Coreia do Sul alinha bancos para ajudar a financiar venda de armas de US$ 22 bilhões para a Polônia

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K2 Poland

SEUL — Depois de atingir os limites legais para empréstimos de importação e exportação, a Coreia do Sul está reunindo bancos locais para ajudar a Polônia a comprar 22 bilhões de dólares em armas na maior venda de armas de Seul, disseram à Reuters cinco pessoas familiarizadas com o assunto.

“Cinco bancos locais estão revendo um empréstimo sindicalizado como medida de apoio” para ajudar a Polônia a financiar a compra de sistemas de artilharia de foguetes e aviões de combate sul-coreanos, disse um funcionário do governo sul-coreano, falando sob condição de anonimato para discutir o planejamento em curso.

Dois funcionários de uma empresa de defesa coreana confirmaram o plano de empréstimo sindicalizado. Dois funcionários de bancos sul-coreanos disseram que haveria empréstimos, mas não especificaram o tipo.

É a primeira indicação de que Seul está trabalhando para remover os obstáculos financeiros da Polônia para permitir que os dois países concluam o maior acordo de armas até agora da Coreia do Sul, estimado em cerca de 30 trilhões de won (22,72 bilhões de dólares).

As discussões são uma continuação do acordo abrangente de armas entre as duas nações assinado no ano passado, sob o qual empresas sul-coreanas, incluindo a Hyundai Rotem Co. e a Hanwha Defense Systems Corp, fornecerão tanques, obuseiros e aviões de combate.

Esse negócio valia 13,7 bilhões de dólares, o maior da Coreia do Sul até à data.

O funcionário do governo sul-coreano não detalhou o tamanho do potencial empréstimo sindicalizado. Esse empréstimo é concedido por um grupo de credores a um único mutuário, muitas vezes para financiar grandes negócios.

O responsável da empresa de defesa disse que se o empréstimo sindicalizado para a próxima venda proposta não fosse suficiente, “poderia haver outras medidas de financiamento a caminho”.

As exportações de defesa da Coreia do Sul totalizaram cerca de 17 bilhões de dólares em 2022, de acordo com o seu Ministério da Defesa, acima dos 7,25 bilhões de dólares do ano anterior, quando a guerra na Ucrânia abriu uma porta para as exportações de armas de Seul.

O acordo de armas de 2022 com a Polônia estabeleceu Seul como um importante interveniente nas exportações globais de armas, amplamente dominadas pelos EUA e pela Rússia. Seul também procura laços de segurança mais profundos na Europa, uma ambição com timing ideal para a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia, à medida que aumenta as importações de armas no meio de tensões com a Rússia.

FONTE: The Korea Herald

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C G
C G
1 ano atrás

Parece até o Brasil!

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  C G
1 ano atrás

Só que não…

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  C G
1 ano atrás

A Coreia, assim com muitos países, incluindo a Suécia, EUA, Japão, China e Brasil, possuem bancos públicos de fomento á importação/exportação. No Brasil, o BNDES faz este papel.

Além disso, bancos privados também podem montar consórcios para financiamento de grandes programas.

O Fx2 é financiado pelo ExImBank da Suécia. Já o ProSub é financiado por um consórcio de bancos privados. As NaPaOc que a Argentina comprou da França também foram financiadas por um consórcio de bancos privados.

A construção de Itaipu também foi financiada por um consórcio de bancos europeus.

O BNDES possui várias linhas de financiamento para defesa e outras que são usadas pela Embraer para exportar aeronaves.

Plinio Jr
Plinio Jr
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Taí um país que o Brasil tem que buscar parcerias dentro do contexto militar , Coréia do Sul

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Plinio Jr
1 ano atrás

torço para eles desistirem do avião deles e comprem o C390 onde poderiam colocar seus aviônicos

Sagaz
Sagaz
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

E para financiar os países alinhados com o Partido do Hamas.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Sagaz
1 ano atrás

Explica isso porque o que você escreveu não faz sentido.

Orivaldo
Orivaldo
Responder para  C G
1 ano atrás

Só se for para financiar obras superfaturadas

Heli
Heli
Responder para  C G
1 ano atrás

Não sei se foi ironia ou viralatismo. Porém, a Coreia buscou desenvolver sua indústria, e investiu muito em desenvolvimento, pesquisa e inovação (com presença fortíssima do Estado através de subsídios e empréstimos, seja na construção naval, Hyundai, seja na área de TI, Samsung). Sim, a Samsung (maior empresa coreana é privada), assim como a Hyundai etc, mas o investimento em capacitação e pesquisa foi estatal. E quando houve a bolha dos tigres asiáticos nos anos 90, mais uma vez o estado ajudou.
Já o Brasil investiu num indústria de substituição a partir de empresas estrangeiras, GM “do Brasil”, IBM “do Brasil”, Siemens “do Brasil”, etc e principalmente no Agro, e deu no que deu.

Nativo
Nativo
1 ano atrás

Comprando 22 bi de doletas da Coreia do Sul e não dos irmãos europeus ou do tio Sam? Os poloneses querem ser jogados nas garras dos lobos novamente? kkkkkk.

deadeye
deadeye
Responder para  Nativo
1 ano atrás

Eles compraram 96 helicópteros Apaches, HIMARS e outros sistemas dos EUA e da UE. Não vêm acompanhando o site não?

Nativo
Nativo
Responder para  deadeye
1 ano atrás

Tinha esquecido .
Lembrei daquela de abrams por 10 milhões de dólares cada.
Realmente os polacos estão rasgando os bolsos.
Dessa vez não querem ser pegos de calças nas mãos.

deadeye
deadeye
Responder para  Nativo
1 ano atrás

Essa diferença de fornecedores, é mais também pela disponibilidade. Eles precisam do equipamento no curto prazo.

Jeferson
Jeferson
Responder para  deadeye
1 ano atrás

Disponibilidade, produção local, transferência de tecnologia, etc. Laços militares não obrigam um país a comprar sempre do mesmo parceiro. As necessidades das Forças Armadas devem ser consideradas antes.

