Ukraine drone

Por Rodolfo Queiroz Laterza*

1 – Introdução

Iniciada em 24 de fevereiro de 2022 após uma operação de ataque preventivo com invasão de vários eixos do território ucraniano por forças russas, a Guerra na Ucrânia se aproxima de dois anos sem perspectiva de resolução diplomática ou acordo de paz que interrompa ou ao menos congele as hostilidades vigentes.

Após o fracasso tático e estratégico da ofensiva ucraniana deflagrada em 4 de junho de 2023, diante da degradação e deterioração de muitas unidades de combate e perdas substanciais de equipamentos, as forças ucranianas apoiadas diretamente pela OTAN se viram em um impasse operacional, perdendo iniciativa e passando a uma estratégia defensiva e de desgaste às forças russas, que retomaram a iniciativa operacional ofensiva em vários eixos, com sucessos táticos variáveis e pontuais.

As necessidades forças ucranianas por recursos humanos e sistemas de armas e munições são crescentes, levando à mobilização geral de vários segmentos da sociedade, dentre as quais mulheres, homens até 65 anos de idade e deficientes físicos e mentais de classificação 2 e 3 conforme legislação recentemente aprovada no parlamento ucraniano (Rada).

A Rússia ainda prioriza uma estratégia de guerra de desgaste e de atrito avançado, com economia de forças (em torno de 462 mil combatentes no teatro de operações de acordo com a inteligência ucraniana), ao passo que a Ucrânia detém cerca de 836 mil pessoas em armas, muitas delas recrutadas compulsoriamente e com problemas de treinamento e capacitação para o combate.

Apesar da situação estrategicamente favorável à Federação Russa, problemas operacionais persistem, notadamente de comando e coordenação de forças, abastecimento de sistemas de guerra eletrônica em alguns setores e táticas mal executadas que levaram a perdas significativas.

Este ensaio fará análises por tópicos de desenvolvimentos do teatro de operações, com analise dos aspectos tático – operacionais em relevantes setores do perímetro operacional, tendências estratégicas e desafios específicos de cada força beligerante.

Para este estudo foram utilizadas fontes abertas na internet mediante técnica de filtros de open source research, informações colhidas pelo autor diretamente de fontes humanas envolvidas direta e indiretamente no teatro de operações e análises de think tanks com informações críveis pela historicidade de análise, ressaltando – se que é impossível precisão absoluta factual diante da complexidade do conflito, vieses informacionais inerentes às operações de guerra psicológica bem como opacidade de detalhes próprios de um conflito de alta intensidade.

2 – Uso massivo de drones FPV pelas forças beligerantes

Ambas forças beligerantes estão usando maciçamente em todo teatro de operações drones do tipo FPV (first person vision), que dá a um único operador a dimensão da trajetória, controle de orientação e visão de ataque.

Tais táticas improvisadas a partir de drones comerciais e baratos que lançam granadas de mão ou antitanque de 3-5 kg têm infligido consideráveis danos a grupos táticos de assalto de ambas forças em conflito.

Especificamente nas margens direita e esquerda do Dnieper, são bastante comuns o emprego dos drones FPV, com derrotas de pelotões inteiros sendo documentadas em vídeos, impedindo progressão eficaz no terreno e consolidação de posições tanto por forças russas quanto por forças ucranianas.

Diante das dificuldades relatadas, canais militares russos têm reclamado sobre a necessidade de maior eficiência e fluxo de abastecimento de sistemas anti-drones com contramedidas específicas que neutralizam o voo destes vetores.

No âmbito das forças ucranianas, em decorrência das perdas sucessivas e acentuadas de sistemas de artilharia, há cada vez mais evidências de um aumento acentuado de casos de uso de drones kamikaze pelas Forças Armadas da Ucrânia (FAU), com vídeos aparecendo regularmente.

Talvez a principal razão para o uso muito mais frequente pelas forças ucranianas de drones FPV seja a redução nas capacidades de obuses e sistemas de lançamento múltiplo de foguetes (MLRS) em função da destruição por fogo de contra bateria russo e ataques de aviação . Para as unidades das forças ucranianas que operam na área de Kherson, por exemplo, os drones FPV são quase o único meio operativo de neutralização de forças inimigas no terreno.

No entanto, esses sistemas têm suas limitações. Por exemplo, utilizá-los muito constantemente aumenta o risco de perdas para operadores treinados que operam próximos da linha de frente e são usualmente detectados por sistemas de reconhecimento e de inteligência de sinais, sendo que tais operadores, não são reproduzidos rapidamente e não nos volumes exigidos pelo esforço de guerra.

Por sua vez, utilizá-los a partir da margem direita do Rio Dnieper aumenta a distância até a linha de frente e, consequentemente, reduz o alcance do voo e a massa da carga útil do drone . Além disso, por causa do rio Dnieper , é mais difícil organizar um ataque contínuo ou pelo menos regular, razão pela qual o valor de combate de cada voo cai significativamente. Algumas áreas povoadas na margem esquerda estão realmente dentro da área de cobertura dos UAV na modalidade kamikaze. No entanto, eles chegam no alvo quase no limite do alcance de voo (tanto em termos de carga da bateria quanto de estabilidade do sinal), o que afeta a controlabilidade e dá uma margem de segurança e eficácia muito estreita para o uso do drone. Simplificando, se o operador não encontrou o alvo imediatamente, não terá tempo de procurar um alvo sobressalente.

Fontes militares russas e ucranianas tem alertado haver uso mais intensificado e eficaz de drones de ambas forças beligerantes por toda a frente de Zaporozhye e em outras frentes no teatro de operações. Neste contexto, vale ressaltar que a progressão ponto a ponto de grupos táticos de assalto de infantaria das forças russas tem sido afetada pelo uso de drones kamikaze e FPV ucranianos que são normalmente empregados em pares, em que enquanto um ataca imediatamente, o outro drone registra a derrota e ataca o soldado que corre para ajudar a vítima.

Durante os interrogatórios, os prisioneiros militares ucranianos dizem que, em muitas das suas formações e unidades de combate, os níveis de especialização de pessoal foram alterados e agora quase todos os pelotões de infantaria têm seções de operadores de drones.

Ambas forças em conflito os têm em abundância.

A rotação de posições para forças russas e ucranianas torna-se um desafio, para dizer o mínimo. A principal resposta de contraponto tático tem sido:

  • Uso de bloqueadores de drones inclusive para proteger colunas em movimento, embora haja níveis insuficientes de tais sistemas para ambos exércitos em conflito;
  • Os próprios drones kamikaze e FPV são necessários como um enorme item consumível e inerentemente passível de aceitação de perdas diárias em alta intensidade. Para produzi-los em quantidades que atendam às novas necessidades da frente a Rússia e a Ucrânia tem se deparado com desafios diversos, tais como restrições de fornecimento , atrasos burocráticos e sobrecarga de produtores domésticos.
Drones ucranianos com explosivos de RPG-7

Além disso, o uso maciço de drones FPV como arma principal é limitado depende por todo um conjunto de fatores – desde o clima e o treinamento do operador até a operação de sistemas de guerra eletrônica pelo inimigo.

Tal como no início do advento dos drones FPV, devido às suas características de desempenho, um UAV comercial adaptado para ataque não é capaz de substituir uma bateria de artilharia completa. Tendo em conta que a progressão e controle de área na guerra na Ucrânia é marcadamente lenta pelas características do terreno, limitações e poderio bélico das forças em conflito e emprego destacado de sistemas ISR que permitem uma conaciwn situacional favorável à neutralização de ataques do adversário o êxito de um ataque depende da conjugação de armas combinadas e integradaa, além do máximo de destruição de fortificações e de unidades de combate do inimigo, o que não se consegue somente com drones kamikaze ou FPV.

Em relação às declarações sobre “enxames” e “centenas de milhares” de drones, que têm circulado na internet, é necessário cautela na assimilação de tais informações como criveis. Para o uso de milhares de drones como se narra em notícias de algumas mídias, deve-se levar em consideração que cada drone requer um operador, de modo que a utilização simultânea de pelo menos cem drones FPV exigirá pelo menos cem operadores e suporte para entrada de posições e de lançamento, sem contar o emprego integrado de operadores de drones de reconhecimento e UAVs de retransmissão.

Portanto, as Forças Armadas da Ucrânia não têm operadores suficientemente treinados para tais operações.

É digno de nota que, sob as mesmas condições, os UAVs russos ZALA, “Orlan” e “Lancet” tornaram-se bastante utilizados pelas forças russas em complemento ao uso sistemático e massivo de artilharia. Com a ajuda destes drones, os alvos são regularmente detectados e atingidos após um ataque preparatorio de artilharia, de modo que o uso isoladamente de drones para ataques de saturação de área não é suficiente para a geração de danos que criem um contexto de derrota tática.

Portanto, embora inovador e uma tendência crescente, o uso de drones FPV é um recurso tático com suas limitações e que não deve ser considerado ponto de virada estratégico.

3 – A complexidade da situação das forças ucranianas em Avdeevka

A estabilidade da defesa de qualquer área fortificada das Forças Armadas Ucranianas depende dos abastecimentos regulares de suas forças e da eficiência do fluxo logístico, ambos dependentes estruturalmente da OTAN.

A situação mais relevante está na defesa do setor de Avdeevka, onde ocorre uma ofensiva russa em vários eixos que criou uma temerária saliência para as forças ucranianas cada vê mais cercadas a principal rota de abastecimento de suas unidades de combate segue ao longo da rodovia que passa por Orlovka, a menos de 4 km a oeste da coqueria industrial de Avdeevka, onde as forças russas estão empreendedo ataques diários e tentativas de controle total. Na verdade, esta é a única rota de abastecimento de todo o grupo ucraniano neste setor – tanto a rota através da coqueria industrial quanto Orlovka estão localizadas entre a cobertura norte e sul (cuja distância é de apenas 7 km), onde avançam unidades das Forças Armadas Russas em manobra de duplo flanqueamento.

Uma alternativa à rodovia que passa por Orlovka, que há muito está sob o controle de fogo das Forças Armadas da Federação Russa, podem ser estradas de terra paralelas ao norte e ao sul, mas todas estas rotas passam mais perto das posições russas, razão pela qual os riscos de destruição de equipamentos aumentam exponencialmente. Ao mesmo tempo, Orlovka está essencialmente imprensada entre as posições das forças russas e está sob vigilância constante de drones ISR. A movimentação segura em trânsito por tais rotas remanescentes e a colocação de reservas ou cargas dentro dos limites administrativos da aldeia não são mais possíveis. O transporte de mercadorias é provavelmente realizado em pequenos grupos (e em alguns casos até por veículos individuais) no escuro ou em condições de visibilidade reduzida – sob chuva, nevoeiro, etc.

