Banco do Brasil encerra financiamento a indústria de armas; setor e Defesa reagem
O Banco do Brasil enviou um comunicado a empresas de defesa para informar que, a partir de agora, não vai usar mais capital próprio para fazer negócios com elas. Cabe ao governo federal destinar recursos para, por exemplo, garantir exportações, apurou o repórter Julio Wiziack, com Diego Félix, para a coluna Painel S.A., do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a apuração, com a nova política, a instituição financeira se junta aos demais bancos privados que, por razões de governança, não fazem negócios com empresas que produzem artigos destinados a guerras, como armas, equipamentos ou veículos.
A notícia desagradou o governo federal e José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, disse que já se reuniu com a presidente do BB, Tarciana Medeiros, que, por sua vez, prometeu avaliar uma possível ampliação do Proex (Programa de Financiamento às Exportações) para ajudar o setor, que, atualmente, responde por 4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Os contratos em curso serão honrados, mas a instituição determinou que não haja contratos novos.
A situação implica as empresas Mac Jec, CBC, dona da Taurus, Mectron e Avibrás, informa o veículo.
FONTE: br.tradingview.com
A indústria de defesa está atrelada a política de Estado. Dito isso, esse papel deveria ser do BNDES, uma empresa pública de fomentoque não possui acionistas estrangeiros e que pode sofrer pressões externas como o BB.
Como postei no ultimo artigo, o BB é de economia mista. 50% das ações pertencem ao governo Brasileiro.
Desta feita, me parece estranho mudarem a política sem nem avisar o acionista majoritário antes.
Caro. A pergunta mais interessante é sobre esta política de governância.
Governança é uma dentre várias muletas semânticas e corporativas de significado embaçado, apropriadas às mais diversas desculpas esfarrapadas, geralmente dadas em questões polêmicas, por altos (e baixos) executivos.
Serve pra quase tudo nos “manuais de integridade corporativa” que se espalharam como praga mundo afora (já tive a infelicidade – ainda que paga, o que ameniza o aspecto infeliz – de organizar e traduzir em linguagem minimamente inteligível alguns desses manuais escritos originariamente num português de outra dimensão linguística, em trabalhos de inserir goela abaixo, ops, comunicar seus bizarros preceitos aos colaboradores de algumas empresas importantes por aí…).
Pois é. Muito jargão…
muito estranho….
Olá Dagor. Pelo que entendi, há um entendimento que os banco brasileiros não irão mais financiar exportações ou vendas de armas. Por outro lado, o BNDES abriu recentemente uma linha de financiamento para exportação para o setor de Defesa.
Eu só precisaria entender o que seria esta prática de “governância”.
” Governança”
ESD e afins ..
E.S.G. Environmental, Social and Governance.
Bnds só para os irmãos joesley
penso o mesmo…. o BB esta sofrendo pressões de seu acionista externos… o que de quebra serve para fortaleza as industrias de armas estrangeiras…
Um banco público que teria por finalidade ser estratégico fazendo isso por pura lacração. Que beleza de administração e visão de soberania, parabéns aos envolvidos, _________
COMENTÁRIO EDITADO. NÃO DESVIE A DISCUSSÃO PARA O PROSELITISMO POLÍTICO E IDEOLÓGICO E PROVOCAÇÕES QUE NÃO AGREGAM NADA AO DEBATE.
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Caro. Por muito tempo, o Banco do Brasil foi o emissor de moeda, banco de fomento para exportação e importação e um monte de coisas… a partir da década de 60, foi criado o Banco Central, que assumiu a responsabilidade de emitir moeda e servir como agente de crédito para o sistema financeiro. Antes, o BB era ao mesmo tempo banco e agente de crédito dos demais bancos. Com a criação do BNDE, que depois virou BNDES, o BB reduziu a sua atuação como agente de fomento, mas continuou sendo um agente de financiamento de exportação e exportação. O BB… Read more »
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“A notícia desagradou o governo federal e José Múcio”
a presidente do BB, Tarciana Medeiros, foi indicada pelo atual presidente , isto esta parecendo uma joga de marketing ou cortina de fumaça
teatro
Geralmente o Prsidente do Conselho de Administração do banco é o número 2 da Fazenda. De qualquer forma, a conversa deveria ser com o Haddad. Parece que o Ministro da defesa está prestigiado.
