Como soldado, é meu dever alertar
Por Fernando José Sant’Ana Soares e Silva*
O fim da guerra fria trouxe ao mundo, ao menos para alguns, a esperança de uma paz kantiana. Mas a realidade confrontou a esperança.
A ascensão da China e o surgimento de vários outros atores, tanto estatais quanto não estatais, vêm modificando o sistema internacional e o equilíbrio de poder.
Estamos num mundo multipolar. Por definição, é um mundo complexo, incerto, volátil e ambíguo. Os inúmeros conflitos, em tantos lugares e de intensidades distintas, certificam essas características. Mudanças virão neste novo contexto.
Elas ocorrerão no meio de três grandes desafios de alcance global: as mudanças climáticas, com suas consequências para a vida no planeta; o fim do paradigma fordista do trabalho, precarizando e diminuindo os empregos; e a disputa pela hegemonia política, entre a democracia e o “sistema chinês”.
Diante desse cenário, é incumbência da sociedade brasileira, em última instância, definir seu destino e o papel que o Brasil deve desempenhar no sistema internacional.
Acredito que o melhor caminho seria adotar a neutralidade em relação aos blocos de poder internacionais. Essa atitude de equidistância poderia permitir que o Brasil ganhasse credibilidade e confiança das outras nações, assumindo o papel de uma ponte entre países, ajudando na preservação da estabilidade mundial.
Ser neutro implica não ter alinhamentos automáticos, mantendo boas relações com todos os países, independentemente de ideologia política e sistemas de governo.
Para alcançar essa neutralidade, o País precisa, antes, ter condições de mantê-la. Caso contrário, seria uma neutralidade enviesada que coincidiria com os interesses de outras potências. Lembremo-nos do diálogo de Melos: os fortes fazem o que podem, e os fracos sofrem o que devem.
O Brasil tem dois grandes trunfos que poderiam ajudar a alcançar essa condição. Somos uma sociedade multicultural e, por enquanto, estamos longe dos focos de tensão internacional. Essas características são importantes, mas não são suficientes. Precisamos mobilizar todos os campos de poder do Estado para resistir a pressões de terceiros.
O PIB do Brasil tem oscilado nos últimos anos entre o 6.º e o 12.º lugares no mundo. Nossa produção de riqueza está ligada a serviços, ao agronegócio e à extração mineral. Participamos pouco das cadeias produtivas globais, especialmente as de alto valor agregado, que se beneficiam da tecnologia de ponta. Sem uma mudança de rumo nas estruturas produtivas, nosso futuro é inseguro.
A sociedade brasileira, em seus diplomas legais, atribui às Forças Armadas a missão de defender a Pátria, ou seja, impedir que forças de outros países ofendam nossa soberania com intenções ou ações.
Além do princípio primário de defender nosso território, valores, tradições e desejos justos e naturais de nosso povo, ao fazer defesa garantimos que a sociedade brasileira possa tomar suas decisões com total autonomia.
No entanto, os recursos disponíveis para as Forças Armadas não são suficientes para cumprir essa missão. Elas têm efetivos reduzidos, equipamentos insuficientes ou tecnologicamente defasados.
É um padrão internacional que os gastos militares girem em torno de 2% do PIB para manter um aparato de defesa razoável. De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri), os dispêndios do Brasil com a área de defesa vêm diminuindo gradualmente e de forma contínua. Com a moeda estável do real, tornou-se mais fácil mensurar. A curva aponta um declínio de quase 44%. Em 1995, o orçamento destinava cerca de 1,86% do PIB, enquanto em 2022 foi de apenas 1,05%.
O porcentual acima claramente não atende às demandas do País e reflete o pouco interesse da sociedade brasileira pelo tema. Como soldado, é meu dever e minha missão alertar a sociedade: talvez, quando a necessidade se tornar premente, seja tarde demais para corrigir o descaso.
Poder tecnológico e militar diferenciado e autóctone possibilitará ao Brasil construir um escudo que suporte pressões internacionais. Isso só será alcançado com investimento e planejamento na área da indústria de defesa.
A dimensão, localização e postura do Brasil revelam-se importantes na construção da estabilidade no novo cenário que se desenha com o reposicionamento dos polos hegemônicos da geopolítica mundial. E, sem rodeios, essa estabilidade poderá exigir ação.
Quando a ultima ratio regum, o uso da força, se mostrar necessária em nome de nossos interesses, repito, só seremos ouvidos se a ameaça de acender a mecha do canhão, iniciando o rastilho de pólvora, estiver clara aos antagonistas.
Precisamos decidir o que queremos para o futuro, que legado deixaremos para nossos filhos e netos: ser um país fraco e vulnerável a pressões, onde a sociedade é arrastada para um lado ou outro de acordo com a vontade de outros países; ou ser uma sociedade que tenha autonomia decisória, que possa determinar seus próprios rumos e, com isso, manter um padrão de equidistância e neutralidade internacional que a capacite a ser até mesmo uma facilitadora da paz mundial.
*GENERAL DE EXÉRCITO, É CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO BRASILEIRO
FONTE: Estadão
Artigo pragmático, louvável no q sinceramente é o óbvio do q representa o melhor caminho para o Brasil: neutralidade, não alinhamento automático. Nesse ponto as forças armadas brasileiras, o governo Bolsonaro e o atual governo Lula acertaram na postura quanto ao atual conflito na Ucrânia. Ainda bem.
O atual é pró Russia, só não oficializou!!!
Nada como informações baseadas no confiável ITdK!
Na verdade, nos fatos.
É, mas também a corrupção dentro das forças armadas e os disperdicios de recursos com regalias a toda arvore genealogica dos generais também não ajudam em nada. Uma reforma das forças armadas e uma maior fiscalização dos contratos da defesa é tão importante quanto aumento de recursos pra esse setor.