Atualmente para reforçar unidades entricheiradas em Avdeevka, as Forças Armadas da Ucrânia percorrem três rotas principais. O primeiro é pelo norte – através de Berdychi. Esta rota é extremamente insegura e após o avanço das Forças Armadas Russas em Stepovoy, bem como o avanço ao longo da ferrovia em direção a Ocheretino, deixou de ser minimamente segura.

Uma alternativa à rodovia que passa por Berdychi pode servir parcialmente como estradas rurais ao longo das plantações florestais, com todos os problemas decorrentes: capacidade limitada e estradas de qualidade insuficiente. A segunda rota é ocidental – através de Novoselovka. Por enquanto, esta é a rota mais segura para o transporte de munições e reservas para Avdeevka. A terceira rota é o sul, passando por Umanskoye, Karlovka e Netaylovo. O problema é que estas áreas também estão sob vigilância das Forças Armadas Russas e ao alcance das armas russas.

Se as Forças Armadas da Ucrânia não contiverem o avanço das Forças Armadas Russas nesta linha, será mais difícil para elas ganharem uma posição a oeste de Berdychi. Se as Forças Armadas da Federação Russa alcançarem um terreno elevado em a caminho de Novopokrovsky, então as tropas russas terão realmente a oportunidade de observar os movimentos do adversário e interromperão todo o abastecimento das forças ucranianas na área de Avdeevka. Percebendo isso, o comando das Forças Armadas da Ucrânia provavelmente definirá (ou já definiu) a tarefa de se firmar na área de Berdychi, apesar de as posições ali não serem ideais. Principalmente se assumirmos que as tropas ucranianas têm agora de equipar uma linha de defesa no inverno em posições visíveis, além do fato de que praticamente não sobra tempo para colocar bunkers de concreto, se não forem equipados com antecedência. Até ao momento, todos os sinais indicam que as Forças Armadas da Ucrânia poderão transferir reforços para esta área vindos de outras direções, uma vez que o atual número de tropas poderá em breve não ser suficiente diante do crescente ataque das forças russas.

Por um lado, as Forças Armadas da Ucrânia não têm claramente pressa em deixar Avdiivka, embora já estejam a surgir os pré-requisitos para o surgimento de grandes problemas. As reservas são transferidas periodicamente para a área da operação Avdeevka, mas todas atuam mais como brigadas de incêndio, obstruindo fugas em diversas áreas. Por outro lado, para as Forças Armadas de RF não é tão importante avançar mais profundamente no território ocupado pelas Forças Armadas da Ucrânia. Ao mesmo tempo, o movimento das Forças Armadas de RF continua ao longo da ferrovia até Ocheretino.

Qualquer movimento para Avdeevka é realizado através de uma série de gargalos – entroncamentos e interseções rodoviários sujeitos a bombardeios massivos. Ressalta-se também que o percurso sul depende em grande parte do funcionamento da travessia pelas eclusas da Barragem “Charles”. Se esta estiver desativada, a utilização desta rota será difícil. Se as forças ucranianas usarem estradas de terra, embora seja possível esta opção, acarreta muitos riscos. Em primeiro lugar, tais corredores impõem restrições à capacidade de carga e aumentam os requisitos para a manobrabilidade do equipamento. Os veículos comerciais na estrada de terra inevitavelmente terão lentidão e mais cedo ou mais tarde serão detectados por sistemas de reconhecimento.

Em segundo lugar, as estradas de terra que ainda permitem uso por forças ucranianas limitam seriamente o uso de porta-tanques, grandes vans, caminhões-tanque, etc. Vale lembrar que as unidades ucranianas em Avdievka ainda possuem equipamentos pesados ​​​​que requerem manutenção, combustível, lubrificantes e munições em volumes de dezenas de toneladas (. É extremamente difícil fornecer tal quantidade utilizando uma logística ponto a ponto.

Estes fatores se vinculam ao cenário improvável com a retirada da guarnição ucraniana de Avdeevka, atualmente estimada em 30-35 mil combatentes. Para recuar em massa de Avdiivka, de forma organizada e preservando equipamentos pesados, as Forças Armadas da Ucrânia terão que percorrer as mesmas rotas, sujeitando -se a serem detectadas e bombardeadas. Uma decisão neste momento que leve à retirada das Forças Armadas da Ucrânia ao longo de estradas de terra também estaria repleta de problemas: as forças ucranianas correm o risco de perder a maior parte do seu equipamento utilizável e todos os suprimentos, equipamentos defeituosos e outras cargas de grandes dimensões terão de permanecer em Avdeevka para a retirada mais rápida possível. Portanto um retraimento de forças ucranianas se faz urgente para preservação do máximo de equipamentos e de pessoal perante as rotas ainda utilizáveis.

No dia 19 de janeiro, de acordo com relatório do canal militar Rybar, apesar de não ter sido possível cercar Avdeevka antes do início do ano de 2024, os combates intensos continuam no setor.

A principal atenção é dada aos ataques massivos russos às localizações das unidades ucranianas, através da aviação e artilharia. Mas apesar do controle de fogo sobre as rotas de avanço das formações ucranianas, unidades das forças ucranianas ainda mantêm a possibilidade de realizar rotação de posições. Dessa forma, há alguns dias, grupos do 110º regimento de infantaria das Forças Armadas Ucranianas foram transferidos para Avdeevka para reforçar posições a serem defendidas. .

Na periferia nordeste de Stepovoy , os confrontos ainda continuam, a aldeia está na zona cinzenta, ou seja, não controlada por nenhuma força.

As Forças Armadas da Federação Russa estão focadas na expansão da zona de controle a leste da coqueria industrial de Avdeevka. Ainda não há ataque à central de tratamento de água, mas as forças russas avançam ao longo das bacias de sedimentação a sudeste das instalações de tratamento e nos campos em direção à pedreira.

Com base novamente no report do canal Rybar, reforços russos foram mobilizados a partir de Kamenka para fortalecer o ataque, permitindo que em 18 de janeiro, conseguiram chegar aos arredores das ruas Kolosov e Levanevsky .

Os combates continuam a oeste da estação de filtragem de água de Donetsk e da zona industrial do Parque Dukhovnost. Já do lado da lagoa Novoavdeevsky, as Forças Armadas russas avançam ao longo da periferia nordeste de Pervomaisky .

Já ao norte de Opytnyy , as forças t não abandonam as tentativas de ocupar a zona cinzenta sob o microdistrito de Khimik .

Aparentemente, o comando do grupo de tropas russo decidiu concentrar seus principais esforços na limpeza do setor dacha ao redor de Avdeevka e no isolamento das forças ucranianas nas zonas cinzentas.

O comando das Forças Armadas da Ucrânia espera conter o ataque das Forças Armadas Russas e estabilizar a linha de defesa ao longo do canal Seversky Donets – Donbass, a fim de ganhar tempo e concluir os trabalhos de engenharia e fortificação.

4 – Por que a artilharia das Forças Armadas da Ucrânia está perdendo eficácia

A escassez de munições e as dificuldades com a manutenção e uso de artilharia de origem estrangeira se tornaram mais proeminentes a partir de setembro, conforme declarações na mídia de militares ucranianos. No entanto, este problema para as forças ucranianas agravou-se devido a uma série de outros fatores.

Atualmente, as Forças Armadas da Ucrânia enfrentam uma escassez aguda de munições de 122 e 152 mm, usadas para sistemas de artilharia e MLRS de origem soviética ainda em número razoável, diante da enorme quantidade disponível em estoques distribuídos no país. É óbvio que, ao contrário das previsões de alguns especialistas e das declarações de representantes da Ukroboronprom (responsável pela indústria de defesa da Ucrânia), não foi possível estabelecer a produção em massa de munições destes calibres ao longo do ano passado. A escassez de projéteis de 122 e 152 mm também foi confirmada pelo comandante do grupo das Forças Armadas Tavriya, Alexander Tarnavsky.

Como resultado, os sistemas de artilharia de calibres 105 e 155 mm fabricados no Ocidente tornaram-se os principais sistemas de artilharia das Forças Armadas da Ucrânia. Os cartuchos para armas de artilharia destes calibres têm sido fornecidos quase desde os primeiros pacotes de ajuda militar, mas rapidamente se tornou óbvio que o consumo de munições de artilharia nas Forças Armadas da Ucrânia é significativamente superior aos parâmetros calculados (a Ucrânia dispara de dois a quatro mil projéteis diários em toda linha de frente).

Há algum tempo é reportado na mídia sobre o problema da diminuição da disponibilidade de projéteis de sistemas de artilharia rebocada e autopropelida de origem ocidental. Devido à escassez de projéteis de longo alcance de 155 mm, obuses autopropulsados como o francês CAESAR, o alemão PzH 2000, o americano M109A6, o polonês AHS Krab e o britânico AS-90 começaram a se aproximar mais da linha de frente, onde se tornaram alvos não apenas dos drones kamikaze Lancet, mas também de sistemas de artilharia russos em disparos de contra bateria.

Em comparação com o inventário pré-guerra de sistemas de artilharia do tipo soviético, as Forças Armadas da Ucrânia têm à sua disposição significativamente menos sistemas de artilharia de calibres 105 e 155 mm. Ao mesmo tempo, obuseiros de calibres estrangeiros não são produzidos na Ucrânia, razão pela qual só é possível compensar as perdas de contra-bateria com a ajuda de suprimentos ocidentais.

Durante 2023, surgiram duas tendências que se cruzam. Primeiramente, deve -se frisar que o número de sistemas de artilharia ocidentais está a diminuir; revelou-se impossível reabastecê-los no mesmo ritmo e ao mesmo nível.

Consequentemente, o número de missões de fogo para os sistemas de artilharia ocidentais das forças ucranianas que permanecem em serviço está a crescer, gerando desgaste e risco contínuo de depreciação ou destruição.

Na grande maioria dos casos, cargas completas de pólvora são usadas para disparos em sequência e seu uso contínuo, por sua vez, aumenta várias vezes o desgaste do cano. De acordo com os padrões americanos, os canos dos obuses dos sistemas de artilharia modernos, como o M777 (que hoje é o principal sistema de 155 mm em serviço nas Forças Armadas Ucranianas), devem ser substituídos após 2,5 mil tiros. À medida que este limiar se aproxima, iniciam-se processos de degradação que afetam a precisão e podem levar à ruptura do cano, o que tem sido observado nos batalhões de artilharia das Forças Armadas da Ucrânia. Assim, disparando 30 tiros por dia (e este é um número extremamente baixo para operações de combate de alta intensidade), é possível esgotar completamente a vida útil do cano em pouco menos de três meses. Ao mesmo tempo, é importante compreender que o fornecimento de novos sistemas de artilharia de 155 mm à Ucrânia não foi anunciado recentemente e muitos dos obuses que permanecem nas forças ucranianas já ultrapassaram há muito a marca dos 2,5 mil tiros.

