SSC-X-9 Skyfall

Captura de vídeo mostra mísseis SSC-X-9 Skyfall em preparação para testes

MOSCOU — A Rússia testou com sucesso um míssil de cruzeiro experimental movido a energia nuclear, disse o presidente Vladimir Putin na quinta-feira, ao mesmo tempo que alertou que o parlamento do país poderia revogar a ratificação de um tratado que proíbe testes nucleares.

Num discurso num fórum de especialistas em política externa, Putin anunciou que a Rússia concluiu efetivamente o desenvolvimento do míssil de cruzeiro Burevestnik e do míssil balístico intercontinental pesado Sarmat e irá trabalhar para os colocar em produção.

“Realizamos o último teste bem sucedido do míssil de cruzeiro de alcance global movido a energia nuclear Burevestnik”, disse ele sem dar mais detalhes. Sua declaração foi o primeiro anúncio de um teste bem-sucedido do Burevestnik, que se traduz como “Petrel da Tempestade”. Foi mencionado pela primeira vez por Putin em 2018.

Pouco se sabe sobre o Burevestnik, que recebeu o codinome SSC-X-9 Skyfall, pela OTAN, e muitos especialistas ocidentais têm sido céticos em relação a ele, observando que um motor nuclear pode ser altamente pouco confiável.

Acredita-se que seja capaz de transportar uma ogiva nuclear ou convencional e, potencialmente, poderia permanecer no ar por muito mais tempo do que outros mísseis e cobrir maiores distâncias, graças à propulsão nuclear.

Os Estados Unidos e a União Soviética trabalharam em motores de foguetes movidos a energia nuclear durante a Guerra Fria, mas acabaram por arquivar os projetos, considerando-os demasiado perigosos.

O Burevestnik teria sofrido uma explosão em Agosto de 2019 durante testes num campo de treinamento da marinha russa no Mar Branco, matando cinco engenheiros nucleares e dois militares e resultando num breve aumento da radioatividade que alimentou receios numa cidade próxima.

As autoridades russas nunca identificaram a arma envolvida, mas os EUA disseram que era o Burevestnik.

No discurso, Putin observou que os Estados Unidos assinaram, mas não ratificaram, a Proibição Total de Testes Nucleares de 1996, enquanto a Rússia a assinou e ratificou. Ele argumentou que a Rússia poderia espelhar a posição assumida por Washington.

“Teoricamente, podemos revogar a ratificação.” ele disse.

Moscou testou uma arma nuclear pela última vez em 1990, antes do colapso da União Soviética, um ano depois. Ratificou a proibição global de testes em 2000.

A declaração de Putin ocorre em meio a preocupações generalizadas de que a Rússia possa retomar os testes nucleares para tentar desencorajar o Ocidente de continuar a oferecer apoio militar à Ucrânia depois que o Kremlin enviou tropas para o país. Muitos falcões russos falaram a favor da retomada dos testes.

Putin disse que embora alguns especialistas tenham falado sobre a necessidade de realizar testes nucleares, ele ainda não formou uma opinião sobre o assunto.

“Ainda não estou pronto para dizer se é necessário realizar testes ou não”, disse ele.

FONTE: Voice of America News

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Anildo Silva
1 ano atrás

A volta dos testes nucleares é eminente. Não é somente a Russia que esta se preparando para isso. Os Estados Unidos e a China, para citar dois, estão também se preparando para a voltas dos testes reais.

Infelizmente estamos prestes a ver esses testes recomeçarem.

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Anildo Silva
1 ano atrás

É bom que esses tratados percam força.

BraZil
BraZil
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

Concordo plenamente. O que não é bom é o uso irresponsável, mas a posse, direito de usar é outra coisa. Que percam força sim…

Mr.Guara
Mr.Guara
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

Por que seria algo bom?

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Mr.Guara
1 ano atrás

Porque as armas nucleares sāo o que garantem a paz e porque esses tratados sāo instrumentos de violaçāo da soberania alheia.

Heinz
Heinz
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

Esse negócio que armas nucleares garantem a paz é balela, cada dia que passa. Índia e Paquistão já travaram uma guerra sangrenta e ambos já eram potências nucleares.

Realista
Realista
Responder para  Heinz
1 ano atrás

” Esse negócio que armas nucleares garantem a paz é balela ”

E porque a ” democracia ” dos EUA não abre mão ?

e mais uma coisa, você que a Rússia iria invadir a Ucrânia se ela tivesse 1 bomba só ? apenas uma

Heinz
Heinz
Responder para  Realista
1 ano atrás

Obvio que as armas nucleares são de dissuasão, mas existem exemplos claros de que somente elas não são garantidoras da paz. Como eu citei o exemplo de um fato!

Realista
Realista
Responder para  Heinz
1 ano atrás

Índia e Paquistão tem seus problemas assim como tem com a China também e mesmo assim não passa de briguinhas de fronteira .

ou já virou guerra ?

Jadson S. Cabral
Jadson S. Cabral
Responder para  Mr.Guara
1 ano atrás

Provavelmente porque ele acha que o Brasil desenvolveria armas nucleares tbm sem qualquer retaliação. Pobre inocente

Jefferson Ferreira
Jefferson Ferreira
Responder para  Jadson S. Cabral
1 ano atrás

Bem isso… como já demostrando em inúmeras outras empreitadas, não temos capacidade intelectual e nem política de fazer… com ou sem tratado de não proliferação…

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Jefferson Ferreira
1 ano atrás

Não temos capacidade política, intelectual temos e tem um livro sobre isso lá no IME comprovando isso.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Ten Murphy
1 ano atrás

Olá. Eu tenho este livro. É bem difícil de ser lido.

André Bueno
André Bueno
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Olá. Qual o título?

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  André Bueno
1 ano atrás

A Física dos explosivos nucleares, Editora Livraria da Física,do Dalton Ellery Girão Barroso.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

E mesmo assim tem partes dele que não foram publicadas no livro, restritas ao grande público. Tinha na Amazon para vender.

Adão Miranda
Adão Miranda
Responder para  Jadson S. Cabral
1 ano atrás

Acho que você deve ser novinho, né? O presidente Collor jogou uma pá de cal em um buraco de 2 km de comprimento, na serra do cachimbo. Ninguém faz um buraco de teste nuclear, se não tiver uma ogiva pra testar. Procure na Internet, e verá a verdade.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Adão Miranda
1 ano atrás

Adão. O governo militar teve a intenção de ter uma bomba atômica. Havia uma corrida armamentista entre o Brasil e a Argentina. Contudo, a crise do petróleo fulminou a economia brasileira, levando á crise da dívida externa na década de 80 e á hiperinflação, colocando uma pá de cal nos planos do regime militar de ter uma bomba. O país tem capacidade técnica, científica e intelectual de construir uma bomba. Contudo, por diversas razões, que inclui tratados internacionais, a CF88 e até mesmo questões econômicas, o país não teve, não tem e (espero) nunca terá uma bomba atomica.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Já eu gostaria que país nenhum tivesse artefatos nucleares, mas como esse mundo não existe, gostaria de garantir nossa dissuasão com essa tecnologia. O substituto seria algum tipo de defesa aérea baseada em energia dirigida que garantisse 100% de eficácia contra um ataque nuclear. Por enquanto inexiste.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Ten Murphy
1 ano atrás

Olá Murphy, Defendo o total banimento das armas nucleares. Acredito que seja possível, talvez a partir do momento que uma nova geração de políticos que não viveram a paranóia da Guerra Fria e tenham ampla compreensão dos desafios ambientais.

No auge da Guerra Fria, existiam cerca de 80 mil artefatos nucleares no mundo. Hoje são cerca de 15 mil. Os acidentes de Three Miles, Chernobyl e Fukushima (além de Goiania) mostraram a face do desastre nuclear. HIroshima e Nagasaki são testemunhas do horror nuclear.

