Encontro deve visar a retomada da confiança entre os países. Reunião será mediada pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira

Os chanceleres da Guiana e da Venezuela vão se reunir nesta quinta-feira (25) em Brasília para discutir a relação entre os dois países após a crise pela disputa da região de Essequibo. A reunião, que será realizada no Palácio Itamaraty às 9h30, será mediada pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira.

A previsão inicial era de que a reunião entre Carl Barrington Greenidge, chanceler guianês, e Yván Gil Pinto, chanceler da Venezuela, ocorresse na sexta-feira (26), mas foi antecipada em um dia por motivo de agenda dos ministros.

A reunião não deve tratar especificamente sobre a região. O encontro representa um esforço, intermediado pelo Brasil, na retomada da confiança entre os dois países, discutindo uma cooperação mais ampla e um canal mais aberto entre eles.

A Venezuela afirma ser a verdadeira proprietária da região de Essequibo, um trecho de 160 quilômetros quadrados que corresponde a cerca de 70% de toda a Guiana e atravessa seis dos dez estados do país. A área é rica em recursos naturais.

A realização de um referendo, no ano passado, reascendeu a disputa, de décadas, e o temor de um conflito armado na fronteira com o Brasil.

O encontro de chanceleres, em Brasília, nesta semana, antecede a reunião entre os presidentes da Guiana, Irfaan Ali, e da Venezuela, Nicolás Maduro, marcada para acontecer também na capital do Brasil.

Lula visitará a Guiana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se prepara para viajar à Guiana, para a cúpula da Comunidade dos Estados do Caribe (Caricom), que acontece no dia 28 de fevereiro.

Diplomatas veem na viagem para a cidade de Georgetown um recado do governo brasileiro para a Venezuela.

O bloco é composto por 20 países do Caribe, sendo 15 estados-membro e cinco associados. O Brasil participará como convidado do encontro, já que não integra o bloco.

Lula tem como uma de suas prioridades na agenda externa a integração dos países da América Latina, além do diálogo com países próximos, como os caribenhos.

Em dezembro de 2023, Lula mencionou intenção de participar do encontro, para falar sobre financiamentos e sobre democracia. Mas, segundo fontes do Palácio do Planalto, a ida do presidente à Guiana também é lida como um recado forte à Venezuela de Nicolás Maduro, que reivindica a região de Essequibo, no território guianense.

FONTE: G1

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Diego Tarses Cardoso
Diego Tarses Cardoso
9 meses atrás

Acho que Maduro está ganhando tempo para se preparar melhor.

João
João
Reply to  Diego Tarses Cardoso
9 meses atrás

Acredito em uma aposta dele. Se algum conflito de alta intensidade ocorrer hj (OM, Taiwan, CN x CS, por exemplo), envolvendo EUA e Inglaterra, ele aproveitará e realizará uma ação contra a Guiana.

Heinz
Heinz
Reply to  João
9 meses atrás

Eu também acho isto, e deve está aumentando seu estoque de suprimentos. Mas ainda sim acredito que o Brasil ainda ganharia num eventual conflito com eles, apesar das dificuldades.

João
João
Reply to  Heinz
9 meses atrás

Eu concordo.

Talisson
Talisson
Reply to  Heinz
9 meses atrás

“ganharia num eventual conflito com eles”, ganha no caso seria impedir Maduro de cruzar Roraima para invadir a Guiana?

Underground
Underground
9 meses atrás

Guiana que se cuide. Brasil pode puxar o tapete.

Henrique
Henrique
Reply to  Underground
9 meses atrás

ainda mais que a politica externa do Brasil é favorável a Russia, que é aliada e endossa a Venezuela kkkk

Rogério Loureiro Dhierio
Rogério Loureiro Dhierio
9 meses atrás

E lá vai o nanico diplomático tentar mais uma presepada.

Logo logo quem resolve as paradas do mundo todo chega e bota ordem na P#@@ toda.
E o Brasil chupa o dedo.

Bueno
Bueno
Reply to  Rogério Loureiro Dhierio
9 meses atrás

Brasil nunca perde uma oportunidade de perder oportunidades.
O Brasil tem uma posição dúbia.

Vejam Neste video de dar tristeza ,o relato de quem já foi ministro da defesa sobre a Sr, que se diz defensora da soberania do Brasil
basta evidenciar neste Video em 2:26 min … dente outros momentos que escancará e desmascara este gov.

https://www.youtube.com/watch?v=o5F8KKIFWpM&ab_channel=ARTEDAGUERRA

Last edited 9 meses atrás by Bueno
guest
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Reply to  Rogério Loureiro Dhierio
9 meses atrás

Isso é falta de figura paterna ou só viralatismo mesmo? O papel de mediador do Brasil nessa história foi, inclusive, reconhecido pelos EUA (não que precisasse….) Presepada seria permitir ou mesmo participar de uma guerra numa fronteira sensível como aquela.

