Exército dos EUA assina acordo com a BAE Systems para novas estruturas do M777
O novo contrato apresenta condições ideais para um provável reinício da produção do M777
LONDRES e FALLS CHURCH, Va. – 04 de janeiro de 2024 – A BAE Systems assinou um acordo com o Exército dos EUA para as estruturas principais do obuseiro leve M777, sob uma Ação de Contrato Não Definida (UCA), que atualmente está limitada a US$ 50 milhões. Este modelo UCA permite que a BAE Systems comece as entregas do programa, enquanto finaliza os detalhes do contrato e seu valor total com o cliente.
A BAE Systems trabalhará com sua cadeia de suprimentos no Reino Unido e nos EUA para produzir as principais estruturas de titânio do M777, que formam a base do canhão. As primeiras estruturas principais devem ser entregues em 2025.
A BAE Systems tem observado um aumento no interesse de toda a Europa, Ásia e Américas pelo sistema de armas M777. Esse novo contrato cria as condições ideais para o reinício da produção do M777 no Reino Unido e apresenta uma oportunidade para que usuários novos e existentes participem de uma nova iniciativa de produção do M777 e aproveitem os benefícios e economias de uma linha de produção em escala. Os EUA, assim como o Canadá e a Austrália, doaram M777s para a Ucrânia.
“Esse reinício da produção das principais estruturas para os M777s do Exército dos EUA ocorre em um momento importante, com os obuseiros sendo utilizados em operações na Ucrânia. Os EUA, assim como o Canadá e a Austrália, doaram M777s para a Ucrânia. Sabemos que eles estão tendo um bom desempenho e estamos muito orgulhosos do nosso papel no apoio aos nossos aliados”, disse John Borton, vice-presidente e gerente geral da BAE Systems Weapons Systems UK, que gerencia a fabricação e a montagem dos obuseiros leves M777. “O M777 permanecerá na vanguarda da tecnologia de artilharia no futuro por meio do uso de inserções técnicas, desenvolvimentos de munição guiada de precisão de longo alcance e opções flexíveis de mobilidade.”
Com a metade do peso de outros obuseiros rebocados de 155 mm, o M777 da BAE Systems oferece uma capacidade de reação rápida e qualidade comprovada que proporciona poder de fogo decisivo em condições de combate sustentado. Com mais de 1.250 M777s em serviço nas forças terrestres nos Estados Unidos, na Ucrânia, nas Américas, na Austrália e na Índia, o M777 é o único obuseiro leve de 155 mm comprovado em combate no mundo.
DIVULGAÇÃO: BAE Systems / MSL Group
Lembro que à alguns anos, o CFN testou esses canhões pra substituir os antigos 155mm. E considerando a tendência dessa corporação a ser uma “mini-USMC”, suponho que poderão vir alguns…
Só acho….
Abraço
CFN e EB deveriam entrar na fila de compra destes novos lotes…
Uma comunalidade, hoje praticamente inexistente, entre as Forças, deveria ser prioridade do MD.
A MB já testou esse canhão.
O EB recebeu recentemente alguns canhões M198 do EUA.
O EB nunca recebeu o M198.
Faz algum tempo que surgiu noticias referente a doação do equipamento por parte dos EUA (https://www.forte.jor.br/2018/05/22/eua-vao-doar-mais-equipamentos-ao-exercito-brasileiro/).
Mas realmente, pesquisei referente ao seu recebimento e não encontrei nada.
Se não me engano o EB avaliou, mas não gostou do estado de conservação destes obuseiros.
Não recebeu nada, ele seria um grande avanço,mas infelizmente não o temos ainda.
Só 1250 m777? Pensei que tinha muito mais desses sistemas.
Importante é a qualidade e a doutrina. Vide como a quantidade deu certo no caso da Rússia….
Depende, os m777 já sofreram pesadas baixas comparado com outras peças autopropulsadas. Oryx já contabiliza 77 perdas(41 destruídos, 36 danificados), provavelmente pode ter ainda mais perdas que não foram visualmente verificadas, e foi doado para a Ucrânia por volta de 200 peças.