Acho possível. Por isso continuo lutando nesta direção.
Hoje, o Nobel da Paz foi dada a uma ativista iraniana. Parabéns. Espero que no pŕoximo ano o Nobel da Paz seja dado à ABACC.

Jose
Jose
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Caro Camargoer esperar dessa tal nova geração não parece ser algo sábio, vale salientar que o mundo está nessa crescente tensão geopolítica justamente por conta das “ideias e ideais” dessa tal nova geração, essa tal nova geração é a mesma que quer implantar a força um modelo único de governo pelo mundo, desrespeitando toda as diferenças, toda a história, toda cultura dos diversos povos, só por isso já da para ver como pensa essa tal nova geração, posteriormente sem respeitar novamente a realidade, as necessidades e as características de cada nação tentam enfiar goela abaixo uma matriz energética que sequer da conta de abastecer a demanda residencial imagine então dar conta de um parque industrial, basta avaliar a tragédia que a economia e a sociedade alemã está enfrentando e claro usando como argumento as narrativas ambientais, essa nova geração que você cita é a mesma que tem uma “inabilidade” enorme para tratar de questões políticas tanto internamente como externamente, novamente basta observarmos as declarações e as atitudes de diversos líderes jovens que alcançaram cargos como presidentes, primeiro ministros e ministros de estado e ver seus resultados e suas consequências, enfim amigo gostemos ou não a experiência “entre elas a de vida” tem se mostrado cada dia mais valiosa especialmente para não se deixar ser manipulado.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Jose
1 ano atrás

Caro José. A geração anterior á nossa falhou nisso. Nossa geração também parece que vai fracassar nisso. Resta esperar que a nova geração tome esta decisão.

Jose
Jose
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Entendo seu ponto de vista caro Camargoer, mas analisando as ações destes é impossível ter essa esperança, aliás só vejo as coisas piorarem graças as atitudes dessa geração e da que está chegando, infelizmente vejo tempos cada vez mais sombrios.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

A meu ver o erro dos atuais acordos internacionais sobre armas atômicas foi não ter uma cláusula vinculando a validade dos acordos com um plano de erradicação das armas nucleares pelos estados detentores sob pena do acordo não ser válido. Não faz sentido ninguém poder desenvolver sem quem tem não estar ativamente trabalhando para destruir as que tem.

Se dependesse de mim o Brasil saía de todos acordos internacionais sobre armas atômicas e criaria um novo acordo similar aos atuais, com uma exceção: estaria explícito que o único critério para validação do acordo é os países detentores da bomba aplicarem a erradicação total delas dentro de um certo prazo, vá lá, entre 10 e 30 anos. Caso isso não estivesse ativamente ocorrendo, nenhum signatário seria obrigado a não desenvolver ou compartilhar esse tipo de tecnologia. Em resumo, escalar para desescalar, ou todos tem ou ninguém tem. E como não é do interesse de ninguém que todos tenham e ficaria difícil ameaçar quem tentasse ter sem provar o ponto em questão, tal acordo

Concordo contigo sobre continuar lutando e nunca desistir. Mas sou pessimista. Não acredito na destruição total dos artefatos nucleares, e menos ainda em um governo que diga que os destruiu, seja com inspeções internacionais ou não, sempre vou duvidar. E por causa desse tipo de dúvida similar ao meu já li e ouvi vários especialistas dizendo que a construção da primeira bomba e posteriormente seu uso no Japão foram um ponto sem volta.

Penso que a motivação para ter bombas atômicas tenha menos a ver com a geração da guerra fria e mais a ver com lógica e filosofia. Mesmo após uma nova geração aparecer e a conjuntura atual mudar ainda será possível justificar a manutenção desses arsenais por motivos que não sejam históricos, políticos nem psicológicos, mas simplesmente lógicos.

Isso posto, particularmente acredito na possibilidade de supressão das armas nucleares, mesmo sendo improvável. E por motivos totalmente subjetivos sobre o futuro da humanidade, religiosos até, acredito que finalmente essas armas serão superadas pela paz mundial. Só não sei se estarei vivo para ver isso. Por esses dois motivos penso que a luta pela erradicação é justa, honrada e deve existir até o objetivo ser concretizado.

Mas por enquanto acredito que a maneira mais rápida de chegar no banimento total é escalar para desescalar, ou seja, trabalhar um novo acordo no qual ou todos se armam nuclearmente ou todos se desarmam. E penso que muitos países iriam aderir a esse novo acordo em detrimento dos atuais.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Ten Murphy
1 ano atrás

Olá Murphy, A proposta defendida pelo Brasil para o tratado de não proliferação de armas era o de total banimento das armas nucleares de todos os países. Estra proposta foi derrotada por pressão das potencias nucleares. Por isso, o Brasil não aderiu (inicialmente) ao TNP. A posição diplomática brasileira é pelo banimento das armas nucleares. Por isso o Atlântico sul e a América Latina são regiẽos de exclusão nuclear. O Brasil e a Argentina também possuem uma agẽncia, a ABACC, que fiscaliza o transporte, armazenamento e processametno de material nuclear nos dois países, assegurando que nanhum material é desviado para se fazer uma bomba. Foi somente FHC que aderiu ao TNP por pressão dos EUA. A posição do Brasil era que o TNP só faria sentido se fosse para total banimento das armas nucleares. È preciso retomar esta ideia.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Por isso o Atlântico sul e a América Latina são regiôes de exclusão nuclear.

A única forma de garantir isso é destruindo todas as armas atuais ou forçando os países que possuem essas armas a não colocarem suas armas aqui. Porém a única forma de obrigar um país nuclear a retirar suas armas nucleares de um local é usando a dissuasão de armas igualmente nucleares. Por exemplo: a Argentina tenta reaver as Malvinas/Falklands. O Reino Unido está perdendo e resolve usar armas nucleares no Atlântico Sul. O Brasil reclama, grita, chora, esperneia que estamos em uma zona de exclusão nuclear, mas fica só nisso. A única forma de garantir essa exclusão seria com dissuasão. E para dissuadir uma arma nuclear, só outra arma nuclear. Por isso minha proposta de reformar o tratado atual ou fazer um novo, conforme explico abaixo e, ao mesmo tempo, começar a desenvolver as próprias armas nucleares.

A posição do Brasil era que o TNP só faria sentido se fosse para total banimento das armas nucleares. È preciso retomar esta ideia.

O Brasil deveria propor uma mudança no tratado com tanta ou maior ênfase que deseja um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Deve existir um cronograma de destruição de armas nucleares de no máximo 30 anos. Em segundo lugar deveria propor um novo acordo, substituto do atual, no qual o banimento esteja atrelado a esse cronograma de destruição das armas atuais. Muito país gostaria de substituir o acordo atual por esse outro, pois ao mesmo tempo que abre margem para desenvolverem as próprias pesquisas ou armas sem sanções, faz com que a culpa recaia sobre os atuais detentores por não se moverem em direção à destruição de seus artefatos de maneira realista e mensurável.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Ten Murphy
1 ano atrás

Complementando: e nem precisa construir. Demonstrar a capacidade tecnológica – já temos. A capacidade industrial de fazê-lo em menos de 1 ano: precisamos fazer. E ter meios de entrega: precisamos do VLS, de um submarino nuclear dotado de silos verticais, de uma aeronave certificada para lançar armas nucleares, de tecnologia e construção nacional de mísseis de cruzeiro e do que eu chamo de míssil balístico intercontinental convencionalmente armado.

RPiletti
RPiletti
Responder para  Adão Miranda
1 ano atrás

Se este artefato realmente existir ou existiu, é o segredo mais bem guardado dos militares brasileiros.
E diz a lenda que essa nuke brasileira foi concluída, mas não testada, teoria da conspiração boa esta…

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  RPiletti
1 ano atrás

Também já ouvi relatos nesse sentido, dois artefatos foram concluídos. Toda conspiraçāo tem algum fundo de verdade.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

O Brasil nunca teve capacidade instalada para o enriquecimento de urãnio acima de 95% em quantidade para a produção de um dispositivo, nem jamais teve um reator capaz de produzir plutônio em quantidade para uma bomba.