Além disso, a Polônia já tem importante relacionamento comercial com a Coreia do Sul. A Samsung sempre lança seus celulares ou novas tecnologias fora da Coreia do Sul primeiro na Polônia, para ser “testados” no mercado polonês e assim depois seguir para o resto do mundo. A LG tem uma importante base de operações na Polônia. A Polônia é o principal centro de produção de baterias para carros elétricos na Europa e o complexo da LG Energy em Wrocław, que será ampliado, é o principal centro de produção europeu. A própria Hanwha Aerospace, que hoje é a fabricante do Obus K9, planeja fazer da Polônia seu hub de produção para atender o mercado europeu.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  deadeye
1 ano atrás

eles vão fazer parte da produção desses esquipamentos lá, coisa que ficou complicada com os americanos

BraZil
BraZil
Responder para  Nativo
1 ano atrás

Bom dia. Pensei algo parecido. Mas a infidelidade ou trairagem entre os parceiros habituais é algo que está se escancarando, vide casos parecidos no AUKUS, Turquia, Índia etc

JHF
JHF
Responder para  BraZil
1 ano atrás

Colocar os seus interesses no primeiro plano nada tem a ver com “infidelidade ou trairagem entre os parceiros habituais”. O modelo de negocios da indústria americana atrelando anos de serviço caro a venda de bom hardware vai fazendo vítimas. Hoje temos mais opção para compra de bons equipamentos e a Polônia deve ter iniciado excelentes bases de cooperação industrial com a Coreia.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Nativo
1 ano atrás

compraram 32 F35 tem centenas de M1 e LEO2, os EUA não podem reclamar, quanto a essa compra vai para os americanos abrirem os olhos que não existem só eles no comécio militar.

Jeferson
Jeferson
Responder para  Nativo
1 ano atrás

https://www.gov.uk/government/news/4-billion-uk-poland-air-defence-deal-strengthens-european-security

Mais um contrato de compra de equipamentos de defesa pela Polônia, dessa vez com UK. E com transferência de tecnologias.

JPonte
JPonte
1 ano atrás

Polonia está se tornando a nova potência militar europeia …. Numa posição pra lá de estratégica … tem história importante a Polônia em guerras de defesa da adurido que vem contra os mongóis , contra os otomanos , …..e agora se posiciona no vácuo deixado pela Alemanha , Inglaterra e França .

Macgaren
Macgaren
1 ano atrás

Negócio maior que o gasto anual com defesa da Polonia.

Estão chutando altissimo.

Coreanos devem estar sorrindo até na hora c@g@r com um negócio desse cifra.

Kommander
Kommander
1 ano atrás

Adeus UK e Alemanha. Já temos uma nova potência militar na Europa ocidental.

É… Os poloneses gostaram do sabor da liberdade.

Rui Mendes
Rui Mendes
Responder para  Kommander
1 ano atrás

Primeiro, tirem essa ideia da cabeça de que UK, Alemanha e França vão ser substituídas pela Polónia, pois não vão, porque é só mais umas potentes forças armadas na UE e NATO.
Segundo, não é por ter alguns hatters que a França e o Reino Unido deixam de ser a quarta e quinta nações no mundo com as maiores capacidades nucleares do mundo, juntos colocam a Europa como a terceira potência nuclear no mundo.
Já a Alemanha está desde á muitos anos para cá, pela primeira vez, a assumir o seu lugar como maior potência económica da Europa e motor da UE, a assumir também o seu lugar de grande potência militar da Europa.
E por último, todos os países da UE e da parte Europeia da NATO, estão a modernizar e aumentar as suas forças armadas, a Polónia também e já anunciou gastar 4 por cento do seu PIB em 2024, isto ao mesmo tempo, que ajudam a financiar um país, em uma guerra.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Kommander
1 ano atrás

Caro. A Polônia só será uma potẽncia militar a partir do momento no qual ela ter capacidade de projetar e construir seus próprios meios. Por enquanto, ela é apenas um importador….

Vinicius Ferreira Soares
Vinicius Ferreira Soares
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

De onde vc tirou isso?? Então um país com milhares de tanques e equipamentos militares não é uma potencia?? Que loucura

Joanderson
Joanderson
Responder para  Vinicius Ferreira Soares
1 ano atrás

Realmente se o país so compra e não fabrica nada sempre sera uma potência de segunda classe.
A Rússia invadiu a Ucrânia sustenta a guerra a nais de 1 ano exatamente por que tem uma indústria de defesa própria.

Adiposo do Bitcoin
Adiposo do Bitcoin
Responder para  Vinicius Ferreira Soares
1 ano atrás

Então a Arábia Saudita é uma potência também, mesmo levando pau dos Houtis.

BraZil
BraZil
Responder para  Vinicius Ferreira Soares
1 ano atrás

Se vc não controla a torneira da água que te molha, quando fecharem vc morre de sede rapidinho, pouco importa o quanto se molhou…

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Vinicius Ferreira Soares
1 ano atrás

Caro. A Polônia é um grande freguês das potências militares.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Vinicius Ferreira Soares
1 ano atrás

no caso atual da Polônia se os EUA

Felipe M.
Felipe M.
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Não é bem assim.
A maior parte dos acordos firmados pela a Polônia possui algum componente de participação de empresas nacionais na produção.
Além disso, a Polônia possui indústria estabelecida para insumos para os equipamentos, como munições.
Polônia, além de fazer parte da OTAN, está inserida no contexto de facilitação de negócios da UE.
O que é ser uma “potência militar”? Pra mim é ter capacidade plena de se defender, tornando qualquer aventura em seu território cara demais para quem pensar em fazê-la.
E não é necessário fabricar tudo que utiliza para conseguir isso.
Você precisa garantir que terá condições de usar os equipamentos que possui.
E me parece que uma ameaça vinda do leste não tem condição de cessar o fornecimento de insumos vindos das longas fronteiras terrestres, com várias ferrovias inclusive, com a Alemanha, Rep. Tcheca e Hungria.
Inclusive, não conseguiram cessar esse fornecimento nem na Ucrânia. Imagine com a Polônia.
Estão fazendo a lição de casa. Em termos de equipamentos, estão comprando o que há de melhor e em ótima quantidade. Em termos de pessoal, estão quase que dobrando o número de soldados, com tempo para implementar as doutrinas da OTAN em toda a tropa. Em termos de indústria, além de haver o impacto dos programas de aquisição de equipamentos estrangeiros, estão aumentando as encomendas na indústria nacional.
A cada ano que passa, uma aventura na Polônia fica mais “cara”. Hoje, vejo que qualquer tipo de agressão por ali já é difícil de se imaginar. Daqui 10, 15 anos, só em um contexto de guerra total entre leste e oeste para pensar em alguém tentando agredir a Polônia.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Kommander
1 ano atrás

sim, uma potência que não tem uma grande industria militar.

