35º aniversário da retirada soviética do Afeganistão

Nesta quinta-feira, 15 de fevereiro , se dá o 35º aniversário da retirada da União Soviética do Afeganistão.

Embora a invasão soviética do país tenha sido um incidente doloroso e desagradável para o povo, resultando em mais de um milhão de mortes de afegãos, milhares de feridos e milhões de pessoas forçadas a migrar.

O ataque da União Soviética ao Afeganistão, que levou a uma guerra que durou uma década no país, resultou em extensas perdas materiais e humanas.

Em Dezembro de 1979, a antiga União Soviética enviou milhares de soldados ao Afeganistão para controlar política e militarmente o país.

Em 15 de fevereiro de 1989, as últimas unidades do exército da antiga União Soviética foram forçadas a sair do Afeganistão devido à resistência dos Mujahideen, encerrando a sua presença de uma década no país.

A invasão do Afeganistão pelo antigo Exército Vermelho Soviético marcou o início daquilo a que os afegãos hoje se referem como a “guerra dos quarenta anos”.

Entretanto, os talibãs celebraram o dia da retirada da União Soviética do Afeganistão na quinta-feira, 15 de Fevereiro, e afirmaram que o Afeganistão alcançou a vitória três vezes no último século, recuperando cada vez a sua “liberdade e independência”.

De acordo com a declaração, a recente libertação do Afeganistão da nova ocupação em Agosto de 2021, com assistência divina, sublinha o forte sentido de independência do povo afegão e a sua determinação em proteger a sua religião e a sua pátria.

Especialistas afegãos alertam que a situação actual no Afeganistão é terrível, com uma crise humanitária catastrófica. O país enfrenta desafios como a pobreza, a escassez de água e energia, as baixas taxas de alfabetização, as violações dos direitos humanos e as políticas opressivas dos Taliban, colocando tudo em risco e conduzindo ao pior colapso da sua história.

Apesar dos progressos realizados nos últimos 20 anos, as conquistas do Afeganistão estão agora em perigo devido a estas questões prementes. O país enfrenta desafios sem precedentes, que põem em perigo a sua estabilidade e o seu progresso.

FONTE: KhaamaPress