Art
Art
9 meses atrás

Esse itamaraty não é isento, mediador não deve ter parte. A Guiana que se cuide.

jairo
jairo
Reply to  Art
9 meses atrás

au contraire… agora o Itamaraty voltou a ser instituição de Estado.
Não corremos mais o risco de ter chapeiro em Missão Diplomática. (nada contra os chapeiros).

sds,

Jairo

Henrique
Henrique
Reply to  jairo
9 meses atrás

“agora o Itamaraty voltou a ser instituição de Estado.”

e cadê a posição do Itamaraty contra o antissemita pediu boicote aos judeus ?

aé ta fazendo notinha tosca de “pessoa morreu”

pelo jeito o Itamaraty voltou a ser instituição de Estado de 1939

jairo
jairo
Reply to  Henrique
9 meses atrás

pq um orgão voltado a políticas externas de estado se manifestaria a respeito do que um deputado que não tem expressão nem em seu próprio país?
mas que tenho que concordar que o Estado brasileiro sempre foi uma vergonha mesmo…e isso vem antes de 1939..rs

Sds,

jairo

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Art
9 meses atrás

Caro. Quem escolhe e concorda sobre quem será o mediador sao as partes envolvidas. Se a Venezuela e a Guiana concordaram que o Itamaraty é um mediador confiável, então é isso que interessa aos dois países.

A Guiana poderá ter vetado o Brasil e proposto outro mediador.. poderia ser o México, Chile, Suriname, Kimbuctiku….

Art
Art
Reply to  Camargoer.
9 meses atrás

O Brasil seria envolvido pela importância da Região. Que o Governo atual tem uma “queda” pelo regime de maduro, não é novidade. Porém não ajuda mais por falta de apoio popular e por geopolítica. A guiana que se cuide.
O Brasil era para ter gritado na primeira reação do Ditador Venezuelano, marcando posição. Tudo o que ocorreu foi justamente porque governo é conivente nos bastidores.

Last edited 9 meses atrás by Art
Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Art
9 meses atrás

Art. Apenas a diplomacia dos trẽs países sabe o que foi discutido antes dos dois países concordarem com uma reunião entre os dois presidentes e agora com uma nova reunião de alta cúpula entre os ministros de relações exteriores dos dois países.

o primeiro objetivo de um negociação diplomática é interromper uma escalada que resulte em um conflito militar. O resto vem depois.

Gabriel BR
Gabriel BR
Reply to  Camargoer.
9 meses atrás

Caro Carmargo,
Penso que não existe nada a ser negociado nessa reunião. eu simplesmente não entendo a postura do presidente da Guiana ao aceitar esse convite…isso é alta traição !

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Gabriel BR
9 meses atrás

Sempre exste uma questão a ser negociada, começando pela garantia que nenhum dos envolvidos na disputa tomará uma iniciativa militar. Se a negociação fosse em torno deste ponto, já seria uma vitoria.

Perceba que a Guerra na Ucrânia é o resultado do fracasso da diplomacia, antes e após a invasão russa.

O que os dois países vão discutir, propor e acordar é lá com eles. Se a Venezuela quiser ceder Caracas para a Guiana ou a Guiana decidi ser sócia da PDVSA, isso é com dos dois.

Tiago
Tiago
9 meses atrás

Ótima atitude, mostramos que somo atores regionais importantes ao mediar a reunião. Nosso presidente a despeito de semelhanças com a ideologia, mostra que não aceitamos uma invasão a Guiana (até pelas consequências gerais depois disso). Em suma estamos nos posicionando corretamente, ainda mais lembrando que tudo não é nada mais que bravata de Maduro para mostrar internamente que tem apoio popular após as eleições do ano passado onde a oposição ganhou mais espaço. Achar que a Venezuela que a 4 anos tinha só 20 caças operacionais ( https://www.aereo.jor.br/2019/02/23/em-caso-de-guerra-venezuela-tem-apenas-20-cacas-operacionais/ ) em segredo prepara um ataque devastador na minha opinião é muito… Read more »

Last edited 9 meses atrás by Tiago
Gabriel BR
Gabriel BR
9 meses atrás

A integridade da Guiana não é negociável.
Promover essas reuniões é conferir a Venezuela uma aura de legitimidade que não é inaceitável . Papelão do governo brasileiro em favor do regime da Chavezuela

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Gabriel BR
9 meses atrás

Não. Promover reuniões entre dois países em crise para evitar uma escalada militar é uma das tarefas mais importantes na diplomacia mundial.

Uma mediação é feita por um país ou instituição escolhido em comum acordo pelos países envolvidos na disputa. Isso significa que os dois lados confiam no mediador.