China aumenta compras de soja e milho do Brasil
PEQUIM, CHINA – As importações de soja da China provenientes do Brasil cresceram substancialmente em novembro de 2023, durante um período tradicionalmente dominado por fornecimentos recém-colhidos dos EUA, informou a Reuters, citando a Administração Geral das Alfândegas da China.
Os dados alfandegários mostraram que o Brasil embarcou 5,2 milhões de toneladas de soja para a China em novembro, um aumento de 108% em relação ao ano anterior. Os preços atrativos da colheita recorde do país sul-americano atraíram compradores chineses durante o mês, enquanto a seca no rio Mississipi e no Canal do Panamá abrandou as compras dos EUA.
As importações totais de soja da China em novembro foram de 7,92 milhões de toneladas, mas a quota dos EUA caiu 30%, para 2,3 milhões de toneladas, face aos 3,29 milhões de toneladas do ano anterior.
Nos primeiros 11 meses de 2023, os embarques totais de soja do Brasil para a China foram de 64,97 milhões de toneladas, um aumento de 25% em relação ao ano anterior. As importações totais dos EUA até agora neste ano caíram 8%, para 20,36 milhões de toneladas, mostraram os dados.
O Brasil também dominou as importações de milho da China, com 3,22 milhões de toneladas em novembro. A China registou importações recorde de milho de 3,59 milhões de toneladas em novembro, somando-se a uma colheita doméstica recorde e pressionando ainda mais os preços no segundo maior produtor mundial.
Com 1,4 bilhão de pessoas, a China é o maior consumidor mundial de soja e o segundo maior utilizador de milho.
FONTE: world-grain.com
Viva o Agro
Olá Gab. Sim. O setor exportador de soja, principalmente, seguido do setor de milho, proteína animal, suco de laranja, açúcar e café (entre outros) são importantes para o superavit da balança comercial.
Outro setores tão importantes quando estes, é o de minério de ferro e de petróleo. O Brasil se tornou um grande exportador de petróleo, principalmente porque a sua demanda de refinados é superior ao da capacidade de refino. Então, grande parte da extração de petróleo precisa ser exportada, enquanto se importa bastante gasolina e muita diesel.
Ainda que se discuta uma transição para outras fontes de energia, e o Brasil tem uma posição privilegiada neste setor, ainda é preciso ampliar a capacidade de refino.
Na questão energética, a produção de álcool continua importante, mesmo com o crescimento da geração de energia eólica e solar.
O setor exportador agrícola é bastante sofisticado e mecanizado. Contudo, também é importante lembrar o principal responsável pela geração de alimentos é a agricultura familiar (que é diferente de agricultura de subsistência, ainda tem gente que confunde). Este setor também tem conseguido exportar, principalmente frutas e produtos derivados, como vinhos. Como a demanda alimentar no Brasil é alta, este setor acaba sendo para consumo interno, exportando pouco. Por exemplo, toda a indústria de laticínios no Brasil é baseada na produção leiteira de pequenos e médios produtores.
Seria importante aumentar a exportação de bens industrializados e principalmente, exportação de serviços. Se por um lado, a balança comercial tem superavit, a balança de pagamentos tem um crônico deficit. O Brasil tem potencial para ser um grande exportador de serviços para toda a América do Sul, além de abastecer de produtos industrializados na área de higiene e saúde.
O setor que mais gera empregos é o de serviços. Isso é um perfil de economias industrializadas, Não adianta querer cobrar do setor agroexportador que seja um grande empregador.
“O setor que mais gera empregos é o de serviços. Isso é um perfil de economias industrializadas, Não adianta querer cobrar do setor agroexportador que seja um grande empregador.”
Camargo,
Esse velho paradigma tem nuances, mudanças e não são poucas.
Nas regiões de produção agrícola para exportação o setor de serviços vem crescendo e empregando cada mais pessoas.
O setor industrial evidentemente proporciona empregos com maiores salários aos trabalhadores da indústria, e o setor agroexportador em si emprega relativamente pouco, mas tanto a indústria quanto a agricultura geram empregos indiretos no setor de serviços em grande quantidade – em geral mal pagos independentemente de serem gerados pela renda do agro ou da indústria (embora ambos também gerem demanda de serviços mais bem pagos e qualificados). Em regiões de fronteira agrícola a falta de serviços chega até a aumentar o valor dos salários do setor de serviços e situações de pleno emprego, pra ver como a coisa não é simples.
Por outro lado, vem crescendo também a agroindústria que aumenta o valor agregado dos produtos, a maior parte para o mercado interno, mas com exportações crescentes.
Há diversas reportagens dos últimos anos (além de estudos acadêmicos, mas vou ficar só nas reportagens que são mais fáceis para outros comentaristas acessarem e discutirem, sem que o debate fique muito acadêmico).
Uma série recente da Folha de São Paulo explorou bastante essas questões. Destaco três links:
https://www1.folha.uol.com.br/amp/mercado/2023/07/agro-eleva-pib-renda-e-populacao-e-desigualdade-cai-onde-setor-avanca-mais.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/amp/mercado/2023/07/graos-redesenham-economia-de-goias-e-em-40-anos-impulsionam-desenvolvimento-das-cidades.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/amp/mercado/2023/07/sem-muito-espaco-para-plantio-sul-avanca-na-industrializacao.shtml
Enfim, fala-se muito que o setor de serviços tem participação maior no PIB que o agronegócio, o que é verdade, mas não se fala muito sobre o quanto o PIB do setor de serviços cresce nas regiões que estão se enriquecendo com o agronegócio.
Eu mesmo pude aferir isso pessoalmente (embora não seja obviamente com a precisão de uma pesquisa acadêmica pois não pesquiso agronegócio) o desenvolvimento de várias cidades do MS que visito com frequência há cerca de 25 anos. O setor de comércio e serviços cresceu muito nessas cidades e a agroindústria vem crescendo também, e boa parte disso vem da renda gerada pela agricultura de exportação.
PS: hoje o vice-presidente e ministro do desenvolvimento, indústria, comércio e serviços destacou num artigo para a FSP o aumento do saldo comercial, com destaque óbvio às exportações de commodities agrícolas e minerais, mas também destacou “embarques recordes (…) de máquinas para construção e mineração, tubos de ferro e aço, máquinas agrícolas e máquinas para o setor de energia elétrica.”
Olá Nunão. Vocẽ tem razão e agradeço como vocẽ complementou meu comentário. Existe uma relação direta entre o terceiro setor e os setores agropecuários e industriais.
Em torno de uma região industrial irá surgir toda uma economia de serviços para atender aquele grupo de pessoas empregadas nas industrias. Escolas, mercados, roupas, automóveis, lazer.. o mesmo acontece em torno das regiões que possuem um agronegócio forte. O interior de SP é um exemplo consolidado de como estes trẽs setores estão relacionados.
Meu comentário foi exatamente nesta direção. O setor agroexportador vem contribuindo para o superavit comercial do Brasil há anos. Por suas características, principalmente de alta tecnologia, ele emprega pouco. Há quem critique este setor por isso. Um equívoco porque a maior geração de empregos (em uma sociedade industrial como a nossa) é no setor de serviços.
Há uma relação direta entre renda e escolaridade. O setor de serviços absorve a maior parte das pessoas de menor escolaridade, até porque os empregos são de baixa especialidade. Outros setores empregam gente com maior especialidade e com salários mais altos.
Para reduzir o desemprego, é preciso expandir o setor de serviços, mas o setor de serviços vem a reboque dos setores agropecuário e industrial.
Fazendo um trocadilho. O setor agropecuário não vai salvar a lavoura (da economia) mas é parte fundamental. Há uma complexa rede de prestadores de serviços diretos e indiretos relacionados ao setor agropecuário.
Também é importante lembrar que é preciso distinguir o setor de exportação de commodities do setor de produção de alimentos.
Por vezes, eu vejo uma discussão enviesada que mistura alhos com soja (outro trocadilho infame). Se a gente conseguir dimensionar o impacto real de cada setor, a discussão fica mais interessante e menos estressante.
Muito boa sua colocação
Infelizmente nossa produção industrial está no mesmo nível de 2004
É triste mas é verdade!
https://valoradicionado.wordpress.com/2019/05/30/industria-atinge-menor-nivel-historico-104-do-pib-no-1o-tri-de-2019/ Reportagem é de 2019, mas essa semana vi um gráfico do IBGE que mostra a indústria no mesmo nível de 2004
Olá Black. Você tem razão. Entre tantas coisas, a pandemia também desorganizou tudo… e no meio do caminho teve a crise de 2008.
O ponto é que exitem aspectos da produção industrial (como por exemplo ítens de higiene e saúde) que exibem um enorme potencial de crescimento.
O Brasil pode ser o celeiro e a farmácia do mundo.. riso, pelo menos a farmácia da América Latina…
O setor industrial leva anos para ser montado mas pode ser destruído rapidamente. Então, é preciso políticas industriais efetivas e de longo prazo.
Um exemplo foi a indústria de pisos e azulejos no interior de SP. Ela estava praticamente destruída na década de 90. Foi feito um programa de modernização e de pesquisa em torno das matérias primas que recuperou todo o setor. Aumentou a qualidade e reduziu os custos.
demorou duas décadas para recuperar.
Infelizmente temos alguns problemas sérios que precisam de uma dose de veneno bem reforçada.
Os investidores não vem mais, e os que estão aqui estão indo embora, Uruguai 🇺🇾 é logo ali.
Olá Black, Você tem razão.
A burocracia pública é um problema antigo aqui e no mundo. A reforma tributária foi um passo importante. Existem muitas outras coisas. Só lembro que desburocratiza não é desregulamentar. Por exemplo, a legislação trabalhista e ambiental continua necessária. Podemos simplificar a burocracia ma sem que isso signifique desregulamentar.
O sistema judiciário tem problemas, aqui e no mundo. Talvez os problemas mais graves seja a lentidão dos processos e os privilégios que foram sendo acumulados pelo judiciário e pelo ministério público.
Há anos eu afirmo que a política de segurança pública no Brasil fracassou há pelo menos 50 anos. Isso inclui o modelo de duas polícias, do sistema judiciário, do sistema prisional e até da legislação. Por anos, o Brasil tratando problema sociais como se fosse assunto de polícia, enquanto que a gente deveria tratar problema de polícia como se fosse assunto social. Ao longo de décadas, os legisladores vem endurecendo a legislação penal sem qualquer resultado prático. É preciso uma ampla revisão da política de segurança pública.
O Brasil é maior que a Europa. Ainda que 60% do território seja de florestas, ainda assim o território é enorme. A infraestrutura de transporte, comunicação, energia, saneamento e urbana ainda é precária. Continua demandando muito investimento.
Sobre investimento estrangeiro, é preciso separar o especulador do investimento produtivo. Por exemplo, quando um grupo estrangeiro compra uma empresa brasileira, isso não é investimento, A capacidade de produção é a mesma e ainda por cima, resulta em remessa regular de lucros. Investimento é quando um grupo estrangeiro constrói uma nova fábrica no Brasil.
Por exemplo, a fábrica de carros elétricos d BYD, a fábrica de peças estruturais para o Gripen, a nova fabrica da Honda aqui no interior de SP… isso são investimentos. Agora, a compra da refinaria na Bahia pelos árabes ou a venda da fábrica de celulose para os indonésios não resultaram em ampliação da capacidade de produção ou ampliação de empregos…
Quando vc fala em desburocratizar mas não desregulamentar eu concordo plenamente…
Um exemplo é já tem uma rodovia a cinquenta anos… aí pra duplicar precisa de novas autorizações e estudos ambientais…. Há me poupe né…
Calma…. seguindo este exemplo. Quando a rodovia foi construída, havia uma outra legislação ambiental e entorno do traçado da rodovia era outro.
50 anos é muito tempo.
O impacto ambiental inclui o resultado final após concluída a obra mas também inclui a obra em si.
Movimentação de terra, riscos envolvidos durante a obra..
Por exemplo, a Rodovia dos Imigrantes, que liga São Paulo ao Litoral foi projetada na década de 70. O impacto sobre a região da Serra do Mar foi enorme, mas estava no contexto da época. Ainda assim, o impacto ambiental foi menor do que o da construção da Via Anchiera, 30 anos antes.
Em 2002, foi inaugurada a segunda pista da Imigrantes a partir de um conceito de rodovia totalmente diferente. Houve um projeto que minimizou o impacto ambiental.
Nessa concordo perfeitamente com você.
Obrigado.
Sim, isso é um problema, mas não confunda produção industrial com participação no PIB. Pode haver aumento da produção e diminuição na participação do PIB ao mesmo tempo (por exemplo, se outros setores crescem mais a produção e a participação no PIB).
De qualquer forma, a crítica à desindustrialização é mais do que pertinente. Ela ocorre de forma exagerada, precoce e suas causas vêm sendo mal combatidas há uns 30 anos por sucessivos governos.
Verdade. Com o crescimento da agricultura vem o crescimento do setor de serviços. Depois com a sobra de capital começa a construção de indústrias. Foi assim que SP se tornou um estado industrial, tudo começou com o café. Mas tem uns que não entendem de economia que são contra o agronegócio e contra o petróleo. Sem divisas externas nenhum país consegue se desenvolver. Pôr isso o dólar está caindo de preço no Brasil e vai cair ainda mais chegando a 4,30 ou até 4,00 no futuro.
Correto, Nunão.
No interior, principalmente, o setor de serviços e a indústria são intimamente ligados à agropecuária.
A indústria metalmecânica que atende a demanda da agricultura é muito importante, por exemplo.
E sem estes dois setores (agro e indústria) pujantes, o setor terciário sofre.
Essa é a confusão corriqueira: se a indústria está ligada à agropecuária, ela faz parte da cadeia do agronegócio.
Com a crescente eletrificação dos veículos, é improvável que empresas invistam em novas refinarias de petróleo no Ocidente, pois é um investimento muito alto que precisa de décadas para ser recuperado.
Outrossim, boa parte da exploração de petróleo no Brasil foi pensada justamente para a exportação, principalmente aquela realizadas por empresas estrangeiras ou mesmo pela Prio (brasileira, mas que apenas exporta petróleo), até porque essas empresas estrangeiras buscavam diversificar a origem do petróleo especialmente para não depender do Oriente Médio ou da Venezuela.