Como resultado, as Forças Armadas da Ucrânia enfrentam um dilema: ou fornecer apoio de fogo ou correr riscos e exceder o limite de desgaste permitido, o que pode levar ao fracasso na disponibilidade futura dos obuses, dos quais já existem poucos. Ambas as opções levam a pelo menos uma diminuição na densidade e na qualidade do apoio de fogo, o que com alto grau de probabilidade se refletirá em breve no campo de batalha.

Paralelamente a estes problemas, a atividade da artilharia e da aviação das Forças Armadas da Federação Russa e a eficácia das ações de contra-bateria aumentaram significativamente, ainda ocorram perdas de aeronaves de combate pelas forças russas devido à utilização de sistemas de defesa aérea avançados pelas forças ucranianas cedidos pelos países da OTAN. Por estas razões, os artilheiros ucranianos, em casos raros (como, por exemplo, em Avdeevka ou em Tyaginka, na margem direita do Dnieper), usam artilharia perto do LBS e são forçados a disparar com sistemas de artilharia a uma distância de 7 a 10 km da linha de contato, sujeitando -se a derrotas por fogo de contra-bateria.

5 – Avanços táticos russos e realinhamento defensivo das forças ucranianas

As forças russas a partir do início de dezembro, aproveitando a rotação de pessoal e realocação de novas unidades recentemente mobilizadas e treinadas, iniciaram uma série de ofensivas pontuais em vários eixos do perímetro operacional, para ocupar e consolidar áreas taticamente favoráveis e desgastar as unidades de combate ucranianas com capacidade operacional ainda relevante.

No eixo de Bakhmut , os ataques são variados no alcance da progressão.

Pelo nordeste, a partir do sul do reservatório de Berkhovsky, avançaram bem substancialmente e já estão na aldeia de Bogdanovika e acessando a estrada que liga a Chasov Yar. A queda de Khrumovo foi surpreendente e um facilitador

A sudoeste foi muito mais restrito em Kleshcheevka, tendo reocupado a parte norte do assentamento e afastado as forças ucranianas da linha férrea. Isso decorre de haver muitas colinas nessa área, várias pequenas represas e áreas florestais. Ocupar estes segmentos é taticamente ruim e pode levar a muitas perdas – vide a estupidez tática das forças ucranianas que desde outubro se meteram em uma kill zone neste setor.

Os combates nas direções Kupyansky e Seversky estão atualmente ganhando ritmo.

Apesar de derrotas táticas decorrentes que levaram a desagradáveis perdas devido principalmente ao mau planejamento operacional (principalmente com emprego de unidades de infantaria em assaltos frontais sem a devida preparação de artilharia), as forças russas estão pressionando as unidades de combate ucranianas na área de Sinkovka. As unidades das Forças Armadas da Ucrânia estacionadas na margem esquerda de Kupyansk estão a sofrer interrupções no reabastecimento de reservas e munições, e os combatentes ( na sua maioria mobilizados ) em grupos recusam-se cada vez mais a cumprir as ordens do comando. Nos últimos dias, a artilharia russa supostamente realizou uma série de ataques bem-sucedidos em áreas onde as forças ucranianas estavam concentradas em áreas florestais ao sul de Kupyansk-Uzlovoy, incluindo onde estão entrincheiradas posições de tiro de artilharia. Fontes ucranianas no Telegram sinalizam uma situação crítica. Segundo alguns relatos, na tentativa de estabilizar a situação, o comandante das Forças Terrestres das Forças Armadas Ucranianas, General Syrsky, chegou a Kupyansk. As batalhas ainda estão predominante em caráter posicional, embora haja ímpeto ofensivo russo.

As ações ofensivas das formações das Forças Armadas Russas continuam na direção de Seversk, com sucessos táticos tangíveis recentes. Após o avanço russo bem sucedido ao longo da linha férrea, a norte das povoações de Belogorovka e Nagornoye, conseguiram ocupar alturas dominantes no flanco esquerdo das posições ucranianas em Vesele, cujo controle total foi estabelecido em 18 de janeiro após retirada de forças ucranianas que corriam risco de serem cercadas, notadamente unidades da 10ª brigada de assalto de montanha separada. Apesar da queda de Vesele, mais à noroeste as forças russas terão que derrubar uma grande fortaleza ucraniana que cobre o flanco esquerdo de Razdolovka ( na estrada para Seversk ).

Posteriormente, movendo-se para o norte ao longo da linha férrea em direção à estação de Vyemki, forças russas sofrerão resistência ucraniana na faixa de 6 quilômetros entre Vyemki – Ivano-Darovka – Spory.

Nas últimas semanas, as forças russas avançaram bem para sudeste de Rabotino, bem como para oeste de Verbovoye, continuando a limpar a saliência de Rabotino- Verbovoye. No atual ritmo de avanço, a questão das batalhas diretas por Rabotino se tornará realidade até o final do mês. As forças ucranianas estão se preparando para isso fortalecendo as defesas na base da saliência de Rabotinsky e ao sul de Orekhov.

Apesar de sucessos táticos variáveis pelas forças russas, é fundamental reiterar que ocupação de terreno ou área não é determinante para avaliação de êxito estratégico ou mesmo tático em um conflito.

Alguns analistas ocidentais se fixaram em uma temerária linha de avaliação de contextos operacionais e estratégicos em guerras: avaliação com ênfase principal por mapa dissociado de fatores como controle de área (diferente de ocupação; sustentabilidade da posição; logística ; qualidade da linha defensiva; manobras de retraimento; defesa móvel e elástica por cessão deliberada de área para infligir dano ao inimigo com maior e melhor êxito; diminuição e redução da linha de defesa e de atrito para justamente consolidar áreas de interesse e preservar efetivo; retirada pela desvantagem geográfica em detrimento do pouco valor tático ou estratégico do local). O desprezo a estes componentes tático – operacionais inerentes à história militar e a milênios de estudos produz absurdos como a insistência em jogar tropas de fuzileiros navais ucranianos para o povoado cercado de Krinky; insistir em ataques sem finalidade na linha de Rabotino – Verbovoye, tal como o próprio ataque russo desastroso a Vuhledar em fevereiro de 2023; ataques frontais mal sucedidos em Sinkovka pelas forças russas, dentre outras de decisões taticamente questionáveis.

6 – Aumento de ataques de longo alcance à retaguarda

Recentemente a Ucrânia aumentou consideravelmente atividade dos seus ataques aéreos à significativa distância da linha de frente com emprego de mísseis de cruzeiro fornecidos pelo Ocidente, como os sistemas britânico Storm Shadow (cerca de 200 fornecidos) e francês SCALP. Além disso, tal como já observado aqui, ataques de drones kamikaze ucranianos, várias dezenas de cada vez, com o início do outono tornaram-se quase comuns, inclusive misturados com alvos falsos. Talvez não seja exagero dizer que as forças aerospaciais remanescentes do regime de Kiev tornaram-se mais ativas, assim como o uso massivo de drones.

Muitos dos ataques ucranianos através de drones e mísseis de cruzeiro de longo alcance são deflagrados após amplo reconhecimento e monitoramento realizado por plataformas de países da OTAN, que usualmente sobrevoam o Mar Negro, além de imagens e sinais detectados pela enorme constelação de satélites dos EUA e países europeus que permitem uma vantagem qualitativa na consciência situacional, permitindo localização de alvos estacionários e móveis, detecção de pontos vulneráveis nas camadas de defesa aérea russa e uso concentrado de drones em determinado ponto de concentração de força para sobrecarregar a defesa aérea russa.

Estes ataques exigem bastante planejamento e causam estragos por vezes consideráveis a meios operacionais russos e a infraestrutura crítica. A defesa aérea russa de ponto e de área tem se adaptado, melhorando os índices de êxito de interceptação.

Quanto à Rússia, além do uso concentrado de drones Geranium 2 para sobrecarregar a defesa aérea da Ucrânia fornecida e provida pela OTAN, os militares russos estão entregando mísseis com sistema de controle analógico e sistema de comando de televisão e rádio, além de mísseis dotados de sistemas de navegação e posicionamento global de guiagem por satélites. Estas munições demonstraram boa eficácia contra alvos militares na Ucrânia.

Vários mísseis P-35B da produção soviética dos complexos Utes e Redut foram usados ​​para atacar as posições dos sistemas de mísseis antiaéreos ucranianos na área de Odessa, servindo como alvos e iscas para a defesa aérea ucraniana. O P-35 é um míssil antinavio supersônico soviético que pesa mais de quatro toneladas e tem um alcance de tiro de até 400 quilômetros. A munição foi testada em 1959, em 1964 foi colocada em serviço em navios de superfície, e posteriormente sua última modificação, P-35B, foi utilizada pelos sistemas de mísseis costeiros estacionários e móveis “Utes” e “Redut”.

O principal objetivo dos invasores ao atacar a Ucrânia não é esgotar o sistema de defesa aérea, mas atacar um “alvo” específico, por exemplo, uma instalação de infraestrutura crítica ou um complexo de defesa aérea.

Cada míssil e drone das forças russas tem a sua própria missão específica perante um destino pré-determinado e voa para os alvos correspondentes. Ataques massivos da Rússia dispersam a atenção de toda a defesa aérea ucraniana para que o maior número possível de armas atinja o alvo.

Um sistema de defesa aérea ucraniano típico consiste em muitas partes e elementos, funcionando como um sistema integrado, na seguinte forma:

  • avião de combate;
  • unidades de mísseis antiaéreos;
  • unidades especializadas de rádio que detectam alvos;
  • defesa aérea como parte das Forças Terrestres e outras Forças de Defesa;
  • grupos móveis de fogo

A defesa aérea ucraniana está focada na defesa local das cidades com armazenamentos de sistemas e recursos mais sensíveis para o esforço de guerra, bem como defesa de instalações críticas relacionadas.

Pode-se presumir que um dos problemas mais graves do sistema de defesa aérea ucraniano é a falta de munições. Reabastecer as suas reservas para sistemas de defesa aérea de fabricação soviético será problemático, uma vez que os Estados Unidos e os países ocidentais provavelmente já retiraram quase tudo o que puderam das suas próprias reservas e das reservas de outros países. Ou seja, por exemplo, as Forças Armadas da Ucrânia manterão algumas unidades do sistema de defesa aérea S-300, mas sofrerão escassez severa de munições.

Para superar este complexo defensivo, as forças estratégicas russas impulsionam uma carga ofensiva muito grande ao mesmo tempo. Primeiro, os drones atingem os alvos como infraestrutura energética e postos de comando, com reconhecimento em vigor. Depois dos drones, os mísseis de cruzeiro ou balísticos voam em direções diferentes, atingindo várias infraestruturas e depósitos de munições.

