Exército dos EUA cancela o Programa FARA de helicópteros de reconhecimento e ataque
O Exército dos EUA está reformulando seus planos de modernização de aviação, cancelando o programa Future Attack Reconnaissance Aircraft (FARA) e encerrando a produção do Sikorsky UH-60V Black Hawk. O Exército se comprometeu a adquirir mais variantes do UH-60M e a iniciar a produção do Boeing CH-47F Block II Chinook.
Também vai atrasar a produção do motor GE Aerospace T901 para garantir sua integração com o AH-64 Apache e o UH-60. A decisão, que surpreendeu após o encerramento dos negócios em 8 de fevereiro, foi baseada em uma avaliação rigorosa do campo de batalha moderno e resultará na desativação dos UAVs RQ-7 Shadow e RQ-11 Raven.
A mudança nos planos libera recursos, permitindo que o Exército prossiga com uma aquisição plurianual do Black Hawk UH-60M e atualizações associadas, e a produção do CH-47F Block II. O Exército continuará com o Bell V-280 e aumentará o investimento em P&D para melhorar as capacidades de reconhecimento não tripulado.
Essa abordagem reflete as lições aprendidas no campo de batalha, especialmente na Ucrânia, onde se observou que o reconhecimento aéreo mudou, com sensores e armas em sistemas não tripulados e satélites sendo mais acessíveis e abrangentes. O Exército visa acelerar a inovação e aquisição de sistemas modernos de aeronaves não tripuladas.
O cancelamento do FARA segue uma série de outros cancelamentos de programas de helicópteros de reconhecimento do Exército nas últimas décadas, refletindo uma mudança potencial para missões de reconhecimento armado utilizando ativos não tripulados e baseados no espaço. O Exército havia planejado testes de voo do protótipo competitivo do FARA para 2023, mas estes foram adiados devido a atrasos no motor T901.
Tudo tem seus pontos positivos e negativos, pelo visto obtiveram tecnologia amadurecida o suficiente para passar o bastão da missão para os SARP, já não tinha sentido colocar em risco 2 vidas humanas em helicópteros de ataque, só precisava resolver as “ressalvas”.
PS – Como nunca adquirimos helicópteros de ataque poderíamos pular esse etapa e investir de vez nas novas tecnologias SARP e SMRP.
Pelo que sei, esse programa tinha a ideia de criar um helicóptero rápido para que pudesse sere usado como transporte de tropas nas ilhas próximas da China uma vez que navios estariam sujeitos a ataques de costa.
Se cancelaram o projeto, pode ser que todo o projeto de “possível guerra com a China” tenha ido por água a baixo
Esse programa continua e foi vencido pelo V-280 Valir da Bell
Esse é de reconhecimento
Esse programa visa substituir os Apaches que estão no lugar do OH-58 Kiowa.
Vale ressaltar que esse programa não visa substituir os Apaches que exercem a função de “ataque” mas tão somente os que estão exercendo a função de “reconhecimento”.
Valir = Valor
Se Um apache melhorado e considerado inadequado para operar numa guerra moderna, imagina o V-280. Que não é nada discreto no radar, infravermelho e acústica.
O V-280 deverá substituir o UH-60 na função de “helicóptero” (na verdade o Valor é um convertiplano) utilitário junto ao programa FLRAA.
Não existe nenhum programa que tem intenção de substituir o Apache na função de “ataque”.
O programa ora cancelado (FARA) visava substituir os Apaches que fazem papel de “reconhecimento” e seleção/designação de alvos para fogo de artilharia e helicópteros de ataque.
Essa função antes era exercida pelo OH-58 Kiowa que foi retirado em 2017 e substituído por alguns Apaches.
Cancelaram por conta de drone de novo
Uma pena que esse programa foi cancelado. Torcia para a Sikorsky emplacar o conceito de helicóptero composto que ainda não existe.
tava torcendo pelo “Comanche 2.0” kkkk
agora é bota é no Comanche 3 que vira na versão drone, oremos
Parece que só vamos ver o conceito de “helicóptero composto” nos EVTOL.
Esse era o último programa que previa a operação desse tipo revolucionário de helicóptero que em 70 anos nunca emplacou.