Andromeda1016
Andromeda1016
1 ano atrás

A Arábia Saudita é outra que está fazendo a lista de vários bilhões de dólares para comprar armas da CS. É questão de tempo para que a lista seja entregue à CS, ou então já foi entregue mas a CS a mantém em segredo pois os árabes costumas exigir segredo em suas compras de armas.

Enquanto isso empresas da CS estão anunciando criação de fábricas de munição nos EUA e na Europa e na área naval esperam boas notícias da licitação para aquisição de submarinos no Canadá. Esperam também confirmação de compra de centenas de novos obuseiros autopropulsados K9 por parte da Índia junto com possível venda dos IFV K21 também.

A CS está em festa lucrando com a desgraça dos outros, mas se não for ela outros farão, além do mais precisa dessas vendas para continuar a investir em sua própria defesa pois seus vizinhos não são um Paraguai, um Uruguai ou uma Bolívia da vida …..

Marcelo Danton
Marcelo Danton
1 ano atrás

Lembram das POLONETAS?!?!

Werner
Werner
1 ano atrás

Vão virar o principal fornecedor da Polônia.

Rui Mendes
Rui Mendes
Responder para  Werner
1 ano atrás

A Polónia comprou dos EUA, mbt’s Abrams M1A2 sepv3, Himars, F-35, Sam Patriots, helicópteros Sikorsky UH-60, do Reino Unido 22 sistemas SAM CAMM e 3 Fragatas da Babcook, com opção para mais 5, de Itália, helicópteros para a marinha EH-101 Merlin e para o exército AW-149 da Leonardo, navios de guerra electrónica Suecos e aviões AWACS Suecos.

Paulo Roberto
Paulo Roberto
1 ano atrás

E nada de matéria sobre o general comandante das forças armadas ucranianas falando da contraofensiva…

Kommander
Kommander
Responder para  Paulo Roberto
1 ano atrás

Desiste, não vão postar… E se postarem, vai ser com tom de deboche.

LucianoSR71
LucianoSR71
1 ano atrás

É bom lembrar que logo após o fim da 1ªGM a recém recriada nação polonesa resistiu a invasão da União Soviética e impôs uma derrota vergonhosa p/ esta pela diferença de tamanho e poder. A URSS não engoliu bem isso e assim que pode fez um pacto c/ a Alemanha e dividiram a Polônia entre os dois logo no início da 2ªGM, depois cometeu várias atrocidades contra os poloneses durante o conflito e os mantiveram sob seu julgo até o colapso da União Soviética. Dá p/ entender porque eles estão se armando tanto, não?

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  LucianoSR71
1 ano atrás

Caro. È mais complicado que isso. A revolução de fevereiro de 1917 derrubou o regime czarista, mas foi a revolução de outubro que resultou no armistício com a Alemanha e a cessão de partes do território para a Alemanha, incluindo o que viria a se tornar a Polônia pelo tratado de Versalhes, no qual a URSS foi excluída.

A revolução russa deflagrou uma guerra civil que teve inclusive a participação de tropas da França, Inglaterra e dos EUA contra o exército vermelho. Esta guerra civil foi vencida pelo exército vermelho, consolidando a URSS.

Quando Hitler chega ao poder na Alemanha, era de amplo conhecimento a sua intenção de invadir a Ucrânia. A URSS buscou uma aliança européia contra Hitler, mas esta iniciativa fracassou. Também sabemos que um dos motivos de Chamberlain tentar evitar uma guerra era que o exército inglês estava despreparado para uma guerra naquele momento.

O acordo de não-agressão entre a URSS e a Alemanha, já prevendo que a Alemanha invadiria a Polônia, só faria sentido se a fronteira da URSS fosse movida para oeste. O acordo secreto que dividiu a Polônia entre os dois países buscou, foi aumentar a distância que o exército alemão teria que avançar no caso de uma invasão. Ainda que a URSS tivesse tido contato com as táticas de guerra relâmpago durante a guerra espanhola, a velocidade da invasão alemã foi uma surpresa.

Aliás, a própria invasão alemã foi uma surpresa porque acreditava-se que a Alemanha precisaria de dois ou três anos para se recuperar da guerra na frente ocidental. Stalin cometeu um enorme erro ao ignorar os relatórios de sua inteligência que tinham identificado a concentração de tropas alemãs.

Achar que a divisão da Polônia foi um “ato de vingança” de Stalin não tem respaldo historiográfico.

LucianoSR71
LucianoSR71
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Interessante vc fala em ‘respaldo historiográfico’, mas ignora que a Polônia já havia sido uma nação independente, que a URSS queria tomar as terras p/ si, que o Stalin fez diversos acordos c/ a Alemanha antes e durante a ascensão nazista – pilotos foram treinados em território russo usando aviões Fokker violando o Tratado de Versalhes, as tropas alemãs treinaram combate entre forças blindadas c/ tropas soviéticas em território russo e é óbvio que a imagem de uma poderosa Mãe Rússia não poderia deixar de se vingar do vexame que passou por um país muito menor, fraco e recém recriado, lembrando que a tentativa de anexar a Polônia começou em fevereiro de 1919. 
Outra coisa por que a URSS seria convidada a participar do das negociações do Tratado de Versalhes se ela não derrotou a Alemanha, preferiu fazer a paz e se retirar do conflito? Não tem lógica.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  LucianoSR71
1 ano atrás

Caro. Quando a URSS foi fundada, após a revolução russa, a região da Polônia era um território da Russia Czarista, que foi cedida para o Império Alemão e só depois disso, se tornou uma república independente a partir do tratado de Versalhes.

Entre 1917 e 1922, a URSS recém fundada estava em guerra civil, combatendo tropas de países ocidentais, inclusive dos EUA. Neste período, a URSS era governada por Lenin e o comandante do exército vermelho era Trotsky, Stalin chegou ao poder em 24.

Sobre o tratado de Versalhes, os vários erros cometidos, como a exclusão da URSS e da Alemanha nas negociações e as elevadas penalidades colocadas contra a Alemanha, resultaram na II Guerra.

