Coreia do Sul pretende fazer uma incursão mais profunda no mercado global de defesa
SEUL — A Coreia do Sul procura expandir a sua posição no mercado global de armas após um salto significativo no ano passado, capitalizando o aumento da procura de armas impulsionado por conflitos geopolíticos na Europa e no Oriente Médio , bem como por uma China assertiva.
A Coreia do Sul emergiu como um dos exportadores de armas mais prolíficos no ano passado, alcançando exportações recordes de armas de 17,3 bilhões de dólares, um aumento acentuado em relação aos 7,25 bilhões de dólares em 2021, de acordo com o Ministério da Defesa.
Por trás do boom estava a Polônia, que assinou acordos no valor de US$ 13 bilhões com empresas coreanas para comprar tanques K-2, obuseiros autopropulsados K-9, aeronaves de ataque leve FA-50 e lançadores múltiplos de foguetes K-239 Chunmoo, na tentativa de reforçar suas defesas na sequência da guerra Rússia-Ucrânia.
Observadores da indústria dizem que a Coreia do Sul está bem posicionada para explorar o mercado europeu para além dos seus principais clientes no Sudeste Asiático e no Oriente Médio, com linhas de produção robustas de equipamento militar de ponta e econômico, compatível com o sistema dos EUA e da OTAN.
“Em meio a um aumento na demanda global por armas desencadeado pela prolongada guerra Rússia-Ucrânia, os atores emergentes, como a Coreia do Sul, estão se beneficiando do declínio da indústria de armas da Rússia, o segundo maior exportador mundial”, disse Shim Soon-hyung, pesquisador no Instituto Estatal da Coreia para Economia Industrial e Comércio.
Aproveitando o impulso do sucesso do ano passado, os fornecedores locais de defesa fecharam novos acordos no início deste ano ou deverão assinar acordos num futuro próximo.
Em fevereiro, a Korea Aerospace Industries (KAI) fechou um contrato de 1,2 trilhões de won (US$ 920 milhões) para vender 18 aeronaves de ataque leve FA-50 para a Malásia, sua quarta venda no exterior após acordos com a Indonésia, as Filipinas e a Tailândia.
Em julho, o veículo de combate de infantaria Redback da Hanwha Aerospace foi escolhido como o licitante preferencial para o programa de aquisição da Austrália no valor de US$ 12 bilhões.
Se finalizado, marcaria a segunda exportação da Hanwha para a Austrália após um acordo de 2021 para obuseiros autopropulsados K-9, que estão em serviço em nove países, incluindo Turquia, Polônia e Índia.
A Coreia do Sul também está chegando a novos clientes no Oriente Médio , no meio de renovadas preocupações de segurança na sequência do conflito Israel-Hamas.
Após as vendas do sistema de mísseis terra-ar da LIG Nex1, chamado Cheongung II, para os Emirados Árabes Unidos em 2021, a empresa coreana está nas rodadas finais de negociações com a Arábia Saudita para um grande acordo de fornecimento para o sistema de defesa aérea, de acordo com reportagens locais.
Outra área promissora é a expansão do mercado naval, já que a Coreia do Sul é um dos poucos países capazes de construir submarinos de 3.000 toneladas e destróieres equipados com o sistema Aegis.
A Hanwha Ocean, cuja antecessora, a Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co., exportou pela primeira vez submarinos para a Indonésia em 2011, tem apresentado ofertas para construir submarinos para o Canadá, Filipinas e Polônia, que deverão substituir as suas antigas frotas de submarinos.
A HD Hyundai Heavy Industries Co. está buscando alavancar sua capacidade de projetar e construir de forma independente destróieres Aegis de mais de 7.000 toneladas para expandir seu território de exportação além do Sudeste Asiático, de olho nos mercados da América do Norte e da Europa.
Autoridades da indústria dizem que o aumento das vendas no exterior poderia reduzir os custos por unidade e abrir oportunidades de negócios no mercado de manutenção, reparo e revisão no longo prazo, um benefício para a meta da Coreia do Sul de se tornar o quarto maior exportador de armas do mundo até 2027.
Mas os desafios permanecem, uma vez que os grandes negócios de armas exigem pacotes financeiros abrangentes, por vezes apoiados pelo governo, e precisam aproveitar o momento geopolítico certo.
A Coreia do Sul está negociando uma segunda ronda de contratos estimados em 30 biliões de won com a Polônia para vender equipamento militar adicional, mas os fornecedores locais temem que a falta de apoio financeiro e a mudança do governo polaco após as eleições do mês passado possam impedir o mega acordo.
Como o Banco de Exportação e Importação estatal da Coreia não consegue fornecer empréstimos e garantias para as vendas propostas depois de atingir o limite máximo dos contratos do ano passado, cinco bancos coreanos têm estado em negociações para fornecer um empréstimo sindicalizado no valor de 2,7 bilhões de dólares num montante inicial fase de apoio, segundo fontes do setor.
“Estamos monitorando de perto o plano de financiamento e a situação política na Polônia para descobrir as suas implicações no nosso acordo de fornecimento”, disse um responsável da empresa de defesa local, pedindo anonimato.
FONTE: Yonhap News Agency
Vem ni mim papai veimmmm K-2 Panther .