Agora creio que não vai ter mais tempo para desenvolverem um helicóptero composto com motorização por turbina já que a tecnologia de motores elétricos está se desenvolvendo rapidamente e tudo indica que vai haver um salto direto para helicópteros compostos elétricos ou híbridos com motores elétricos para acionar os rotores.
Helicóptero ou similar tripulado, só em missões de busca e resgate ou transporte de carga, atrás das minhas se contato ou em locais com pouca ou nenhuma defesa anti-aéreas. Ações como na guerra do Vietnã ou guerra do golfo, onde dezenas de helicópteros desembarcavam tropas ou atacavam MBTs sem defesa anti-aérea de curto alcance, só em operações em países miseráveis ou contra grupos guerrilheiros igualmente miseráveis e sem apoio externo. Do contrário e suicídio.
O Exército se comprometeu a adquirir mais variantes do UH-60M e a iniciar a produção do Boeing CH-47F Block II Chinook.
quem precisa ta uma atualizada tb é o Chinook, mas deixem a Boeing de fora
CH47 Chinool Max.
Imagine ai uns 12 chinooks, 25 AH 1 – Z Viper, e uns 40 UH60M, aqui no Brasil.
Seria um sonho, nem precisaria do Apache.
chinooks pra Amazônia seria top
mas se o EB pegar Black Hawk pra mim ja é milagre só por ter feito a compra
EB já tem Blackhawks
tem ~4 UH60 de 300 anos
to falando de coisa mais nova
Olá Colegas.
Quando um programa militar brasileiro é cancelado geralmente há uma tempestades de “nhém-nhém-nhém” (os mais velhos devem se lembrar de FHC… os mais novos só conhecem “mi-mi-mi”).
Pois bem, programas militares podem ter continuidade, podem atrasar, podem mudar no meio e podem ser cancelados.
É preciso entender cada caso.
Eu absolutamente concordo que muitos programas brasileiros foram cancelados de modo negligente, o quê custou muito caro anos depois.
Outros programas foram cancelados de modo justificado, mesmo que nem sempre concordamos.
Meu ponto é passarmos para a próxima fase e discutir programa por programa, evitando o espírito Hardy Har Har.. “Oh vida, Oh céus, Oh azar, isso não vai dar certo”
Cancelar devido a mudanças das condições no mundo ou pq no futuro não sera tão importante daz parte…mas cancela por falta de planejamento ou desorganização financeira é outro caso.
Exato. Por isso eu acho que precisamos ver cada caso, para não criticar o foi uma decisão sensata e elogiar uma decisão perdulária.
O programa foi cancelado por questões estratégicas. Aqui os programas são cancelados, apenas para ilustrar o tópico e seguindo uma lógica a Lá Jobã, “a coisa é demais para nós”.
Caro. Como eu disse, não dá para achar que todo programa militar dos EUA é perfeito e todo programa brasileiro é mequetrefe.
Este tipo de simplificação prejudica o debate.
Devemos elogiar as decisões acertadas e criticar com todo o pulmão contra as decisões mal arranjdas
Aqui os programas são cancelados e reclamamos , pq 90% da verba vai para pessoal ativo inativo e se duvidar falecido
Caro. Todo projeto de alta tecnologia consumirá a maior parte dos recursos com pessoal. Geralmente, estes projetos envolvem engenheiros e cientista com doutorado, alguns com muita experiência.
Isso aqui e em qualquer lugar do mundo.
Outra coisa são os gastos como um todo do MinDef; Inclusive, tão ou mais grave que gastar praticamente 85% com folha de pagamento é gastar mais com pessoal inativo do que com o pessoal da ativa
“É preciso entender cada caso.”
Você é um caso curioso, Camargoer.
Normalmente, nos seus próprios comentários, você já traz elementos que te levariam a uma conclusão diferente.
Sim, é preciso tratar cada caso com suas peculiaridades.
Uma das principais e fundamentais peculiaridades é a seguinte:
Você tem 10 ovos pra fazer uma omelete para alimentar um grupo de pessoas.
Se você resolver jogar um dos ovos na parede, o prejuízo ao grupo de pessoas será muito superior do que o prejuízo caso você tivesse mil ovos e resolvesse jogar um na parede.