Jeferson
Jeferson
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

A Polônia (que havia sido uma grande potência europeia entre os séculos XIV e XVII, mas que devido a intrigas internas dentro da szlachta – a elite que formava as classes nobres que detinham o poder, acabou se fragilizam gradualmente até perder sua independência em 1795) em 1914 ainda estava particionada entre o Império Alemão, Rússia e Áustria-Hungria. A porção russa, chamada Congresso da Polônia, já estava sob controle alemão desde 1915, em consequência da Grande Retirada Russa após a derrota na Batalha do Bug-Narew. Inclusive os alemães tinham planos de recriar uma espécie de Reino da Polônia, um estado-vassalo do Império Alemão.

Com o Tratado de Brest-litovsk, os bolcheviques liberaram grandes áreas para os alemães, que foram perdidas após o Armistício de Compiegne. Inclusive a Polônia, assim como outras nações na Europa Central declararam independência antes mesmo do Tratado de Versalhes.

Quanto ao Tratado Ribbentropp-Molotov, ambos os lados sabiam que ideologicamente uma guerra era inevitável entre eles, e assim tinham que ganhar tempo. Nessa esteira, acordaram em uma cláusula secreta a criação de zonas de influência na Europa Central e a divisão da Polônia, para que servisse como tampão entre os dois.

Entretanto Stalin ainda demorou mais de duas semanas para cumprir efetivamente com a invasão da Polônia, pois além de ter interesse no desgaste das tropas polonesas e alemãs, só invadiu após ter garantias do fim dos embates com os japoneses em Khalkhin Gol e de que isso não resultaria em uma possível guerra de duas frentes, além, é claro, de ter certeza que britânicos é franceses não iriam intervir naquele momento.

E sim, além do plano estratégico na Polônia, havia sim um viés de vingança. A derrota na Guerra Polaco-Bolchevique de 1919-20 foi uma humilhação para o Exército Vermelho, impedindo o avanço do comunismo pela Europa por mais de 25 anos. E de certa forma, para o próprio Stalin, que havia comandado tropas em campo em 1920, e contrariando Tukhachevsky, seguiu com suas tropas na direção de Lviv, ordenando Budyonny para que também fizesse o mesmo, ao invés de seguir em um avanço concentrado para Varsóvia, em busca de glória pessoal. As tropas que avançaram para Lviv sofreram uma derrota humilhante e assim deixaram de socorrer as colunas que marchavam para Varsóvia. Dali o Exército Vermelho foi chutado de volta para a Rússia.
Nos anos 20 e 30, os poloneses eram vistos como os grandes inimigos do bolchevismo, inclusive os poloneses étnicos na URSS foram vítimas da maior operação de limpeza étnica contra minorias (excluindo o Holodomor) promovida pelos comunistas antes da Segunda Guerra, a Operação Polaca do NKVD (1937-38), que deixou mais de 100 mil mortos e pelo menos o dobro disso de pessoas deportadas para os gulags.

LucianoSR71
LucianoSR71
Responder para  Jeferson
1 ano atrás

Perfeito.

JHF
JHF
Responder para  Jeferson
1 ano atrás

Exelente explanação. Só quero adicionar que os russo-Ploneses étnicos são conhecidos até hoje como Cosacos, a grande maioria nas linhas do Exército Branco que se estabeleceu na Polônia depois do fim da guerra civil russa. O Stalin deflagrou uma limpeza étnica contra eles dentro da Rússia e culminou com o fuzilamento traíra de milhares deles na metade da retirada por trem do exercito Polonês depois da invasão da Polônia pela Alemanha no início da segunda guerra. Este fator de limpeza étnica se mantém como uma das maiores motivações dos Ukranianos da parte “Polonesa-Oeste” para combater a influência russa no país e a consequente guerra deflagrada desde 2014.

Jeferson
Jeferson
Responder para  JHF
1 ano atrás

Se os cossacos soubessem o tratamento que teriam com os bolcheviques, jamais teriam se rebelado contra os poloneses (Revolta Cossaca de Khmelnitskiy – 1648/54 – que incentivou as posteriores invasões sueca e russa, onde por mais que os poloneses tenham expulsado os invasores, isso selou o fim da era dourada da Comunidade Polaco-Lituana) e se alinhado aos russos, onde já no século XIX já tinham perdido muito de seus privilégios.

LucianoSR71
LucianoSR71
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Vc distorce fatos p/ caber na sua preferência ideológica (antigamente seus comentários eram mais centrados, isentos de ideologia, mas ultimamente estão contaminados, infelizmente) e quer passar uma imagem de acadêmico por ser professor, não tem nada a ver. Citar que Stalin não era o grande líder na época não altera em nada, quer dizer que ele só tomaria medidas de vingança, p/ reparar a imagem da grande e poderosa nação se tivesse sido o responsável pessoal é no mínimo um pensamento raso, sem falar que p/ um ditador sanguinário como ele não há escrúpulos ou ações mais racionais p/ se tomar território de outros países. Colocar os conhecidos erros no Tratado de Versalhes que foram sim a semente da 2ªGM (gosto de chamar de Grande Guerra parte 2) nesse caso não cabe até porque, como já disse, a URSS fez seu armistício c/ a Alemanha, que prejudicou os esforços dos Aliados ao permitir a concentração do inimigo em único front, então não havia justificativa de participar do Armistício de 1918, fez sua opção então assuma as consequências. No mais deixo os comentários feitos pelo Jeferson.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  LucianoSR71
1 ano atrás

Caro. O que escrevi foi que não há registro historiográfica que a divisão da Polônia no pacto de não agressão seja uma vingança de Stalin por uma guerra de 20 anos atrás, quando a recém criada URSS enfrentava uma guerra civil.

Por outro lado, há registros que a URSS busco, sem sucesso, uma aliança contra a Alemanha nazista, que a URSS estava despreparada para enfrentar a Alemanha antes da explosão da II Guerra, que o pacto de não agressão interessava tanto a URSS quanto interessava a Hitler, que estava focado na guerra que faria contra a França e que o objetivo da divisão da Polônia era aumentar a distância da fronteira com a Alemanha após a tomada da Polônia.

Todo o governo da URSS sabia que a Alemanha considerava a URSS um inimigo ideológico e que a Alemanha tinga planos de invadir a Ucrânia, aliás como está escrito no livro de Hitler.