Para a Rússia, a destruição do sistema de defesa aérea ucraniano provido pela OTAN é uma tarefa primordial, cuja solução poderia a maré da guerra. Esta tarefa é completamente solucionável, mas exigirá o envolvimento de recursos significativos, planejamento operacional competente e vontade política para ampliar frotas de aeronaves de alerta aéreo antecipado, ELINT e guerra eletrônica (EW) , atualmente em número insuficiente. A perda não confirmada de uma aeronave A-50U AWACS seria muito prejudicial à eficiência dos ataques de cruzeiro russos e à integração de seu sistema de defesa aérea perante ataques ucranianos com mísseis de cruzeiro como SCALP ou Storm Shadow.

7 – Considerações finais: tendências e dificuldades no ano de 2024

Após o fracasso da contra- ofensiva de verão, Kiev está a mudar a sua estratégia e a passar para a “defesa ativa” para sobreviver em 2024. Ao mesmo tempo, o Ocidente coletivo reconhece que as Forças Armadas da Ucrânia não são capazes de manter um esforço defensivo sustentável sem ajuda estrangeira e não esperam ataques que levem a grandes recuperação territoriais da sua parte num futuro próximo.

O regime de Kiev abandonou as esperanças de uma vitória rápida e se prepara para um confronto prolongado com a Federação Russa, já que há poucas hipóteses de um avanço operacional decisivo ou substancial de qualquer dos lados em conflito em 2024, muito menos nos próximos meses.

Esta realidade também foi reconhecida em Kiev: no início de Dezembro, o Presidente Vladimir Zelensky disse que tinha chegado uma “nova fase”. Quando as suas forças não conseguiram retomar vastas áreas no sul como originalmente planejado, ele ordenou ao exército que erigisse novas fortificações ao longo de seções-chave da linha da frente de mais de mil quilômetros, sinalizando uma transição de uma postura ofensiva para uma postura defensiva.

Algumas análises mais otimistasdizem que uma estratégia de “defesa ativa” baseada em manter linhas defensivas enquanto sonda as fraquezas do inimigo, combinada com ataques aéreos de longo alcance em infraestrutura crítica na retaguarda russa, permitirá à Ucrânia “aumentar a sua força” este ano e preparar-se para 2025, quando uma contra ofensiva tiver uma maior chance de sucesso.

Mas em um cenário mais realista l, o destino da Ucrânia será certamente decidido por vários fatores. A principal delas é a incerteza em torno da assistência militar ocidental. Em primeiro lugar, trata-se de munições, que já são escassas. A questão da determinação do Ocidente em manter o mesmo nível de fluxo de recursos em volume de assistência como nos anos de 2022 e 2023 também permanece em aberto: o Ocidente será capaz (e estará disposto) a continuar a apoiar a Ucrânia na sua luta? E, em caso afirmativo, até que ponto?

Na Europa tendências negativas de continuidade deste nível de suporte já são expostas, com países como Eslováquia e Áustria se juntando à Hungria em uma frente cada vez mais expressiva que se recusa apoiar militar e economicamente a Ucrânia.

A maior preocupação está em Washington, já que no dia 27 de dezembro a Casa Branca anunciou que estavam esgotadas as possibilidades de transferência de armas e equipamento militar para Kiev. Embora os países europeus, incluindo o Reino Unido e a Alemanha, forneçam um apoio financeiro e militar significativos, os EUA continuam a ser o maior fornecedor de equipamento militar às Forças Armadas da Ucrânia. Mas os republicanos de direita no Congresso retiveram dezenas de bilhões de dólares em financiamento militar para Kiev. E até que o Congresso aprove este pacote, não se espera mais apoio. Fiona Hill, uma importante especialista na Rússia e antiga conselheira de segurança nacional da Casa Branca, disse ao Político em Dezembro que a Ucrânia ainda se mantém unida “graças ao apoio militar maciço dos aliados europeus e de outros parceiros”.

Mas mesmo que a Casa Branca chegue a um acordo com o Congresso sobre mais ajuda à Ucrânia, é pouco provável que consiga o tipo de avanços em capacidades e tecnologia que permitirão à Ucrânia recuperar uma vantagem decisiva neste ano.

Em Dezembro passado, o Ministério da Defesa da Estónia publicou um relatório argumentando que a Ucrânia deveria mudar para uma “defesa estratégica” para ganhar a si e aos seus aliados tempo para fortalecer a sua base industrial, treinar reservas, acumular mão-de-obra e aumentar a capacidade de produção de artilharia, a fim de retomar a sua atividade ofensiva no ano 2025.

Acredita-se que Washington esteja a incutir uma estratégia semelhante na Ucrânia. Os americanos também insistem numa abordagem mais conservadora. Em vez de uma ofensiva terrestre, o foco está na manutenção do território atualmente controlado por Kiev, no fortalecimento de posições taticamente importantes e na acumulação de suprimentos e forças nos próximos meses.

Entretanto, segundo os Estados Unidos, as Forças Armadas da Ucrânia poderão continuar a investigar as fraquezas das defesas russas, a fim de tirar partido delas assim que tal oportunidade surgir. Da mesma forma, a Ucrânia poderá continuar – e talvez expandir – ataques aéreos de longo alcance utilizando mísseis e drones que já se revelaram eventualmente eficazes (por exemplo, contra a Frota do Mar Negro na Crimeia e contra campos de aviação na referida península).

Outra razão pela qual a Ucrânia precisa de reforçar a sua defesa é que a Rússia pode estar a planejar uma ofensiva em grande escala no próximo verão, conforme indicado por algumas autoridades ucranianas. O objetivo desta ofensiva russa será tomar os territórios restantes de quatro regiões – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhya , que Putin anexou em Setembro de 2022. Além disso, segundo as mesmas autoridades ucranianas, não pode ser descartada outra tentativa de sitiar Kharkov ou mesmo Kiev, buscando o colapso político do regime e do comando militar.

Isto explica por que a Rússia continua as operações ofensivas no leste da Ucrânia em várias direções ao mesmo tempo – especialmente em torno de Avdiivka, bem como em direção a Krasny Liman e Kupyansk, no nordeste.

No entanto, o impasse no campo de batalha é mais benéfico para Moscou, pois Putin conta com o impasse para enfraquecer o apoio ocidental à Ucrânia e, em última análise, dar uma vantagem estratégica ao Kremlin.

O ano de 2024 será complexo e ligeiramente favorável à Federação Russa nos aspectos militar e político, permanecendo entretanto sérios desafios e dificuldades para ambas forças em conflito.

8 – Fontes consultadas

  • https://www.businessinsider.com%2Fdrones-taking-out-record-number-of-russia-armor-artillery-ukraine-2023-10&docid=6_dwu38KxRYgUM&w=700&h=350&itg=1&source=sh%2Fx%2Fim%2Fm4%2F2
  • https://www.cer.eu/publications/archive/policy-brief/2023/ukraine-fatigue-bad-kyiv-bad-west
  • https://focus.ua/uk/eksklyuzivy/621371-rosiyani-vse-roblyat-ne-prosto-tak-ignat-rozpoviv-pro-cili-masovanih-atak-rf-ta-robotu-ppo-video
  • https://www.france24.com/en/live-news/20240104-ukraine-s-mobile-air-defences-have-ammo-for-few-more-attacks-commander
  • https://molfar.com/en/blog/angry-drones-yaki-droni-kamikadze-zsu-naychastishe-zgaduyutsya-v-media-statistika-i-prikladi
  • https://www.newsweek.com/ukraine-fpv-drones-mykhailo-fedorov-russia-avdiivka-1853646
  • https://www.politico.com/news/magazine/2023/12/13/russia-ukraine-war-west-funding-00131638
  • https://www.politico.eu/article/ukraine-foreign-minister-dmytro-kuleba-missiles-air-defense-nato-russia-war/
  • https://www.pravda.com.ua/news/2024/01/20/7438153/
  • https://subscriber.politicopro.com/article/2023/10/its-a-survival-issue-ukraine-looks-to-arm-itself-as-western-support-slips-00119528
  • https://t.me/s/rybar/
  • Imagem em destaque: https://s2.cdnstatic.space/wp-content/uploads/2024/01/20jan2024_Ukraine_map-2.jpg

*Delegado de Polícia, historiador, pesquisador de temas ligados a conflitos armados e geopolítica, Mestre em Segurança Pública

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Paulo Sollo
Paulo Sollo
10 meses atrás

Nesta semana Zelensky e os militares ucranianos admitiram mais uma vez que a situação está muito difícil para eles. A tendência é que o congresso dos eua não libere mais verbas bilionárias para a Ucrânia e Biden só poderá liberar valores semelhantes aos de Dezembro, 200 e poucos milhões, uma migalha inútil considerando não só o uso diário necessário de milhares de munições, mas também que quando recebia mais de 1 bilhão por mês a Ucrânia foi incapaz de qualquer êxito.

Olaf Scholz, que disse que não cessaria o apoio, começou a reclamar dando sinal de que se outros países da Europa não aumentarem a ajuda, a Alemanha não suportará carregar o piano.
E ninguém tem grana mais. Comprometeram seus próprios estoques e não estão conseguindo nem modernizar suas forças armadas a contento.
E se Trump voltar, acabou pra Ucrânia. Trump, que já declarou antes que admira Putin, não vai liberar um centavo e vai pressionar por um acordo com a Ucrânia aceitando a derrota e a perda dos territórios.

Não tem mais munição suficiente nem tropas. Existem vários vídeos divulgados por ucranianos das equipes de recrutamento arrastando pessoas a força em todo lugar. Gente de todas as idades. Tem um vídeo onde arrastam até um cara de muleta.

Zelensky apostou erradíssimo ao se deixar ludibriar por boris johnson e continuar a guerra. Mostrou que não tem capacidades nem competência oara ser um líder de um país em guerra e a situação da Ucrânia neste momento é a de um pugilista já combalido, acuado num corner e lutando para continuar de pé enquanto recebe saraivadas ininterruptas de golpes, até que vá a knock out ou os juízes da otan decidam acabar com isto decretando um knock out técnico.

fjuliano
fjuliano
Responder para  Paulo Sollo
10 meses atrás

Excelente comentário. Sensato e de acordo com a realidade.

Eromaster
Eromaster
Responder para  Paulo Sollo
10 meses atrás

Comentário Top!!!