Então.. essa é a discussão… para ocorrer a transição de transporte, será preciso aumentar a produção de eletricidade… e tem o desafio das reciclagem das baterias de lítio.
Está é uma discussão que está aberta ainda.
O debate é também em torno da tecnologia híbrida e flex. O caminho é longo… e deveria passar pela questão do transporte coletivo nas cidades.
Outro ponto é lembrar que o petróleo também é fonte de outras matérias primas para a índústria química.
Pois é.
Produção e refino de petróleo continuarão por um bom tempo ainda.
Além disso, o petróleo do pré-sal tem uma boa demanda atualmente por permitir refino de produtos com menor teor de enxofre.
O óleo combustível para navios produzido com petróleo do pré-sal atende com menores custos a nova legislação para combustível marítimo, por exemplo.
Exportação de serviços o Brasil estava aumentando. Mas aí veio uns malucos da lava jato e acabaram as empresas de prestação de serviços que o Brasil tinha que eram as grandes construtoras. Lógico que existia problemas mas em nenhum país do mundo o governo acaba com suas empresas, coisas do Brasil pais do terceiro mundo. Hoje o Brasil não tem mais grandes construtoras, os chineses estão vindo para o Brasil fazer as grandes obras.
AVISO DOS EDITORES A TODOS NESTA DISCUSSÃO: MANTENHAM O FOCO NO ASSUNTO DA MATÉRIA SEM DESVIAR PARA A DISPUTA POLÍTICA E IDEOLÓGICA.
LEIAM AS REGRAS DO BLOG:
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Calma… concordo com vocẽ que a LavaJato foi um desastre. Lembro de um relatório da FIESP (olha só) que estima que o PIB em 2015 teve uma redução de R$ 150 bilhões por causa da interrupção das atividades de empresas devido a LavaJato.
A destruição das grandes empreiteiras foi um desastre. No fim, ainda descobre-se que os promotores e juízes eram todos criminosos (mas isso é outra discussão)
Quando eu falo em exportação de serviços é mais ampla, o que inclui por exemplo, uma industria se softwares ou serviços digitais e produção de material audiovisual.
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Esse é o maior exemplo da falta de política de Estado para a industrialização: exporta petróleo e importa gasolina e diesel; exporta minério de ferro e importa aço, com suas diversas especificações; exporta soja e importa óleo de palma.
Só está faltando exportar vaca e importar leite.
Ou seja, o princípio básico da industrialização, que é agregar valor ao produto final, não está acontecendo. Isso implica diretamente na renúncia de receitas no comércio exterior.
Olá Nogueira. Concordo em parte. O Brasil precisa ampliar a sua capacidade de refino. Isso é um fato. Historicamente, isso tem sido feito principalmente pela Petrobras.
Então, para não entrar neste momento em uma discussão que precisa ser feita com a cabeça fria, temos que analisar quanto e porque a Petrobras fez investimentos da ampliação da capacidade de refino e quando deixou de fazer.
Sobre o exportar minério de ferro ou aço, na prática, a siderurgia ganha escala no Brasil a partir da década de 40 com a criação da CSN de um lado e da CVRD no outro. Neste esforço, deve incluir a Cosipa e Usiminas.
No início, a capacidade de mineração era maior que a capacidade de produzir aço.
Na revolução chinesa, Mao determinou a construção de centenas ou milhares de pequenas siderúrgicas. Há um relato de um diplomata (acho que inglês) que Beijing (na época Pequim) era toda iluminada a noite com os autofornos espalhados pela cidade.
Aproveitando a história chinesa, o crescimento econômico aconteceu quando o país passou a produzir bens de consumo com o aço.
Pelos preços, uma tonelada de minério de ferro é cerca de U$ 100… a tonelada de aço é cerca de US$ 1000…. um veículo que deve ter uma tonelada de aço deve de US$ 20~50 mil. a tonelada de um navio custa de US$ 100~300 mil, dependendo do tipo.
“Ou seja, o princípio básico da industrialização, que é agregar valor ao produto final, não está acontecendo.”
Não estaria acontecendo, para usar um dos exemplos que você citou, se todo o minério de ferro fosse exportado e todo o aço importado. O Brasil consome minério de ferro extraído aqui em suas siderúrgicas, com ele produz mais aço do que consome internamente, e exporta o excedente (tanto na forma de produtos siderúrgicos quanto de produtos industriais como veículos e maquinário feito de aço). A maior parte do aço consumido aqui é de produção local – ainda assim, o Brasil importa parte do que necessita por diversas razões (tipos específicos de ligas, custos etc). Mas a produção local de aço supera o que o mercado interno consome.
A análise é bem mais complexa e precisa ser feita caso a caso, num contexto de cadeias globais de fornecedores. O princípio básico do qual você fala acontece e em grande escala, mas não comporta uma visão “8 ou 80” na hora de analisar.
O nossos grande “aliados” EUA não irão importar?
Há, tinha esquecido, são nossos concorrentes na agropecuária e impõem sobretaxas em vários produtos agropecuários, minério, aço…
Lord-M,
Os EUA não importam nossos produtos do agronegócio no volume da China, de fato. Café é uma exceção. Há diversas outras.
Porém, esses “concorrentes” são um dos nossos maiores importadores de aço (e diversos produtos siderúrgicos, pois independentente das idas e vindas de taxas por parte deste ou daquele presidente dos EUA, há cotas de importação bastante consideráveis), além de aeronaves, que são um item de altíssimo valor agregado, além de outros produtos industriais.
Itens que a China, por exemplo, que tanto busca valorizar o aspecto “complementar” de sua economia com a brasileira, não compra quase nada do Brasil.
Então é preciso ver no detalhe quais as vantagens em cada caso em economias ditas, grosseiramente, “concorrentes” ou “complementares”. Pode haver surpresas no meio disso tudo.
Os EUA são nossos concorrentes em quase todas áreas de agronegócio.
Exportamos aeronaves para os EUA com a maior parte dos componentes críticos importados do próprio EUA.
Assim como nosso maior mercado industrial de manufaturados são os países vizinhos.
A sobretaxa sobre nosso aço só é o enésimo exemplo de sobretaxação protecionista dos EUA em relação aos nossos produtos.
A China tem uma produção de aço brutal; Política de Estado soberana; não faz o mínimo sentido importarem.
De longe com o EUA temos nosso maior déficit e com a China o maior superávit. Não é por acaso; é Política de Estado.
É claríssimo que tipo de economia do Brasil interessa a Política de Estado dos EUA. Aliás, não por acaso são os agentes externos da Lava Jato que destruiu a engenharia pesada e estaleiros brasileiros. História já amplamente conhecida.
“No geral, o comércio segue dinâmico, com crescimento na maioria dos produtos e perspectiva positiva, sobretudo nos itens de maior valor agregado e intensidade tecnológica”, completou. Segundo o documento, cresceu a importância relativa dos bens industriais nas exportações do Brasil aos EUA, passando de 78,5% para 81,6%.”
https://www.infomoney.com.br/economia/amcham-comercio-brasil-eua-acumula-us-55-bi-em-2023-ate-setembro-2a-maior-marca-da-serie/
“…quais são os maiores compradores dos produtos brasileiros:
China
Estados Unidos
Argentina
Holanda
México
Chile
Espanha
Singapura
Japão
Alemanha”
https://www.otempo.com.br/mobile/economia/soja-lidera-exportacoes-do-brasil-em-2023-veja-os-15-produtos-mais-vendidos-1.3292805
Do mesmo artigo:
“Além disso, cinco dos 10 produtos mais vendidos pelo Brasil tiveram alta em valor no período, com destaque aos combustíveis de petróleo (106,9%), sucos de frutas (58,5%), equipamentos de engenharia civil (40,5%), celulose (9,1%) e semiacabados de ferro ou aço (7,0%).
Já entre os produtos importados pelo Brasil dos EUA, houve alta em instrumentos e aparelhos de medição (22,5%), motores e máquinas não elétricas (14,6%); aeronaves (13,0%), polímeros de etileno (1,9%) e inseticidas e fungicidas (0,1%).”
…
Produtos “industriais” que de fato são insumos para a indústria dos EUA (indústria de transformação intermediária)… O nosso maior comércio de produtos industriais que não são insumos são com os países vizinhos.
Déficit com os EUA ano passado foi de US$ 11,4 bilhões.
Com a China foi superávit de US$ 28,684 bilhões (este ano beira os US$ 50 bilhões).
Lord-M,
Sim, há os dois lados da questão nos links que te passei. O problema é fazer uma análise 8 ou 80.
Você falou de exportações de produtos industriais a nossos vizinhos. Sim, ela é fundamental e deveria crescer. Mas veja a ordem dos maiores importadores do Brasil. Só há um vizinho, a Argentina, que vem depois dos EUA. O volume e valor agregado às exportações brasileiras aos EUA é grande e não pode ser ignorado, como na comparação que você fez no seu primeiro comentário de sua sequência.
Avaliações sobre comércio não podem ser apenas no sentido bilateral, do contrário vai parecer que apenas a China vale como parceiro comercial por ser a maior importadora de produtos brasileiros (no caso, commodities agrícolas e minerais de alto volume e baixo valor agregado). O que realmente faz a diferença é o saldo final e se também há aumento das exportações com maior valor agregado, no cômputo final, levando em conta todos os países com os quais o Brasil faz comércio.
Nessa conta, chineses não são heróis e americanos vilões nem chineses são vilões e americanos heróis.
Eu não faço análises dicotômicas; a base são dados empíricos e geopolítica.
É óbvio que não iremos exportar produtos agropecuários brutos para os EUA que é o principal concorrente na maioria das áreas.
Quase todas as exportações industriais são de itens de transformação para a própria indústria dos EUA agregar valor em transformação subsequente.
Da mesma forma nossas exportações “tecnológicas” são quase todas com partes críticas (e quase sempre as mais caras) com itens “on board” importados dos próprios EUA; logo, se computa essa diferença.
Sem falar, no fato citado, na Política de Estado; não há como ignorar esse fundamento e o papel nefasto do EUA contra a indústria de engenharia nacional, estaleiros e de produção de petróleo, dentre outras áreas que embargam, vetam ou fazem lawfare historicamente.
Petrobrás e Embraer são exemplos notórios, aliás, ambas intensa e extensivamente espionadas pelas agências dos EUA; a última quase entregue a Boeing que só deixaria o caroço no país, como fez com todas as suas aquisições.
Como já disse o recente falecido Kissinger nos anos 1970:
“Não Permitiremos um Novo Japão ao Sul do Equador”.
E é essa opção de “aliança estratégica” (de via única) que é do Interesse Nacional brasileiro?
A China não interfere em nossa política interna nem industrial. Pelo contrário, atua com uma agenda multilateral e cooperativa com o país e é de pleno interesse de sua Política de Estado um Brasil soberano e integrado regionalmente.
Essa é a diferença abissal. O que o EUA sabota historicamente a economia do país não compensa um milésimo de exportações pra lá e que ainda temos o maior déficit.
Comércio sim; mas com reciprocidade mínima (alguém ainda lembra da proposta da ALCA? Vide os efeitos do NAFTA para o México); e jamais devemos depender criticamente de importação/exportação para os EUA; questão de segurança, interesses e Soberania Nacional.
A história corrobora plenamente e não há nenhum, absolutamente nenhum indício que isso irá mudar; é o cerne da Política de Estado dos EUA para o país e região.
“ Da mesma forma nossas exportações “tecnológicas” são quase todas com partes críticas (e quase sempre as mais caras) com itens “on board” importados dos próprios EUA; logo, se computa essa diferença.”
O balanço entre a importação desses itens aeronáuticos e a exportação dos aviões completos resulta em saldo positivo no geral.
“ Quase todas as exportações industriais são de itens de transformação para a própria indústria dos EUA agregar valor em transformação subsequente.”
Se você está falando da relação comercial específica com os EUA, boa parte é, mas não “quase todas”. Ainda assim, isso não reduz o efeito do valor agregado aqui e a subsequente exportação desses itens pelos EUA não se dá apenas para o Brasil (assim como a exportação de aviões pelo Brasil, incluindo componentes importados dos EUA, não se dá apenas para os EUA), além de parte dessa produção americana ser absorvida pelos próprios consumidores dos EUA.
Quanto aos itens produzidos nos EUA e importados pelo Brasil nos últimos anos, boa parte não é de alto valor agregado, caso de combustíveis, óleos, lubrificantes, insumos agrícolas e outros. Confira aqui:
http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis
“ E é essa opção de “aliança estratégica” (de via única) que é do Interesse Nacional brasileiro?”
Em algum momento eu propus isso? O que transparece do restante de seu comentário é que você advoga por uma parceria estratégica com a China. Eu estou discutindo balança comercial e quais são os itens de importação e exportação entre Brasil e Estados Unidos comparados aos itens entre Brasil e China, a partir de um comentário seu em que foi estabelecida uma dicotomia concorrente x complementar.
Agora você começou a colocar a geopolítica na conversa, o que é bom. Mas não superou, pelo que pude perceber do todo de seu comentário, a dicotomia inicial.
Não sou eu que estabeleci dicotomia; sobretudo na atual situação dos EUA (importam alguns itens pelo sua própria deficiência atual em insumos para fases de transformação industrial); no entanto, o agronegócio, nossa maior área de exportação, é concorrente, como todo mundo sabe.
E, em segundo lugar, se a geopolítica não entrar nessa equação sequer tem fundamento um debate. A história corrobora há décadas.
As Política de Estados são claras e não vão mudar a longo prazo; não há absolutamente nenhum indício disso; sendo assim iremos continuar a ter o maior déficit comercial com os EUA.
Com a China ou com qualquer país temos que defender nossos interesses, sempre; a China faz comércio; óbvio que na melhor condição que lhe é mais favorável; mas não interfere na nossa política interna e externa; o que está absolutamente claro é que no segundo caso nossos Interesses e Soberania Nacional passa anos-luz de qualquer dependência crítica econômica dos EUA.