Jeferson
Jeferson
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Os Expurgos nas Forças Armadas Soviéticas alijaram a capacidade de planejamento militar soviético. Assim como Guderian, o Marechal Tukhachevsky também acreditava que a próxima guerra em larga escala seria uma guerra de movimento, com blindados servindo como ponta de lança do ataque e com suporte aéreo aproximado. Tukhachevsky vinha conduzindo um processo de modernização do Exército Vermelho, só contrário do que defendia o velho Marechal Budyonny, que defendia uma abordagem mais tradicional, ainda muito apoiada na cavalaria.

Porém, ele tinha algumas desavenças com Stalin, que começaram lá na Guerra Polaco-Bolchevique. Como Tukhachevsky era visto como uma ameaça em potencial para Stalin, acabou sendo uma das primeiras vítimas dos Expurgos, juntamente com os especialistas militares que defendiam suas ideias. Nessa onda de eliminação de “inimigos políticos” que se seguiu, quase toda a liderança militar sovietica foi eliminada. Inclusive, dos cinco primeiros marechais do Exército Vermelho, apenas Budyonny e Voroshilov, mais próximos a Stalin, sobreviveram. O próprio Rokossovsky (que depois se mostrou o mais capacitado comandante militar soviético na SGM), um dos maiores defensores das ideias de Tukhachevsky, quase foi executado, só não foi pois recusou assinar a confissão e conseguiu provar que a principal acusação contra ele era forjada. Os Expurgos frearam por anos a modernização do Exército Vermelho e privou-o de suas lideranças mais competentes e prejudicou muito das ações do Exército Vermelho na Guerra de Inverno e no início da Ocupação Nazista. Por outro lado, abriu espaço para uma nova geração de oficiais muito capacitados. No meio da escassez de comandantes capacitados, Timoshenko foi buscar Rokossovsky na prisão.

Caso não tivesse ocorrido os Expurgos Militares na União Soviética, os soviéticos teriam repelido os alemães com mais facilidade, em caso de uma invasão em 1940/41.

Vale lembrar que Stalin chegou a abrir conversas com britânicos e franceses para um Pacto de Não-Agressão, mas como as conversas caminharam muito devagar, na iminência de uma guerra, abriram conversas com os alemães, onde criaram um acordo bem mais amplo, criando esferas de influência, fora a cláusula secreta de divisão da Polônia.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Jeferson
1 ano atrás

Olá Jeff. Eu não arrisco a avaliar coisas condicionalmente. “Se tal coisa tivesse acontecido, as coisas teriam sido diferentes”.

Tem um verso de uma canção do Ed Motta que diz “Se eu fosse americano a vida não seria assim….”.

Eu gosto daquela frase “Se o quadro fosse redondo, o cubo mágico seria uma esfera”.

Eu não sei o que teria acontecido se não houvesse os expurgos no exército vermelho. Talvez os generais teriam dado um golpe de estado e derrubado o governo. Talvez não. Talvez o exército vermelho teria fracassado contra os alemães como o exército francês fracassou. Ou talvez não.

O pouco que aprendi com meus professores de história é que é melhor analisar as relações materiais de troca e nos modos de organização dos meios de produção para entender o contexto histórico, do que supor quais eram os sentimentos e movimentos psicológicos dos líderes.

Talvez se Alexandre III, pai de Nicolau II tivesse vivido até os 80… talvez se Nicolau II tivesse instaurado uma assembleia constituinte… talvez se o pequeno Alexei fosse o primogênito ao invés de ser o quinto e hemofílico filho… talvez se Guilherme I tivesse contido seus generais prussianos… talvez Francisco Ferdinando tivesse comemorado o aniversário de casamento com Sofia em Viena…

Jeferson
Jeferson
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Nem é uma questão de analisar fatos condicionalmente. Os Expurgos no aparato militar soviético em 1937/38 desorganizaram o Exército Vermelho, contribuindo para a resposta catastrófica nos primeiros meses de invasão alemã. A própria performance do Exército Vermelho na Guerra de Inverno foi medíocre. Os finlandeses só baixaram as armas e tiveram de ceder alguns territórios em 1940 por que acabou a munição, literalmente, mas conseguiram o principal objetivo, preservar a independência.

Maximus
Maximus
Responder para  LucianoSR71
1 ano atrás

Normal vindo do camargoer.

Carlos I
Carlos I
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Sobre o tratado molotov ribbentrop entre o nacional socialismo da Alemanha e os comunistas da URSS, ele não foi apenas de não agressão. Na segunda parte deste tratado, a que ficou secreta por um tempo, previa que caso uma das duas potências fosse atacada por um terceiro país, o outro signatário não forneceria assistência de qualquer tipo para o país que atacasse e também estabelecia uma divisão da área de influência dos nazistas e da URSS.

Essa expansão de influência foi muito bem aproveitada pelos comunistas, e depois deste tratado vieram outros que foram econômicos e militares com troca de tecnologia, alimentos e venda de material bélico, um dos mais conhecidos sendo o Cruzador alemão Lützow que até foi ironicamente usado para defender Leningrado dos nazistas que quebraram o tratado.

Às imagens do desfile militar conjunto em Varsóvia após a tomada da Polônia mostram a proximidade dos militares que estavam em festa.

O massacre de Katyn cometido pelos comunistas está hoje bem retratado em filme, esse massacre pode ser levantado como uma hipótese de vingança aos poloneses? Qual outra justificativa tem os comunistas para este massacre?

Nazistas e comunistas caíram e a Polônia ainda está de pé, que a democracia prospere por lá e que ambos os regimes totalitários que quiseram dividir o país nunca mais se levantem.

Nei
Nei
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Achar que a divisão da Polônia foi um “ato de vingança” de Stalin não tem respaldo historiográfico.

Pra quem dividiu, sem problemas, para quem foi dividido, não concorda com você.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Nei
1 ano atrás

Caro. Se você achar algum livro ou artigo de algum historiador que defenda esta tese, eu ficaria muito feliz em poder ler. Até hoje, naquilo que li e ouvi (considerando alguns bons documentários), desconheço quem tenha sustentando isso.

“Bora procurar”

Guacamole
Guacamole
1 ano atrás

O que me entristece é que 22 bilhões não é nada para o BNDES, mas o Brasil não dá a mínima para a defesa.