Errado não está!
O BB é um banco comercial que deve priorizar negócios rentáveis, e os clientes externos da indústria de Defesa do Brasil por vezes são países que estão implicados em sansões internacionais. Em resumo esse tipo de operação submete a empresa a riscos desnecessários.
Deveríamos ter uma agência de crédito e promoção de exportações especializadas a modelo da Rússia.
BNDES.
Deveríamos evitar expor o BNDES a possibilidades de sanções estrangeiras , muitas infraestruturas sociais dependem do financiamento do BNDES.
O Brasil tem uma política bem transparente de exportação de armas. Uma alternativa que poderia ser incorporada no arcabouço brasileiro seria um programa de vendas governo-governo.
Por exemplo, teria sido possível vender os Guarnis para a Argentina sem os problemas relacionados com as regras internacionais para financiamento. As operações internacionais de crédito possuem regras que precisam ser seguidas, inclusive as tais “compliamce” (outro nome bonitinho junto com “gorvenança”)
Mais um cabide? Não cansa não?
Já era para banco do Brasil ser privatizado, e muda o nome para banco dos acionista assim brasileiros sabe pra que ele serve, bancos públicos nao importa as instituições serve sim pra fomentar a indústria, o agro, e o comércio essa utilidade dos bancos públicos, se ele não tem utilidade vende o banco.
Caro, O BB é responsável por todo o financiamento para agricultura. Também é o banco responsável pelas contas do governo federal. O BB também financia exportação e importação de produtos industriais e commodities (agora, exceto armas e munições). O BB também ser servido para atuar em políticas anticíclicas, Por exemplo, na crise de 2008, os bancos privados encerram todas as linhas de crédito, inclusive para as empresas, o que poderia ter levado a uma reação em cadeia (como aconteceu nos EUA e na Europa). O BB manteve as linhas de crédito abertas, o que abrandou a crise no Brasil.
A Taurus já tem uma fábrica na Florida, isso vai empurrar ainda mais produção pros EUA.
Na foto da matéria o Astro “esverdeado” é do exército da Indonésia ou do CFN?
Esse banco de Brasil nao tem nada
Se o ministro da defesa tivesse coragem era só pedir para todas as tropas e pessoal da reserva fazer portabilidade para outro banco (uma vez que a esmagadora maioria dos funcionários públicos federais tem conta no BB), acho que o recado seria dado!!!
E ontem cortaram também 70% do orçamento Adminisrativo do ministerio da Defesa… Não vai mais ter café lá , nem xerox , nem tinta para impressora.. Isso com a desculpa de alocar o dinheiro pro PAC…. Porque do ministério da Defesa ? Tem outros também para cortar a verba administrativa: por que não ministerio da Cultura? ou povos indigenas? … entre tantos… Se quer ter 37 ministério que se tenha dinheiro para todos
A situação do orçamento federal ficou desfuncional depois que o parlamento assumiu o controle de uma parte substancial por meio de emendas.
Sobre a redução do custeio, isso afetou também o MEC. As universidades estão com uma verba de custeio este ano menor que ano passado.
Veja, a pressão para deficit zero sem aumento de impostos só pode ser alcançado por corte orçamentário.
Os gastos com pessoal ativo e inativo é prioritário. Investimento em infraestrutura e, no caso do MInDef, a continuidade dos programas de aquisição de equipamento, também precisa ser mantido. Só sobra o custeio para ser cortado.
Nossos inimigos agradecem ao presidente do Banco do Brasil. Cuidado! Isso pode configurar traição à Pátria.