Mas alguém aqui está defendendo “dependência crítica econômica dos EUA”? Ou da China?
Estamos (ou pelo menos eu estou) falando de comércio exterior e detalhando superávit e déficit do Brasil em dois casos (China e EUA) e o que eles significam em itens que são vendidos, comprados e seus valores agregados.
Além disso, a relação Brasil-EUA nunca foi estática ou reduzida a uma visão de “interferência na política externa e interna”. Ela não vem de décadas, vem de séculos (desde o período Imperial) e mesmo quando se analisa décadas há aproximações e distanciamentos de parte a parte na política externa, mas sempre um volume importante de comércio.
Essas aproximações e distanciamentos, intervenções e isolamentos, tudo isso nunca mudou o fato dos EUA serem desde o século XX um dos maiores parceiros comerciais do Brasil (sendo também o maior parceiro por muito tempo), tanto antes quanto durante e depois do auge da industrialização brasileira (1930-1980), e que essa relação comercial foi incorporando mais e mais itens de maior valor agregado importados pelos EUA no período.
Tudo isso precisa ser levado em conta até mesmo para se analisar as relações Brasil-China, na política e no comércio.
Que nojo quando surgem com esse Papinho furado de lava jato. Aconteceu o que aconteceu e não fizeram nenhum mea culpa. Pessoas sem escrúpulos que acham que nunca erram e continuam insistindo no erro com essas teorias nojentas.
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Isso não tem nada de ideologia; é factual, história recente do país.
Um dos maiores crimes lesa pátria da história do país.
Qualquer nacionalista (seja de direita ou esquerda) tem denunciado desde então.
Verdade. Os EUA são concorrentes do Brasil na agropecuária. E se os EUA for para o isolamento, parando de importação de produtos industrial, o Brasil vai vender só café para os EUA igual era na década de 30. Os EUA é um dos poucos países do mundo que não precisam de ninguém para viver. Os outros são o Brasil e a Rússia.
EUA é um dos maiores concorrentes do agronegocio Brasileiro….
Cadê a galera do “não devemos vender nossos produtos pro cumunixxxmu malvadão”?
Riso.. estão na Argentina.. riso. A gente continua exportando para a China e para quem mais quiser comprar.
Os quindins de Iáiá, para quem quiser comprar…
https://www.youtube.com/watch?v=DcMhRfwmnL4
Muito Bom. riso.
“Amigos, amigos, negócios à parte”. Se tem quem quer comprar, e se tem quem quer vender, compra-se e vende-se. O resto é ideologia burra.
” Países não tem aliados permantes. Tem interesses permanentes” algum inglês falou a anos.
Já era de se esperar. A China, em resposta as sanções dos EUA, vetaram a compra do milho Americano. Assim então começaram a comprar mais ainda milho Brasileiro. Hoje o Brasil é o maior exportador de milho do mundo.
Não vejo a hora deles começarem a comprar picanha! O povo chinês “irá a loucura”.
Eu só espero que existe àgua para isso. O clima está mudando e a agropecuária é muito dependente dele. A seca do segundo semestre e o El Nino fizeram estrago.
Temos o “aquífero Guarani”! E a SABESP, privada, vai tratar todo o “esgoto até não querer mais”. Vai sobrar água!
De fato, a Enel tem sido um exemplo inspirador
A notícia não é ruim mas também não é boa…
O ideal seria exportar farelo de soja e milho, óleo de soja e milho, carne produzida com soja e milho.
Precisamos parar de exportar petróleo barato e importar combustíveis refinados!
precisamos pensar no longo prazo.
Essas ações geram mais empregos e divisas para nosso país…
Correia do Sul não produz alimentos, mas através de de suas exportações de produtos manufaturados de alto valor agregado podem comprar tudo o que não produzem de alimentos!
Infelizmente a recíproca não é verdadeira, então precisamos parar de exportar minério de ferro e começar a exportar navio, aço, aço inox…
Só assim vamos gerar riquezas e nos tornar um país rico de verdade!
“Infelizmente a recíproca não é verdadeira, então precisamos parar de exportar minério de ferro e começar a exportar navio, aço, aço inox…”
Não é preciso parar de exportar minério de ferro para exportar aço.
O Brasil está entre os 10 maiores produtores de aço do mundo e há muito tempo exporta aço. A produção de aço no Brasil varia de 30 a 35 milhões de toneladas anuais (desde aço bruto a produtos siderúrgicos), sendo 20 a 25 milhões consumidas aqui e aproximadamente 10 milhões exportadas. Não sei se já consolidaram os dados de 2023, até novembro se esperava queda em relação a 2022, mas nos últimos anos os números giraram em torno disso (às vezes mais, às vezes menos).
Do que é consumido aqui, ainda há exportação de 2,5 milhões de toneladas em forma de produtos feitos com aço (veículos e máquinas, por exemplo).
O Brasil também importa aço, devido a uma pressão por custos mais baixos num mercado aberto, além de algumas ligas especiais. São 5 milhões de toneladas por ano. Uma pequena parte dessa importação é aço inox, mas ainda assim cerca de 3/4 do consumo de inox no Brasil é produzido aqui (grosso modo).
Enfim, resumindo não faz sentido parar de exportar minério para exportar aço, ambos são exportados e em boa quantidade, pois o Brasil é um dos 10 maiores produtores de aço do mundo.
Verdade. O Brasil tem que exportar aquilo que produz e aquilo que outros países querem comprar e o Brasil é competitivo. Os EUA sempre foram grandes produtores e exportadores de produtos agrícolas.
Há cada tonelada de soja, milho ou minério de ferro que exportamos sem processar… estamos perdendo a oportunidade de gerar empregos e riquezas aqui dentro do nosso país.
Por outro lado hoje temos 20% dos jovens em idade entre 18 ~ 30 anos que não trabalham, e ao que parece não fazem muita questão de trabalhar.
Mas os outros países querem comprar minério, soja grãos etc. Essa mudança de patamar de primário para industrial não acontece de um dia para outro. O Brasil tem concorrência.
Olá Black, Quase isso. Eu concordo que é preciso aumentar a produção para consumo nacional e para exportação de bens industrializados. A indústria naval é sempre uma boa discussão. O Brasil tem um grande potencial para produção naval.
Navios são equipamentos que sempre terão demanda. Claro que existe uma curva de aprendizado que precisa ser protegida. É improvável que um estaleiro consiga índices de produtividade e custo iguais ou menores aos de estaleiros consolidados no primeiro navio
Só que o processo começa sempre no primeiro navio.
Uma empresa privada, por exemplo, sempre tomará a decisão pelo menor preço. Senão ela quebra.
Se for depender apenas das vendas privadas, não há como consolidar uma indústria naval. Felizmente, o Brasil tem a Petrobras que pode servir, entre outras coisas, como um meio de indução de política industrial.
Assim como a FAB foi o meio para a consolidação da Embraer, a Petrobras é o meio para a consolidação da industria naval. Uma vez estabelecido o patamar de produtividade e qualidade, a indústria naval passar a ser um competidor internacional.
Há quem discorde, dizendo que isso é uma interferência na administração da Petrobras, que deveria ter a liberdade de fazer as compras de navios e plataformas pelo menor preço.
O detalhe é que sendo a Petrobras uma empresa controlada pelo governo e sua fundação foi com o objeto de consolidar o setor de petróleo no Brasil (hoje isso á mais amplo, pois engloba todo o setor de energia), ela também serve como meio de implementação de política industrial.
O ponto é que na magnitude do faturamento e lucro da Petrobras, o seu papel de indutora de política industrial não afeta sua lucratividade.
O ponto fundamental é que o Estado existe para assegurar condições para o bem estar material e social da população e a democracia é um fim em si mesmo, a qual entre outras coisas, funciona como reguladora dos interesses difusos da sociedade e da garantia dos direitos da minoria.
mas aí, já estamos entrando em outra discussão.
Bem, seria ótimo que o país consolidasse a sua indústria naval (entre outras), inclusive para exportação de navios e outras estruturas.
É curioso que o setor siderurgico pode ser tornar um grande exportador de estruturas metálicas para a construção civil, por exemplo. O valor agregado ao “serviço” que é o projeto da estrutura é muitas vezes maior que o valor do aço empregado. Isso inclui destes estruturas exclusivas (como pontes e grandes obras) até mesmo sistemas de construção em massa para habitação popular em grandes cidades, algo carente em toda a América Latina.
Camargo, já tentaram três vezes criar uma indústria naval no país. Com Juscelino, com os militares e com o Lula. Todas terminaram com grandes prejuízos aos cofres públicos.
Parece que o pessoal não aprendeu ou, ao contrário, gostou muito do resultado, e estão querendo tentar de novo. Suspeito que se for tentado, terminará como das outras vezes.
Olá Edu. Isso mostra como e difícil. È um programa de longo prazo.
A conta é mais complicada. Primeiro é preciso contabilizar quando foram os créditos, depois contabilizar se estes créditos foram pagos ou quanto deles foram pagos. Daí, é preciso contabilizar toda a receita em impostos gerada de modo direto e indireto, inclusive a contribuição previdenciária dos empregos diretos e indiretos.
É o mesmo argumento usado para criticar a fabricação no Brasil de navios militares, sugerindo que a simples importação de navios construídos em estaleiros no exterior seria mais barato.
Quando se considera os impostos diretos e indiretos, geração de empregos diretos e indireto, a conta mais mais interessante.
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Nenhum país Soberano abdica de uma indústria naval.
É total falta visão estratégica de país.
Preferem importar (“mais barato” = empregos e desenvolvimento industrial e tecnológico em outro país) do que produzir no Brasil.
É exatamente por isso que a indústria e estaleiros brasileiros definharam.
Exemplo?
Estaleiro Rio Grande no RS!
Sucatearam plataformas em construção para importar do exterior (depois de 2016).
Acabaram com o estaleiro; que também fomentava uma nascente indústria metal-mecânica naval no Estado; tudo liquidado para “comprar mais barato” na Coreia do Sul.
Mesma coisa aconteceu em Pernambuco, Rio de Janeiro, dentre outros.
COMENTÁRIO EDITADO. OS EDITORES AVISARAM PARA NÃO DESVIAREM PARA TEMAS FORA DO ASSUNTO PRINCIPAL DA MATÉRIA NEM PRA A DISPUTA POLÍTICA E IDEOLÓGICA. NÃO INSISTAM.
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Os EUA até o começo do século 20 mantinha o seu mercado interno que era gigantesco fechado para a importação de produtos industrial, pôr isso viraram a potência de hoje. Tudo indica que os EUA irão se fechar novamente priorizando os produtos fabricados nos EUA e também no México, mão de obra barata. As importação de produtos industrial dos EUA da China e Europa e Japão Coreia do Sul vai diminuir muito no futuro. Veremos um novo isolamento dos EUA igual antes da segunda G mundial. O EUA vão sair da OTAN e Europa Japão Coreia do Sul etc terão que cuidar da sua própria segurança. Isso se não acontecer uma terceira G mundial nuclear antes.
Acham mesmo que o Brasil iria reduzir sua área cultivável para a expansão de seu parque industrial? O Brasil é e sempre vai ser a “fazenda do mundo”. Aqui no interior de São Paulo apesar de a maioria cidades terem grande extensão territorial, a área urbana representa na maioria das vezes menos de um terço, sendo o resto plantação de cana-de-açúcar ou outra cultura. Fato!
Caro. Não há necessidade de reduzir a área cultivável para expandir o parque industrial. As indústrias são construídas próximas ás áreas urbanas por causa dos funcionários. São áreas urbanas.
Vocẽ tem razão…. aqui no nosso entorno tem muita cana para produzir álcool e açúcar. O problema são as áreas degradadas. Quando a gente segue pela Carvalho Pinto, tem muita área que foi plantação de café e agora está tudo lá..
O desafio é aumentar a produtividade sem aumentar a área de cultivo
Está certo Carmagoer, de fato a produtividade aumentou muito nas últimas décadas. Mas eu acrescento um outro desafio atual tão importante quanto: restaurar os milhões de hectares que temos de áreas degradadas. Temos que parar de semear desertos.
Exato. Há dois caminhos. 1) reflorestar ou 2) aproveitá-las para atividades comerciais, seja pecuária, lavoura ou até reflorestamento para produção de madeira ou celulose.
O que pude ver em artigos a respeito (embora isso varie muito de região para região) é que, com as oportunidades geradas pelo mercado de créditos de carbono, o caminho de maior custo-benefício para pastos altamente degradados é o reflorestamento com espécies nativas. O que inclui maior lucratividade para o próprio dono da terra – lembrando mais uma vez que estou falando especifivamente nos casos de elevado grau de degradação, para os quais necessitaria de investimentos maiores ao longo de anos para “consertar” o solo e ter produtividade baixa durante esse tempo, com maiores riscos embutidos do que o reflorestamento.
Mesmo o reflorestamento para produção de celulose inclui necessidade de correções e investimentos mais significativos no solo e, quando a área atinge a fase de produção, o manejo dos troncos e raízes que sobram após a derrubada não são dos mais fáceis e baratos.
Olá Nunão. Outro obstáculo para empregar áreas degradadas é a topologia. Algumas áreas que serviram de plantação por anos são inapropriadas para a mecanização.
Algumas topologias também são inapropriadas para pecuária. Nestes casos, a melhor alternaiva é a recuperação com mata nativa. Isso também é caro, mas existem recursos a fundo perdido para recomposição de mata nativa
Crédito de carbono ainda não existe já procurei e não achei. E olha que eu sou um grande protetor da natureza e não recebo nada pôr isso. Infelizmente alguns ambientalista de apartamento recebe mais que os produtores rurais. Se alguém souber como ganhar dinheiro com crédito de carbono estou a disposição para ganhar esse dinheiro. E muito oba oba más dinheiro só para os chegados. Se existe esse dinheiro do crédito de carbono. Até hoje nunca vi nenhum produtor rural que eu conheço que já recebeu. Bla bla bla.
https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/mercado-de-capitais/creditos-de-carbono
LG1e,
Sugiro procurar se informar e, se você possuir área degradada com interesse em reflorestar, aproveitar as oportunidades.