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Colega, até o túnel já estava concluído, entāo nāo venha com essa.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

Caro. Um buraco no chão é algo relativamente fácil de ser feito. Também é fácil esconde-lo se for feito em um lugar isolado. Por outro lado, para enriquecer 100 kg de urânio 235 a níveis de 95% demanda uma infraestrutura que o Brasil nunca teve. A primeira ultracentrífuga entrou em operação em 1982. Othon, ainda um capitão, retornou ao Brasil em 1978 depois de estudar no MIT. Um reator para produzir plutônio em quantidade suficiente para produzir uma bomba nunca existiu no Brasil e teria sido muito difícil de ser construído e operado o tempo suficiente para produzir o plutônio em quantidade suficiente.

Um buraco é uma evidência que se consegue construir buracos. Desconheço qualquer evidência de uma instalação militar brasileira capacitada para produzir material físsil suficiente para uma bomba.

Talvez os militares tivessem a esperança de comprar este combustível de forma legal ou ilegal. Isso é outra discussão.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

No Brasil o governo compra os peixes antes de ter o aquário (Aquário de Campo Grande – MS) então é “normal” fazer o buraco antes de ter a bomba para testar.

Jadson S. Cabral
Jadson S. Cabral
Responder para  Adão Miranda
1 ano atrás

Procure na Internet, e verá a verdade.” Só aqui já dá pra saber que você é desses “portadores da verdade” do whatsaap.
Havia um programa de desenvolvimento, que não foi terminado. Não tínhamos bom, não temos e do jeito que vai a coisa provavelmente nunca teremos.

BraZil
BraZil
1 ano atrás

Bom dia a todos. Com relação ao tema nuclear, concordo que os testes retornarão. (por parte de quem os condenava), pois a Koréa do Norte os tem feito. Não vejo o UK testando, mas se os EUA o fizerem, arrastando a RU, China e NK, (pois creio que estas nações só o farão, se os EUA derem o pontapé inicial), creio que a França entrará no grupo. A questão é que o “cristal quebrou” e agora tudo é possível. Irã, Arábia Saudita, Índia e Paquistão e quem mais…

Camargoer.
Camargoer.
1 ano atrás

Olá colegas. Existem os testes nucleares atmosféricos e os subterrâneos. Os testes atmosféricos são um absurdo sob qualquer ponto de vista. Lembro dos testes do Paquistão e da Coreia do Norte, ambos subterrâneos, para demostrar a capacidade nuclear de seus países. A França também realizou dois ou três testes nucleares subterrâneos no Pacífico, antes de tomar a decisão de encerra-los definitivamente.

Parece-me um equívoco analítico achar que a Russia faria um teste nuclear (provavelmente subterrâneo) para “desencorajar o apoio á Ucrânia”. Imagino que todos os líderes mundiais saibam que a Russia possui armas nucleares, assim como os EUA, China, França, Inglaterra, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Há quem diga que Israel também as tem (talvez sejam armas dos EUA) mas nenhuma delas jamais foi detonada e Israel nem confirma nem nega.

Para os países que possuem capacidade nuclear declarada, um teste nuclear tem objetivo prático. Ninguém vai ficar encorajado ou desencorajado a apoiar mais ou menos a Ucrânia porque a Russia detonou uma arma nuclear em um teste subterrâneo. Que análise tosca.

Sobre a ajuda militar para a Ucrânia, as próximas eleições nos EUA e na Ucrânia terão mais impacto que um teste nuclear russo. Aliás, há cerca de um ano comentei que se a guerra se prolongasse, seria razoável supor que os países europeus reduzam as ajudas. Há um limite econômico para a ajudar militar (exceto, talvez, nos EUA). Não sei estimar quanto ocorrerá este ponto de virada, mas alguns analistas já começam a apresentar esse cenário como possível.

Jadson S. Cabral
Jadson S. Cabral
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Mais ou menos. Acho que se a Rússia começa a detonar arma atômica por aí, pode fazer com que alguns generais e lideres políticos da OTAN abram ainda mais o olho e isso talvez os desencoraje em algum nível. Não sei se isso ocorreria, mas certamente essa é a ideia da Rússia. Eles não têm coragem e nem são loucos para jogar uma arma nuclear na Europa, mas detonar no oceano… já é perigoso o suficiente, tem as nuvens radioativas… isso pode sim pressionar a Europa.

Israel tem sim armas nucleares. Em uma daquelas guerras em que eles enfrentaram basicamente a liga árabe inteira, em um certo dia a primeira ministra deles chegou a ordenar que os caças fossem armados com armas nucleares, mas, sabe-se lá porque, o bom-senso reinou e os caças nem chegaram a decolar.
Há quem diga que Israel testou uma arma nuclear sim, pois existe na histórias das explosões nucelares uma que até hoje não foi identificada. Sabe-se que houve a explosão, o local, o horário e a possível magnitude, mas ninguém clamou responsabilidade, numa época em que as potências faziam questão de mostrar sua força. Essa explosão então passou a ser atribuída a Israel, com todo o seu secretismo por trás. Há quem diga até que o desenvolvimento do artefato israelense ocorreu em conjunto com a África do Sul e que o teste teve ajuda dos sul-africanos, que por sua vez tbm estavam desenvolvendo o seu artefato e estavam bem avançados, inclusive, com gente afirmando que eles já tinham a ogiva, quando, por pressão política, por causa do apartaid e todos os problemas, resolveram abrir mão de tudo.

Sobre a ajuda militar a Ucrânia, se os EUA e aliados passaram 20 anos no Afeganistão lutando contra o terror, gastando o que se estima em mais de 1 tri de dólares, acho que não desistiram tão cedo na Ucrânia, com muito mais coisa envolvida. Claro, uma coisa é a guerra contra insurgentes, outra é uma guerra de ata intensidade como nunca vimos, mas a questão é o que está envolvido. Como fica a Europa, os EUA e a OTAN em si com a Rússia vencendo esse conflito? Interessa a eles verem a Rússia sair não só vencedora, mas fortalecida desse conflito? Talvez até possam entrar num acordo em um futuro não muito distante onde a Rússia desista, mas não sem um pedaço da Ucrânia, nessa caso a Ucrânia perde, mas continua existindo como país independente (e menor), mas a Rússia tbm não ganha, tendo em vista todo o dinheiro gasto e as perdas para… conquistar um pequeno pedaço de território. Vale mesmo a pena? O cenário que enxergo para o fim dessa guerra é sem vencedor, porque não interessa a ninguém perder.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Jadson S. Cabral
1 ano atrás

Olá Jad. Sim. Lembro deste fato do “teste perdido”. Concordo com você que um teste nuclear tem dois objetivos. 1. obter informações sobre o dispositivo e 2. demostração de poder. Os testes do Paquistão e da Coreia do Norte serviram tanto para testar o dispositivo quanto mostrar aos seus potenciais inimigos a posse de dispositivos operacionais.

A França, como lembro, detonou alguns dispositivos no Pacifico para obter dados. Todos já sabiam que a França tinha capacidade nuclear. Tanto que a França foi fortemente criticada na época por grupos pacifistas e ambientalistas em todo o mundo, inclusive dentro da França.

Talvez a Russia precise realizar um teste subterrâneo para avaliar alguma nova tecnologia ou até mesmo validar seus dispositivos. Sabemos que o plutõnio e urãnio metálico usado como combustível tendem a mudar de estrutura cristalina ao longo do tempo, demandando contínuo reprocessamento para manter as características de desempenho. Ninguém sabe (ou sabe, esconde) o que acontece com o combustível nuclear após 40 ou 50 anos estocado.