O dia que der guerra, a sociedade se esfacela.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Guacamole
1 ano atrás

Caro. O gargalo não é o BNDES, mas se existem compradores para produtos brasileiros de defesa neste valor. Por exemplo, a venda dos Kc390 para Portugal foi da ordem de US$ 1 bilhão. Se a Ĩndia precisar de US4 22 bilhões para comprar uma centenas de Kc390, o BNDES vai bancar.

Guacamole
Guacamole
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Me expressei mal. Não é que o DNDES não vá bancar e sim que não temos projetos mais robustos e visão de vender para o exterior como politica de Estado.

Pra mim, cada General, Almirante e Brigadeiro deveria ser um vendedor dos nossos produtos também.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Guacamole
1 ano atrás

Perfeito. Agora concordamos.

Bispo
Bispo
Responder para  Guacamole
1 ano atrás

Sim , o Brasil está cercado do “ogros belicistas” que querem nossas riquezas…

Ao norte: Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa.
No nordeste pela Colômbia
No oeste pela Bolívia e Peru
No sudoeste Argentina , Paraguai
No sul pelo Uruguai.

Todos países ricos , detentores de alta tecnologia, militares altamente treinados.

Realmente precisamos torrar bilhões para vencer esses oponentes terríveis. 🤪

Bispo
Bispo
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Outro detalhe terrível… somado TODOS os países da América do Sul há 430 milhões de habitantes… somente o Brasil uns 210 milhões…

Realmente preocupante que Uruguai , Paraguai, Argentina… decidam invadir e dividir o RS entre eles … 🙃🤣

Bispo
Bispo
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Atualizando a logística..rs

A população total da América do Sul é de aproximadamente 446,6 milhões de pessoas em 2023. Excluindo a população do Brasil, que é estimada em cerca de 216,6 milhões, a população da América do Sul sem o Brasil é de aproximadamente 230 milhões de pessoas

Felipe M.
Felipe M.
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Verdade.
Em um mundo pegando fogo, melhor esperar algum conflito começar pra começar a pensar em como se preparar né?
Ah, você deve acreditar que em um contexto de guerra generalizada, vão permitir que o Brasil continue em cima do muro, fornecendo “alimentos” para ambos os lados e tudo certo.
Como na segunda guerra mundial, mais uma vez seremos forçados a ir pra um dos lados em uma guerra que não é nossa. E aí é torcer pra esse lado ser o vencedor novamente. Pq se não …

É cansativo ver essa mentalidade frouxa e alienada que colocaram na cabeça do brasileiro médio.
Acreditam mesmo serem tão diferentes, em um mundo conflituoso desde sempre, que olharão para nós, verão que somos todos gentis e pacíficos, e nos deixarão quietos. Mesmo com o nível de produção alimentícia, de minérios e fontes energéticas em nosso território.

Deixaram nem os monges do Tibet quietos. Mas nós deixarão, dizem eles.

Bispo
Bispo
Responder para  Felipe M.
1 ano atrás

Estamos falando de geopolítica a nível continental , os países que fazem fronteira com o Brasil não representam risco , muito pelo contrário, a maioria depende das trocas comerciais com o Brasil, mal sustentam a própria população.

A nível “OTAN” o Brasil passa o pires , nada pode fazer … exemplo mais 𝘁𝗮𝗽𝗮 𝗻𝗮 𝗰𝗮𝗿𝗮 , EUA deram … posicionaram 2 PA e um submarino da classe Ohio no Golfo Pérsico – neutralizando militarmente TODOS os países da região, os quais já gastarão juntos centenas de bilhões em armas.

Que os necios militaristas se instruam ou ao menos acordem.

Bispo
Bispo
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Gastaram

Felipe M.
Felipe M.
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Posicionar uma ou mais forças tarefas na costa é uma coisa. E, no contexto atual e de um futuro de curto, médio e longo prazo, não há o que fazer. Isso não só para o Brasil. Mesmo, em um exemplo esdrúxulo, uma França da vida, que possui um respeitável aparato de defesa, não teria como responder a isso, salvo pelas vias democráticas. Afinal, por mais “quente” que esteja a relação com os EUA, não é qualquer um que tem condições de realizar alguma hostilidade real contra um navio deles em caso de violação do mar territorial.
Mas, PA no litoral é uma coisa. É o nível de dissuasão, por parte deles. Outra coisa, muito diferente, é uma invasão terrestre, que, aí sim, exigiria uma resposta ao ataque. Afinal, quando um PA no litoral, por si só, não é capaz de “dobrar um país”, nem outras ações, como ataques aéreos, sobra a ação por terra.
E, mesmo para a maior potência militar do planeta, a invasão de território alheio envolve todo um cálculo do “custo”. O custo está no âmbito civil (relações externas, políticas, econômicas etc). E tbm está no âmbito militar (qual o tamanho do dano a ser suportado nas forças de ataque + danos em casa).
Para um país como o Brasil, em que não há a mínima hipótese visualizável de equiparação de forças com eles ou com outras forças com capacidade de levar a guerra para longe de seus territórios, tampouco de lhes causar danos “em casa”, o dever de casa é aumento desse “custo” para a eventual força invasora, quando estiverem diante do cálculo a se realizar.
O Brasil não precisa de 500 caças ou 2000 Carros de Combate para tornar esse cálculo inviável para uma força potencialmente agressora. Mas, tbm não pode se omitir em elevar o custo nesse cálculo.
E como citei, não temos ameaças diretas e iminentes de nossos vizinho. Nem hoje e nem em um futuro visualizável. Mas, tudo pode mudar em um contexto de guerra ampliada, em que não haveriam outras opções a não ser escolher um lado, para aqueles que não tenham a adequada estrutura para fazer valer a decisão de não aderir ao conflito. O Brasil deveria mirar em ter uma estrutura capaz para isso. Não precisamos pensar em projetar poder em algum outro continente ou algum outro tipo de missão que países com interesse geopolítico no exterior precisam ter. Nossa relação com o exterior é apenas diplomática e assim deve permanecer. Precisamos ter condições de manter esse tipo de posição.

Orivaldo
Orivaldo
Responder para  Guacamole
1 ano atrás

22 bilhões de Dólares não são nada ?

Carlos Pietro
Carlos Pietro
1 ano atrás

Tá ai o nosso futuro carro de combate.

