda faça uma cobertura da tropa este ainda precisa ser retirado da viatura e montado, ou seja, enquanto essa tropa estiver em deslocamento essa estará sem defesa antiaerea operando na sua capacidade plena, a opção seria ter um segundo radar de backup, mas aí o custo sobe.
Me parece que o saber m60 (sem uma versão mobile) serve para defesa de curto alcance de estruturas (situações estacionárias bem específica) e essas baterias (rbs-70) seriam melhor aproveitadas por um radar mobile como um giraffe 1x por exemplo que pode ser usado durante deslocamento (excelente para defesa de tropa).
Os especialistas podem detalhar melhor, mas a impressão que tenho é que tanto o EB quanto força aérea estão remontando do zero uma defesa antiaerea. Acredito muito no potencial do Saber M200 e espero que este seja um requisito do futuro sistema de médio alcance, mas antes disso precisa terminar de estruturar a defesa de curto alcance…abraço

leonidas
leonidas
Responder para  Heinz
9 meses atrás

Deve estar falando do sistema que ficará no lugar do italiano né? kkkkk
Porque de terrabrazilis dinheiro só sai para carnaval ou para algo que tenha valor dual para os cumpadi….

No One
No One
9 meses atrás

Mas os eslovacos são daqueles que gastam 2 % do PIB com a defesa, não precisam de ninguém … Já a Italia só rouba a OTAN, não contribui em nada .

Comentário nível Trump .

Jefferson B
Jefferson B
Responder para  No One
9 meses atrás

Se esse Trump for eleito vai acabar com os EUA.

BraZil
BraZil
9 meses atrás

Bom dia. Que pagamento a Eslováquia recebeu hem…essa coalizão OTAN está de brincadeira..

Monarquista
Monarquista
Responder para  BraZil
9 meses atrás

Ele tentou se alinhar com o filho da Putin.

Rui Mendes
Rui Mendes
Responder para  BraZil
9 meses atrás

Pagamento???
A Eslováquia não foi expulsa da OTAN, apenas retiraram uma bateria de defesa-aérea.
Continua a ser protegida pela OTAN, só lhe fizeram ver, que como ele não cumpriu com a palavra do anterior governo do seu país, de continuar a ajudar a Ucrânia, os outros sócios da OTAN, têm que o substituir nisso, e aquela bateria Italiana, neste momento,é mais necessária em outros sítios.

Orivaldo
Orivaldo
9 meses atrás

Nós sabemos como é amigos. E olha que nosso território é bem maior rsrsrs

Fabio
Fabio
9 meses atrás

Não quer ajudar na guerra, fica sozinho então

Mjgborges
Mjgborges
9 meses atrás

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

alexandre
alexandre
9 meses atrás

COMENTÁRIO APAGADO.
OS EDITORES AVISARAM MILHARES DE VEZES E A PACIÊNCIA ACABOU.
LEIAM AS REGRAS DO BLOG:
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Akhinos
Akhinos
9 meses atrás

O SAMP / T é um sistema de médio alcance, ele não é um substituto perfeito do Patriot. Provavelmente os eslovácos agora terão que comprar uma bateria Patriot. E pelo que andei investigando esse SAMP / T tem um custo benefício que o torna um dos piores sistemas de todos.

Rui Mendes
Rui Mendes
Responder para  Akhinos
9 meses atrás

Claramente investigas-te muito mal.
Ele tem um alcance de 120km e está quase pronto, o seu mais moderno block, que aumenta ainda mais, as suas excelentes capacidades actuais.

Cláudio Pistori Júnior
Cláudio Pistori Júnior
9 meses atrás

A Eslováquia ficará como o Brasil SEM DEFESAS ANTIAÉREA.

rfeng
rfeng
9 meses atrás

E só o começo, tá começando a faltar aí o meu vem e primeiro lugar.

Coronel Bakala
Coronel Bakala
9 meses atrás

EDITADO

BraZil
BraZil
9 meses atrás

Bom dia. Ok, colegas tentaram justificar o fato, mas ninguém acha estranho uma coalizão de “superpotência e potências”, precisar retirar um sistema crucial de um membro, para instalar em outro? lendo nas entrelinhas é um recado para a Eslováquia? (Apoie); para os EEUU? (não nos abandonem); para a Rússia? (finalizem logo) ou simplesmente: estamos falidos em termos de sistemas disponíveis para essa guerra…

Ricardo
Ricardo
9 meses atrás

Como diria Aristoteles -> “Quem não sabe brincar, não desce para o play”… Essa Eslovaquia precisa entender que algumas responsabilidades devem ser assumidas, principalmente quando se tem uma vizinhança repleta de invasores imbecis. Se for para depender dos outros é melhor mandar um whats para o Putin e dizer que esta tudo liberado.