Bosco
Bosco
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Tem um terceiro objetivo de teste nuclear que é avaliar o “estrago” que a detonação nuclear produz (no ar, no espaço, submarino, ao nível da superfície, abaixo da superfície)
Esses testes já não são mais necessários porque já se tem uma boa ideia dos efeitos nos diversos ambientes.
Se houver novos testes serão todos subterrâneos, com objetivos de avaliar novos “arranjos” , ainda que a tecnologia computacional hoje consiga simular a detonação com alto nível de precisão.
Todos os testes reais de uma ogiva “fria” podem ser feitos , por exemplo, de modo a testar a reação dos explosivos químicos e avaliar a formação da massa crítica, a segurança do dispositivo, a resistência ao choque, à explosões próximas, etc.
A detonação nuclear proveniente dessa explosão poderia ser simulada digitalmente, mas claro, talvez queiram fazer um teste subterrâneo , mas se antes precisavam de 20 agora bastaria um ou dois.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Olá Bosco. Exato. Inclusive, os testes subcríticos subterrâneos continuam ocorrendo, até porque é preciso avaliar a segurança dos dispositivos.

Acho improvável e até condenável que qualquer país faça um teste nuclear atmosférico. Ao contrário dos anos iniciais da guerra fria, hoje a população mundial tem plena consciência do desastre que é um teste nuclear atmosférico.

Curiosamente, o uso de supercomputadores científicos (inclusive no Brasil) são proibidos para simulações de explosões nucleares. Os supercomputadores de empresas (Petrobras e bancos, por exemplo), de pesquisa (CENAPADś e universidades) e centros meterológicos são auditados quando ao uso.

Castelani
Castelani
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Olá Camargoer.

Não conhecia essa curiosidade.
Por qual motivo eles são proibidos?

Desde já, agradeço

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Castelani
1 ano atrás

Olá Castelani. São duas proibições. 1. simulações nucleares e 2. simulação de mísseis. Todo projeto de pesquisa submetido a um centro de supercomputação em qualquer lugar do mundo tem um termo de adesão no qual o pesquisador deve dar ciência destas duas proibições.

Creio que isso está no contrato de fornecimento do supercomputador. O fabricante só é autorizado a vender ou exportar um supercomputador cujo usuário final está proibido de similar armas nucleares e mísseis,

Então, quando o IMET compra um grande computador para previsão climática, ele assina um termo de ciência sobre estras proibições. Se violar, perde o contrato de manutenção do computador. O mesmo para os centros de supercompuitação e das empresas privadas que demandam processamento em supercomputador, como a Petrobras.

Se o governo brasileiro demandar um supercomputador para similar explosões nucleares ou mesmo para o desenvolvimento de mísseis, teriam que construir um. Isso é possível colocando diversos PC’s processando em paralelo. Dá para usar linux.

Henrique
Henrique
Responder para  Jadson S. Cabral
1 ano atrás

.” Acho que se a Rússia começa a detonar arma atômica por aí, pode fazer com que alguns generais e lideres políticos da OTAN abram ainda mais o olho e isso talvez os desencoraje em algum nível.”

Se a Rússia explode uma a reposta é explodir a Rússia… motivos de pq ela não vai fazer nada disso

Jadson S. Cabral
Jadson S. Cabral
Responder para  Henrique
1 ano atrás

Por que vão explodir a Rússia por ela ter feito um teste nuclear? Por que não explodem a Coreia do Norte então?

Henrique
Henrique
Responder para  Jadson S. Cabral
1 ano atrás

pq a Coreia do norte não ta ameaçando todo mundo todo mundo de guerra nuclear

Henrique
Henrique
Responder para  Henrique
1 ano atrás

mutual assured destruction é um videogame manerão né

meu deus né.. cara que defende a Rússia com um monte de fanfics de antes da guerra falando de vídeo game

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Vāo reduzir sim, ano que vem Trump acaba com a farra e resolve essa bagunça que o senil fez.

Também existem os testes subaquáticos.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

Qual é o histórico de Trump resolver alguma coisa? Enterrar a cabeça na areia?

A sua grande contribuição para reduzir os números do Covid foi reduzir os testes ou injetar lixívia, entre outras…

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Quando estava no poder, EUA e Rússia haviam achado um campo comum de diálogo e a Coreia do Norte havia concordado em parar com as provocações. Hoje, a Rússia ataca a Ucrânia e o Kim manda um míssil sobre o Japão dia sim dia não. Então tire as suas próprias conclusões.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

Não tiro nenhuma conclusão.
Coreia do Norte – Continuaram a mandar mísseis e cada vez mais avançados. Trump foi usado como o idiota que ele é. Ainda se lembra do “Rocket Man” no início? E os vídeos publicitários que enviou para convencer o Kim?

Rússia – foi enterrar a cabeça na areia ou ceder ao seu grande amigo. Isto não é um campo de diálogo e mesmo assim quais foram as consequências?

Mas admiro a sua coragem, defender Trump e parece que também aos admiradores de Putin não é fácil. Tem de dar muitos spin’s ao texto…

A minha conclusão é que defender Trump está ao nível da terra plana. E não é por ter sido eleito pelo partido republicano mas sim por ser a mais evidente prova de incompetência num cargo público.

Henrique
Henrique
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

Trump vai entubar a ajuda da Ucrânia contra vontade dele e dos eleitores defensores de genocídio dele… ou ele ja pode tomar um impeachment fácil de novo

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

Caro. Os testes no fundo do mar também são subterrâneos. São perfurados poços no fundo do mar, onde são colocados os dispositivos que são detonados. A vantagem é que a cobertura de água do mar serve com escudo contra dissipação de radiação. O Paquistão e a Coreia do Sul explodiram seus artefatos dentro de montanhas. O problema de testes subterrâneos na terra é a possibilidade da explosão deslocar o volume de terra e liberar material radioativo na atmosfera.

deadeye
deadeye
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

É, mais fácil a nova casa branca do Trump ser uma sala em uma prisão federal.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

Vāo reduzir sim, ano que vem Trump acaba com a farra e resolve essa bagunça que o senil fez.

O Trump quer. Os democratas o acusam de querer para reforçar a narrativa dele estar mancomunado com os russos desde sempre. Mas o peso maior da decisão vem dos lobistas, dos falcões, da comunidade de inteligência e do estado profundo. Tanto os Estados Unidos tem a melhor maneira de desgastar a Rússia mantendo essa guerra indireta indefinidamente sem escalar como os europeus da OTAN precisam aumentar os gastos em defesa para 2% do PIB essa década e esse aumento, que era difícil devido ser aparentemente desnecessário, agora é justificável perante os civis e também pode ser utilizado em parte para manter a ajuda à Ucrânia. O maior problema ucraniano não é equipamento, é ter pessoal treinado e capacitado a manter a defesa do território, seja nessa guerra de alta intensidade ou numa guerrilha caso os americanos realmente cessem a ajuda.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Ninguém vai ficar encorajado ou desencorajado a apoiar mais ou menos a Ucrânia porque a Russia detonou uma arma nuclear em um teste subterrâneo. Que análise tosca.

Concordo plenamente com teu texto. Além disso a reportagem faz parecer que os russos tem essa intenção, porém me parece que é um jogo de palavras, e me pergunto se a análise do Voice of America News (órgão financiado pelos Estados Unidos) é uma análise tosca, ou se é mais uma peça na guerra de informação das brigadas de guerra psicológica do Comando de Operações Especiais ou se eu entendi tudo errado. Seria necessário ler o discurso todo do Putin ao qual a reportagem se refere. Mas na própria reportagem um possível jogo de palavras parece estar escondido:

“A declaração de Putin” Que declaração?

“No discurso, Putin observou que os Estados Unidos assinaram, mas não ratificaram, a Proibição Total de Testes Nucleares de 1996, enquanto a Rússia a assinou e ratificou. Ele argumentou que a Rússia poderia espelhar a posição assumida por Washington.
“Teoricamente, podemos revogar a ratificação.” ele disse.