Alguns exemplos para você iniciar sua pesquisa:
https://capitalreset.uol.com.br/amazonia/desmatamento/na-ambipar-credito-de-carbono-da-escala-a-reflorestamento/
https://istoe.com.br/credito-de-carbono-como-empresas-brasileiras-lucram-com-a-sustentabilidade/
https://www.estadao.com.br/amp/economia/negocios/reflorestamento-carbono-votorantim-btg-klabin-gavea-arminio/
Caso você possua uma área florestal em sua propriedade e ela seja superior ao limite de reserva legal em sua região (por exemplo, sua região permitir desmatamento de 50% e você ter área desmatada de apenas 30% e o resto ser reserva) até onde sei você pode procurar “vender” a preservação do seu excesso para algum produtor que está com menos área de floresta do que o exigido. Há mercado pra isso também.
https://www.embrapa.br/codigo-florestal/area-de-reserva-legal-arl
Enfim, veja se você se enquadra em alguma dessas situações e não perca tempo, pois pode estar perdendo oportunidades de ganhar dinheiro.
Blz Nunao. Vou verificar aqui.
Tem muita controvérsia no caso do plantio de eucalipto para celulose. Especialmente no caso de recursos hídricos. Mas tem trabalhos na área de agrofloresta e criação de produtos agrícolas de alto valor agregado em contraste às commodities.
A questão é que ainda entendemos pouco sobre os serviços ambientais prestados pelas áreas vegetais nativas. Falo isso porque o Brasil não é só floresta, a relação entre a oferta de recursos hídricos e as savanas do cerrado e a floresta amazônica ainda demanda muito estudo, mas há resultados importantes.
Pois é. Plantio de eucalipto no Brasil precisa ser visto como área de cultivo. Reflorestamento é outra coisa. Isso é recompor a mata com espécies nativas.
Ainda que o termo “floresta” possa ser usado para coletivo de árvores, o cultivo de eucalipto ou de outra madeira, tem um fim comercial. É para gerar matéria prima.
Também é preciso lembrar que em nas regiões temperadas, as florestas nativas são de pinheiros … bem diferente do tipo de floresta nativa da Amazônia ou da Mata Atlântica.
Cada coisa é uma coisa.
Mas tem uma ponderação aí: não é reflorestamento com espécies nativas, é comercial, mas pode fazer parte de um conjunto de soluções para capturar carbono, que é a grande questão de hoje nas conferências e acordos.
Se a destinação da madeira é para produção de móveis, uso em construção civil, papel etc, o carbono permanece na matéria-prima gerada. Se a destinação for queima, o carbono é liberado novamente (mas aí entra na conta o tipo de queima, se substitui carvão mineral na siderurgia, combustível fóssil em secadores de grãos etc). Por isso é fundamental a rastreabilidade dos processos produtivos e destinações.
Olá Nunão. Vocẽ tem razão quando ao “aprisionamento de carbono” pelas áreas de plantio de eucalipto e outras madeiras comerciais.
Uma vez, um estudante perguntou se eu concordava com o uso de sacos de plástico de supermercado. Expliquei que se ele é usado para conter lixo doméstico que é depositado em aterros sanitários, parece ótimo, porque isso significa aprisionamento de carbono. Até comentei que uma estratégia seria plantar eucalipto, corta e enterrar a madeira…o rapaz ficou irritado riso
A questão do reflorestamento nativo envolve questões como biodiversidade e também habitat para a fauna selvagem. Por isso a necessidade de se construir corredores de mata para a migração das animais (que garanta diversidade genética dentro das espécies selvagens, por exemplo).
Acho que as plantaçẽos de eucalipto (ou outras madeiras) se encaixam na mesma lógica do monocultivo da cana para produção de combustível. Há um papel importante na questão do ciclo do carbono, além do papel econômico em si
A adição de etanol á gasolina tem benefícios no desempenho do motor, na redução de consumo de combustível fóssil e na redução da importação de gasolina, por exemplo. Por outro lado, a monocultura canavieira tem um impacto sobre a biodiversidade animal e vegetal (dai a importância da composição de matas nativas ou reflorestamento com mata nativa).
Há o impacto no uso de pesticidas e fertilizantes, quem nunca pode ser desconsiderado e precisa ser monitorado constantemente.
Por muitos anos, antes da mecanização e do uso de queimadas no corte da cana, as lavouras de cana eram um problema social, envolvendo migração de cortadores, condições ruins de trabalho e problemas sociais. As leis que obrigaram a mecanização do corte de cana foram, incialmente, criticadas porque eram custo e iam causar desemprego… o mesmo argumento contra o fim da escravisão (sem coincidência). Hoje, felizmente, ninguém mais vê caminhões de cortadores rodando as estradas (lembro dos muitos acidentes com estes caminhões).
Há espaço econômico para o cultivo comercial de eucalipto (e espaço geográfico também). Outro exemplo de cultivo comercial de árvores é a produção de borracha ou de frutas (como abacate, laranja, etc).
Outra coisa é o reflorestamente com espécies nativas, aproveitando as áreas degradadas e abandonadas. A região entre Mogi e Aparecida, passando por São Jose dos Campos e Taubaté é um bom exemplo de terras que foram desmatadas, usadas para cultivo de café e hoje estão abandonadas, cobertas por capim. São inapropriadas para cultivo mecanizado e inúteis para pecuária. Seriam excelentes para recomposição de mata nativa. Só que isso custa caro.
Eu sou a favor do Brasil proibir as sacolas de plástico nos supermercados e também as garrafas pets… Aí sim eu concordo plenamente é muita poluição em todos os lugares. Já vi vacas morrendo pôr ingerir sacolas plástica…
Eu não estou pensando só em mercado de carbono, mas os outros impactos ambientais que vem junto.
Mas concordo que a rastreabilidade é essencial, tanto que criminosos a detestam. Isso vale para gado em área grilada, madeira retirada ilegalmente, soja em área roubada, minério em reserva indígena e todo o resto de material criminoso que tentam “lavar por aí”
Mestre vc foi mau mal nessa….
Em quais pontos?
Lá na roça o português era assim:
Mau= bom
Mal= bem
Se a frase tiver uma audições melhor quando vc muda as palavras para mau ou bom ou mal igual a bem está correta. Simples assim. Sem advérbios etc.
Na verdade na roça nos sertões ainda se fala a língua geral mistura de Tupi com português…
Estou falando isso porquê um dia alguém formado na USP em medicina, a elite da elite da elite. Que ganhava 25× o que um professor ganha me corrigiu. Ele falou que estudou na USP, a elite da elite da elite para não ter que atender favelado no SUS.
Achei estranho eu também estudei em universidade, não foi na USP a elite da elite da elite. Mas eu conseguir me formar mesmo trabalhando durante o dia e a noite estudando. Levantava 6 horas da manhã e ia dormir 24: horas da noite.
Hoje o meu celular é velho, eu também sou velho, e vou escrevendo aqui de acordo que as palavras vão aparecendo no meu velho celular.
Eu não sou da USP e da elite da elite da elite. Rsrs… Lingua geral d roça…
Eita…
lembrei de Gumarães Rosa…. eu precisei reaprender a ler para ler Guimarães Rosa…
minha frase favorita de Grandes Sertões Vereda…
“Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa”
Eu também já li os sertões e também a guerra do fim do mundo Vargas lhosa… Muito bom para quem quiser conhecer os sertões do Brasil…
Muito bom
A história de Antônio conselheiro, João abade, Pajeú, e outros e sensacional. Canudos nos sertões foi a primeira e única experiência do comunismo no mundo que deu certo. E ninguém lá nunca soube o que era o comunismo nunca leram nada sobre o comunismo. Apenas seguia a bíblia. As primeiras comunidades do cristianismo…
Todos os que chegavam em canudos e queriam viver lá. Tinha que entregar todos os seus bens materiais para a comunidade, parece que o João onorio que cuidava da dispensa manutenção. Ninguém passava fome. Aqueles que chegavam em canudos e aceitavam viver lá de acordo a legislação do local recebia um local para construir sua casa. Também recebia um local para fazer plantação. Na grande maioria pessoas extremamente pobres, índios, ex escravos, etcetera. Lá não era permitido bebida alcoólica e nem prostituição. Uma comunidade muito acima do seu tempo. Ninguém passava fome. Chegou a ser a maior cidade da Bahia nos sertões, atrás apenas de Salvador. O Brasil não conhece essa história…
AVISO DOS EDITORES: A DISCUSSÃO JÁ DESVIOU TOTALMENTE DO TEMA DA MATÉRIA. SOLICITAMOS VOLTAR AO ASSUNTO ORIGINAL.
Verdade, eucalipto é plantação, não reflorestamento. Eles não cumprem as mesmas funções ambientais que uma floresta.
É isso que vc está falando que a Europa e EUA Japão tem que fazer… O Brasil já tem muitas reservas naturais. Aqui mesmo no sertão eu mantenho florestas com tucanos, pica pau, canários, tamanduá bandeira, tatus, veados, raposa, etc. E não recebo nenhum centavo. Proibido caças, já arrumei confusão pôr causa da proibição de caça. Segue o jogo. Estou fazendo a minha parte sem receber nada pôr isso. Mas eu gosto de manter a natureza.
Pois é… mantenho metade do meu terreno com árvores, algumas frutíferas.. até banana. O bairro é muito arborizado.
Aqui é uma cantoria de sabiá de madrugada. Tem pica pau, tucano… pombos, claro, bem-te-vi, beija-flor… e tem um sapo que mora no jardim e vem tomar banho na frente da cozinha (a gente construiu uma piscininha para ele). Tem quati, tamanduá, tatu, gambá e teiú.
No bairro, a gente anda devagar para não atropelar os bichos…
tem macaco, ema, carcará.. até urubu.
em compensação, o IPTU é 4% mais barato pela área permeável.
Muito bom. Vou contar uma história uma vez a muitos anos eu estava na roça e apareceu dezenas de cachorros correndo atrás de um filhote de veado, na minha frente, fiquei nervoso e revoltado com aquela situação.
Coloquei um prêmio de mil reais para quem me trouxesse uma orelha daqueles cachorros caçadores.
A notícia espalhou na região, cada cachorro bom caçador custa até 5 mil reais.
Me ameaçaram até de morte, más no final até hoje os caçadores se afastaram da minha terra. Espero que nunca mais voltem….
Eita povo bravo.. riso
Rsrs
Obrigado, por ilustrar, a extensão das áreas degradadas no NE e a expansão no CO está cada vez maior. Basta uma sela longe e vamos ficar parecidos com o vizinho na mesma latitude do outro lado do atlântico.
ops, basta uma seca longa
Pelo contrário, o mapa mostra que o Brasil tem os menores impactos
Não adianta comparar com o resto do mundo, tem que comprar com o próprio país, a não ser que você queria ter uma vida miserável como refugiado climático para as próximas décadas.
Isso não é uma copa do mundo, mas a sustentabilidade de um país.
E somos sustentaveis…..matriz verde de energia.
Mas para deixar claro, não sou favoravel a floresta amazonica intocada. Devemos explora-la dentro da legislação atual.
O Sul e Sudeste, temos de reflorestar.
As Cidades tem e devem ser reflorestadas.
Malasia é exemplo de Cidade verde….moro em são paulo, respiro ar de São paulo…são paulo tem de ser verde…isto tem de ser para qualquer cidade, de qualquer porte, o contrario é hipocrisia…
Não é pintura…
Vão construir 3 ilhas sustentaveis…
Comparar é benchmark, somos melhores em tudo no quesito climatico, agropecuario, ecologico, reservas ambientais e indigenas.
Você pode cantar enquanto corre para o abismo, mas ele vai continuar sendo um abismo e não tem foto bonita que mude isso.
Bom, não há abismo quando os gráficos são positivos, quando o ranking é positivo….talvez o abismo esteja na Mongólia ou Azerbaijão…não aqui…números estão dissociados destas emoções….
Você está escolhendo comparações inúteis. Se pegar só por um gráfico de porcentagem de área plantada a micronésia é o celeiro do mundo. É praticamente a definição da falácia do Cherry picking.
A questão é que você não adianta usar números se você não entendeu que eles descrevem um pedaço tão pequeno da realidade que você perde o quadro principal. Você está vendo um árvore e acredita ser uma floresta, mas na verdade do lado da árvore está o abismo
Independente dos erros de outros países o Brasil tem muito trabalho a fazer e um quadro perigoso a resolver. Você caiu em algo mais insidioso e eficaz que a fake news, a controvérsia falsa. As informações você apresenta são reais, mas elas te induzem a um entendimento errado.
Tem um artigo muito bom da revista Biological Conservation desmisfiticando seu argumento, chamado The risk of fake controversies for Brazilian environmental policies (O risco das falsas controvérsias em políticas ambientais brasileiras) foi feito por alguns dos grandes pesquisadores brasileiros na área.
Não sei sua idade, talvez você ache que não vai viver para ver o estrago, mas ninguém sabe quais são os pontos de colapso dos biomas brasileiros e as mudanças climáticas já são inevitáveis. Torça para que eu esteja errado (eu torço) mas torcida não vai mudar nada, só ação.
Mestre…sou o carvalho2008 que antes usava o Carvalho2005 aqui no site e detida época…com 20 anos de trabalho na área de indústria de informacao…área rica em ciência de dados…estou inclusive contratando um jovem
Cientista de Dados neste momento….entendo de análise de dados e estatísticas,mestre….pode ser que meu quadro esteja pequeno, pois estou falando do Brasil e como Brasil, estamos bem sem necessitar olvidar partes que realmente necessitem cuidados e atenção….o Brasil não justifica a poluição do mundo mas o mundo do justifica seus próprios desastres ambientais em especial, aqueles já existentes em sociedades e nações já existentes entre mil a quinhentos anos atrás. Eles não estão preocupados em reflorestar nem tornar as cidades verdes. Os oceanos destes países foram infestados de lixo e os pesqueiros rumam ao hemisfério sul.
Gosto de sobrevivencialismo, tenho horta em apartamento e no ano passado plantéis 4 árvores e não tenho propriedade rural.
De boa, porque está me falando do seu currículo e de quem está contratando?