Rafael
Rafael
Responder para  Carlos Pietro
1 ano atrás

Estamos mais perto de adquirir CV90 120mm e fingir que é um MBT de verdade, infelizmente…

Heinz
Heinz
1 ano atrás

Embarca num navio ai 250 Black panthers para o EB, e uns 350 K21. Melhor usar o dinheiro pra isso do que emprestar para o argentinos nos darem calote.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Heinz
1 ano atrás

De onde vocẽ tirou essa ideia esdrúxula que o Brasil estaria emprestando dinheiro para a Argentina? E por que seria melhor comprar 250 helicópteros dos EUA do que fazê-los no Brasil?

Heinz
Heinz
Responder para  Heinz
1 ano atrás

Fora os empréstimos que já foram feitos pra Cuba, Venezuela e etc

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Heinz
1 ano atrás

Pois é. O Brasil fez um aporte no CAF (que emprestou para a Argentina…). O Brasil também já fez um aporte ao FMI que emprestou para a Argentina. Também fez um aporte ao BID e ao Banco do Brics.

Como o Brasil é sócio do FMI, do BID, do CAF e do Banco dos Brics, o país tem acesso às linhas de crédito destes bancos internacionais.

O FMI também já emprestou dinheiro para a Argentina, assim como o CAF e o BID. Como a Argentina também já fez aporte no CAF, no BID e no FMI, então ela pode buscar as linhas de financiamento destas instituições.

Os EUA também já fizeram aporte ao FMI, assim como o Brasil e a Argentina.

O Chile também fez aporte ao FMI e ao CAF. Por isso, o Chile pode buscar recursos nestas instituições, assim como o Brasil e a Argentina.

resumindo. Como o CAF, o FMI e outros organismos internacionais possuem muitos sócios e todos fizeram aportes para se tornarem sócios, toda vez que um país recorre a uma instituição financeira internacional, o faz porque é sócio, e é sócio porque fez aportes em seu capital.

Acho que agora ficou simples de entender.

Sobre o empréstimo do CAF à Argentina, vale a pena continuar pesquisando. Dai vocẽ vai descobrir que (veja só) a Argentina tinha que pagar uma parcela do empréstimo do FMI. Assim, ela fez um empréstimo no CAF e pagou o FMI. Com isso, o FMI manteve aberto o crédito da Argentina. Com isso, a Argentina pagou o CAF com recursos do FMI. até porque as taxas do FMI são menores que a do CAF. Procura no google.

que coisa.

Heinz
Heinz
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Quem digitou helicópteros? Calma!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Heinz
1 ano atrás

Caro. Vocẽ tem razão. Eu confundi black panther com black hawk. Obrigado pelo alerta.

E por que o Brasil gastaria bilhões de dólares para comprar um carro de combate ao invés de fabrica-lo sob licença aqui? A pergunta continua a mesma.

Heinz
Heinz
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

É uma opção também, desde que compre, haja pagamento, pode ser feito lá ou aqui mesmo, seria um destino melhor para o dinheiro do contribuinte, em que pese os sul-coreanos possuem ótimos sistemas, desde tanques a artilharia AA

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Heinz
1 ano atrás

Caro. O Japão tem um modelo de aquisição de material militar que combina equipamentos de origem doméstica ou equipamentos fabricados sob licença ou nacionalizados.

O valor unitário é mais caro, mas a conta é mais complexa. Com a participação da industria local, há a geração de empregos, muitos dos quais especializados. Isso gera arrecadação previdenciária (o sistema japonês de previdência também tem uma estrutura solidária, na qual o pagamento dos inativos é coberto parcialmente pela contribuição dos ativos, como no Brasil), além de gerar renda com impacto em outros setores da economia.

Outro aspecto é que os gastos públicos são feitos em moeda local. Ainda que parte dos dispositivos seja importada, o câmbio é feito pela empresa contratada, o que alivia as contas públicas. Outro ponto é que grande parte do trabalho é feito localmente, reduzindo parte do valor que precisa ser importado.

Além disso, o arrasto tecnológico impacta outros setores da economia industrial japonesa, gerando outros ganhos indiretos.

Apenas países sem estrutura industrial fazem importações de prateleira.

Bispo
Bispo
1 ano atrás

A Polônia parece estar com “russofobia” extrema, estão se armando como se amanhã Putin decidisse tomar vodka em Varsóvia, sem visto de entrada..rs

Tem fundamento?

JapaSp Jantador
JapaSp Jantador
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Talvez querem expulsar russos da Ucrânia

Bispo
Bispo
Responder para  JapaSp Jantador
1 ano atrás

Mais nesse caso seria um membro da OTAN atacando a Rússia… que tem com diretriz o uso nuclear se sua existência estiver em risco.

Heinz
Heinz
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Não usaria, primeiro que a Polônia não atacaria território russo, segundo porque quem tem C# tem medo, não é assim que se usa um arma nuclear até porque do outro lado tem os EUA que tem o mesmo poder de destruição que a Rússia tem.

JHF
JHF
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Entendo mais como uma.salvaguarda caso de ruim total na Ukrania e a Polônia pode fazer um movimento rápido de “proteção pro-NATO” da parte oeste do país. Deve ter alguma diretriz na OTAN sobre isso e a Polônia estaria na melhor posição geográfica para “defender” este território. Espero estar viajando muito, mas vejo desta forma.

Boitatá
Boitatá
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Eles já sofreram muito na mão de estrangeiro, querem saber de ser vítima mais não.

Jhenison Fernandez
Jhenison Fernandez
1 ano atrás

Segue o esforço polonês de ser a segunda potência militar da OTAN

Felipe Barbieri
Felipe Barbieri
Responder para  Jhenison Fernandez
1 ano atrás

Acho difícil isso se tornar realidade ao menos em curto prazo. Mas de fato a Polônia passa a ser um player respeitável e passa a ter voz ativa dentro da OTAN.

Enquanto isso o anão diplomático com cabeça de vento e pés de barro segue dormindo em berço esplêndido e sonhando com vaga no conselho de segurança enquanto nossa marinha vira uma guarda costeira com 70 mil encostados. VIVA!!!

GRAXAIN
GRAXAIN
1 ano atrás

Aqui os bancões privados ganham muito mais financiando o buraco das contas públicas e arrecadando taxas do DETRAN, folha de pagamento do funcionalismo… financiar projetos de exportação, esquece… só mesmo lojas de supermercados…

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  GRAXAIN
1 ano atrás

Caro. Além do BNDES, todos os bancos privados no Brasil, incluindo o BB e os bancos privados, possuem linhas de crédito para exportação e importação, geralmente oferecidas para as empresas que são seus clientes.