“ocorre em meio a preocupações generalizadas de que a Rússia possa retomar os testes nucleares para tentar desencorajar o Ocidente de continuar a oferecer apoio militar à Ucrânia”

O termo preocupações generalizadas pressupõe que tais preocupações de retomada de testes são provenientes dos americanos e europeus e não provenientes dos russos, como o texto dá a entender através da forma como coloca as palavras, e nem faria sentido os russos se preocuparem com retomada de testes por eles próprios, uma vez que isso não afeta em nada quem quer que seja, como você tão bem demonstrou, tampouco mudaria algo no status internacional, uma vez que os americanos não ratificaram. Os únicos russos que poderiam compartilhar a opinião de retomar testes para desencorajar a ajuda ocidental à Ucrânia são os políticos do Legislativo, que no mundo inteiro tem pouco preparo em assuntos militares ou geopolíticos, embora eu não saiba se a média mundial possa ser aplicada aos falcões russos. Isso é evidenciado quando o relato diz que “Muitos falcões russos falaram a favor da retomada dos testes.”, sem contudo dizer o que eles usaram como justificativa para a retomada. Se foi desencorajar a ajuda ocidental será a prova que estão na média mundial, se não foi é apenas jogo psicológico ocidental para fazer parecer que as alegadas preocupações generalizadas americanas são apoiadas por evidências reais russas.

E para corroborar minha análise a própria reportagem diz que Putin disse que embora alguns especialistas tenham falado sobre a necessidade de realizar testes nucleares, ele ainda não formou uma opinião sobre o assunto.

Alguns especialistas falaram da necessidade, mas esses especialistas disseram que o motivo da necessidade era dissuasão? Se disseram tiveram intenções quaisquer menos estratégicas, provavelmente comerciais. Se não disseram a reportagem jogou com as palavras com algum objetivo geopolítico norte-americano. Talvez nunca saibamos. Mas o Putin dizer “Ainda não estou pronto para dizer se é necessário realizar testes ou não”, disse ele.” demonstra que ele mesmo não enxerga essa correlação entre testes e dissuasão que a reportagem fez parecer que seja a motivação dos falcões russos. Se foi essa a alegação dos especialistas a motivação foi comercial, se foi a dos falcões reitero que em média eles ou são incompetentes ou estão a serviço de lobistas, não só na Rússia mas no mundo inteiro. A única voz lúcida ali foi essa da fala do Putin sobre não estar convencido dessa necessidade.

Aliás, há cerca de um ano comentei que se a guerra se prolongasse, seria razoável supor que os países europeus reduzam as ajudas. Há um limite econômico para a ajudar militar (exceto, talvez, nos EUA). 

Concordo novamente, mas gostaria da sua opinião sobre o seguinte: considerando que os países da OTAN deveriam aumentar os gastos em defesa para 2% do PIB nessa década, e a invasão russa reforça a necessidade, parece fácil pensar que os europeus aumentarem os gastos, além de estar conforme o acordo deles que é anterior à invasão e deveria ser feito de toda maneira, além de poder ser justificado para a população, ainda poderá ser direcionado em parte para a ajuda ucraniana. Faz sentido para você como fez para mim? Só uma ideia que me passou pela cabeça.

Por sua vez, nessa mesma ideia, não existe maneira mais fácil e prazerosa para os americanos enfraquecerem a Rússia sem entrar em guerra direta que continuar a ajuda aos ucranianos. Nem o Trump ganhando vejo isso mudar. Na verdade essa alegação sobre o Trump estancar a guerra tem mais a ver com seus inimigos políticos dentro e fora do partido, que tentam colocá-lo em relacionamento pessoal com o Putin e alegam interferência russa na eleição em favor dele do que com o desejo que o próprio Trump expressou em parar a guerra com um acordo no qual os ucranianos cederiam parte do território. Ele pode até desejar isso, mas conseguir não acredito que poderia. Como eu disse, políticos em média não entendem as implicações estratégicas de suas decisões, mas os falcões americanos e os lobistas é que decidem tudo. Mas posso estar muito errado. O que pensa disso?

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Ten Murphy
1 ano atrás

Olá Murphy. Obviamente, a guerra entre a Russia e a Ucrância aumentou a pressão dentro dos países europeus por mais gastos militares, mas há um limite doméstico determinado pelo apoio político para as eleições em cada país. Maiores gastos militares significam menos gastos sociais. Eleitores sabem disso. Por enquanto, os países europeus estão renovando seus arsenais, trocando equipamentos antigos e próximos da obsolescência por novos equipamentos fabricados nos EUA. Acho improvável que os países que estão cedendo F16 para a Ucrânia e adquirindo novos F35 um dia consideração ceder equipamentos novos para a Ucrânia.

Seus gastos militares estão crescendo em função da aquisição de novos equipamentos e pelos custos mais altos de operação destes novos equipamentos.

A ajuda militar do ocidente para a Ucrãnia é modulada pelo empenho militar da Russia na guerra. A ajuda não pode ser menor que o poder militar russo que leva a uma derrota da Ucrânia nem será maior que este poder que permita á Ucrânia impor uma derrota á Russia, até porque se a Ucrãnia superar o atual empenho russo, isso levará á Russia aumentar o seu empenho, anulando a ajuda militar, obrigando que os países ocidentais aumentem a ajuda militar, resultando em perda do apoio doméstico de seus eleitorados.

È como a corrida da Rainha de Copas em Alice. Todos estão correndo sem sair do lugar. Vai ganhar que tiver mais fôlego. A Ucrãnia já não tem mais condições de sustentar a guerra sem ajuda. A Russia ajustou a intensidade da guerra ao seu próprio interesse. A ajuda externa parece se ajustar á intensidade imposta pela Russia. O ponto é que os países ocidentais (com exceção dos EUA) tem um limite que será o apoio de seus eleitorados e a capacidade de suas economias.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

A ajuda externa parece se ajustar á intensidade imposta pela Russia. 

Essa ideia me trouxe uma nova perspectiva. Interessante.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Ten Murphy
1 ano atrás

Exato. Quando filtramos a propaganda pró-Russia e a pró-Ucrãnia, o que temos é exatamente este cenário de uma guerra de atrito cuja intensidade foi modulada pela Russia.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

A Ucrânia continuará a lutar. Mesmo sem apoio externo. E já começou a encontrar as suas próprias soluções para as suas próprias e impostas limitações, como é o caso dos vários sistemas de drones e mísseis.
Nada substitui um míssil de cruzeiro e outros equipamentos de grande complexidade tecnológica mas a Ucrânia continuará a lutar.
A questão será o tempo que levará a expulsar os Russos e os sacrifícios que terá de aguentar.

E me parece, ao contrário do que Putin diz, a ajuda internacional ainda tem a opinião pública do seu lado e com grande maioria. Nem sempre quem grita mais alto representa a opinião pública, como é o caso dos 8(?) Trumpistas (republicano é outra coisa) que são contra o envio de mais apoio.
E a economia nem se ressente deste apoio. Grande parte do armamento já está pago e nenhuma empresa foi direcionada para a produção em estado de guerra.

A ajuda externa é incremental para evitar agravamentos e a Rússia vai-se adaptando.

Bispo
Bispo
Responder para  Hcosta
1 ano atrás

Sem ajuda externa a Ucrânia entra em colapso… desde o começo da guerra a Ucrânia já recebeu mais de U$380 Bilhões.

Bosco
Bosco
1 ano atrás

Arma completamente surreal. Bizarra!
Fosse um drone de combate stealth “descartável” ,com propulssão nuclear, que levasse uns 6 a 8 daquele míssil cruise com 6500 km de alcance eu entenderia , mas esse conceito eu acho bizarro.
Pensamento muito fora da caixinha pro meu gosto.