Só tem um mundo onde vivemos, a mudança climática não se importa com fronteiras. A agricultura sempre foi dependente do clima, seja a grande plantação de soja ou a sua horta urbana.
Independente das besteiras que os outros fizeram responsabilidades ambientais do Brasil são imensas. Não existe sustentabilidade economica sem a ambiental. A social até se consegue conter numa ditadura, mas até isso tem limites.
Pintar quadros bonitos pode trazer te conforto, mas não dá mais para se esconder das bobagens que as gerações anteriores fizeram nem da responsabilidade em mitigar os danos.
Discurso sem números…São apenas discurso…números sem análise, são dados não correlacionados….
A realidade é diferente do discurso
O Brasil está bem
Uma dica de sobrevivencialismo para o futuro. As chances de um faxineiro na Noruega ou Canadá (possível nova fronteira agrícola) são maiores que as de médicos, engenheiros e, claro, sobrevivencialistas dos países tropicais.
O sobrivencialismo solitário ou em pequenos grupos vai despencar a expectativa e qualidade de vida de seus membros. É como lutar com armas: é bom treinar, mas o melhor é não se enfiar em encrenca.
Gosto do sobrevivencialismo não por sobreviver a qualquer custo, mas justamente por preservar e racionalizar energias e técnica que permitam conforto num ambiente de crise….evita desperdícios, permeia primeiros socorros, economia doméstica, recursos renováveis, aquecimento solar,etc…é um verdadeiro curso de defesa civil que deveria ser ensinado nas escolas, plantações, criação, etc…O sucesso é quanto maior o grupo de pessoas adotem as práticas e prevencoes. Mas daí é a consciência de cada um….é como a fábula da cigarra e a formiga…não é culpa da formiga se a cigarra não se preocupou em se precaver a aprender a lidar com as dificuldades…ela poderia ter se juntado…mas preferiu ficar na vida só usando palavras e cantorias…
Certa vez, até já falei aqui como isto é importante até para a defesa de um país em qualquer catástrofe, guerra ou desastre natural. Cada motor de carro é um gerador elétricos que só precisa ter uma peça 8nstalada de 300 reais, capa, de alimentar uma geladeira, TV luzes da casa e se gastar uns 800 reais…até chuveiro de 6mil wats..
Se 10% da frota tivessem este dispositivo, teríamos 2 a 4 Itaipu em emergencias…..Isto multiplica por mais de 10 a capacidade de uma nação manter o que é vital por vários meses mesmo em racionalmente de combustíveis….
Area degradada? apesar da existencia em qualquer atividade agricola no mundo, o Brasil não possui areas degradadas maior que qualquer pais do mundo.
Para alocar no eixosem dispersão, o Brasil ocupa ma posição pequena com relação a ocupação agricola de seu território. Ocupa apenas 7% dele , enquanto outros paises possuem uma ocupação muito maior.
Bem, area degrada agricola, tem de estar dentro dos 7%, uma vez que é a area de produção ou baixa produção ou subprodução….mas encerra-se neste contexto.
Já tem como aumentar a produtividade sem aumentar área plantada, esse tem sido o grande investimento das últimas décadas que realmente fez diferença.
Sim, correto. O termo área degradada é incorreto e leva a muitos erros. Normalmente o termo alia-se como sinônimo a área desmatada e usa o termo degradada. Toda área de produção agropecuária usa uma área que décadas ou séculos atrás era nativa….bem como a construção de cidades e bairros…aí os gráficos ficam loucos porque quando se plotar o mundo mas mirando-se o hemisfério Sul, mostra a devastação europeia e Norte americana….o que não tem a se defender…e fica uma hipocrisia como contar área degrada apenas o que é explorado nos últimos 50 anos.
Mas o termo apesar de ainda sim incorreto, deve ser usado a áreas permanente agrícola em que os solos apresentam exaustão.
Neste aspecto específico, a área apenas descansa um prazo ou ainda aguarda novo ciclo de exploração producao de custo benefício econômico….ela não vira descarte, exceto se a área urbana já encostou na rural e torna-se mais compensador lotear áreas residenciais
Você também pode chamar inundação de “súbito aumento na oferta de àgua” para agradar seu pendores ideológicos, mas as coisas existem independente do nome que você queira dar a elas.
Você mesmo reconhece que são degradadas quando admite que tem produtor que prefere vender para virar condomínio a recuperar a área.
O termo area degradada e, mas importante, o conceito, já são tão pacíficos que o Decreto Federal 97.632/89 define área degradada como “processos resultantes de danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como a qualidade produtiva dos recursos naturais.” Entre as qualidade produtivas está a de prover alimentos, que é a de interesse agropecuário, mas existem muitas outras.
Não importa o nome, mas se essas qualidades ainda existem ou não.
A area agricolaa é privada e dentro de sua analise de investimento ou capacidade de gerar riqueza, o proprietario é que avalia se vale a pena investir em “a” ou “b”…se for em condominio , estra gerando riqueza dentro do valor avaliado…ninguem rasga dinheiro….ninguem rasga riqueza de capital ….
Rasga sim, os estudos sobre bioeconomia mostram que o Brasil está rasgando riqueza e futuro.
Qual….?
Ninguém nega que existam áreas que foram exploradas e agora encontram-se gastas e inapropriadas a produtividade mínima de custo benefício de cultivo. O que se coloca é posicionar o problema dentro do tamanho da questão agrícola como um todo…..
Não há como lutar que mesmo havendo nichos e espaços de resgate e aumento de produtividade sob este prisma, que não estejamos absolutamente a frente em qualquer quesito que o seja de produtividade e potencial de expansão global….
não se nega…apenas não se procura superlativizar…..
Seria como criticar o Michael Schumacher que fez a pole, ganhou o campeonato, por não ter ganho mais uma ou duas das corridas do ano…
De boa, e daí? As areas degradadas então não são um problema?
Na verdade as áreas degradadas são literalmente um problemão. Estima-se que o Brasil tenha 140 milhões de hectares degradadas, isso já é o dobro da área total da França, do país todo.
Area degradada é uma coisa…e muitos mapas apontam desmatamentos regulares ou irregulares sob o prisma…onde existia mata ou bosque ou floresta, surgem cidades, bairros ou condominios…aloca-se o hemisferio sul como area degradada e releva-se hemisfero norte como se a area ocupada pela população não fosse a mudança da fauna e flora da região…
Area agricola degrada é outra coisa……onde a area permanece destinada a produção ou reserva de produção mas com baixisima produtividade ….
em ambas as situações, o Brasil possui apenas 7,8% de area ocupada por agropecaria…..e ai sim dentro destes 7,8% existem areas dentro dela degradadas e, exclusivamente sob esta otica, não são um problema em si, pois apenas representam um ciclo que se renova na logica do custo benefício de produção. em tyese, todas as areas AGRICOLAS temporariamente degradas voltam a ser cultivadas e recuperadas.
Se a área degradada pela agricultura está contidas nos 7,8% do total de área agrícola, e temos recorde de produtividade agropecuaria mundial, então qualquer percentual de area
degradada agrícola é uma soma de oportunidade de incremento….uma vez que se você pega a menor faixa de produtividade e tenta igualar a mediana de produtividade, a expectativa é sempre de incremento….
Quem “estima-se”? Como “estima-se”? Quando “estima-se”?
O pessoal critica mas não posta dados…ou fica irritado quando vc demonstra o viés….um discurso pode ser feito com qualquer número solto, mas quando vc os organiza, percebe que o enunciado não bate, ou tem viés…
Eu sou da indústria de dados a mais de 24 anos…focado em projetos…gestão e relacionamento estratégico…
Mas você tem o enviesamento básico de escolher um ponto de análise não sair dele e perder de vista o quadro todo. Misturou a famosa falácia do espantalho e uma dose de cherry picking.
Vou repetir o título de um artigo que botei acima The risk of fake controversies for Brazilian environmental policies
Mestre Renato B, o amigo deve estar brincando….li o texto e fiquei esperando até a última página um estudo estatístico, uma tabela….o texto de enunciado está em inglês, mas são brasileiros escrevendo…achei estranho, não estudei os nomes, mas percebe-se claramente quando o texto não apresenta dados, mas palavras anotadas do tipo negacionistas, fala de uma política de régua de 2003 a 2012…fala de nome de políticos Temer, bolsonaro….rapaz…poxa…parei para ler….e ainda tem subanunciados para contra-argumentar do tema….meu amigo…por favor passe outro link ….este somente tem vocábulos partidários sem uma única estatística….
Vinicius,
Desde quando a extensão da área agrícola é um empecilho para expansão da indústria? O espaço físico ocupado por uma não interfere no que é ocupado pela outra.
Na Alemanha a produção agrícola ocupa metade da área do país.
Pois é, aqui no Brasil em torno de 8%
Na Alemanha, as florestas cobrem 33% da área, mas a maioria delas foi reconstituída depois das duas primeiras guerras. As áreas de florestas originais é apenas uma fração disso. No Brasil são 61% do território, sendo a maior parte floresta original. Além disso, A área ocupada pela pecuária no Brasil é cerca de 10% do território, maior que a área cultivada. O problema é as áreas degradadas no Brasil são equivalentes a duas vezes do território da França, algo em torno de 13% do território.
Ou seja, tem mais área degradada que área cultivada.
Se o Brasil assumisse a área cultivada da alemanha arrebenta com as áreas de recarga de nascentes, zoneiam as bacias hidrográficas e arrasa o plantio e pecuária. Sem contar que a área florestal européia geralmente é um bando de pinheiros sem graça. A biodiversidade é muito menor que a daqui. [E mais fácil de recuperar porém os serviços ambientais proporcionados pela biodiversidade são imensos e o Brasil ainda tem muito a se aproveitar disso. A indústria farmacêutica é um bom exemplo desses serviços.
Concordo 100%.
Nenhuma produção agricola europeia, passaria pelo crivo da legislação ambiental brasileira. Eles não tem areas de preservação das encostas e rios e muito mais….extinguiram a fauna…
Verdade. É só implantar a legislação ambiental brasileira nos EUA Europa Japão. vamos ver o que acontece. Rsrs. É triste mas só rindo. Rsrs
Caro. O Japão tem cerca de 70% da sua áreas coberta por florestas e áreas originais. A legislação ambiental lá é muito rigorosa, ainda que tenha características diferentes da legislação brasileira.
Um gráfico comparando a cobertura vegetal da micronésia com a do Brasil em termos de porcentagem ilustra perfeitamente a ideia de torturar números para apresentar resultados agradáveis.
O amigo pode apresentar seus gráficos também….mas é sempre difícil discutir com números….perceba que exceto Japão Suécia e Finlandia…não existe qualquer país grande e desenvolvido no Ranking….pois eles destruíram tudo….
Olá Carvalho. Voce tem razão. E a discussão é ainda mais interessante,
Focando nos países de grande extensão (Brasil, CHina, Russoa, EUA, Canadá e outros), nenhum deles tem grandes extensões de florestas, contudo é preciso lembrar que Russia tem uma enorme parte do seu território ocupadas por regiões muito frias, assim como no Canadá, enquanto que EUA e China tem grandes desertos e grande parte dos EUA é coberto por savanas.
Sabemos que os EUA promoveram ao longo da história uma enorme devastação e que a atividade madeireira no Canadá é bastante intensa.
No Japão, uma grande parte das florestas estão em áreas mais montanhosas, inapropriadas para exploração econômica.
Se a gente incluir as areas nativas ocupadas pelo cerrado, caatinga e do pantanal, a porção do território brasileiro ocupado por áreas protegidas e nativas é enorme, tanto em termos percentuais quanto em números absolutos. Por isso, o Brasil tem um papel de destaque internacional na questão ambiental
https://www.embrapa.br/car/sintese
Quem disse isso? A França por exemplo tem leis contra o que chamam de “poluição agrícola” na beira dos rios, entre outras coisas. Sem contar que a questão ambiental também tem as leis da União Européia, já que meio ambiente vai muito além das fronteiras e, por fim, eles tem muito menos biodiversidade. De qualquer modo, as besteiras que os Europeus fizeram no passado não abrem espaço para se fazer besteira por aqui.
Na verdade essa discussão já ficou ultrapassada quando surgiu a ideia de sustentabilidade ambiental, economica, social etc.
Nossa legislação ambiental é mais completa, destina maior área de preservação por propriedade, no Brasil, 25% de todas as matas nativas do país estão dentro das propriedades rurais. A distância de cultivo das matas calibres é maior.
Pode-se escolher qualquer item:
a) área mínima de preservação florestal por propriedade rural
b) distancia de cultivo dos mananciais
c) área de reservas indígenas sobre o total do país
d) área de reserva natural (diferente de “a”)
f) Matriz energética renovável
g) percentual de emissão de carbono do país
H) percentual de emissão de carbono percentual capita
j) área o ocupada para exploração agrícola
Floresta artificial…sem veados, bisoes, javalis, área morta…
Olá Carvalho… eu já não sei dizer qual o nível da fauna nas florestas da Alemanha, até porque as próprias florestas (nativas ou reconstituídas) têm uma aspecto diferentes das florestas amazônicas pela própria geografia.
Afirma que são “áreas mortas” pode ser um equívoco.
Certamente a biodiversidade lá é menor que a encontradas nas florestas amazônica, da mata atlântica e até do cerrado…
https://www.estadao.com.br/internacional/europa-sacrifica-florestas-ancestrais-para-combater-crise-de-energia/
https://florestas.pt/saiba-mais/ainda-existe-floresta-natural-na-europa/
“…Atualmente, de acordo com os dados do State of Europe’s Forest 2020 (SoEF2020), estima-se que apenas cerca de 2,2% da área florestal (4,68 milhões de hectares) na Europa (excluindo a Rússia) seja natural, sendo que a maioria destas florestas não tocadas pela intervenção humana (Undisturbed by man) se situa na Europa do norte.
Estes valores estão em concordância com os resultados do Global Forest Resources Assessment 2020 (FRA2020), 4,18 milhões de hectares de floresta primária na Europa excluindo a Rússia.
De notar que o FRA2020 utiliza uma nomenclatura diferente do SOEF2020 e considera as florestas de espécies nativas sem indicações visíveis de atividade humana e sem processos ecológicos significativamente perturbados como florestas primárias.
