WASHINGTON — O Departamento de Estado tomou uma determinação aprovando uma possível venda militar estrangeira ao governo da Espanha de unidades de tiro modernizadas PATRIOT Configuração-3+ e equipamentos relacionados por um custo estimado de US$ 2,8 bilhões. A Agência de Cooperação para a Segurança da Defesa entregou hoje a certificação necessária notificando o Congresso desta possível venda.

O Governo da Espanha solicitou a compra de quatro (4) Unidades de Tiro Modernizadas PATRIOT Configuração-3+, consistindo em:

  • cinquenta e um (51) mísseis PATRIOT Advanced Capability (PAC) 3 Missile Segment Enhanced (MSE) (inclui um (1) míssil Fly-to-Buy);
  • vinte e quatro (24) estações de lançamento PATRIOT M903;
  • quatro (4) conjuntos de radar AN/MPQ-65;
  • quatro (4) Estações de Controle de Engajamento AN/MSQ-132;
  • duas (2) Centrais de Coordenação de Informações (ICC);
  • oito (8) grupos de mastros de antena;
  • 4 (quatro) Centrais Elétricas; e
  • quatro (4) Unidades de Energia.

Também estão incluídos equipamentos de comunicação; ferramentas e equipamentos de teste; programas de alcance e teste; equipamentos e serviços de apoio compreendendo kits Skids, kits de telemetria, geradores, publicações e documentação técnica; equipamento de treinamento; peças sobressalentes e de reparo; Reparação e Devolução; treinamento de pessoal; Treinamento de Novos Equipamentos (NET); Suporte da Equipe de Assistência Técnica de Campo (TAFT); Suporte e Alvos para Testes de Voo; Serviços de assistência técnica, engenharia e apoio logístico do governo dos EUA e de prestadores de serviços; Integração e Checkout de Sistemas (SICO) e Demonstração do Batalhão; suporte de escritório de campo; e outros elementos relacionados de logística e apoio ao programa.

O custo total estimado é de US$ 2,8 bilhões.

Esta venda proposta apoiará a política externa e a segurança nacional dos Estados Unidos, melhorando a segurança de um aliado da OTAN que é uma força importante para a estabilidade política e o progresso económico na Europa.

A venda proposta do sistema de mísseis PATRIOT melhorará a capacidade de defesa antimísseis da Espanha, aumentará as capacidades defensivas das suas forças armadas e apoiará o seu objectivo de melhorar a defesa nacional e territorial e a interoperabilidade com as forças dos EUA e da OTAN. Espanha utilizará o PATRIOT para defender a sua integridade territorial e para a estabilidade regional. Espanha não terá dificuldade em absorver este equipamento nas suas forças armadas.

A venda proposta deste equipamento e apoio não alterará o equilíbrio militar básico na região.

Os principais contratantes serão Raytheon Corporation, Tewksbury, MA, e Lockheed Martin, Dallas, TX.

Não há acordos de compensação conhecidos em conexão com esta venda potencial.

A implementação desta venda proposta exigirá que os representantes do governo dos EUA e dos contratantes viajem para Espanha por um período prolongado para verificação do sistema, formação e apoio técnico e logístico.

Não haverá impacto adverso na prontidão de defesa dos EUA como resultado desta venda proposta.

A descrição e o valor em dólares referem-se à maior quantidade estimada e valor em dólares com base nos requisitos iniciais. O valor real em dólares será menor dependendo dos requisitos finais, da autoridade orçamentária e do(s) acordo(s) de vendas assinado(s), se e quando concluídos.

FONTE: Defense Security Cooperation Agency

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Ramon
Ramon
1 ano atrás

Enquanto isso certo país do hemisfério sul atualmente pode contar somente com poucos guepard e alguns iglas, e olha que irônico nem podemos contar com os fornecedores desses sistemas mais , os russos provavelmente estão priorizando as suas forças armadas e quem tinha Guepard os mandaram para a Ucraniana ou estão preservando estes equipamentos pois os mesmos mesmo velhos se mostram eficientes contra drones e aeronaves mais lentas.

Welington S.
Welington S.
Reply to  Ramon
1 ano atrás

Acho que foi em uma live que ouvi que o EB já está pensando na substituição total dos Iglas. Quanto ao sistemas, cara, Brasil. Não é novidade demorarmos. O bom é que apesar de tudo, uma hora sai. Não se sabe quando mas sai. Eu estou com uma certa certeza que o KC390 indo para os indianos, o Akashe NG, oferecidos ao EB, vem para o Brasil. Enfim. Vamos ver.