EduardoSP
EduardoSP
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Esse conceito está esquisito, da forma apresentada. Supondo que o reator gere energia elétrica, não faz sentido falar que ela moverá um um compressor e uma turbina, pois não haverá combustão entre esses dois conjuntos para gerar expansão dos gases, como ocorre em uma turbina comum. Ou seja, o volume dos gases que passará na turbina será o mesmo volume que passará no compressor. O efeito final será não o de uma turbina mas o de uma hélice girando dentro de uma cápsula, um “fan”.

Uma idéia que faz mais sentido é pensar que o reator vai esquentar os gases comprimidos e expeli-los passando pela turbina. Mas não faço idéia da capacidade de um reator de esquentar ar comprimido.

Radagas, o Castanho
Radagas, o Castanho
Responder para  EduardoSP
1 ano atrás

Todo elemento radioativo esquenta, e muito. O plutônio, por exemplo, gera bastante calor, nem precisa fissionar, o próprio decaimento natural gera calor suficiente para ser usado nos geradores termoelétricos de radioisótopos.

Pelo que entendi da propulsão nuclear, o ar (ou outro elemento usado como propelente) é comprimido pela turbina e ao passar pelo reator é aquecido a uma temperatura altíssima expandindo violentamente sendo ejetado pelo bocal de exaustão em altíssima velocidade mas antes passando pela turbina que movimenta o compressor fechando o ciclo.

Esse é o princípio, igual a de um motor aeronáutico a reação convencional, mas ao invés de usar a queima do AVgas para produzir gases em expansão, vai usar um reator nuclear para isso.

Eu acho uma ideia de jerico usar isso em um míssil de cruzeiro, ele vai explodir levando o reator junto. Mesmo que o reator usado no míssil seja parecido com o usado nos geradores de radioisótopos (sem fissão) ainda assim vai espalhar material radioativo no local da explosão, sendo uma verdadeira bomba suja.

Bosco
Bosco
Responder para  Radagas, o Castanho
1 ano atrás

Radagas,
O problema ao meu ver é a ineficiência desse processo na atmosfera.
Esse conceito poderá ser útil no futuro para viagens interplanetárias porque tem um alto impulso específico e quanto mais a massa diminui a aceleração aumenta, claro, com o fluído sendo levado pela nave (que pode ser hidrogênio ou água (dos anéis de Saturno). rssss

Radagast, o Castanho
Radagast, o Castanho
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Na verdade a propulsão nuclear a ser usada em naves espaciais prevê uma reação de fissão mesmo produzida ou dentro de uma câmara ou atrás de um escudo.

A onda de choque produzida impulsionaria a nave.

Bosco
Bosco
Responder para  Radagast, o Castanho
1 ano atrás

Esse é um dos conceitos , denominado de Projeto Orion.
Um outro prevê o aquecimento de um fluído (foguete térmico nuclear).
Há vários outros conceitos que adotam a fissão nuclear.
.

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Bosco, também concordo the nuclear thermal reactors podem um dia ter aplicação em viagens interplanetárias, infelizmente ambos os países abandonaram essa tecnologia nos anos 70.
Motores atmosféricos a jato ramjet com um reator nuclear também foram desenvolvidos nos anos 50-60 por americanos e russos, a meta de ambos era colocar em bombardeiros que permaneceriam no ar por semanas mas esse conceito morreu com o advento dos submarinos balísticos e ICBMs e o desenvolvimento desses motores foi abandonado… mas se tivesse continuado provavelmente hoje veríamos ambos os países com esse tipo de aeronave. Os russos modificaram um T95 com um desses motores que voou 40 vezes nos anos 50-60. Os americanos tinham um motor da GE mais complexo de ciclo indireto (o ar não passava diretamente pelo reator, o que garantia que o exaustor não liberava radiação na atmosfera) e com shielding contra radiação para proteger a tripulação (não se pode dizer o mesmo da tripulação russa) mas o peso ainda era muito elevado quando o projeto foi cancelado, esse era o principal problema (não o empuxo total). Imagino que se o desenvolvimento não tivesse sido interrompido, os engenheiros da USAF e GE teriam conseguido avançar a tecnologia.

Rodolfo
Rodolfo
Responder para  Radagas, o Castanho
1 ano atrás

Essa tecnologia tem mais de 60 anos. Ambos russos e americanos desenvolveram turbinas como essas nos anos 50-60 mas abandonaram. Uma das idéias era usar esses motores em bombardeiros que poderiam permanecer no ar por semanas, mas com a vantagem “stealth” dos submarinos balístico e o desenvolvimento de mísseis terra-ar, esse conceito morreu. Os americanos desenvolveram um motor mais complexo e pesado que o russo mas que garantia melhor proteção da tripulação e que não liberava radiação no exaustor… o mesmo não pode se dizer dos russos que instalaram um desses motores num T95 Bear e irradiaram a tripulação. Nesse mesmo período, os americanos também trabalharam com esse mesmo conceito de míssil ramjet movido por um reator nuclear (project PLUTO, míssil SLAM – supersonic low altitude missile) mas também desistiram.

Bosco
Bosco
Responder para  EduardoSP
1 ano atrás

Pois é! O tamanho das “grelhas” que irão esquentar o ar comprimido é muito curto para todos os efeitos. E teria que estar a uma temperatura muito alta para aumentar, por condução, a temperatura do ar comprimido a um ponto em que faça diferença.
Na câmara de combustão de um turbojato a temperatura chega a 2000ºC mas os materiais que a compõem começam a derreter a 1300ºC , daí, ser necessário técnicas de resfriamento, que é possível porque a alta temperatura ocorre por combustão.
No caso de um reator nuclear a jato não tem como resfriar as grelhas porque a temperatura é transferida por condução. Só se a temperatura se mantiver abaixo da temperatura de fusão dos materiais, o que faria o reator ser ineficiente.
Mas vamos aguardar.

Radagast, o Castanho
Radagast, o Castanho
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Mas ai Bosco, entra em ação um outro fenômeno físico, é que quando um fluido se expande essa expansão é altamente endotérmica.

É o mesmo fenômeno que vemos nas geladeiras e ar condicionado, quando fluido refrigerante contido no sistema de equipamento de refrigeração se expande no evaporador ele absorve calor do ambiente.

Como não há combustão dentro do motor nuclear muito provavelmente isso irá acontecer, o que contribuiria para o resfriamento do sistema.

Por outro lado, se esse processo roubar calor de mais teremos baixíssima eficiência no sistema, como vc vem pontuando nas outras postagens.

Jadson S. Cabral
Jadson S. Cabral
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Não é? Imagina quanto custa um míssil desse… qual a vantagem de ter um míssil de cruzeiro nuclear? Voar indefinidamente? Tudo bem, mas para entregar uma ogiva pequena? E se for convencional faz menos sentido ainda. O estrago que esse míssil pode fazer compensaria o custo e os ricos? Seria muito melhor uma aeronave nuclear, um drone, como você aventou, que poderia ficar voando indefinidamente e, quando recebesse a ordem, pudesse entregar dezenas de mísseis. Compensaria muito mais. Sem falar que se nesse caso os mísseis fossem convencionais (o que faria mais sentido), não teria contaminação, já que o reator estaria na aeronave e ela seria apenas um “Carrier”. No entanto, a ideia de ter uma aeronave nuclear voando por aí tbm não é muito menos assustadora. Se essa coisa cai, e eventualmente tudo que voa cai, causaria um problemão.