As informações estão nas páginas dos bancos.

GRAXAIN
GRAXAIN
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Website tem tudo, vai lá fazer a operação e descobrir como funciona.. prática a teoria é outra, mas vc conhece tudo!

Julio Filho
1 ano atrás

Oportunidade de ouro pra vender os astros, um empréstimo via BNDES, uma vantagem comercial pra eles e mais algumas coisas, duvido que não ia. Mas esses presidente aí é essa classe política não vê isso.

marku
marku
1 ano atrás

Galera descobrindo que ninguém compra armamento a vista e que precisa de financiamento pra isso

Gustavo
Gustavo
1 ano atrás

O Brasil conseguiu da os primeiros passos para indústria defesa nos 70, consegui novamente, o segredo é dinheiro, para financiar indústria,abrir estatal onde setor privado não consegue fazer, formar profissionais.
E depois compras ao longo prazo, não é necessário comprar caminhão do exterior.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Gustavo
1 ano atrás

Caro. Um dos aspectos do sucesso da indústria de defesa brasileira era o fato do país ser um grande importador de petróleo. Por isso, a balança comercial com os países que exportavam petróleo para o Brasil era deficitária.

Para equilibrar esta balança, estes países importavam bens de defesa, produtos industrializados, alimentos e serviços. Era comum empreiteiras brasileiras serem contratadas para executar obras no Oriente Médio.

Gustavo
Gustavo
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Eu falei em compras pelo Estado, fortalecimento em compras ao longo do anos dando garantias, a empresa.
Não falei em vender para os Árabes, ou falei parar compra do exterior, para comprar nacional. O Brasil nao produz nem metralhadora, veículo 4×4 veio da Itália.
Chega ser cúmulo do ridículo.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Gustavo
1 ano atrás

Caro. Sou um defensor da produção nacional ou nacionalizada. O Japão tem um modelo bem estruturado, no qual o material militar é desenvolvido localmente ou produzido sob licença. Obviamente, isso eleva o preço do material, mas há uma cadeia econômica que inclui empregos formais, impostos e arrasto tecnológico que, se bem pensado, compensa com vantagens o custo unitário mais caro

O ponto que levantei foi que o Brasil era um grande exportador de armas nas décadas de 70 e 80 impulsionado pelo fato de ser um grande importador de petróleo. Isso acontece com a França, Inglaterra e EUA também. Todos grandes importadores de petróleo e grandes exportadores de armas.

Para que o país se torne um exportador de armas é preciso, antes, que seja um produtor de armas. Podemos citar os equipamentos da Embraer com um bom modelo. Ao combinar uma produção local sob demanda para a FAB com projetos em colaboração internacional (AT26, AMX e F39), isso atendeu as demandas restritas da FAB mas também gerou um arrasto tecnológico que impactou na produção de aeronaves civis.

Talvez seja possível reproduzir, em menor escala, no caso das FCT e dos navios patrulha. Aliás, o projeto de navios patrulha poderia ser um consórcio regional. Quem sabe a MB consiga emplacar um projeto ousado assim em torno das NaPaOc de 1800 ton, desenvolvendo um navio que possa atender todos os países da região, aproveitando as vantagens locais. Há um enorme ganho, por exemplo, de se construir navios nos estaleiro brasileiros e chilenos, e em outros, usando componentes produzidos localmente.

RDX
RDX
1 ano atrás

Mais de 3.000 blindados e 1.600 peças de artilharia de última geração, além de 44 lançadores CAMM, 96 helicópteros Apache e 32 helicópteros AW149. Encomenda suficiente para classificar o exército polonês como o segundo mais poderoso do ocidente.

Carlos Campos
Carlos Campos
1 ano atrás

Bom o empréstimo vai sair, a Coreia do Sul é dos países mais loucos que eu conheço, parece o Japão com empresas gigantes apoiadas pelo governo, mas a simbiose lá é maior, não existe diferença entre as Chaebols e o governo.

Andromeda1016
Andromeda1016
Responder para  Carlos Campos
1 ano atrás

Existe diferença sim, mas a cooperação entre eles é algo sistemático que tem ajudado o país a se desenvolver. Pesquise sobre capitalismo comunitário para entender a simbiose entre governo, empresas e cidadãos nos países que adotam este tipo de modelo econômico.

Um Simples Brasileiro
Um Simples Brasileiro
1 ano atrás

Polônia vai se transformar numa ponte de vendas entre a Coréia do Sul e o lado Ocidental do globo.

soldado imperial
soldado imperial
1 ano atrás

Daqui 5 anos o risco vai ser não a Russia invadir a Polonia e conquistar Varsóvia, vai ser o contrario, a Polonia atacar anexar Kaliningrado e de quebra avança na Belarus e fazer o Lukashenko tomar vodka no Kremilin com Puntin. A Russia por sua vez vai ter apelar pra bombas nucleares pra frear os poloneses. Mas neste caso, entra a turma do ” deixa disso” (tipo EUA)e convence a Polonia a parar a ofensiva e voltar pra casa…..
Pode anotar aí, o declínio da Russia vai ser colossal..
Trofeu mãe Dinah pra mim…… mas que é verdade é….posso ter exagerado em algo e tudo mais, mas o retrato de uma forma ou outra é esta

Andromeda1016
Andromeda1016
Responder para  soldado imperial
1 ano atrás

Troféu Mãe Diná plenamente merecido ….. rsrsrsrs

Sinceramente falando, acho pouco provável que a Polônia tome a iniciativa de invadir a Rússia sem uma causa mais do que justa.

Falam horrores de como a Rússia interfere nos demais países europeus, mas isso também é feito pelos gringos por meio da Otan. Enquanto a Polônia não ceder à tentação de bancar a marionete dos gringos não acho que a Rússia tome iniciativa para atingir a Polônia.

Jose pereira
Jose pereira
1 ano atrás

O Brasil poderia fazer parte desta iniciativa de financiamentos junto ao sistema financeiro sul coreano e aprovar a aquisição de 1347 mbts K2 Black Panther e também a aquisição de 823 Obuseiros K9.estenderia a iniciativa na participação do projeto do K21 boramae, adquirindo100 caças.