Rafael
Rafael
Reply to  Welington S.
1 ano atrás

Também acho, mas…
Se for a versão “básica” do Akash, com alcance menor, será uma decepção!
Espero que o EB não aceite algo assim pensando que “para quem não tem nada a metade é o dobro”.

Rafael
Rafael
Reply to  Rafael
1 ano atrás

Eu espero que o KC390 faça muito sucesso, e merece mesmo.
Desde que em troca o Brasil não receba algo limitado e ultrapassado.

Heinz
Heinz
Reply to  Rafael
1 ano atrás

Não creio que virá o Akash base, se vim será o AKash NG, lembrando que o Iris-T tbm é um forte concorrente. Eu iria de Barak, mas vamos ver!

levi
levi
Reply to  Rafael
1 ano atrás

Ouvi falar num akash ng

RDX
RDX
Reply to  Welington S.
1 ano atrás

O EB emprega 2 modelos do sistema IGLA: SA-18 e SA-24. Salvo engano, o primeiro lote de SA-18 foi recebido em 1997 e o último lote de SA-24 em 2016. É provável que o SA-18 já tenha sido desativado por causa da perda da validade dos mísseis.

RDX
RDX
Reply to  RDX
1 ano atrás

SA-18 (IGLA)
SA-24 (IGLA-S)

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
Reply to  Ramon
1 ano atrás

Um dos Projetos Estratégicos é justamente a Defesa Aérea de Médio Alcance, que acho até mais urgente do que um MBT . São muitos Projetos andando ao mesmo tempo e o orçamento é um só. Mas, vai sair, demora mas sai. Já há um RFI em andamento.

Nemo
Nemo
Reply to  Marcelo Andrade
1 ano atrás

Eu não tenho a menor dúvida de que a defesa aérea de médio alcance deve ser uma das principais prioridades do EB. os MBT devem ficar atrás na fila.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Reply to  Marcelo Andrade
1 ano atrás

Defesa Aérea no Brasil é tão “Projetos Estratégicos”, que até hoje não temos, e que o pessoal com estrelas nos ombos vicem de reunião em reunião sibre esse tema a décadas, sem chegar a lugar nenhum.
E isso porque é “Projetos Estratégicos”, ein? Imagina se não fosse…

Werner
Werner
Reply to  Ramon
1 ano atrás

Estamos de olho no Akash NG ,numa negociação que envolve o KC 390.
Não sou especialista em mísseis,mas é muito melhor do que os Iglas e RB 70 que usamos.

Zé bombinha
Zé bombinha
1 ano atrás

Senhores,será este sistema mais capaz que o DAVID’S SLING,se não erro a escrita? E tão muito mais caro?Por questão, 4 baterias por 2,8 bi de dólares é muita coisa hein🙂, se comparado ao valor finlandês de pouco mais que 300m para o sistema israelense. Bom, a Espanha deve saber oque faz né.

Last edited 1 ano atrás by Zé bombinha
MARS
MARS
1 ano atrás

A grosso modo um lançador carregado (o que realmente importa) custará “somente” U$ 116,6 milhões, isso dar, na cotação de hoje R$ 603 milhões… 603 milhões de reais em um “simples” caminhão, construído com metal, coisa extremamente abundante no planeta; que lança um tubo, também de mental pra tentar derrubar outra coisa de mental que está voando… Vocês tem ideia de quanta coisa é possível fazer com todo esse dinheiro no “mundo real”. Haa, mas o conhecimento… Haa o “valor agregado”… Haa o investimento… Não vale, sejamos sinceros… Eu fico imaginando a margem de lucro desse povo… Veja bem, não… Read more »

Victor F
Victor F
Reply to  MARS
1 ano atrás

Se fosse realmente tão simples e tão fácil, a Namíbia teria sistemas próprios de produção nacional.

esse tipo de simplificação boba é a mesma coisa que eu algumas pessoas comentando sobre motores de avião, no fundo é só um tubo que acelera e comprime o ar que entra nele.

Ainda assim menos de 10 países no mundo tem capacidade de fabricar uma.