SmokingSnake 🐍
SmokingSnake 🐍
Responder para  Paulo Sollo
10 meses atrás

Tropas não vão faltar para a Ucrânia, tem até brasileiros com FAL

https://youtu.be/A5gHiJ14s8s?t=155

LUIZ
LUIZ
Responder para  Paulo Sollo
10 meses atrás

Deveria ter aceitado um acordo de ter as repúblicas do Dombass com uma certa autonomia. A ideia do Putin era uma Ucrânia federalizada nos moldes da Federação Russa com as regiões e repúblicas mantendo certa autonomia e preservação de sua história e cultura. Manter a Ucrânia sem fazer da OTAN e da União Europeia. O acordo era uma Ucrânia neutra nem pro russa ou europeia. Mais a ambição ocidental e dos políticos ucranianos alinhados ao ocidente falou mais alto. Agora uma derrota ucraniana o Zelenski vai ter que pedir asilo nos EUA.

Henrique
Henrique
Responder para  LUIZ
10 meses atrás

repúblicas do Dombass 

isso ai é infiltrado russo.. ja ta provado que não tinha movimento de separação

além disso ele aceitou a discussão diplomática em 2014 e Russia invadiu em 2022, ou seja nunca daria certo reconhecer nada

objetivo da Russia é anexar a Ucrânia toda e exterminar a cultura deles com a russificação

Ricardo
Ricardo
Responder para  Henrique
10 meses atrás

Alguem pensa em um objetivo secundario para essa Guerra?? Partindo desse principio, os Russos já perderam a Guerra.

Joao
Joao
Responder para  Paulo Sollo
10 meses atrás

É…. Ele deveria ter entregue o país ao inimigo….

É uma teoria publicada no livro Há Arte na Guerra, de Marta Suplicy….

LUIZ
LUIZ
Responder para  Joao
10 meses atrás

Tem 3,4 milhões de ucranianos que saíram do país. Os políticos ucranianos já no radar desses homens pra levar pra guerra. Uma guerra que ta colapsando o país em todos aspectos humanos.

Renato B.
Renato B.
Responder para  Paulo Sollo
10 meses atrás

No momento o “fôlego” me parece estar se tornando o aspecto determinante e isso favorece a Rússia. Ela consegue produzir seu equipamento ou comprar de aliados por meio de commodities enquanto a Ucrânia está praticamente mendigando.

Isso não significa que eu esteja torcendo pela Rússia.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Renato B.
10 meses atrás

Olá Renato. Esta é uma das minhas conclusões que coloquei aqui há alguns meses, que obviamente, teve gente achando que era um torcida pela Rússia.

Um detalhe que talvez tenha escapado, a Rússia é um grande exportador de petróleo e derivados, mas ela tem usado outras moedas ao invés do dólar, como o renminbi (chinês) quanto a rúpia (indiana).

A Rússia não tem feito escambo.

Henrique
Henrique
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

“teve gente achando que era um torcida pela Rússia.”

vai ver é pq vc só defende os argumentos da Russia… tipo se render

 Rússia é um grande exportador de petróleo e derivados, mas ela tem usado outras moedas ao invés do dólar, como o renminbi (chinês) quanto a rúpia (indiana).

é.. e vai ficar entupida de renminbi (chinês) quanto a rúpia (indiana) e não vai ter onde usar a não ser na China e índia que praticamente podem ditar os valores das compra e do contratos, sem falar que são três países concorrentes nas areas de exportações

imagine tu poder vender pro mundo todo e trocar isso pra dois compradores que são teus correntes e que agora apodem montar em você

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Henrique
10 meses atrás

Caro. Ataques pessoais são intoleráveis.

Um dia, quando aprender a ser educado e gentil, podermos conversar.

Até lá, peço a elegância de me ignorar.

Aproveito para desejar a você que Vá Ser Feliz.

Henrique
Henrique
Responder para  Paulo Sollo
10 meses atrás

uma migalha inútil considerando não só o uso diário necessário de milhares de munições, mas também que quando recebia mais de 1 bilhão por mês a Ucrânia foi incapaz de qualquer êxito.

praticamente a Ucrânia segurando a Russia por mais d e700 dias com essa migalha inútil ai kkkkk

imagine se fosse a migalha util

E se Trump voltar, acabou pra Ucrânia. Trump, que já declarou antes que admira Putin,

parabéns pra ele, vai ser o impeachment mais rápido dos EUA. image o car ase eleger pra sabotar aliados históricos pq admira o principal vilão que eua construiu nos últimos 50 anos kkkk

Não tem mais munição suficiente nem tropas. Existem vários vídeos divulgados por ucranianos das equipes de recrutamento arrastando pessoas a força em todo lugar. Gente de todas as idades.

relatos delirantes que nunca tem provas

Zelensky apostou erradíssimo ao se deixar ludibriar por boris johnson e continuar a guerra.

sim pq foi o Zelensky o culpado pela guerra pra inicio né.

o bom líder que uns aqui tem a visão é o que se rende… quando for a vez do Brasil espero que quem defende a Rússia não seja hipócrita e mantenhas os argumentos, reedição incondicional e desmilitarização completa do país e submissão kkkkkk

Ricardo
Ricardo
Responder para  Paulo Sollo
10 meses atrás

Dificil esta para as Maes Russas que não param de enterrar caixões vazios. A Ucrania nunca será derrotada. No minimo virara um Afeganistão turbinado a enesima potencia contra esses pateticos Russos. Alguém em sã consciencia acredita que a Russia irá vencer essa Guerra??? A bem da verdade, passados 23 meses (quase dois anos) os Russos nunca estiveram tão distantes de uma eventual vitoria.

Camargoer.
Camargoer.
10 meses atrás

Pois é.., de modo sucinto, é a mesma análise que tenho feito há meses.

Ninguém precisa ser putinófilo para perceber as dificuldades de Kiev.

Neste momento, o modo mais rápido de terminar este conflito é por uma negociação diplomática;

RODES
RODES
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

“dificuldades de Kiev”

e as dificuldades de Moscou? rsssssss

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  RODES
10 meses atrás

A Rússia está gastando 6% do PIB. A Ucrânia 33%. A Rússia tem autos suficiência militar, a Ucrânia depende da ajuda externa. A Rússia construiu uma linha de defesa e a Ucrânia depende de uma contra ofensiva pera recuperar os territórios ocupados pela Rússia.

As dificuldades de Kiev são maiores que as de Moscou.

Joao
Joao
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

As dificuldades afegãs eram maiores q as russas e americanas.
As dificuldades vietnamitas eram maiores q as americanas.
As dificuldades israelenses foram maiores que dos árabes na maioria, se não todas as vezes.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Joao
10 meses atrás

Os vietnamitas contaram com apoio chinẽs e soviético. Os afegãos contaram com apoio dos EUA… estas guerras duraram mais de 10 anos ao custo de milhões de vidas. As maiores perdas foram entre civis. A infraestrutura do Vietnã do Norte foi arrasada.

As dificuldade dos Confederados eram maiores que da União. As dificuldades do Paraguai eram maiores que do Brasil. As dificuldades do Império Alemão era maiores que as da França no I Guerra. As dificuldades do Iraque eram maiores que dos EUA. As dificuldades da Alemanha Nazista eram maiores que as dos EUA. As dificuldades de Tokyo eram maiores que as de Washington na II Guerra. As dificuldades da Argentina eram maiores que da Inglaterra nas Malvinas. As dificuldades da Polônia eram maiores que da Alemanha na II Guerra.

De qualquer modo, todas estas guerras acontecem eu seu próprio contexto geopolítico.

Na Guerra da Ucrânia, os combates acontecem em território ucrâniano. O Ucrãnia sofreu uma perda maior de 4 milhẽos de habitantes como refugiados…. A polução da Russia é 10 vezes maior que a população ucraniana.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

Com certeza

João
João
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

Exatamente.
Mas…. ela foi atacada… e tem de se defender…
Como os exemplos q dei.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  João
10 meses atrás

Ninguém jamais afirmou o contrário.

Defendo o imediato cessar fogo e início das negociações de paz.

A diplomacia falhou em evitar a guerra. Agora, é preciso que a diplomacia encerre a guerra.

Não importa quem começou a guerra para os mortos, mas interessa aos vivos terminar a guerra.

Comte. Nogueira
Comte. Nogueira
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

A diplomacia teve um papel fundamental para iniciar a guerra.
Sucessivos “convites” para ingressar na Otan; projetos de defesa antimísseis instalados nos países do Leste Europeu, etc.

Renato B.
Renato B.
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

Concordo, no final é uma questão de probabilidade. O tempo e as chances estão a favor da Rússia.

Uma surpresa é impossível? Não, apenas improvável.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Renato B.
10 meses atrás

Exato. Há uma diferença fundamental entre o que é “possível” e o que é “provável”.

È possível que um meteoro caia na minha cabeça, mas é improvável (mas não impossível)

É possível que atravessando a rua pela faixa eu não seja atropelado, o que é muito provável. (mas não impossível)

É possível que um corpo quente aqueça um corpo frio, o que é 100% provável.

É impossível que um corpo frio aqueça um corpo quente, o que é 100% improvável.

Quando a gente traça cenários futuros, é preciso restringir aos que são prováveis, depois lista em ordem de probabilidade.

Nativo
Nativo
Responder para  Joao
10 meses atrás

Afegaos e vietnamitas tinham menos equipamentos pesados ,mas conheciam muito bem seus terrenos, os israelitas têm o cofre do mundo sob seu poder.

logo mesmo com dificuldades, na guerra moderna podem resistir, fora o amplo apoio externo, que todos estes citados receberam

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

E tem gente que faz questão de não ver isso. A OTAN não tem mais condição de bancar a Ucrania. A dívida de guerra que a Ucrânia assumiu é hoje uma vez e meia o seu PIB. E tem mais coisas.

Ricardo
Ricardo
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

O PIB da Russia é menor do que o do Brasil. Já ha mais de uma decada…

Paulo Roberto
Paulo Roberto
Responder para  RODES
10 meses atrás

Não adianta reclamar Bosco,a coisa já desandou pra Ucrânia há um bom tempo,os próprios ucranianos dizem isto,e estas áreas ocupadas pela Rússia continuarão sendo russas

Marcos
Marcos
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

Ou a Rússia continua forçando ate a defesa da Ucrânia desmoronar sem apoio ocidental suficiente..

lucena
lucena
10 meses atrás

Qual a possibilidade dessa guerra entre a Ucrânia (OTAN ) Vs Rússia se espraiar para toda a Europa, fazendo a OTAN sair dos bastidores e encarar a Rússia ?
.
Penso … que as eleições americanas podem aumentar o ímpeto da governança europeia na aventura contra a Rússia… principalmente se Donald Trump ( ante OTAN ) venha ganhar as eleições americana.
.
Analisando por esse ângulo …as tais governanças … aproveitem a condição do EUA fazer parte da OTAN e com isso… ser forçado a entrar na guerra por força do tratado …conforme o artigo 5 da OTAN .