Bosco
Bosco
Responder para  Jadson S. Cabral
1 ano atrás

Jadson,
Sem dúvida uma aeronave nuclear não é uma ideia muito agradável mas pelo menos o conceito de um bombardeiro (tripulado ou não, reaproveitável ou não) é mais inteligente que a de um míssil cruise descartável.
E o que garante que esse míssil irá passar pelas defesas? É stealth?
É subsônico ou supersônico? Voa a que altura?
Sua missão seria contada em horas, talvez, dias… Poderá ter sua missão interrompida? E aí ele volta? Jogam ele no mar? Desce de paraquedas? Com os reatores nucleares fumegantes e com uma ogiva nuclear armada?
Serve como arma de resposta rápida? O míssil fica armazenado pronto para uso imediato no caso de um alerta de ataque ou leva horas ou dias para ele ser colocado em funcionamento e portanto é uma arma de “primeiro uso” ?
São muitas questões a serem respondidas. Por enquanto é só uma pataquada do Putin que eles não sabem pra que serve e em que situação utilizar.

Alexandre
Alexandre
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Caro Bosco. Um vetor como esse , com tal autonomia, ” pendurado” , esperando uma ” janela” , como seria feita a escolha final do objetivo? Ficar em vôo durante horas a distância segura implica em mudanças radicais de cenários, inclusive em relação ao alvo primário! Como seria feito uma redefinição de alvo? Considerando que os meios de comando de origem poderão já estar destruidos?

Bosco
Bosco
Responder para  Alexandre
1 ano atrás

Alexandre,
Não faço ideia. Pra mim essa arma não tem nenhuma finalidades na dissuasão.
Se os EUA implementar um primeiro ataque de surpresa não seria por meio de mísseis balísticos (ICBMs e SLBMs) e sim por meio dos bombardeiros, o que teria o potencial de decapitar a capacidade de comando e controle russa.
Aí, não vejo como possa funcionar esse sistema.
Esse míssil de propulsão nuclear só tem função como arma de primeiro ataque e não como arma de resposta de alta prontidão e reação rápida, portanto, não ajuda na dissuasão.
Outra possível função é de arma nuclear sobrevivente. Mas para isso as instalações de lançamento devem sobreviver a um ataque nuclear em larga escala. Essa é uma função melhor cumprida pelos SSBNs/SLBMs.

Bosco
Bosco
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Além dos lançadores terrestres móveis.

Vinicius Momesso
Vinicius Momesso
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Essa não é uma arma para ‘hoje’, mas sim para daqui um tempo onde o medo de usar armas nucleares não exista mais

Henrique
Henrique
Responder para  Vinicius Momesso
1 ano atrás

se o medo de usar não vai existir não há motivos pra existir esse míssil então…

o que reforça que é apenas propaganda de ser apenas uma Wunderwaffen sem nexo

Jefferson Ferreira
Jefferson Ferreira
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Também não entendi o conceito… O que será que esse míssil faz que outro de propulsão “convencional” não faz ?

Bosco
Bosco
Responder para  Jefferson Ferreira
1 ano atrás

A promessa é que esse míssil pode atacar vindo de qualquer lado mas isso um míssil cruise de propulsão convencional lançado de submarino nuclear também faz.
Igual o torpedo de propulsão nuclear que também pode muito bem ser substituído por um torpedo com ogiva nuclear de grande alcance lançado de submarinos nucleares, que ainda servirão para um monte de outras coisas, como caçar submarinos e navios do inimigo.
Parece que esses projetos bizarros do Putin são só para azeitar a máquina da corrupção do Estado.
Por outro lado esses projetos provam o acerto dos americanos em investir no tal escudo antimíssil que era tão criticado. A base da dissuasão nuclear entre os EUA e a Rússia são os mísseis balísticos de longo alcance (ICBMs e SLBMs) pelo visto os russos já antecipam o dia que os EUA possam se colocar numa posição de extrema vantagem e para tanto se movimentam no sentido de mudar sua “matriz” dissuasiva tirando-a do espaço para escapar do tal “escudo” e confinando tudo na atmosfera e nas profundezas submarinas.
Não sei se é uma estratégia acertada por conta de que esses meios já são de per si vulneráveis aos sistemas ora existentes.

Henrique
Henrique
Responder para  Bosco
1 ano atrás

mais bizarro é saber que a Rússia ta gastando rios de dinheiro nisso ai (se é que está e não é apenas propaganda e o míssil só existe no papel) pra jogar em um prédio civil e matar 20 pessoas que tem zero relação com militareskkkk

Henrique
Henrique
Responder para  Henrique
1 ano atrás

me diz quando a Ucrânia atirou de propósito em prédio civil pra matar civil russo ai slowzinho… to esperado

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Bosco, considerando que a defesa contra mísseis de cruzeiro pode ser feita com caças (nunca entendi isso direito, mas já li muito por aí), quanto mais tempo um míssil de cruzeiro permanecer no ar, mais fácil seria sua interceptação? Se isso for verdadeiro, esse Burevestnik seria tão “incrível” quanto você demonstrou que os mísseis hipersônicos costumam ser?

Bosco
Bosco
Responder para  Ten Murphy
1 ano atrás

O conceito é que esse míssil possa atacar vindo do sul, como era o antigo FOBS (sistema de bombardeio de órbita fracionária), que era uma dispositivo nuclear colocado em órbita polar por um foguete mas que implementava a reentrada quando passando passando próximo do alvo sem completar uma órbita inteira.
O conceito é idêntico. Como os sistemas ABM estão focados mais para o norte em tese um ataque do sul seria mais capaz de sucesso. O que não corresponde a verdade porque hoje há sistemas de vigilância cobrindo todo os EUA continental visando os SSBNs.
Seja como for os EUA já pensam em expandir sua defesa aérea para todo o país pensando exatamente na ameaça representada pelos mísseis de cruzeiro lançados de submarinos e que claro, poderá fazer frente a esse tipo de míssil de cruzeiro de alcance global.
https://www.thedrive.com/the-war-zone/cruise-missile-shield-could-see-sam-sites-return-to-critical-locales-across-u-s
A defesa contra mísseis de cruzeiro subsônico feita por caças é devido justamente à capacidade desses de voar baixo, tentando se ocultar dos radares de terra. A combinação caças + AEW tem o potencial de interceptar mísseis de cruzeiro defendendo uma área ampla que de outro modo só poderiam ser engajados por sistemas sup-ar de curto alcance (defesa de ponto).
Outra combinação contra mísseis de cruzeiro é a de AEW + mísseis sup-ar dotados de seeker autônomo (radar ativo, IIR) num ataque cooperativo, onde o míssil sup-ar é “vetorado” até o míssil de cruzeiro pela aeronave radar ate´que este adquira o míssil de cruzeiro pelo seu seeker.
Essa combinação também permite interceptar mísseis de cruzeiro a distâncias maiores dos seus alvo e portanto, cobre uma área muito maior.
*Eventualmente, no futuro, aeronaves AEW poderão ser substituídas por radares em satélites ou em dirigíveis e balões cativos.

Ten Murphy
Ten Murphy
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Muito obrigado, muito esclarecedor.

Hcosta
Hcosta
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Parece que as maiores dificuldades eram as blindagens contra a radiação…
https://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_propulsion

Mas algo semelhante ao torpedo nuclear, propaganda para demonstrar a “superioridade” tecnológica bélica Russa.
Parece mais fácil do que desenvolver uma economia competitiva e polivalente.

Mas é dinheiro que já não vai para a guerra na Ucrânia…

Zé Rato
Zé Rato
1 ano atrás

Sou um leigo na matéria, mas neste projeto em concreto, acho difícil conseguir refrigerar um reator apenas com o ar a circular no seu exterior, a não ser que o míssil permaneça sempre em altas altitudes, mais frias. Contudo, os mísseis de cruzeiro são projetados para penetrar as defesas inimigas a baixa altitude.

Nos anos 50, até existiam projectos (nunca construídos) de aviões movidos a motores nucleares, sobretudo bombardeiros ou cargueiros pesados.

O mais arrepiante, é que, naqueles projetos, um pouco diferentes deste, uma parte do ar utilizado nos circuitos de refrigeração dos motores seria depois solto na atmosfera, espalhando radioatividade ao longo do trajeto de vôo.