MARS
MARS
Reply to  Victor F
1 ano atrás

De simplificação o meu comentário anterior não tem nada… Note que a única palavra simples está entre aspas! Em nenhum momento eu trouxe a ideia que o processo tecnológico e fabril seria algo trivial, isso se constata na última frase do comentário! O meu questionamento é na discrepância entre os valores aplicados desde a concepção de um produto (conhecimento e investimento) com o produto final (valor agregado). E ratificando: Não estou criticando o jogo, mas sim as regras do jogo! Deixo como um exercício mental para quem está lendo: Identificar o que é o jogo e o que são as… Read more »

Bosco
Bosco
Reply to  MARS
1 ano atrás

Mars, Um lançador M-903 carregado com 12 PAC-3 só de míssil teria 250 milhões de reais . 24 lançadores carregados têm de míssil 6 bilhões de reais , o que dá 1,2 bilhão de dólares. Se tiver recarga 1 pra 1 já vai para 2,4 bilhões. Os outros 400 milhões de dólares seria para o resto todo: 24 lançadores 4 radares 4 postos de controle 8 conjunto de antenas, 4 caminhões geradores, caminhões de recarga com guindaste Etc. *Só de pneu de caminhão deve ter alguns milhõe de resis. Um míssil custar 4 milhões de dólares é caro mas se… Read more »

Nelson
Nelson
1 ano atrás

“…unidades de bombeiros (???) modernizadas PATRIOT Configuração-3+”?
“The State Department has made a determination approving a possible Foreign Military Sale to the Government of Spain of PATRIOT Configuration-3+ Modernized Fire Units”.

Alexandre Galante
Reply to  Nelson
1 ano atrás

Obrigado, erro do estagiário rs

deadeye
deadeye
1 ano atrás

Mais uma venda para a comissão do Putin! Rapaz, como eu queria uma comissão por essas vendas desde Fevereiro de 2022…

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
Reply to  deadeye
1 ano atrás

Se tem uma coisa boa dessa Guerra na Ucrânia foi salvar a industria de armas dos dois lados do Atlântico Norte, além de reaquecer os gastos militares europeus!!

Realista
Realista
Reply to  deadeye
1 ano atrás

Como se antes da guerra ninguém do grupinho deles compravam né ou você esperava que eles comprassem da China ou Rússia ? que teoricamente são os inimigos ?

deadeye
deadeye
Reply to  Realista
1 ano atrás

A diferença é que o nível comprado aumentou até para os padrões da OTAN.

Bosco
Bosco
1 ano atrás

Trocando em miúdos foram 4 baterias com 6 lançadores M-903 em cada.
O lançador M-903 só é compatível com os mísseis PAC-3, os mais modernos.
Para prencher toda a capacidade dos lançadores (16 PAC-3 RCI ou 12 PAC-3 MSE ou 8 PAC-3 RCI +6 PAC-3 MSE) é preciso uns 380 mísseis. Fora as reservas.

Se 51 são da versão PAC-3 MSE faltou dizer quantos da versão PAC-3 RCI foram adquiridos.

JapaSp Jantador
JapaSp Jantador
Reply to  Bosco
1 ano atrás

51. Achei poucos mísseis. Entao tem mais

Bosco
Bosco
Reply to  JapaSp Jantador
1 ano atrás

Japa, Pois é! Eu procurei no Google e não achei nada diferente do que foi postado aqui. Pelo jeito a fonte original não citou a compra toda. O jornalista não fez a conta na hora . rsss Os espanhóis compraram 4 baterias com 6 lançadores cada. 51 PAC-3 MSE não dá nem para 1 bateria completa (6 x 12 = 72 mísseis). Em geral uma bateria tem pelo menos uma recarga completa, o que no caso de uma bateria composta só de mísseis PAC-3 MSE seriam 144 mísseis. Se for de míssil PAC-3 CRI aí uma bateria com seis lançadores… Read more »

Heinz
Heinz
1 ano atrás

Cairia muito bem em terras Brasília diga-se de passagem!

Carlos Campos
Carlos Campos
1 ano atrás

Muito bom, mas fiquei traumatizado com aquela noite na Ucrania em que se gastaram quase uma centena de milhões de dólares em minutos, parecia a Shock and Awe

Ander
Ander
1 ano atrás

Triste ver um país como o Brasil não conseguir desenvolver e colocar em linha de produção 01 míssil se quer, poderia fazer uma engenharia reversa no Igla e ter alguma coisa nacional, estamos vendo na guerra a total dependência da Ucrânia em tudo, se não fosse a Europa essa guerra já tinha acabado há muito tempo.