Jefferson B
Jefferson B
Responder para  lucena
10 meses atrás

Acho que a chance da guerra se espalhar é zero.
A Rússia é muito fraca militarmente, incapaz de invadir a Ucrânia, não teria qualquer chance contra a Otan.
E olha que ls países da Otan na Europa são fracos também, basta ver a Alemanha que é o mais rico e tem forcas armadas fraca.
Enfim, eu olho para a Rússia e vejo um país assustado comendo na mão de Chinês e pedindo armas para a Coreia do Norte.

lucena
lucena
Responder para  Jefferson B
10 meses atrás

Sr.Jeffrson B… a Rússia faz mais de um ano que invadiu a Ucrânia… o texto acima … relata das agruras dos ucranianos justamente com a invasão russa e da tomada de território ucraniano.

Hcosta
Hcosta
Responder para  lucena
10 meses atrás
Camargoer.
Camargoer.
Responder para  lucena
10 meses atrás

Se depender da Rússia, é improvável que a guerra vá para além da fronteira da Ucrânia. Também acho improvável que os países europeus queriam uma guerra na Europa.

A ajuda europeia para a Ucrânia está atrelada à posição dos EUA. Por enquanto, os europeus têm trocado ajuda para a Ucrânia pela modernização de seus arsenais. Caso isso seja interrompido, os europeus vão encerrar a ajuda para a Ucrania.

O nó são os EUA.

Pelo que vem declarando, Trump poderá abandonar Zelensky. O partido republicano tem colocado obstáculos para a ajuda militar para a Ucrânia, talvez apenas para atrapalhar Biden. O risco para Zelensky será que Trump assumir uma posição eleitoral pelo fim da ajuda á Ucrânia como plataforma de governo para se contrapor á Biden.

Trump, por outro lado, insistirá no apoio a Israel.

Felipe M.
Felipe M.
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

Pelo que vem declarando, Trump poderá abandonar Zelensky. O partido republicano tem colocado obstáculos para a ajuda militar para a Ucrânia, talvez apenas para atrapalhar Biden. O risco para Zelensky será que Trump assumir uma posição eleitoral pelo fim da ajuda á Ucrânia como plataforma de governo para se contrapor á Biden.”
Você escreveu o ponto chave aí.
Muita gente apostando que Trump vai fazer isso e aquilo e blablabla.
Uma coisa é fazer discurso em campanha. Outra coisa é na hora que está no poder.
O mesmo partido Republicano, que, segundo alguns, está fazendo de tudo para cessar o apoio à Kiev, pode ser o partido que esteja dando base a manutenção do apoio em um eventual governo Trump.

E sinceramente, o que são essas migalhas doadas pelos EUA perto do custo benefício que estão tendo?
Não há, oficialmente, cidadãos americanos morrendo na guerra. Suas empresas estão recebendo contratos como há muito tempo não recebiam. Estão mantendo a posição de “garante” de “aliados”. De quebra, ainda estão mantendo a Rússia em um atoleiro.
Em um eventual governo Trump, quando for ele o responsável por decidir, terá que analisar isso tudo. É muito mais fácil comentar bravatas não sendo o responsável pela tomada de decisões.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Felipe M.
10 meses atrás

Pois é. Por enquanto não há como ter certeza do que Trump faria sobre a ajuda militar para a Ucrânia. Sabemos que Biden a manteria, isso sem dúvida.

Trump teve uma política isolacionista em sue primeiro governo, mas também é verdade que a Guerra só começou no governo Biden. Então, eu acho difícil cravar o que acontecerá após a eleição de 2024 nos EUA.

Pelo certo e pelo incerto, Zelensky deve preferir Biden. Caso a Ucrãnia cancele as eleições deste ano, Zelensky perderá o escudo “democrático”. Melhor seria chamar eleições e tentar a reeleição, mas falta habilidade política para ele.

Putin, por outro lado, sabe da importância de legitimar seu governo por meio de eleições, mesmo que elas sejam realizadas em um contexto de repressão e pouca transparência.

Os países pequenos da Europa estão apoiando a Ucrânia em troca da modernização de seus arsenais. Mas isso tem um teto.

A situação da Alemanha é mais curiosa. Eu ainda não entendi completamente o engajamento alemão, que tem sido, depois dos EUA, o maior apoiador da Ucrânia.

A Alemanha está em recessão desde o ano passado. Pode ser apensa um ciclo econômico que foi agravado pela guerra na Ucrânia e a ajuda á Ucrânia uma solução remendada para injetar recursos na economia.

Falta-me dados para entender o cenário alemão.

Faver
Faver
Responder para  Felipe M.
10 meses atrás

Sempre lembrando que o foi o Zelenski que esteve envolvido no impeachment do Trump, que foi barrado no congresso americano.

Comte. Nogueira
Comte. Nogueira
Responder para  Felipe M.
10 meses atrás

A guerra da Ucrânia está salvando a economia estadunidense.

Fagundes
Fagundes
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

O que o CERN supostamente deve estar estocando de anti-matéria, como chantagem da Europa a uma expansão Russa, não tá escrito, más a AIEA está preocupada com um resiliente programa nuclear tupiniquim.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Fagundes
10 meses atrás

De fato, é possível produzir antimatéria (protóns com carga negativa e elétrons com carga positiva, chamado pósitron).

Contudo, é muito difícil estocar antimatéria porque ela colapsa em contato com matéria (liberando uma grande quantidade de energia).

É preciso uma quantidade gigantesca de energia para envolver um plasma de antimatéria em um campo e em vácuo absoluto.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  lucena
10 meses atrás

Eu acresito que seja zero, pois:

1- a Rússia está ocupada até o pescoço na Ucrânia.
2- ninguem ataca diretamente países com nukes
3- nenhum europeu quer uma guerra aberta, no momento em que seus estoques de munição foram drenados pela ajuda a Ucrânia
4- eleições estão chegando, e nenhum político ocidental quer se queimar com isso e não ser reeleito ou deposto

Maurício.
Maurício.
Responder para  lucena
10 meses atrás

“Qual a possibilidade dessa guerra entre a Ucrânia (OTAN ) Vs Rússia se espraiar para toda a Europa, fazendo a OTAN sair dos bastidores e encarar a Rússia?”

OTAN vs Rússia, uma batendo de frente com a outra? Eu diria que a possibilidade é zero, só servem para chutar cachorro morto, nada além disso.

Eromaster
Eromaster
Responder para  lucena
10 meses atrás

Cara, nenhum país da OTAN vai entrar em guerra diretamente contra Rússia por Ucrânia. Além disso, a Ucrânia não é membro da OTAN.

Muitos países da UE estão enfrentando crises financeiras graves, imagina entrar em que guerra diretamente contra Rússia, correndo risco de receber uma bomba nuclear na cabeça.

LUIZ
LUIZ
Responder para  lucena
10 meses atrás

Os EUA tem sérios problemas internos e conflitos no Oriente Médio. Guerras e conflitos custam uma fortuna que ta esvaziando os cofres ocidentais.

Vitor
Vitor
Responder para  lucena
10 meses atrás

Caia na real você acredita nesses políticos europeus em outra oportunidade esse Borrell comentou que a Europa é um jardim.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  lucena
10 meses atrás

Quem tem aquilo roxo para querer uma guerra nuclear ? É isso cara.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Antonio Palhares
10 meses atrás

Olá Palhares. Não creio que iniciar uma guerra nuclear seja um ato de coragem. Parece mais burrice.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  lucena
10 meses atrás

E a OTAN tambem tem que entender que a Russia é uma potência nuclear. Se a coisa fosse fácil . A OTAN há muito teria resolvido esta pendenga.

Charle
Charle
Responder para  lucena
10 meses atrás

Só queria ver (quer dizer, não quero, mas não custa imaginar) essa guerra tendo continuidade com a eleição daquele senil.

Até que um dia…. CABRUUUM. Uma bomba nuclear exploda em um grande e importante centro europeu. Paris, Londres ou Berlim.

Virá o revide; a Europa cairá. Voltará à barbárie.

Comte. Nogueira
Comte. Nogueira
Responder para  lucena
10 meses atrás

A inteligência europeia não está conseguindo interceptar toneladas de drogas que chegam ao continente… Querem por na conta dos sulamericanos a questão do tráfico de drogas, mas tudo que chega lá, entra com facilidade.

Jefferson B
Jefferson B
10 meses atrás

Acho que a Ucrânia errou na realização dessa contraofensiva, não deviam ter iniciado no verão passado.
Enfim, guerra ruim para os 2 lados, não vejo sinal algum de vitória russa ou ucraniana.
A Rússia perdeu muita coisa com essa guerra, principalmente a parte humana (em um país com forte declínio populacional). A Ucrânia idem…
Essa guerra foi um desastre para ambos os lados.
Putin, por ser um besta idiota, achou que a sua operacao especial iria ser suficiente para fazer a Ucrânia se render, igual aconteceu em 2014 na Crimeia.
Infelizmente a Rússia vez sendo muito afetada por grupos nazistas, nacionalistas e expansionistas desde os anos de 2008. Eu comentava isso com um amigo na época, o forte crescimento desses grupos dentro da Rússia, especialmente o nazismo.
Essa guerra mostra o forte racismo dentro da sociedade russa, o sentimento de declínio social e incapacidade de resolver problemas.
A Rússia como país toma pessoas decisões desde o fim da guerra fria, basta ver que Putin é um sujeito completamente despreparado para o cargo, sem formação alguma.
Por que falei mais da Rússia do que da Ucrânia? Porque a Rússia invadiu a Ucrânia com um conjunto de discursos nazistas, racistas e imperialistas de expansão da tal “raça superior russa” defendida por marginais, tal como Alexander Dugin.
A Ucrânia e seu povo é vítima da fraqueza russa!

Bispo
Bispo
10 meses atrás

General Harald Kuyat(ocupou o cargo de Inspetor Geral da Bundeswehr, era o oficial de mais alto escalão da Alemanha, dirigiu a sede de planejamento do Ministério da Defesa alemão e foi o presidente do Comitê Militar da OTAN)

Ninguém pode realmente sair vitorioso dessa luta.

Em primeiro lugar, os russos não podem ganhar uma vitória absoluta cumprindo todos os seus desejos. Porque o objetivo deles era impedir que a OTAN se expandisse, e eles têm que ver a Suécia e a Finlândia se tornarem membros da aliança.

Em segundo lugar, a Ucrânia não pode vencer porque não pode tomar os territórios que estão sob controle russo.

Na verdade, não estamos falando de metros quadrados de terra ucraniana, mas do fato de que as autoridades de Kiev devem estar interessadas em proteger sua população. Isso é moralmente correto. Para obter mais alguns metros quadrados, especialmente em áreas onde vivem pessoas que se consideram de língua russa ou russa e, ao mesmo tempo, perder milhares de vidas ucranianas, é que isso atende aos princípios morais?