Apesar de ser indesejável e trazer prejuízos ao contribuinte dos EUA, se há alguém que pode se dar a esse luxo são eles, pois além de terem bastante gordura para queimar com projetos descontinuados, sem grandes “GAPs”, os recursos destinados a esse projeto dificilmente causarão impactos significativos em outros projetos.
No nosso caso, além de já haver um grande “GAP” em várias áreas, o que não permite muitas tentativas e erros, o recurso destinado a um projeto descontinuado poderia ser fundamental para outros projetos, que acabam sendo descontinuados, também, ou realizados aquém do planejado, por completa ausência de recursos.
Então, como você mesmo nos traz, “é preciso entender cada caso”.
Talvez seja curioso fazer um debate franco, expondo inclusive as contradições e limitações de cada argumento. Nenhum argumento consegue ser absoluto quando tratado de modo mais profundo.
Uma vez, creio que foi Roosevelt, disse que procurava um economista que tivesse perdido um braço, um maneta, porque toda vez que ele consultava um dos seus conselheiros sobre economia, eles faziam um diagnóstico… e completavam no final “on other hand”
Imagino que seus ovos e omeletes sejam uma metáfora do orçamento de defsa dos EUA, o qual sozinho é maior que a soma dos orçamentos de todos os demais países.
Os EUA gastam cerca de 3% do seu PIB em defesa, ao mesmo tempo que há um crítica generalizada sobre a dívida pública dos EUA, cortes de impostos dos mais ricos e redução dos gastos sociais, inclusive para a saúde pública.
Neste contexto, ao invés de jogar ovos na parede, é melhor dar os ovos para alguém que precisa.
Sobre o sucesso e fracasso dos programa militares no EUA, no Brasil ou em Shangri-Lá, existem programas cujo cancelamento é justificado. Outros, são um fracasso por negligência e precariedade gerencial.
Sou um crítico do modo como as forças armadas brasileiras são perdulárias e anacrônicas, desperdiçando recursos escassos. Contudo, estas críticas precisam ter algum embasamento. È cansativo ler queixas baseadas no achismo e desleixo. Nem dá para debater este tipo de comentário.
Tirando o Bell 360 Invictus, o resto era um mais feio que o outro. Na minha opinião seria um gasto desnecessário, o Black Hack e o Apache cumprem essas missões com um pé nas costas, e provavelmente por um valor menor.
Lições aprendidas na Ucrânia.
Apenas meios não tripulados e satélites ISTAR sobrevivem no campo de batalha moderno.
Penso que o Apache só não foi desativado porque está recebendo o Spike NLOS.
É que nem os projetos de MBTs e demais blindados, vão todos voltar as prancheta para reavaliação.
Muitas certezas caíram por terra de ambos os lados.
Gastam bilhões de dólares ou trilhões em projetos de aviões e helicópteros de última geração e o mesmo país fabrica armas portáteis de 5 mil dólares que consegue abater aeronaves milionárias que ele mesmo fabrica.
Tá virando um hábito cancelar programas de helicópteros de reconhecimento e ataque.
A grana ficou curta?! Mandaram tudo para a Ucrânia?!
não… a Ucrânia mandou a real de quais meios são o futuro…
O Bell Invictus é belíssimo…
Agora não importa mais já que o programa foi cancelado mas essa foto do Invictus é mais antiga. A versão proposta era dotado de rotor de cauda convencional e não do tipo “fenestron”
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Seria “Futurismo” demais ou custos excessivos?
A vontade de fazer um trocadilho com o termo “Farra” é grande…
Pergunto qual a validade de um meio aéreo como o Tucano em ambiente com intenso uso de sistema portátil ou média altura anti aéreo ….?
Nossas força aérea necessita reavaliar também seus meios …
O cenário sul americano é diferente da Ucrania.
Será que não podem sair projetos derivados para o meio civil? Mas, imagino que não compensem financeiramente pelo nível de inovação…
Ok
Mas ninguém falou sobre cancelar os CCs caríssimos e esmagados por drones domésticos.
Acho que está na hora do EUA rever conceitos sobre cavalaria mecanizada também.