De facto, a maioria da floresta portuguesa e europeia resulta de regimes seminaturais, onde se misturam diferentes espécies, algumas nativas e outras plantadas.
Em Portugal, e de acordo com o SoEF2020, os regimes seminaturais representam cerca de 78% do total da área de floresta (quase 2,60 milhões de hectares dos 3,31 milhões de hectares de floresta nacional).
Segundo a mesma fonte, em Portugal, a floresta intocada deve representar cerca de 0,67% da área total de floresta, enquanto em Espanha e na Alemanha se considera que não existe floresta natural e em Itália ela representará cerca de 1% da área florestal total.
Na Europa, excluindo a Rússia e segundo o referido relatório, os países com maior percentagem de área florestal intacta são o Liechtenstein (21,7%), a Bulgária (18,1%), a Geórgia (17,7%) e o Montenegro (11,1%). Do lado inverso estão o Reino Unido, com mais de 89% da floresta plantada, ou Malta, onde toda a floresta resulta de plantações…”
Meu caro. Nada a ver pode continuar produzindo e aumentando a produção agropecuária e também ter indústria. Os EUA e Europa tem muita produção agrícola e exportam para o mundo inteiro. Segurança alimentar.
Imagine se o Estado nāo atrapalhasse a vida do agro
Imagine se o agro não atrapalhasse a vida da sociedade com queimadas, uso de agrotóxicos proibidos e trabalho escravo.
Nada disso está presente no agro moderno brasileiro.
Allan e Sequim,
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Ambos estão exagerando, cada um pra um lado.
Você viu o que aconteceu em Manaus ano passado? A cidade imersa em fumaça? Aquilo foi fazendeiro agro-exportador tacando fogo na floresta. Não foi noticiado pela grande mídia corporativa quem eram os responsáveis por motivos óbvios (“agro é tec, agro é pop”,etc, etc..). Não estou demonizando o agro-negócio. Mas longe de mim canonizá-lo.
Ué, e alguém aqui canonizou o agro? Não vi comentários fazendo isso.
Já a fumaça de Manaus eu vi. Por que imagina que eu não tenha visto? Sobre a mídia, ela mostrou bastante a fumaça em Manaus e também indicou a origem das queimadas (inclusive a sempre demonizada mídia do agro é pop etc).
O desmatamento na Amazônia é um problema gravíssimo a resolver, mas está longe de ser motivado pela maior parte do agronegócio.
O debate do tema vai ficar raso se cada lado ficar nessa de tomar a parte pelo todo.
Infelizmente na região de Manaus, Tefé, Tabatinga, São Gabriel da cachoeira ainda não existe Agro exportação, apenas agricultura de subsistência, pessoas lutando para comer.
Infelizmente em virtude da grande seca no Amazonas nesse ano o fogo propagou causado pela ação dos índios e seus descendentes e pela própria natureza.
Mas a amazônia também a milhares de anos não era só floresta existia muitas áreas abertas cultivadas pelos índios. Depois ocorreu as mudanças climáticas, alteração do eixo da terra, alteração dos polos magnéticos que ocorrem de séculos em séculos, milênios em milênios. Daqui alguns anos a amazônia irá voltar a ser um lavrado ou cerrado e não tem nada a ver com ação do homem. Será a mãe terra seguindo seu ciclo.
O deserto do Saara a pouco tempo era uma grande floresta amazônica com Rios lagos etc. Hoje virou um deserto. A mãe terra mudou tudo lá. Segue o jogo da natureza o ser humano é uma formiga achando que consegue controlar a mãe terra.
Não sei se ocorreria da Amazônia virar lavrado, pois quem é responsável pela vegetação fechada e alta, é a conjunção de dois fatores geológicos:
1) O obstáculo de Serra ocasionado pelos Andes….a umidade é bloqueada no sentido Pacífico, e obrigada a fluir no sentido do Atlântico, ou seja, pela Amazônia. Ainda da mesma forma, tota a humildade que virá gelo na alta altitude andina, degela e escoa pela planície amazonica
2) é uma planície de baixíssima altitude….muitos pontos quase ao nível do mar, tão baixo que a milhões de anos, era leito de mar….a área sendo assim mais baixa, é escoadouro de toda a água…como área enorme e equatorial quente, tudo evapora e vira chuva espalhada não só na região mas nos outros estados do país.
Veja que no critério geográfico, não como o ser humano interferir…a água estará lá…e onde a água é calor, a vegetação nasce ou renasce….
Quer ver uma pergunta que desconcerta? Vc acha ou sabe se foi agricultura familiar ou de exportação que realizou a queimada referida?
Talvez, o Camargoer mencionou algumas iniciativas estatais que podem ajudar os produtores.
Mas veja que só ano passado, houver duas decisões extremamente prejudiciais ao setor, marco temporal e desapropriaçāo de terras produtivas.
Elas criaram um ambiente hostil e de insegurança jurídica que afasta produtores e investidores. Entāo acho que nāo adianta o Estado dar com a māo e tirar com a outra.
Olá Allan. O inciso XXII do Art.5 garante a propriedade como direito, mas o inciso XXII, logo abaixo, diz que a propriedade atenderá a sua função social.
Este ponto é bastante amplo porque se refere á toda propriedade, inclusive a terras produtivas e improdutivas.
O interesse social de uma terra produtiva pode incluir, por exemplo, seu alagamento na construção de uma hidroelétrica.. a gente pode pensar em inúmeras situações na qual uma propriedade produtiva deva ser desapropriada para uma função social.
Se o fato da propriedade ser produtiva fosse usada para evitar uma desapropriação, isso viola a CF88.
Politizar isso é um erro.
Mestre Camargoer….é simples…a propriedade privada…é privada…o capital é de alguem….e não coletivo….
Isto é sagrado…o resto é releitura….
Alguem comprar e ter de forma legal e depois afirmarem que não é bem isto, que regra muda…é outro nome…e dos feios…
capital privado é capital privado, seja ele em moeda corrente ou ativos fixos…
Caro. Não existe direito sagrado. Os direitos civis são garantidos pela CF88. É pela CF88 que todos são iguais perante a lei.
Nos termos da CF88, todos os direitos são regulamentados.
O direito á liberdade é condicionado à lei penal. O direto á expressão também tem limites.
O direito á vida também também é condicionado. Por exemplo, quando praticado 1) em estado de necessidade ou 2) em legítima defesa.
Se o direito á vida fosse “sagrado”, e faria sentido imaginar que o direito á vida se sobrepõe ao direito á propriedade, um homicídio seria crime mesmo se praticado em legítima defesa.
O direito á propriedade é assegurado pela CF88 mas condicionado á sua função social, como descrito na CF88.
Isto é releitura…mestre…releitura….revisionismo..
Caro… a ideia do direito á propriedade surge mais ou menos ao mesmo tempo que aparecem as civilizações. Em algum momento, a propriedade se tornou o privilégio de uns poucos.. reis, nobres…
A ideia que todos tẽm o direito á propriedade é algo recente na história humana… e é algo que só foi conquistado após a instituição do Estado de Direito.
O problema é que o direito á propriedade, ainda que garantido pela lei, pode ser incompatível com a democracia a qual se apoia sobre outros direitos fundamentais da pessoa, como os direitos humanos, liberdade e livre expressão.
A democracia sustentada sobre o Estado de DIreito, Soberania Popular, Direitos Humanos e Sustentabilidade (antes eu usava proteção ambiental, mas estou adotando sustentabilidade) impõe limites que garantam tanto os direitos individuais quando os direitos coletivos que são difusos.
Ninguém pode, sob o argumento da propriedade privada, causar um dano ambiental que afetará outras pessoas ou até gerações futuras.
É importante entender que a história é dinâmica.
Revisionismo é reescrever o passado.
Agora, o presente precisa ser moldado ás condições do presente.
Outro adendo sobre a derrocada ocidental e o risco da civilização revisionismo de direitos:
Que fique claro! Onde não há direitos absolutos, onde sede ao relativismo, fica imposto apenas o direito de momento, a ausência de regra, a oportunismo,….os direitos deixam de existir pois são indeterminados, desde o homem mais simples a instância mais suprema, tudo é relativo e depende apenas daquele que determina naquele momento….
Isto é ausência de direitos…e decisões de conveniência de momento.
Não há direito relativo….onde ocorre, e isto a incerteza e injustiça….
Vida não é relativo..
Propriedade não é relativo….
Discordo. Todo direito é relativo. Primeiro, isso depende do país. Por exemplo, alguns países adotam a pena de morte (uma violação do direito á vida). Até o Brasil considera a pena de morte um direto relativo, já que pode ser aplicada em período de guerra.
Eu defendo a supressão deste artigo da CF88.
No Brasil, todos são iguais perante a lei, independe de gênero, sexo, religião, filiação política.. isso é diferente em outros países
Então, é claro que qualquer direito é relativo.
O direito á propriedade no Brasil é relativo á sua função social, como descrito na CF88. Só outra constituinte poderá mudar isso.
Queimadas foram os índios que inventaram. Quando os portugueses chegaram no Brasil os índios já praticavam as queimadas para a produção agrícola.
Calma lá… de fato, os indígenas usavam o fogo para abrir espaço na floresta para fazerem plantações de milho e mandioca. Contudo, era uma produção praticamente para subsistência.
A área queimada era pequena, tanto que a floresta tinha capacidade de recompor.
Os portugueses adotaram a técnica da queimada, até porque não tem outro modo de derrubar uma selva sem maquinário, para produção latifundiária. A área era tão grande que a selva nunca teve capacidade de recuperação.
Tanto que hoje, a área de terras degradadas é maior que a área usada para plantio. Segundo a Embrapa, a área degradadas e abandonada hoje é equivalente a duas Franças.
M Camargoer.oiss de tocar fogo o indio tinha corpo de bombeiros para apagar o excesso? não é por ai…
Não entendi…
Allan. No Brasil, o agronegócio (seja pequeno ou do setor exportador) precisa do crédito agrícola. E tem que ser taxas subsidiadas para poder garantir o retorno. Outro ponto necessário são os programas do BNDES para financiar equipamentos. Outro ponto é a própria Embrapa, que foi responsável por diversas revoluções tecnológicas no campo.
A mair recente, são os biofertilizantes. A maior parte dos fertilizantes químicos se perde. O que se busca hoje é inocular a terra com bactérias fixadoras de nutrientes, o que incluo tanto o fósforo quando o nitrogênio. O mais recente campo de pesquisa é usar nanopartículas porosas como meio de crescimento das colónias de bactérias.
Ainda não entedemos direito o que acontece, mas a combinação de nanopartículas com bactérias melhora o crescimento das plantas. Os principais grupos de pesquisa nisso estão nos EUA e no Brasil aqui em São Carlos.
Camargoer, apesar de certas boas iniciativas pontuais, o Estado impōe uma legislaçāo ambiental opressora a quem produz.
Isso para nāo mencionar a relativizaçāo da propriedade com as decisões recentes do Judiciário.
Caro. Os últimos anos mostraram que há uma necessidade de uma legislação ambiental forte, caso contrário a pressão pelo retorno rápido leva a a ações de degradação ambiental de médio e longo prazo.
Tomando por exemplo duas coisas. 1) escravidão e 2) direitos trabalhistas.
Até meados do Séc. XIX, havia um argumento a favor da escravidão no sentido de que a economia não suportaria o seu fim. Esta questão levou a uma guerra nos EUA e á queda o Império no Brasil. A escravidão acabou e a economia se adaptou
Depois foram as leis trabalhistas. Ainda hoje tem gente que diz que a proteção trabalhista é custo. Antes, os trabalhadores tinham jornadas de 12 ou mais horas, trabalho infantil, assedio, e tudo mais.
A questão ambiental vai na mesma direção. È preciso uma legislação ambiental para garantir que se tenha um grau de sustentabilidade.
Lembrando que houve denúncias de setores da esquerda quanto a liberação de 2.182 agrotóxicos entre 2019 e 2022 do governo antgerior. A maior parte dos agrotóxicos liberados na gestão anterior é produzida na China, quase metade tem ingredientes ativos proibidos na União Europeia. O pico de autorizações de governos anteriores foram de 202 registros em um ano. No atual governo em (2023) seis meses e meio foram feitos 231 registros, batendo o próprio recorde. Até agora o que o governo atual tem feito? realizou liberação de agrotóxico seguindo o ritmo da gestão sob vigencia do decreto presidencial do governo anterior.O STF anulou trechos de um decreto presidencial de 2021 que afrouxava regras para uso de agrotóxicos.
Na decisão da corte, as determinações derrubadas foram consideradas inconstitucionais. Entre elas está o dispositivo que passou a responsabilidade de determinar o limite máximo de resíduos de agrotóxicos e o intervalo de segurança de aplicação dos produtos somente ao Ministério da Saúde. Anteriormente, a decisão era definida em conjunto com os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Meio Ambiente.
Sim, pegando o John Stuart Mill, a liberdade é feita de tensões. A liberdade do agro deve ser limitada pela legislação e pressões ambientais e sociais ou o próprio agro se autodestruiria e os investidores iriam procurar outro país para ganhar dinheiro em algumas décadas.
Riso,… pesos e contrapesos e o direito das minorias.
Há uma contradição no capitalismo relacionado ao máximo lucro e minimização de custos.
Na questão ambiental, isso é bem grave. A legislação ambiental coloca restrições ao empreendimento capitalista. Sem estas restrições, a busca pelo máximo lucro o mais rápido possivel resultaria em danos que impactarão toda a sociedade, como a poluição das águas residuais, extinção de fauna e flora, geração de resíduos tóxicos..
a lista é longa.
Um exemplo é a pesca predatória.
Quando a pesca atinge uma escala industrial, ao buscar o lucro imediato e rápido, ela também leva ao esgotamento do recurso, no limite levando á extinção das espécies de interesse comercial.
Quando um pescador esportivo sustenta que ele individualmente teria o direito de fazer a pesca em qualquer momento, porque ele individualmente não é um risco para a espécie, ele ignora que esta autorização deveria ser dada a todas as pessoas… o que em conjunto, se torna um risco á preservação do recurso.