Ai eu vejo um pais que uma parceria faz sentido tanto na transferencia tecnologica e qualidade no equipamento…
Estes caras possuem muitos produtos interessantes para as FAs brasileiras … passou da hora do Brasil olhar com seriedade em parcerias com os sul coreanos …
Esquece amigo, os militares jamais sairão da ponte aérea Brasil- eua- europa…
Há muitos mercados promissores, mas preferem ser dependentes dos parceiros tradicionais.
O oficialato brasileiro precisa começar a olhar com mais carinho para os países asiáticos. Ali que é o futuro.
O oficialato brasileiro está sempre dando bandinha pela Ásia, principalmente na China, é olhando tanques, blindados e antiaérea, mas na minha opinião, estão só gastando dinheiro público e aproveitando a viagem, no fim, quase sempre é um produto europeu que vence. A Coreia do Sul poderia ter mais chances que a China, esse tanque K2 poderia ser uma boa opção, mas o negócio do EB é Leopard 1 mesmo.
K2 Black Panther, nosso futuro carro de combate.
Se o EB decidir pela aquisição de um MBT novo (tomara!) talvez vai exigir produção no Brasil e talvez um projeto exclusivo para as nossas necessidades (peso, dimensões para transporte, compatibilidade de munição e nacionalização do motor e outras peças essenciais, etc.).
Algo como um Leopard 1 atualizado e mais barato de manter no futuro.
Mas eu ainda acho mais provável que escolham o CV90 120mm ou outro da mesma categoria, infelizmente.
Entre as opções de um MBT novo, sem dúvidas, o K2 é a escolha ideal ….
Sempre torci por ele, K2 na veia aqui. Imagina aí uma venda de C-390 da Embraer atrelada a uma compra dos K2 por parte do Brasil, seria fantástico
Heinz,voçê têm toda a razão, seria fantástico; para nós e para eles.
Há rumores que há grande interesse por parte da Coreia pelo C-390 e a compra parece certa.
Amém.
Talvez com a compra do KC 390 (por eles) possa surgir a oportunidade da obtenção de Material Bélico Coreano pelas FAs Brasileiras…
se de um acordo desses pudesse vir umas aeronaves de ataque novas, seria bom.
Ja foi oferecido aos Coreanos o K-390 ?
Poderia sair um belo acordo .
Parece que levaram a aeronave para lá, e saiu uma notícia que os sul coreanos gostaram muito das especificações da aeronave, só nos resta torcer a favor do 390 e contra o lobby americano
Espero que as pessoas que tomam decisões já tenham superado a fase do “se não é americano ou europeu não presta!”
K2 Black Panther é um monstro.
Verdade, e lindo também. Uma bela máquina.
Eu visito alguns navio mercantes de grande porte, eu sempre me impressionei com os Samsung e Hyundai, uma vez precisei entrar em um “buraco” por motivos técnicos que nao vem ao caso, uma caixa estanque na proa do navio, um lugar que na vida toda do navio não deve ser acessado mais que duas ou três vezes, sério, a limpeza era hospitalar, eu ja estava impressionado com o requinte da super estrutura mas a olhada “embaixo do tapete” foi a confirmação, são navios proximos da perfeição!
Em compensação fiz um serviço em um navio similar chines, primeiro da classe dele, para um distraído um bom navio tbm mas para um olho afiado diversas falhas primarias de “fitter”, a pintura não parecia no mesmo nível, em um aspecto geral é possível ver uma enorme diferença de qualidade, sei lá, é como comparar um Kichute com um Nike, servir até serve mas ta muito longe aos olhos de quem entende um pouco e provavelmente isso vai se refletir na disponibilidade e na vida útil, eu levo esta mesma observação para o pessoal que acha bom negócio produtos chineses como Norinco por exemplo, ainda não vale a pena se o paralelo for verdadeiro!
PS. Nunca entrei em um blindado Norinco, é especulação.
Poderia falar a data da visita ao navio chinês e no sul-coreano?
Pq os chineses avançaram muito nos últimos anos. Gostaria de saber se foi um navio construído ano passado ou há 10 anos…
Recentíssimo, te dou mais exemplos, as linhas do navio, vc olha o Hyundai e tudo reto, limpo, sem emendas, no chines vai tudo cheio de curvas, a mesma linha para andar 50 metros desvia de outras linhas, de equipamentos, de peças estruturais, sabe aquelas fotos que a gente vê de cabos de internet chegando todos organizadinhos e em outras umas emboleiras de fio? Nas devidas proporções é a mesma “energia”!
Ou na troca de uma válvula, se vc tem um militro fora de alinhamento nos flanges o parafuso não passa, um serviço simples ja envolve talha, macaco, um monte de tripulantes e essas coisas as vezes (normalmente) estao em altura ou espaço confinado!
Em um navio novo vc nem vai perceber muita diferença mas em um de 10 anos de idade, com bombas cansadas e ferrugem comendo o bicho vai pegar!
Esses sabem ganhar dinheiro. Só com a Polônia ja estão fofos
Vassalos a serviço do imperialismo norte americano.
Se eles não fossem vassalos do imperialismo americano, seriam vassalos do imperialismo chines, estaria bom pra vc?
Sim.
E o Brasil só tem o Guarani..
única coisa que me interessa nos Coreanos são os Blindados e os navios, pois em geral sao mais baratos que os Ocidentais, de qualquer forma os últimos anos tem sido maravilhosos para os Sulcoreanaos