Comparado com sistemas autopropulsados e com maior alcance do canhão como o Archer, PzH2000 e o CAESAR, o m777 não é tão eficiente assim.
O m777 é um ótimo sistema, leve e com muita precisão no disparo, mas ele tem um alcance menor que os outros sistemas, e por ser rebocado, ele sempre vai estar mais exposto do que os outros sistemas.
Perdeu a bateria, mas perdeu como? qual era o cenário? sinceramente eu duvido que um M777 será empregado no mesmo cenário que um Pzh2000, o mais ralo dos estrategistas teria a mínima noção disso.
Onde quero chegar? quando uma bateria é atacada é porque muita coisa antes disso deu errado, um obuseiro ap é levemente blindado para ameaças mais simples como estilhaços de artilharia, armas leves de infantaria, etc,…., ele não faz milagres, é importante citar que não dá para comparar taxa de sobrevivência entre obuseiros assim.
Capacidade de atirar projéteis a uma distancia maior e/ou capacidade de entrar/sair de posição mais rápido é algo a ser considerado sim, mas não é só isso….exemplo vem um Shahed/Lancet de longe e plotta uma bateria seja parada ou em movimento, independente se é um M777 ou um PzH2000 não tem o que fazer.
Sim. O M777 é ideal para apoiar forças leves em ilhas e ambientes montanhosos e de Selva…onde dificilmente existirão pesadas forças adversárias blindadas apoiadas por artilharia AP e radares contrabateria.
Digo, ilhas e ambientes montanhosos, pantanosos e de selva.
A verdade é que o M777 foi desenvolvido para ser helitransportado no campo de batalha. Não por acaso todos os usuários (exceto a Ucrânia) operam helicópteros de transporte pesado.
Austrália (Chinook)
Canadá (Chinook)
Índia (Chinook)
US Army (Chinook)
USMC (CH-53)
A explicação para o fornecimento dessa peça para os ucranianos é simples: disponibilidade e leveza, pemitindo o deslocamento imediato para o campo de batalha. Basta dizer que dezenas de peças entraram em serviço nas primeiras semanas da guerra.
Pois é, RDX
Vc está indo em um ponto que confunde muitos “especialistas”, quando falam de Mobilidade Estratégica, de Bda Leve, Média ou Pesada.
A realidade de EUA, Rússia e China não é a mesma dos outros países.
Da OTAN, quando apoiados por meios americanos é outra realidade ou quando se fala de pequenos efetivos.
O M777 pode ser helitransportado no USArmy, apoiando Bda Leves, inclusive.
Aqui e na maioria dos exércitos é um meio de AD, Bda Média.
Por que não Pesadas? Porque as pesadas TEM de ter mais mobilidade no Campo de Batalha. Tem de usar Art AP SL, porque invariavelmente, com exceção de EUA, Rússia e China, as Bda Pesadas (q são as Blindadas – Meios Sobre Lagartas – SL) são a ação principal, ou a Reserva mais valiosa para uma ação final contundente.
E indiscutível que o M777 é inferior às modernas peças 155mm autopropulsadas, particularmente em mobilidade e proteção. A grande fraqueza da peça rebocada é sua vulnerabilidade maior a fogos contrabateria (para quem possui essa capacidade). Aliás, não foi nenhuma suspresa os ucranianos perderem muitas peças M777 para a artilharia russa. O alcance é relativamente curto (21 km com M107), mas pode ser aumentado com o emprego de munições assistidas (30 km) ou Excalibur (40km). Um M777 com canhão L55 e até 70km de alcance está sem desevolvimento.
M777 é o obuseiro rebocado mais moderno que existe e não se pode compará-lo com peças auto-propulsadas, é como comparar laranja com banana.
Não teve uma época em que o EB foi no deserto dos EUA ver se tinha alguns desses em bom estado?
Que eu lembre o EB estava interessado no M198, mas acho que não deu em nada. Mas, o M777 também seria uma boa, melhor que os M114 que já estão muito velhos.
Pelo que soube, não havia M-198 suficientes disponíveis pra quantidade que queríamos, mais a logística para mantê-los.