Então, é preciso ter limites sim.
Ok, admito que foi uma frase preguiçosa. A tensão da liberdade é que liberdades e necessidades colidem com frequëncia, os gestores e os tribunais vivem de tentar equilibrar isso.
Demandas economicas, ambientais e sociais colidem com frequência, por isso que regimes com mais liberdade eventualmente parecem menos coesos que ditaduras, onde as tensões são veladas e, geralmente, mais violentas.
A razão de existência da bancada ruralista é fazer com que o estado seja amigável ao agronegócio. E isso tem funcionado há décadas.
Acho que é mais complicado que isso. No Brasil, o setor latifundiário foi também a elite politica durante o Império e nos primeiro anos da república.
A burguesia industrial passa a fazer parte do poder politico após o fim da II Guerra.
Ainda hoje, o parlamento tem uma enorme presença de representas do setor agrário. os quais tem interesses em garantir privilegios e benefícios políticos e econômicos.
Só uma observação:
Creio que o termo latifúndio não se aplique mais, ficou datado nos aspectos analíticos, técnicos quanto estogmatizado ideologicamente.
Não funciona também na análise histórica de longa duração pois há gigantescas diferenças em relação aos modelos agrícolas de séculos passados chamados de latifúndios (sendo que mesmo no passado em diversos casos geravam produtos que, para a época, tinham mais valor agregado do que se convencionou afirmar). É uma palavra que envelheceu mal.
Ninguém quer viver mais na roça. Infelizmente. Reforma agrária e coisa do passado. Eu conheço bem os sertões. Hoje não existe ninguém mais querendo trabalhar na roça. Isso é devaneios do MST.
Eu não escrevi nada sobre reforma agrária.
O MST ter seu problemas problemas mas é o maior produtor de arroz orgânico da américa latina há décadas.
Quantos milhões de toneladas de arroz produção anual?
Brasil produz 10 milhões de toneladas de arroz ao ano.
MST produz 10 mil ton ao ano…um milésimo do total nacional…
E ainda assim o Brasil voltou a ter fome.
Segundo a Embrapa, o Brasil produziu 10 milhões de ton de arroz em 2022, sendo que cerca de 1/3 disso é produzido pela agricultura familiar, incluindo os produtores do MST em diversos locais do Brasil.
A agricultura familiar chega a responder por 80% da produção de feijão do pais. Em média, ela responde por 80% do alimento consumido no Brasil (dados da Embrapa)
De novo, a produção brasileira é de 10 milhões de toneladas….
O MST produz 10 mil ton e ponto….um milionesimo da produção brasileira.
Se o amigo posta que 1/3 dos 10 milhões de ton viria da agricultura familiar, apenas mostra que mesmo dentro deste critério a produção do MST é irrisória e figurativa na ordem de apenas 0,3% da agricultura familiar.
Resumindo MST produz 1 milésimo da produção nacional e 0,3% da produção familiar de arroz
Caro. O MST é apenas uma dos produtores de arroz. 1/3 da produção brasileira é oriunda de propriedades de agricultura familiar. Para mim, o foco da discussão é este.
Se quer discutir sobre o MST, responda Renato.
Apenas para deixar clara a estatistica ao leitor, uma vez que os numeros derivaram da primeira afirmativa ao MST, de onde derivou a evolução…
Bem como agricultura familiar, tambem incorpora a fração de exportadores….
Então…. em 2023, o Brasil exportou 1,3 milhão de ton de arroz e importou 1,4 milhão de toneladas.
O consumo de arroz no Brasil é maior que a sua produção.
Eu não sei quanto destas das exportados foram produzidos por agricultores familiares ou por grandes produtores.
Os principais destinos do arroz brasileiro são Venezuela, Peru, EUA e Arábia Saudita, além de outros menores como Cuba, Cabo Verde e Guatemala. Peru e Venezuela são fáceis de entender pela proximidade com a produção da região norte.
Neste item eu não tenho certeza absoluta, mas uma coisa é certa, pela participação forte da agricultura familiar no total nacional, você pode com tranquilidade inferir que ela também é exportadora, exceto naqueles itens que sequer participam nos ranking de exportação.
A cadeia comercial e logistica aponta que boa parte desta produção vai para companhias maiores de exportação
Eu por exemplo, já tive 350 matrizes de coelhos, uma iniciativa que meu pai fez….e tudo era exportado…não por nós, mas por uma terceira empresa que comprava dos produtores….Isto era em fundo de quintal de área urbana….
O MST é o maior produtor de arroz orgânico, o que mostra que eles estão aprendendo a jogar o jogo do agronegócio, escolhendo produto com maior valor agregado.
Olá Nunão. Eu usei “latifúndio” para caracterizar as grandes fazendas de monocultura da época do Império e do início da República. Lembrei do termo “plantations”.
De qualquer modo, agradeço a abservação
Lembrando de João Cabral de Melo Neto “é a parte que te cabe deste latifúndio” em relação á cova rasa de um lavrador morto.
” plantations” risos. Lembrei da minha infância juventude, livros de história. Existia o primeiro mundo desenvolvido capitalista, o segundo mundo socialista comunista e o terceiro mundo atrasado pobre com suas ” plantations” em que os pequenos agricultores viviam sem terra. Hoje as roças estão abandonadas ninguém mais quer trabalhar na roça, pegar em uma enxada ou foice não acha um trabalhador mais. Os jovens da roça foram todos para as cidades trabalhar de caminhoneiros, servente e pedreiro, lojas etc. Na roça hoje só existe alguns aposentados rurais, a maioria também foi obrigado a mudar para as cidades para fugir da violência na zona rural. Conheço casos de ladrões que invadiram as casas na roça para roubar a aposentadoria dos velhos, penduraram os velhos pelos pés de cabeça para baixo e bateram neles. Foram embora para as cidades e seus vizinhos com medo também foram. Muito triste.
Riso. eu sei. Por isso mencionei “plantations”
No mundo inteiro tem crédito subsidiado o Brasil perto da Europa e EUA Japão não dá subsídio nenhum. Na Europa o governo paga caro para um fazendeiro produzir produtos agrícolas e criar suas vacas.
Claro que sim. É exatamente o que eu afirmei,
São as fazendinhas do Clark Kent….os governos europeu e americano estão agora com problemas em continuar subsidiando….
Os EUA também pagam por coisas geniais, como para fazendeiros não plantarem em áreas de recarga de aquífero e nascente para manter a oferta de água.
Mas se desejarem plantar…eles plantam….
Não, porque eles sabem que a área de nascente vale muito mais se deixada como está do que área plantada e a legislação ambiental lá vai a nível de município.
É igual a dizer que não, porque aqui no Brasil, eles sabem que são multados astronomicamente , então deixam a nascente intacta….
A legislação deles permite plantar mas incentiva momentariamente a não fazer com incentivos fiscais
No Brasil, a nossa legislação proibe terminantemente e multa perpetuamente enguanto a mata não é recomposta….
Qual é a legislação mais exigente?
Não, eles contam que a lei não seja cumprida ou seja negociada uma compensação. Como tudo na vida seguir a lei é um calculo de risco x benefício e estamos num país onde muitas vezes o crime compensa. Brasil lembra? O país onde tem gente que faz até prédio em cima de nascente e se surpreende quando a garagem alaga.
A lei é clara. E na lei, a nossa é mais exigente.
Para consubstanciar sua afirmativa, vc teria de ter o número percentual de produtores americanos que usam o patrocínio de incentivo x o número de produtores brasileiros que estão autuados.
Detalhe importantíssimo.
A multa é facilima de aplicar poi ela ocorre por fotogrametria…imagens aéreas…..e são comparadas a competências de anos anteriores. Até as prefeituras fazem isto na cobrança de IPTU onde o imposto é cobrado pelo metrô quadrado da área construída….para cobrar meu amigo, todo mundo cobrança e fácil, e até reclamações de oradores em que a casinha de cachorro entrou no cálculo da foto. Tal qual postei anteriormente e no link da Embrapa é NASA, demonstra que 25 a 27% das reservas ambientais estão nas propriedades rurais….ou seja, o percentual global dentro da legislação…dentro do conjuntô universo de análise, sem possibilidade de transbordo disto. E número factualizado não somente internamente mas comprovado por satélites. No entanto, existem sim áreas que podem ter extrapolado o limite , em especial na regiao Amazonica. Em todas as regiões do Brasil, a área de preservação mínima é 20%….Na Amazônia é o contrário, legislação somente permite explorar 20% e80% tem de ser dedicado a área de preservação. No entanto, concorrem dois fatores que nublam números….o 1o. é que 20% de cada área de propriedade rural pode legalmente ser desmatado e este número não pode nem poderia entrar em qualquer cômputo de irregularidades. O 2o. é que existe um problema secular lá de legalização de milhares de terras, ou seja, a propriedade existe lá de fato, mas a legalização fundiária nunca foi feita. Isto cria um imbroglio legal pois quando há excesso ou queimada irregular, não existe o dono de título de propriedade para multar…e fica o círculo vicioso….movimentos populistas no congresso barram sempre que tentam passar a legalização fundiária…e o problema fica eterno…eles precisam ser legalizados pois já ocupam a séculos ou décadas a terra…mas fica assim….ovo ou a galinha..
E quando tentam autuar, o fluxo legal burocrático fica travado…
É verdade Allan , o agro é o setor de nossa economia mais moderna e que mais agrega tecnologia e pesquisa e desenvolvimento ….
A ideia de fazendeiro chucro não reflete o agro moderno e produtor que o Brasil tem hoje .
Deve ser estimulado , protegido e subsidiado ….
E devemos desenvolver um setor industrial que suporte as necessidades do agro assim como faz a Austrália de forma inteligente .
É um bônus ao Brasil esta terra é saber cultiva lá ….
Atrapalhasse? Já ouviste falar o Plano Safra? Sobre a alíquota de 2% sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR)? Isenção de impostos de exportação?
O Estado brasileiro é duas mães para o agronegócio de latifúndio exportador.
Meu caro isso é no mundo inteiro. Perto da Europa e EUA Japão o Brasil não gasta quase nada com o Agro. Segurança alimentar.
No conjunto o custo aqui é altíssimo também. DITR de 2% é ridículo, por exemplo. Compare com IPTU.
O ponto é quem argumento que o Estado brasileiro “atrapalha” o agronegócio de monocultura exportadora.
É duas mães, como disse, tal o subsídio e isenção fiscal.
Se houvesse uma correção mínima, do DITR por exemplo, e um fomento robusto a indústria, poderia ser a partir desse tributo, poderíamos resgatar a indústria brasileira.
Mas ainda tem gente no país que prefere importar de fora do que ter indústria nacional. Incluindo a de defesa. Nenhum país soberano abdica disso; não importa o custo. É Soberania Nacional.
Tem que comparar com EUA e Europa etc.
Atrapalhar???? Com todas as dezenas de bilhões de dólares financiando o agro….
Quero muito que me atrapalhem assim.
O Agro tem centenas de bilhões de financiamento do plano Safra, créditos nos maiores bancos do país, sejam ou públicos ou privados, incentivos, subsídios, mas o ___________reclama que o Estado malvado atrapalha o agro…
EDITADO. MANTENHA O RESPEITO. DEBATA OS ARGUMENTOS SEM ATACAR AS PESSOAS.
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Socorro. Balança comercial superávit. Segurança alimentar.aiai
Quem mais alimenta o Brasil é a agricultura de pequeno e médio porte.
Uma verdade pela metade. Mas realmente existem milhares de pequenos e médios produtores plantando soja no Paraná e outras regiões, criando frangos, etc. Grandes cooperativa, imensas na verdade. De pequenos produtores. Não é tão simples. Só quem nasceu e vive na roça entende. O pessoal de apartamento não conhece como funciona o jogo da agricultura.
Exato. Há uma diferença entre o latifúndio exportador, que produz soja por exemplo, e a agricultura familiar que foca a produção diversificada de alimentos, que inclui frutas, hortaliças, legumes.. inclusive a maior parte da produção de leite no Brasil é produção de pequenos e médios proprietários.
A agricultura familiar é caracterizada por aquela na qual os próprios proprietários estão envolvidas na produção. È diferente da agricultura de subsistência.
A maior parte da agricultura familiar é mecanizada e emprega tecnologia. Ela geram excedentes que abastecem mercados e empresas de processamento de alimentos.
Mestre. Infelizmente nesse caso vc não entende os sertões. Onde eu nasci e vivo. O que existe hoje é muita conversa de apartamento sem conhecer a realidade da roça. Hoje ninguém quer viver na roça. Infelizmente.
Pois é. Minha referência é o cinturão verde em torno de São Paulo e o interior de SP, incluindo o triângulo mineiro. Menciono também as pequenas e médias propriedades da colônia japonesa.
Do sertão eu vi bem o efeito que a soja faz para a fruticultura. Por outro lado o sudeste foi onde o pessoal das médias de pequenas foi mais esperto e soube agregar valor produzindo organico ou cafés caros.
“O sertão vai virar mar, bate coração, com medo de qual algum dia o mar virá serão”
” o sertão vai virar mar” frase profética de Antônio conselheiro. Hoje canudos nos sertões está debaixo d’água. Foi construída uma grande represa de água em cima de canudos.
Ne?
Ao menos no sudeste…as cidades de interior agropecuário prosperam a Bessa…vida de qualidade absurdamente superior…..estradas asfaltadas (sp) ….pessoal vive bem…e muito bem….
Cursos de agronomia e zootecnia estão em alta com falta de técnicos…quer na zona rural ou urbana em empresas focadas no setor de processamento alimentício, químico…
Eu concordo. Isso acontece em uma macrorregião que inclui o interior de SP, triângulo mineiro, interior do PR e SC, oeste do MS e sul do GO. È uma região formidável.
Elevada produtividade, sistema de transporte integrado, elevada tecnologica e mecanização e uma complexa rede de prestadores de serviço.
Chama a atenção a combinação de pequenas, médias e grandes propriedades.
Nesta região existe tanto a agropecuária exportadora quanto a produção diversificadade alimentos. Junto com ela, a região é também altamente industrializada.
