447 crianças mortas em Gaza pelos ataques aéreos israelenses

WSilva, vamos aos Fatos:

• Fato 01: Dois grupos terroristas perpetraram um ataque altamente violento contra Israel;
• Fato 02: Israel irá retaliar esse ataque.
• Fato 03: Pelo que se tem, até o momento, é que a forma que se definiu para a retaliação é o fim, forçado, desses dois grupos na região.

Agora vamos ao que você escreve sobre:
“O governo de Israel tem que combater o Hamas e não o povo palestino, também não deve punir os palestinos como um todo para assim atingir indiretamente o Hamas, isso é tão covarde quanto o Hamas matar civis no lado israelense.”

Eu concordo com você. E, inclusive, acho que esse prazo de 24h é muito curto. Se a data planejada para a retaliação era o término dessas 24h, deveriam ter avisado antes.

Mas, se atentando aos fatos acima. O que você propõe?
Os fatos acima, a priori, não irão mudar.
Os grupos em questão estão intrisicamente misturados com a população da região.
O único país vizinho não aceita, por ora, que se crie um corredor humanitário e não há nenhuma iniciativa de outros países, incluindo os que se dizem aliados, para receber essas pessoas. Sequer, o outro lado desse país se mostrou disposto a receber essas pessoas.
Além disso, há relatos de que os grupos não deixam parte dessas pessoas saírem do local.
Aí repito a pergunta, o que você propõe?
E aqui não estou perguntando o que você acha, moralmente, sobre a questão. A questão em si, histórica, é muito mais problemática do que um Fla Flu.

A questão aqui é: Israel irá retaliar.
Do jeito que você escreve, me parece que há um apego na ideia de que não deveriam retaliar. Se é isso, você está se descolando da realidade.
Até pq, quais seriam as consequências, considerando todo o contexto, de uma não retaliação?
Me parece que testar essas consequências não está nos planos de Israel.

Infelizmente, o fato 01 levou ao fato 02.
Lembro antes do dia 24/02/2022. Naquelas semanas de tropas na fronteira e palavras de um lado para o outro. Chegou num ponto que comentei aqui “não há mais, para o Putin, a hipótese de não atacar”. Houve tanta provocação/especulação sobre a situação, que ou ele atacava, com todas as consequências que iriam acontecer (e aconteceram), ou ele iria retroceder e passar a imagem de fraqueza, o que, com o histórico do governo russo, não poderia acontecer. Deu no que deu e era isso mesmo. Naquele momento, não havia outra opção, considerando os fatos.
Aqui, é a mesma situação. O fato 01 levou ao fato 02. E isso não tem volta. Então, o que você propõe considerando o Fato 01, 02 e 03 acima, os quais, salvo algo muito extraordinário, continuarão existentes?

“Eu proponho aquilo que já foi proposto pela ONU, território palestino dividido em dois países e Jerusalém como território internacional.”
Ok. Há alguma chance de isso acontecer amanhã? Daqui uma semana? Daqui um mês? Um ano?
É o que eu escrevi. Minha pergunta não era sobre sua avaliação moral sobre a questão. Minha pergunta era sobre os fatos que estão postos e que estarão postos no curtíssimo prazo. Em sua resposta, você apresenta sua avaliação sobre o contexto geral. Sobre uma solução, quem sabe, próxima de algo definitivo.
Com isso, você ignora o acontecimento da última semana e suas consequências imediatas. O momento é de tratar, exclusivamente, dessas consequências imediatas. Pois, tbm como escrevi, os fatos aconteceram. O fato 01 levou ao fato 02, o qual, aparentemente, levará ao fato 03. É com isso que tem que lidar nesse momento.
“mas uma coalizão de países importantes como EUA, China, Russia, Inglaterra, Brasil, Arabia Saudita, Irã, Paquistão, Egito e Índia “
Mais um Vez, colega, é importante não se afastar dos fatos. Você não percebe que esses países citados não conseguem, sequer, chegar em um acordo de uma resolução criticando o acontecimento? Não conseguem, sequer, chegar em algum início de caminho para implementar um corredor humanitário.
O Egito, que é um país, pelo que se divulga, com relação boa ou, no mínimo, razoável com os Palestinos, sequer está disposto a deixar as pessoas passarem pelo seu território. É justamente isso que lhe escrevi. Você está muito focado no “mundo ideal”. Algumas coisas que escreveu eu concordo. O negócio é que, em momentos como esse, de ruptura da normalidade, é necessário focar mais no “mundo real”.
Aos países que querem ajudar, salvo ideia melhor, que, com certeza, existe, na minha opinião, deveriam focar era em convencer o Egito a implementar o corredor humanitário e dar um jeito de as pessoas não serem impedidas de sair da região. Um segundo passo, é cuidar do destino, ao menos provisório, a essas pessoas. Ver qual a disposição da Cisjordânia de receber parte deles. A disposição de países da região ou outros países muçulmanos, visto a maior facilidade do idioma e dos costumes. Enfim, é uma situação complexa. Mas o fato é que haverá a retaliação. E, infelizmente, o tal multilateralismo não consegue, pelo visto, sequer chegar perto de uma contribuição para diminuir os resultados negativos disso.
A única certeza que há é que a ONU, definitivamente, está acabada. Não só nos representantes com poder de veto. É necessário mudar a estrutura de decisão do conselho de segurança. Do jeito que está, nesse mundo que começa, de vez, a “escolher lados”, se não mudar nada, melhor fechar as portas e resolve cada um por si.

____________Israel gasta dezenas de milhares de dólares em munições de alta precisão para minimizar baixas de civis e vem falar que Israel e o hamas são a mesma coisa? É uma piada de mal gosto. Ainda mais nesse momento.
Seria muito mais fácil para os israelenses simplesmente devastarem a faixa de Gaza com artilharia. Mas mesmo assim, eles AVISAM QUE VÃO ATACAR E AONDE VÃO ATACAR. E sempre aceitaram a partilha dos territórios. Agora adivinha quem sempre foi contra? Pois é, os palestinos.
Quero acreditar que o seu comentário foi apenas uma completa ignorância sobre o assunto e não um preconceito sobre a vítima desse atentado covarde: os judeus.

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