Me surgiu dúvida, após a guerra da Ucrânia, que realmente só havia aqueles.
Se olharmos, por exemplo os Leo 1 A5, e os Guepard que surgiram, não bate com o que se falava de disponibilidade.
Fato é, que a disponibilidade pra venda é condicionada ao que os países querem que fique em suas reservas.
Especificamente sobre os M-198, percebemos que não foram distribuídos pra guerra da Ucrânia, ou seja, é provável que minha dúvida tenha sido tirada.
Realmente, não há M-198 disponíveis com logística suficientes.
A ideia do EB, pelo programa de Artilharia de Campanha, se não mudou, é Art 155 Plus BR nas Bda Bld. Futura transformação dos A5 também em Plus BR pra AD/3 e AD/5.
Modernização de parte dos 109 A3 para Bda C Mec.
Aquisição de 155 AP SR para 15 Inf Mec e 4ª C Mec e mais uma CMec ou Inf Mec.
Com o tempo as Inf Mec terão esse 155 AP SR.
As Bda leves (Selva, Amv, Mth, Pqdt) teriam o M-119 (Light Gun americano).
As Bda Mtz e as Art 155 AR de AD teriam o M-198, ou M777, ou outro Coreano, ou Chinês, o que ganhar.
Realmente não sei o que pode ter mudado e nem o futuro.
Fato é que o Brasil se “escorou” muito tempo em receber itens bons usados da OTAN, ou poder receber em caso de necessidade.
Mas a Guerra Fria acabou e a própria OTAN os utilizou… ficamos com a corda no pescoço pra adquirir meios, que são muuuuuito caros.
Sempre a desculpa de q as peças estavam muito gastas, muito usadas, no osso, não terem número suficiente para o Brasil putênfia, ou a logística seria muito complicada, então é muito melhor ficar com meia dúzia de peças da 2 guerra mundial mesmo. 🤡
O EB está buscando há vários anos a compra de obuseiros 155mm autopropulsados sobre rodas (caminhões), mas com os vetos do Presidente às compras militares, esses e outros sistemas como Centauro devem ficar para depois de 2023. Lula veta na LDO recomposição dos meios da FAB, implantação do projeto Forças Blindadas, construção de Navios-Patrulha e compra de caças, confira – Revista Sociedade Militar
Graxain,
A fonte que você colocou provavelmente se equivocou ao dar à notícia uma noção de que os projetos em si foram vetados / cortados.
Não foram vetados projetos, até onde sei eles continuam no orçamento.
Foi vetada a priorização imposta pelo Legislativo a uns 9 programas da Defesa juntamente com mais de 200 outros das mais variadas pastas (num universo que vai desde ponte em cidade do interior da Região Norte até programas de reconhecimento de áreas quilombolas).
Apenas isso. Com o veto o Executivo quer manter a prerrogativa de executar o orçamento desses 200 e tantos programas (incluindo um punhado da Defesa) conforme as prioridades que já tem, como todos os anos, inclusive contingenciar se necessário (o que inclui o programa da ponte e do Quilombo).
Não tem jeito, eles não param 😂😂😂
Projetos no Brasil, deveriam chamar-se Projetos Vai e Vem, à menos que sejam emendas parlamentares ou aumentos para o executivo, judiciário e legislativo.
Centauro já chegou,amigo.
Só para deixar claro, eles vão voltar a fabricar peças do M777, não o obuseiro inteiro.
No futuro pode voltar a ser o caso da produção do obuseiro, mas por ora só peças de reposição.
Existe uma variante desse sistema montado sobre caminhão, chamada Brutus, seria interessante para o EB, acho que daria para instalar até no constellation 10ton, algo como uma solução pé de boi de alta mobilidade.
https://www.amgeneral.com/what-we-do/vehicles-chassis/brutus-155mm-mhs/
Torço para o AGSP fabricar nossos 105mm e 155mm rebocados, isso é fundamentalmente estratégico; assim como suas respectivas munições base bleed.
Impressão minha ou a Ucrânia agora esta recebendo mais equipamentos de defesa?
M777 é obuseiro leve?