As áreas urbanas são apenas uma pequena fração
Os problemas são bem conhecidos. 1) as periferias das grandes cidades ainda apresentam problemas de saneamento básico. As menores têm problemas, mas são menores pela escala. 2) problemas de segurança pública (isso é um problema nacional) e 3) problemas ambientais decorrentes de décadas ou séculos de exploração predatória.
Não por acaso, optei pelo interior de SP ao invés da região metropolitana, onde nasci.
Para quem ainda não caiu a fixa, o que a Arábia Saudita é para o petróleo o Brasil é para o agronegócio. Saudações.
Isso pq cultivamos apenas 7,6% do nosso território , imagine se fosse 10 ou 12% …seriamos quase ricos!
Não precisa aumentar a área de cultivo.
Passar de 7,6 para 10% é um crescimento de 25%. O uso de novas tecnologias, mapeamento por satélite das melhores terras, uso de biofertilizantes e controle de irrigação diferencial (só irrigar onde precisa e quanto precisa), aprimoramento genético das espécies… isso garante uma produtividade maior que 35%
Correto
Isso significa que os alimentos que possuem soja e milho em sua composição ficarão mais caros novamente, inclusive carne e aves, cuja ração animal contém soja e milho.
Sim. Excesso de exportação gera preço alto, pois incentiva o desabastecimento interno. O produtor ao ver o dólar a 5 reais e praticamente nenhum imposto de exportação, ele vai preferir vender para chinês e não para brasileiro, e levando em consideração que existe imposto de importação para proteger o produtor nacional fica difícil ou caro importar para remediar (Lembra do Temer e o tomate?) e com a financeirização do campo, o setor esta tomado por especulador que querem lucro a curto prazo. É a mesma coisa com construção, quando estão comemorando é sinal que tudo vai ficar mais caro e você vai sofre.
O Brasil precisa de dólares. Balança comercial superávit. Balança comercial negativa= igual Argentina e Venezuela. Simples assim. Enquanto o Brasil estiver vendendo mais do que comprar ok. O dia que o Brasil comprar mais do que vende= quebradeira inflação. Pôr que a Rússia está sobrevivendo às sanções. A Rússia vende mais do que compra do exterior. Superávit. Déficit= quebradeira.
Quanto mais exportar melhor. E se fossemos inteligentes, utiliziariamos isso como moeda diplomática.
Mas se usa como moeda diplomática, muitas ongs são financiadas por países estrangeiros que tem interesse em minar a oferta de alimento barato que a nossa agricultura proporciona, olhe aqui mesmo, muitos acreditam que o governo subsidia grandes produtores, quando o que faz é só com pequenos e olhe lá.
Verdade.
Orivaldo Melhor ainda .trocando por armas de navios a tanques, mas a frescura sobre material bélico não Euro-americano e grande demais.
O Brasil tem que produzir os seus equipamentos militares industrial no Brasil. Nem que seja com uma tecnologia antiga. Igual fazem Rússia e Iran.
Olá LG. Gosto muto do modelo japonẽs. Praticamente todo o material militar é produzido no Japão. Muitos são equipamentos projetados e desenvolvidos no Japão. Outros são equipamentos de origem estrangeira produzidos sob licença.
Até os mísseis Patriot foram produzidos localmente usando componentes da indústria japonesa.
Dificilmente o Japão fabrica algo que não tenha qualidade
A qualidade é alta… por isso o preço é mais alto também
Verdade. Modelo para o Brasil igual Rússia e Iran.
Não entendi.
Produção nacional.
Isso. Produção nacional ou nacionalizada. No caso dos programas militares, há um grande avanço, como por exemplo o ProSub, Fx2, Kc390, Astros, Napa500, FCT, Guarani, ManSup…
todos envolvem de um ou de outro modo a indústria nacional.
A geração de riquezas no BR é frágil.
O agronegócio depende do fator clima , o qual , devido ao aquecimento global está ainda mais incerto(ou muita chuva ou muita seca).
Nosso parque industrial está capenga , não há crescimento , as estratégias para o setor, são protecionistas.
Para um país que depois de mudar de governo em seis meses seria uma Argentina e em um ano uma Venezuela. Começo a pensar que realmente Deus é Brasileiro. Noventa e oito bilhões positivos na balança comercial. E outros indicadores nos deixam mais animados.
Isso aí é resultado da safra 22 outro governo. Ano que vem vamos ver se mantém esses números. O dólar está se valorizando e os produtos brasileiros estão ficando mais caro. Ciclos macro econômicos dos países.
Não, mestre LG1…o dólar tem isso de redução. Inclusive, tem site desavisado e enviesado, que alega que o Brasil teve queda na exportação de carne para a China, mas ele olha o valor Bruto em dólar, sendo que o que interessa é o valor em toneladas, o qual aumentou. O diferencial é queda do preço internacional ou queda em dólares…..
Olá AP. Feliz 2024.
Quase US$ 100 bilhões de superavit comercial é uma excelente noticia.
O pais vem tendo sucessivos superavits comercias desde 2015, em média US$ 50 bilhões. US$ 100 bilhões é um recorde. Uma excelente noticia.
Lembro de uma entrevista com o Delfin Netto há muitos anos argumentando que superavit é bom, mas é melhor um superávit sobre uma grande balança comercial
Ele explicou que um superavit de 1 bilhão sobre um comércio de 100 bilhões seria melhor que um superavit de 2 bilhões sobre um comercio de 10 bilhões..
Mestre. O dólar no Brasil irá chegar a 4,00 reais ciclos macro econômicos. Depois o Brasil terá problemas na balança comercial superávit igual aconteceu em 2014 governo Dilma, o Brasil chegou a ser a 6 economia do mundo. E aí será necessário um governo liberal para tudo recomeçar ciclos macro econômicos.
De fato, quanto existe um superavit muito elevado, isso costuma afetar o câmbio, coisa que é conhecida como “doença holandesa”. Eu não sei quanto do superavit é em dolar ou em outra moeda. Considerando que a China é destino de 30% das exportações, eu não sei quanto deste comércio é feito em yuan.
O boletim Focus de hoje indica um câmbio de R$ 5 para o dolar em 2024 e 2025.
A crise de 2014 precisa ser melhor estudada. Por um lado, era o fim de um ciclo de expansão e início de uma ciclo de recessão, que foi agravado por uma politica econômica recessiva (havia quem acreditava que a economia estava aquecida e precisava de um choque recessivo), tudo isso em um contexto de profunda crise política.
Foi um período muito complexo.
Uma parte do superavit de 2023 foi impactado pela redução de importações, o que está relacionado com um baixo consumo provocado pela altas taxas de juros básicos.
Então, se por um lado há uma boa notícia em relação ás exportações, há espaço para sustentar um crescimento das importações, se bem conduzido, poderá focar na modernização do parque de equipamentos do setor industrial.
Uma coisa é importar bens de consumo. Outra coisa é importar bens de capital.
A Embraer é a maior importadora de bens industrializados, mas também é a maior exportadora, gerando um saldo positivo.
È um ajuste fino que precisa ser feito diariamente.
Com a nossa carga tributaria, o maior IVA do mundo!, seremos eternos exportadores de comodities…
Caro. A carga tributária brasileira é da ordem de 33% do PIB. A média dos países da OCDE é 34%. As democracias escandinavas chegam a ter 44% de carga tributária.
O grande problema brasileiro é o modelo tributário focado no consumo e produção, ao contrário da maioria dos países desenvolvidos que foca a tributação na renda e patrimônio.
A atual reforma tributária é um grande avanço. Alguns (inclusive eu) gostariam de uma reforma mais profunda, mas há uma correlação de forças no Congresso que precisa ser levado em conta.
Acho que vocẽ cometeu um equívoco á reforma tributária porque não haverá incidência de IVA sobre exportação.
Até o final da década de 60, o Brasil era um Zé Ninguém no comércio mundial de soja. Entretanto, tínhamos relevância no comercio de algodão e milho, além dos já tradicionais café e açúcar.
Em 70, tudo mudou. A soja entrou na pauta de exportação e, acreditem ou não, deixamos de exportar milho e passamos a importar algodão.
Nessa época, muitos produtores (a maioria do RS/PR) venderam suas pequenas terras em seus estados e compraram imensas propriedades no centro oeste.
Dai vem uma grande diferença entre o agro do sul/sudeste, com suas gigantes cooperativas (Coamo, Coopersucar, Cooxupé…) e pequenas/médias propriedades, com o das chamadas “novas fronteiras agrícolas”, com vastas propriedades e empresas, familiares, e com direção profissional.
Apenas por curiosidade, no ano de 2023, terminamos como maior exportador mundial das seguintes commodities:
Açúcar;
Algodão;
Café;
Carne de aves;
Carne bovina;
Carne suína;
Milho;
Soja/grãos;
Soja/farelo;
Suco de Laranja;
Tabaco.
O preço do díesel também vai subir, tanto pela escassez causada pela exportação da soja necessária para fabricação do biodíesel quanto pelo aumento na mistura no diesel de petróleo, que hoje está em 12%..
Isso acarretará aumento adicional no preço dos alimentos, fretes, etc.
Ola Saito-san.
O preço do barril de petroleo esta em cerca de US$ 75, bem abaixo da marca de US$ 100 de algum tempo atrás. O preço do petróleo é o maior componente no preço do diesel.
O biodiesel pode ser produzido a partir de diversos tipos de óleos, inclusive o de soja, mas também pode ser usado o óleo de mamona, de algodão (a partir da semente do algodão), amendoim e, veja só, das gorduras animais.
No Brasil, as principais fontes são a soja, algodão, gordura animal e mamona.
Também é possível usar o óleos de fritura dos restaurantes, mas para isso demanda uma logística de recolhimento.
Ninguém entendeu o motivo da publicação ainda? O verdadeiro mote da publicação aqui sobre a situação campeã de produção agrícola brasileira associada à um fórum de política de defesa geoestrategica?
Vou resumir…de forma sinérgico a ação de combaterem o dólar americano, chineses estão estimulando a importação brasileira, quer seja em sua tentativa de forçar o pêndulo a seu favor, quer seja para não financiar a economia americana.
Atenção especial inclusive aos agricultores europeus e como exemplo, os protestos dos agricultores da Alemanha pois o governo está sem grana e vai retirar o subsídio do diesel deles. Muitas nações ocidentais possuem.um peso absurdo de subsídios para seus agricultores .
Este é o mote…vejam que o concorrente americano na notícia em pauta, teve suas vendas reduzidas…ok?????
Geoestrategia…
Leiam bem, as mudanças de alinhamento no oriente médio obedecem a uma linha de frente sob a dimensão de bloco de exportadores de energia….eis o motivo do viés Russo lá….e paralelamente, pode-se desenhar num segundo plano, o bloco de recursos agrícolas e minerais. Talvez o mundo tenha de alguma forma, algum tipo de polarização no novo século entre energia e alimentos versus recursos fabris, serviços podem ficar ou não de fora, pois o fabril apresenta uma queda de preços globais…
Sonhando em um dia no qual as principais bolsas de commodities agrícolas sejam pilotadas daqui. Chega de broker/pirata/corsário, controlando preços de algo que não produzem.
O Agro esta de parabéns, mas fico com um pé atrás de apostar muito num único cliente, seria melhor diversificar e vender para um grande número de clientes, mas com o tamanho do mercado chinês eles não tem muitas opções para comprar o que precisam e basicamente compram o máximo do que podem do Brasil e dos EUA e como quando a nossa safra só começa quando termina a safra americana e vice-versa pois quando acaba o estoque de exportação do Brasil esta entrando a safra americana e quando termina o estoque de exportação dos americanos esta entrando a safra brasileira garantindo o atendimento do mercado chinês o ano todo.
Caro, A China é o maior comprador de soja brasileira (e de outros produtos agropecuários). Os volumes importados por ela decorrem do tamanho da população chinesa e dos limites da produção agrícola chinesa.
Nenhum outro país tem a mesma demandas da China por alimentos. Então é natural que a China seja o destino da maior parte da soja (e outros produtos brasileiros).
O Brasil exporta alimentos para outros países também. Por exemplo, os países do oriente médio são grandes compradores de carne brasileira, mas nunca no volume que a China compra.
Se o Brasil não vender para a China, outros irão vender e os estoques de soja brasileira ficarão encalhados.
Camargoer,
Faz um tempinho ouvi uma estorinha que os cinos tentaram comprar carne dos Aussies, em vez da brasileira.
Aí, parece-me, que a primeira encomenda, a entrega total seria completada em meros 10 anos!
E a estorinha continuou com os cinos reavaliando os processos sanitários brasucas e revalidando, um por um, dos frigoríficos que eles haviam desqualificados.
É uma estorinha, mas os frigoríficos brasileiros foram revalidados, e não faz tanto tempo.
E a soja? Será que eles vão comprar dos “americanu marvados”?
Agora, faz pouco, ouvi outra estorinha que os cinos querem fazer dos países africanos, suas reservas de alimentos! Quanto tempo vão demorar para conseguir?
Se o Brasil não vender, quais outros produzem uma produção como a do Brasil?
Mestre Eparro,
Há muito tempo fala-se da África como reserva alimentar para a China…Isto é real mas, o plano fracassou até o momento.
O motivo do fracasso é que ela ainda tem muito baixa produção e ela mesma tem um déficit muito grande de carência de alimentos….ou seja, o que produz vai para consumo interno….quebrando as expectativas…e aparentemente este déficit ainda vai longe…
A China se tornou o motor do mundo. Cada vez consumirá mais e mais.
Ainda bem que a China só se interessa pela nossa soja. Se um dia a China passar a importar nosso capim, como vamos alimentar o gado brasileiro?
Aos mestres Renato B. E Camargoer,
Todas as questões europeias ao agro brasileiro, são pura hipocrisia…e uma hora a conta chega…
…..Uma das medidas contra as quais os agricultores europeus se rebelaram foi a obrigatoriedade de destinar 4% das terras cultiváveis para conservação da natureza
Valor — São Paulo…….
Matéria de hoje….
https://valor.globo.com/google/amp/opiniao/humberto-saccomandi/coluna/protesto-de-agricultores-na-europa-mostra-dificuldade-de-preservar-florestas.ghtml