Em terceiro lugar, os Estados Unidos não podem vencer porque não serão capazes de alcançar os objetivos políticos para os quais apoiam a Ucrânia e todo o conflito.
Eles apoiam a continuação das hostilidades porque esperam enfraquecer a Rússia em termos militares, políticos e econômicos. Os americanos se convenceram de que Moscou quer um conflito. Mas aqui está a realidade: o exército russo se tornou mais forte, na luta aumentou suas capacidades. E se olharmos para os países BRICS, para a cooperação da Rússia com a China… Mais uma vez, acaba sendo algo oposto aos desejos dos Estados Unidos – vemos que o peso político da Rússia aumentou, sua influência política externa se espalhou. Onde está o enfraquecimento se o exército russo é o mais forte?

Na verdade, ninguém pode vencer nos conflitos atuais, porque ninguém pode alcançar objetivos políticos. Uma questão permanece: quem sofrerá uma derrota militar. Acho que está se tornando óbvio. É apenas uma questão de tempo. Já hoje, especialistas reconhecidos – como Seymour Hersh – dizem que esta batalha já foi perdida para a Ucrânia e que a Rússia venceu.

Eu ainda não iria – por enquanto! – até falar com confiança sobre a vitória da Rússia.
Mas se os eventos continuarem a se desenvolver como estão agora, seu resultado será bastante compreensível e óbvio para qualquer pessoa que tenha pelo menos um pouco de compreensão sobre operações e estratégia militar em geral. No entanto, infelizmente, a capacidade do governo alemão de prever a política, especialmente na esfera militar, é muito pobre ou inexistente.

E a Alemanha não tem capacidade de tomar decisões estrategicamente razoáveis. Precisamos repensar, isso deve acontecer, e espero que comece antes de tudo em nossa mídia, porque então esse desenvolvimento também será importante para nossas autoridades.

Fonte: https://youtu.be/Ws0wX6ZTjkk?si=u8UpQKzN_3PTdEUm

Vitor
Vitor
10 meses atrás

A rendição e a captura no front e a recusa no recrutamento está a aumentar os ucranianos os mais sábios perceberam que a vida é mais importante em breve veremos o castelo de areia desmoronar a classe política e europeia e americana já dão sinais que é questão de tempo do regime fantoche colapsar.

fjuliano
fjuliano
10 meses atrás

Bullseye como sempre grande Doutor Rodolfo Laterza. Quero dar ênfase para esse trecho inicial cada vez mais difícil de ser escondido como realidade óbvia: “As necessidades das forças ucranianas por recursos humanos e sistemas de armas e munições são crescentes, levando à mobilização geral de vários segmentos da sociedade, dentre as quais mulheres, homens até 65 anos de idade e deficientes físicos e mentais de classificação 2 e 3 conforme legislação recentemente aprovada no parlamento ucraniano (Rada).” Percebam o mais abjeto fundo do poço que esse excremento fabricado que é o governo do boneco jogou o próprio povo, gerações dizimadas, país destruído e completamente entregue (o que restou) para o apetite insaciável do poder ocidental e no meio disso tudo um povo totalmente prejudicado. Claro que os integrantes desse governo do boneco boçal vão embora com muito dinheiro (notícias não faltam de compras de mansões iates e etc e isso veiculado por mídia ocidental). É… claro que, mais uma das milhares de vezes, a realidade se apresente diametralmente oposta aos delírios fantasiosos de filmes e noticiais da imprensa que vão ficar na história de tão bizarras na cobertura dessa guerra. Por fim digo que se a Rússia subestimou a resistência que iria encontrar digo que o mundo girou e o contrário aconteceu elevado à milésima potência.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
10 meses atrás

“Mas em um cenário mais realista l, o destino da Ucrânia será certamente decidido por vários fatores. A principal delas é a incerteza em torno da assistência militar ocidental. Em primeiro lugar, trata-se de munições, que já são escassas. A questão da determinação do Ocidente em manter o mesmo nível de fluxo de recursos em volume de assistência como nos anos de 2022 e 2023 também permanece em aberto: o Ocidente será capaz (e estará disposto) a continuar a apoiar a Ucrânia na sua luta? E, em caso afirmativo, até que ponto?”

Eu sempre digo que contar com a ajuda alheia é uma m…..

Sou da opinião que os dirigentes estão de olho nas eleições dos EUA.
Se o Trump ganhar e “fechar a torneira”, como ele está dizendo que fará, todos os outros farão a mesma coisa no instante seguinte, em efeito cascata.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Willber Rodrigues
10 meses atrás

PS: é a primeira vez que vejo alguem dizer/admitir que a contra-ofensiva ucraniana fracassou…achei curioso isso.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Willber Rodrigues
10 meses atrás

Caro. Eu tenho escrito isso há meses.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

A tragédia da Ucrânia é que ela só pode se manter na guerra com ajuda externa, e todos nós sabemos que contar com a ajuda dos outros tem limite, e que não existe “boa ação” por tempo indeterminado.

Eu já tinha dito, a meses, que o “termômetro” se essa ajuda continuaria ou não, ou se a Ucrânia teria ou não seus F-16, seria o resultado da contra-ofensiva.
O fato da contra-ofensiva não ter dado os resultados que a Ucrânia queria ( e isso é fato, não é torcida minha ), e o fato de que os ocidentais continuarem “escorregadios” se vão ou não dar seu aval pros F-16 pra Ucrânia mostra bem isso…

Gabriel BR
Gabriel BR
10 meses atrás

O Exército ucraniano na minha opinião é o mais competente da Europa , tenho certeza que quase nenhum país da OTAN isoladamente seria capaz de combater a Rússia como eles combatem. Aos olhos dos leigos em Ciência Politica a impressão é de que a Ucrânia está saindo derrotada deste conflito uma vez que teve perdas territoriais para a Rússia. Mas isso ainda não é uma verdade em plenitude. Para uma analise politica eficaz é necessário o entendimento de dois “conceitos-chave” que são : Tática e Estratégia!
Tática está relacionado com as etapas e ações individuais julgadas como necessárias para consecução da estratégia, e estratégia por sua vez é o plano de ação que leva ao objetivo determinado. A perda de território é de fato uma derrota tática , mas não implica uma derrota Ucraniana no que concerne a Estratégia e a Guerra num parâmetro macro politico. Explico: O objetivo primeiro da Ucrânia enquanto nação é a libertação do país em relação a opressão da Rússia , a conquista de uma soberania politica de Kiev e o direito de autodeterminação do povo ucraniano. Sendo assim se os ucranianos , ainda que tenham perdas territoriais(derrotas táticas), saírem do conflito( ainda que por meio de negociação) como uma democracia soberana e alinhada com o Ocidente podemos dizer que Kiev saiu de certa forma vitoriosa (obteve sucesso na consecução da estratégia).

Sergio Machado
Sergio Machado
Responder para  Gabriel BR
10 meses atrás

Ucranianos são muito bravos e audazes, isso sequer se entra em discussão.
Mas eles só seguraram os russos até agora em função do envolvimento direto da OTAN.
A cadeia logística da Ucrania são os estoques da OTAN, na prática. Em qualquer outro cenário, o corte da linha de suprimento seria objetivo primário. Neste caso específico, os russos tem de aceitar essa anomalia, a fim de evitar a 3a Guerra Mundial, possivelmente nuclear.
Outro detalhe é a inteligência de toda a OTAN contra os russos, não é pouca coisa lutar com dezenas de países sem poder contra atacar.
Também a plotagem e vetoração de alvos russos pela OTAN. Em qualquer outro cenário, AWACS e afins seriam alvos primários e legítimos. Neste caso, os russos tem de aceitarem até mesmo guiagem e orientação por parte da OTAN de armas disparadas de solo ucraniano, além de guerra eletrônica vindo de aeronaves da aliança. A derrubada do IL 76 com prisioneiros foi um exemplo crasso, com a OTAN plotando a aeronave sem saber que tratava-se de prisioneiros e repassando a plotagem pra Kiev, que apenas apertou o botão, como das outras vezes.
Não é pouca coisa. Sem a OTAN, a brava Ucrania já teria tombado há tempos.

Emmanuel
Emmanuel
10 meses atrás

Resumo de dois anos de guerra:
1 – ucranianos matam russos como cachorro;
2 – russos matam ucranianos como cachorro;
3 – a Ucrânia não vai recuperar mais nada;
4 – a Rússia não vai conquistar mais nada;
5 – Putin será reeleito;
6 – Trump também;
7 – os dois vão sentar e dar fim a guerra.
8 – e a china agradece toda a baguncinha promovida por russos e ucranianos.
9 – e o Brasil mostrou que é um anão diplomático, sem pernas, cego e paralítico,

Orivaldo
Orivaldo
10 meses atrás

Os 3 dias mais longos da História

Neural
Neural
Responder para  Orivaldo
10 meses atrás

Bondão Russo tratorando os Nazis, devem tomar muita terra de romperem essas linhas de defesa, aposto até o Rio Dnieper será tomado.

Orivaldo
Orivaldo
Responder para  Neural
10 meses atrás

Parece uma criança

Heinz
Heinz
Responder para  Neural
10 meses atrás

Tratorando? Kkkkkkkk Entre no telegram, entre!

Nilton L Junior
Nilton L Junior
10 meses atrás

Ai ai ai ai, esta chegando a hora, o dia ja vai chegando e Russia não foi embora.

LUIZ
LUIZ
10 meses atrás

A Rússia nunca enfrentou uma guerra moderna de forma direta como essa. Acredito que muitos outros exércitos iam patinar numa guerra de alta intensidade. A Rússia ainda tem a doutrina militar de guerras passadas. Mesmo tendo tecnologias militares equivalentes aos ocidentais o material humano russo ainda estava desatualizado. Os russos de negligência crônica no teatro de guerra.

Joao
Joao
Responder para  LUIZ
10 meses atrás

Mas muitos q não tiveram a experiência de guerra de alta intensidade, se aperfeiçoaram com aqueles q tiveram.
De forma surpreendente, os russos ignoraram isso.

Ricardo
Ricardo
Responder para  LUIZ
10 meses atrás

Qualquer semelhança com a China seria mera coincidencia?

Tenente Blaco
Tenente Blaco
10 meses atrás

É importante analisarmos a mudança na narrativa ocidental, expressa via jornais como Washington Post e CNN.
A OTAN foi derrotada via Ucrânia.