JapaSp Jantador
JapaSp Jantador
1 ano atrás

Essa arma nao será produzida em série, é cara, nao tem efeitos na guerra da Ucrânia, e nao coloca medo nos EUA já que não carrega grande carga. Ou seja, propaganda de quem está levando um toró na guerra. Next.

sub urbano
sub urbano
1 ano atrás

Talvez o mundo precise assistir um novo teste nuclear, uma bomba atomica destruindo um atol a exemplo dos antigos testes franceses. As pessoas perderam o medo das armas nucleares e isso é perigoso.

Esse teste do Bureveshik em 2019 teve muito mais baixas q o noticiado no artigo, vários civis teriam sido expostos a radiação e receberam pensão vitalicia do governo russo, parece q a área de teste era perto de uma colonia de caçadores de baleias.

deadeye
deadeye
1 ano atrás

Do mesmo tipo do “invencível” Zhizhal??

Bispo
Bispo
1 ano atrás

O Brasil pode ter a “Bomba” em questão de dias, tecnologia e “insumos” não faltam.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Caro. Não tão simples. Será preciso enriquecer entre 80~100 kg de urânio a níveis de 95%. Com a atual infraestrutura, isso levaria algo entre 1,5~3 anos. Se for construir uma nova infraestrutura para isso, levaria o mesmo tempo. Se for usar plutônio, levaria cerca de 1 anos para construir um reator para produzir plutônio, mas em 3~6 meses já teria material suficientes para uma ou duas bombas. Para construir um dispositivo do tipo usado em Hiroshima, acho que um ano seria suficiente. O gargalo é mesmo o combustível. Já o dispositivo usado sobre Nagasaki demandaria mais tempo, talvez 3 anos. O gargalo é construir o dispositivo de implosão.

O problema é o sistema de transporte. Uma bomba sem um meio de transporte e lançamento é inútil.

Maximus
Maximus
Responder para  Camargoer.
1 ano atrás

Boa tarde Camargoer! Esse teu último parágrafo é sem dúvida nenhuma o mais importante. Não basta apenas construir a bomba, temos que ter meios de lança-la em território inimigo. Além disso temos que também ter capacidade de se defender de ataques nucleares.
Uma extensa camada de defesa anti aerea que proteja nossos principais centros de comando e controle, assim como nossa infraestrutura crítica.
Resumindo…custa muito dinheiro.
Vale mais a pena investir em meios de dissuasão convencional.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Maximus
1 ano atrás

Olá Max. Eu duvido que exista algum sistema de proteção contra um ataque nuclear. Uma única ogiva que passe por um escudo é suficiente para causar o dano planejado. A eficácia de um escudo anti nuclear é neutralizado pela saturação do ataque nuclear.

fjuliano
fjuliano
1 ano atrás

Em 2019 os EUA rasgaram oficialmente e unilateralmente o tratado feito com a Rússia proibindo a produção de mísseis nucleares de curto e médio alcance “Washington abandona o acordo para a eliminação de mísseis nucleares de curto e médio alcance firmado com Moscou durante a Guerra Fria” https://brasil.elpais.com/brasil/2019/08/02/internacional/1564738930_735901.html https://edition.cnn.com/2019/08/02/politics/nuclear-treaty-inf-us-withdraws-russia/index.html ; Alguém se lembra de barulho na mídia sobre isso? Noticias pontuais foram feitas e nada mais. Nenhum alvoroço. Os russos, evidentemente, reagiram. A resiliência russa é de fato impressionante, eles sabem muito bem como o jogo é jogado, como não adianta tentar combater o monopólio da informação desses países ocidentais que criam massas débeis como vemos até aqui mesmo nos comentários da trilogia, apesar desses mesmos ocidentais não consideraram a América Latina como ocidente. Vemos novamente os russos jogando o jogo que lhes foi imposto, e vão fazer isso sempre. Parabéns a eles, chama-se, antes de tudo, soberania e um mínimo de respeito próprio.

deadeye
deadeye
Responder para  fjuliano
1 ano atrás

O Iskander tinha jogado o tratado no lixo antes.

obi wan
obi wan
1 ano atrás

É fazer o que? Eles tem é pode. Se eu fosse presidente desse pais. eu iria me empenhar Fazer também! Se a Ucrânia tivesse suas armas nuclear, duvido que a Rússia teria invadido a Ucrânia.

Rick
Rick
1 ano atrás

Quando o primeiro teste falhar é uma nova Chernobyl surgir dentro da Rússia vão perceber quão inteligente é essa idei a.

BK117
BK117
1 ano atrás

Sugiro o nome de “Míssil Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear” rs

Loucura total a ideia de usar material nuclear na propulsão de um míssil.

Uns tempos atrás li sobre os pequenos RTGs (Gerador Termoelétrico de Radioisótopos) soviéticos. Não eram bem reatores nucleares mas geravam energia pelo calor do decaimento radioativo. Os soviéticos tinham muitos, usavam pra tudo. Infelizmente muitos se tornaram “fontes órfãs” com o declínio da USSR. Tem um acidente famoso, no qual um grupo encontrou um durante uma caminhada, e, sem saber o que era, usaram o RTG para se aquecerem durante a noite. O resultado não foi bonito. Tem um ótimo vídeo do Kyle Hill sobre o incidente.

Heinz
Heinz
1 ano atrás

O ser humano não aprende com seus erros, o caminho dessa raça é a extinção completa, já dizia Einstein, “Não sei como será a terceira Guerra Mundial, mas posso te dizer como será a Quarta: Com paus e pedras” cada dia mais isso se mostra possível.

Senhor Mascarado
Senhor Mascarado
1 ano atrás

E nosso Brasil pensando em fazer a 40 modernização dos EE-9 Cascavel dar aquela pintada linda por um míssil anti tanque nele e os oficias olharem e falarem Uau que máquina formidável que dá de 10-0 em qualquer MBT moderno hahaha (stonks)

Nonato
Nonato
1 ano atrás

Offtopic.
Nenhuma matéria sobre Israel?

Yuri Dogkove
Yuri Dogkove
Responder para  Nonato
1 ano atrás
Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Nonato
1 ano atrás

Olá Nonato. Como sempre, a situação vai escalonar vitimando a população civil dos dois lodos. Há cerca de 30 anos, foram firmados acordos de paz entre a autoridade palestina e o governo de Israel. Rabin foi assassinado por um extremista judeu, mostrando que a paz na região contraria os interesses dos grupos extremistas israelenses e palestinos. Curiosamente, o governo russo condena os ataques e pede o imediato cessar fogo. Zelnesky declara que Israel tem o direito de retaliar. È mesmo complexo.

Yuri Dogkove
Yuri Dogkove
1 ano atrás

Vários tanques Merkava capturados por combatentes de chinelos… Não existe exército invencível!

JapaSp Jantador
JapaSp Jantador
Responder para  Yuri Dogkove
1 ano atrás

Até Um exército invencível pode ser pego de surpresa, nao significa que ele é vencível por chinelos. A resposta será muito dura, palestinos assinaram sentença de morte

Yuri Dogkove
Yuri Dogkove
Responder para  JapaSp Jantador
1 ano atrás

Na verdade, eles já assinam essa sentença há décadas…

Paulo Roberto
Paulo Roberto
1 ano atrás

Como escreveu o Papa João XXIII, “Homem de Boston,neto do poeta,graças a ti e ao teu sonho ridicularizado nestes anos,a arma terrível será inofensiva.E a energia curará os males”
O Dr. John Hagelin é uma autoridade mundial no tema dos campos quânticos unificados,e uma descoberta sua em breve tornará esta arma demoníaca totalmente inofensiva

Bueno
Bueno
1 ano atrás

OFF TOPIC

Que bacana este video da engenharia do EB, Em exercício , demonstração de equipamentos recentemente adquiridos, 2 Guaranis Engenharia!
Vale uma Matéria, se puder publicar o video

https://www.youtube.com/watch?v=PtOV-EanZmA