Nilton L Junior
Nilton L Junior
Responder para  Tenente Blaco
10 meses atrás

Perfeito

Vitor
Vitor
Responder para  Tenente Blaco
10 meses atrás

Exato

Henrique
Henrique
Responder para  Tenente Blaco
10 meses atrás

“A OTAN foi derrotada via Ucrânia.”

explica como ela foi derrotada… pq to vendo uma união entre os países da OTAN e o ingresso de mais dois nela

isso é algum tip ode derrota reversa?

fjuliano
fjuliano
10 meses atrás

Assistam o último vídeo desse artigo do site https://southfront.press/ukrainian-army-already-full-of-disabled-fighters/ e irão ver um ucraniano fazendo piada com outro “soldado” ucraniano com síndrome de down ou outra doença mental grave, ambos em uma trincheira. No vídeo está escrito “Olha quem eles estão nos enviando”. A situação está além do absurdo.

Camargoer.
Camargoer.
10 meses atrás

Olá LG. A análise e as conclusão são parecida com as que eu tenho públicado aqui na trillogia há meses.

Nilton L Junior
Nilton L Junior
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

Pois é, quem tinha essa mesma avaliação que os Russos não seriam derrotados e não seriam removidos da Ucrânia tinham que rebater com argumentos as perolas dos pro bots da otan, tipo que a Rússia precisava de chip de geladeira, estava sem munição e a melhor de todas esta quebrada e luta com pás.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Nilton L Junior
10 meses atrás

Olá NIlton. Fico confortável com o fato que a maioria dos colegas deve ter lido o que eu escrevi há mais de uma ano. Quem não leu, tem a chance de buscar os comentário antigos.

Jefferson B
Jefferson B
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

O que a Rússia ganhou?
Se for território, aviso o amigo que o próximo presidente russo irá devolver todas as áreas ocupadas da Ucrânia.
Já vi essa história antes!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Jefferson B
10 meses atrás

Eu não sei o que a Russia ganhou ou perdeu. Isso é irrelevante na análise.

O fato concreto é que a Rússia ocupou uma faixa do território (creio que 20%) e montou uma linha de defesa, a qual vai demandar um enorme esforço da Ucrânia para ser retomado. Também é um fato que a conflito adquiriu um contexto de guerra de atrito, cuja intensidade é mediada pela Rússia. Também é um fato que a Ucrânia está usando 30% do seu PIB na guerra contra 6% da Rússia, além do fato que a Rússia produz a maior parte do seu material de guerra e a Ucrãnia de depende de ajuda externa, que pode ter um limite. Por fim, a guerra tem destruído a infraestrutura civil da Ucrãnia e causou o ẽxodo de 4 milhõs de pessoas.

Este é o cenário.

Nao sei dizer o que a Rússia ganhou, mas está claro o que a Ucrãnia perdeu

Orivaldo
Orivaldo
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

Vocês são de mais mesmo. São os caras. Do mesmo nível de Kieve em 3 dias.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Orivaldo
10 meses atrás

Obrigado. Eu me esforço muito.
Sinto-me lisonjeado pelo seu elogio.
A estima é mútua.

Dod
Dod
10 meses atrás

Muito completo!

Camargoer.
Camargoer.
10 meses atrás

Esta é uma guerra que nunca deveria ter acontecido

Henrique
Henrique
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

pois é ne.. se a Russia não tivesse começado ela pra inicio de conversa e nem tivesse forçado o países a procurar a OTAN por mede um guerra com ela kkkkkkk

Ricardo
Ricardo
Responder para  Camargoer.
10 meses atrás

Concordo! Nunca acreditei que os Russos fariam essa tremenda besteira. Até que um dia aconteceu o que os satelites americanos afirmavam o que iria acontecer… o ataque desses lunaticos contra a pobre Ucrania.

Marcus Pedrinha Pádua
Marcus Pedrinha Pádua
10 meses atrás

Analise percuciente e acurada, como sempre. Gostaria de notar que a possível intenção por parte da FR de apostar no cansaço e esgotamento das fontes financeiras e estoques de meios da OTAN/UE pode não ter um final feliz. A capacidade de produção de granadas, mísseis e canhões desses atores pode ser muito baixa agora, mas é bom lembrar a observação de Churchill sobre a produção militar em tempo de guerra: “No primeiro ano, nada; no segundo ano, um filete; no terceiro, tudo o que você quiser”. Se a OTAN e a UE resolverem manter indefinidamente o apoio à Ucrânia não haverá como a FR se sustentar em termos de capacidade industrial bélica contra a de todos esses Estados – a não ser que haja, nesse meio tempo, uma verdadeira carnificina sobre o material humano ucraniano. Há uma janela de tempo mais ou menos segura, de uns dois anos no máximo, para a FR atingir seus objetivos estratégicos pela via militar. Além disso me parece que passa a ser uma aposta. Arriscada.

JPonte
JPonte
10 meses atrás

A Ucrânia está fazendo o certo , lutar pela integridade de seu povo e território …. a vida não é fácil mesmo ….
Quanto a Rússia , encontra se em dificuldades também , não acho que tenha feito o correto , mas a psique russa é distinta da ocidental e a percepção de perigo eminente faz parte da sociedade russa .
Quanto ao Ocidente e sua estratégia de desgaste da Rússia através da Ucrânia , é a mesma que usa a China graves da Coreia do Norte , o Irã com o Hezbollah e Hamas contra Israel , ….. enfim é só jogo …
O resultado não sabemos quem vencerá , mas sem dúvida , o povo de cada país destes já perdeu , famílias perderam filhos e pais , cidades desapareceram , histórias evaporaram ….
Uma tragedia , se surgir daí um novo organismo multilateral , um novo polo de poder que divida o Atlantismos e enfraqueça o , ao mesmo tempo permitindo novos atores assumirem maior protagonismo nas decisões , talvez possa melhorar .
Vejamos ..

Quirino
Quirino
10 meses atrás

Final do ano passado lembro de ler alguns comentários aqui de esperançosos dizendo que Estados Unidos e aliados continuariam a fornecer dinheiro a Ucrânia por ano, pois bem, alguns meses depois e a ajuda esta indo de mal a pior, com risco de cessar completamente ou de que 2024 seja o ultimo ano de ajuda a Ucrânia.
Como eu sempre digo, a realidade sempre se impõe sobre a ilusão.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Quirino
10 meses atrás

Olá Quirino. Por outro lado, eu venho avaliando que a ajuda para a Ucrãnia tem um limite. Isso há meses.

Ricardo
Ricardo
10 meses atrás

Resumindo -> Os Russos são pateticos. Como diz a materia, do lado dos Ucranianos, temos tropas mal treinadas, insuficiencia de munições, insuficiencia de apoio aereo, insuficiencia de disponibilidade de artilharia, insuficiencia de tanques, insuficiencia de transporte de tropas… tudo muito mal suprido e mal organizado… diante disso… porque os Russos não tomaram Kiev em tres dias e Paris em uma semana. Pode isso Arnaldo??? Acho que deve ter um par de gente com saudades do Pregozhin.

Quirino
Quirino
Responder para  Ricardo
10 meses atrás

Se os russos são patéticos por esta atolado em uma guerra com aquele que, apesar de todos os problemas, é hoje o melhor exercito da Europa (exercito ucraniano), os Estados Unidos são o que por perder uma guerra para o talibã, soldados de sandália que não tinham tanques, treinamentos, artilharia, helicóptero, armas antiaérea, drone, e por ai vai?

Ricardo
Ricardo
Responder para  Quirino
10 meses atrás

Quirino, a resposta é clara. Um exercito regular declara uma guerra (como o da Russia e dos EUA) e um Exercito do Povo ganha uma Guerra (como o Ucraniano e o Afegão). O Vietam não foi vencido, o Afganistao não foi vencido por Russos e Americanos… e a bem da verdade um Exercito vence quando demonstra a uma população que todos (militares e civis) serão decicisavemente afetados e mortos, como os EUA fizeram contra o Japão lançando sobre eles dois “cocos nucleares”… citei que os Russos são pateticos pois se lancaram nessa lunatica empreitada contra o Exercito formado pelo Povo Ucraniano… não citei americanos pois não era o tema. Se voce tem um exercito e quer agredir alguem faça-o de forma a deixar claro que todos serão mortos, fica mais facil uma rendição (como os Alemães sendo moidos por Americanos, Ingleses e Russos na Europa na II Guerra Mundial). Obs.-> O Exercito Ioguslavo foi derrotado pelo Exercito Alemão na II Guerra Mundial, mas o “Gen. Tito” e seu grupo de resistencia nunca se rendeu ao exercito alemão, negando a tomada por completo do Pais, os ataques da Resistencia Iugoslava impetrou severissimas baixas ao Exercito Alemão por 4 anos até o final da IIGM. Assim se fez a historia. Continuo a acreditar que possados 23 meses os Russos nunca estiveram tão distantes de uma vitoria… vitoria essa que a fanatica torcida russa esperava conquistar em 3 dias.

Allan Balbi
Allan Balbi
10 meses atrás

Minha analise, Eua e Europa sempre foram aliados, mesmo Trump ganhando ele não vai conseguir segurar a Europa e a corja de políticos europeus e quando a Europa gritar e ameaçar os Eua, até por que é o rabo dela que esta na reta, os Eua vai ajuda com Trump ou sem Trump. Por mais que a Rússia seja bem militarizada ela vai continuar lutando contra praticamente todo mundo desenvolvido, toda Europa e Eua. Acho difícil a Rússia ganhar.

Flavio
Flavio
10 meses atrás

Rússia é um país patético atualmente, vive o século XXI com mentalidade de século XIX (ou XVIII). França, Alemanha, Inglaterra e Irlanda com fronteiras abertas entre si e Rússia invadindo a Ucrânia alegando razões estratégicas. Me lembro até hoje das tropas russas rumo a Kiev e Putin pedindo que um general ucraniano tirasse o Zelensky do poder pra iniciarem negociações. Hoje vemos que pro Putin falar uma abobrinha destas é porque a inteligência russa dos últimos anos é mais vagabunda que uma rede de fofocas de qualquer vizinhança por aí, não conseguiu nem se informar minimamente sobre a situação política de um país vizinho. Obviamente os planos iniciais russos fracassaram.

Contudo obviamente a Rússia é mais poderosa que a Ucrânia em todos os sentidos (salvo possivelmente em aliados), e me parece difícil a Ucrânia reconquistar mais territórios. Talvez o futuro deste conflito seja uma paz amarga pra Ucrânia. Uma paz na qual o ódio ao vizinho se aprofundará. Mas se a Rússia consolidando tal conquista considerar isto uma vitória, será uma vitória bem amarga também, vide o número de mortos, a perda de boa parte da frota do Mar Negro e o isolamento internacional que a condena a ser futuramente mera área de influência chinesa de tamanho continental.

Matheus
Matheus
8 meses atrás

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.