Por favor, permita-me:
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“…regalias a toda arvore genealógica dos generais também não ajudam em nada.”
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“Uma reforma das forças armadas e uma maior fiscalização dos contratos da defesa…”
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Concordo com o Senhor mas peço que pondere comigo: O que vai ter de gente assassinada até isso acontecer…
“O que vai ter de gente assassinada até isso acontecer…”
Como assim???
Caríssimo, Auditorias em Contratos revelarão podres de desvios de milhões ou bilhões que certamente iriam para os bolsos de alguém e esse pessoal não vai querer perder essa “boquinha”, fazendo de tudo para evitar que aconteça.
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Morre 1 aqui, outro ali, queimam arquivos aqui e acolá… Não é brincadeira, é muito dinheiro em jogo, fora o risco sério de prisão, expulsão da Força e cadeia braba. Para evitar isso e muito mais, só eliminando ou ameaçando gente por ai.
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E olhe que em falei no corte das ditas “regalias”, ou o Senhor acredita que alguns aceitarão isso calados e quietos, sem reação alguma?
As três Forças estão subordinadas ao Ministério da Defesa que é subordinada ao Chefe de Estado.
Se o Legislativo assim definir e o Executivo promulgá-la, os integrantes das Forças Armadas tem que acatar a decisão.
É assim que funciona a Democracia.
Essa maluquice de acabar com o STF e rejeitar o resultado das eleições foi coisa de duas dúzias de oficiais e civis sem noção da realidade.
O setor militar é composto por cidadãos e não assassinos. Esse negócio de sair matando devido a corte de regalias é coisa de filme.
Olha, a quantidade de filmes cujos roteiros tornaram-se realidade…
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Não estou falando em centenas de mortos, pilhas de cadáveres. Cadáveres não precisam aparecer para sabermos que esse ou aquele que investigava o que não deveria morreu e sumiu do mapa.
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Por favor, releia o que escrevi: São contratos multimilionários nas 3 Forças, sem ninguém para fiscalizar a fundo, checar, fazer perguntas difíceis de responder, fuçar, correr atrás… Quando você ameaça a fonte do dinheiro de alguns eles se movimentam e não será a cor da roupa que vestem que os impedirá de fazerem o que, em sua ótica, será necessário para manterem as vantagens que angariaram.
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Aliás, queres um bom exemplo? Família. Quando os pais morrem, não tem essa de maninho, maninha, amor fraternal, união, etc. É cada qual com o seu no seu bolso. Eu mesmo tive um vizinho da minha rua que, quando a mãe morreu, haviam ele e mais 4 herdeiros e eu tive a oportunidade de ler pessoalmente em 1 das caixas dele o que o próprio escreveu:
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“Fulano – Não mexer, risco de vida.”
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Senhor MMerlin, dinheiro muda as pessoas e as faz mostrar lados que normalmente permanecem ocultos. Na hora de proteger o bolso, e consequentemente livrar-se do que escrevi acima, vale tudo. E aqui deixo a pergunta:
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Fosse o Senhor investigando a fundo esses contratos e licitações do MinDef, EB, MB e FAB, em descobrindo coisas erradas envolvendo não 1 ou 2 mas dezenas de militares com conexões até com criminosos civis dos mais diversos matizes, dormiria tranquilo e andaria em paz na rua sabendo que existe 1 alvo gigante das suas costas e de sua família? Ou talvez confiaria na premissa de que “O setor militar é composto por cidadãos e não assassinos” sendo todos Santos e que jamais ordenariam, verbalmente e em algum local retirado, que alguém ou um grupo qualquer sumisse com o Senhor sem que nem Vosso corpo fosse encontrado?
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Dinheiro é dinheiro, meu caro.
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Dinheiro é dinheiro.
Textos escritos por militares são cada vez mais previsíveis. É sempre a mesma reclamação (falta de verba), e sempre a mesma solução (os tais 2%). Esqueçam, não há dinheiro para isso, principalmente nem um momento onde se discute inclusive o não pagamento dos mínimos constitucionais para saúde e educação.
Se apegar a uma solução não praticável significa fechar os olhos para o que de fato está ao alcance, que é a composição dos gastos, mas claro, nesse caso não parece ser tão interessante. Não vamos esquecer que o lobby para aliviar os militares da reforma da previdência (a mais deficitária, diga-se de passagem) partiu justamente dos generais que reclamam da falta de verbas enquanto que o pagamento de inativos suga grande parte do orçamento. Isso sem nem entrar no mérito do tamanho dos efetivos, especialmente da MB e FAB.
Não teremos 2% do PIB para defesa, ponto. Concentrem-se no que pode ser feito ou aceitem que o estado atual das forças será permanente. Não há outro caminho, pelo menos não no curto prazo.
Amigo, o que o Brasil mais tem é dinheiro. O grande problema é como esse dinheiro todo é administrado.
As nossas forças armadas são um dos piores exemplos.
Talvez porque sejam compostas por… brasileiros…
Caro Welington me recordo de uma matéria que li no inicio dos anos 2000 onde foi feito um estudo no qual apontava que desde a origem dos recursos públicos (impostos) até o destino final em média 60% eram desviados/desperdiçados/etc., confesso que achei muito em um primeiro momento, porém como era funcionário público a época comecei a observar melhor a questão, e cheguei a conclusão que os números não fugiam muito dos que foram constatados pela pesquisa, infelizmente procurei novamente esse artigo por várias vezes mas não encontrei, misteriosamente sumiu, enfim essa é a nossa triste realidade.
Reclamam da falta de dinheiro, mas destribuiram 1 bilhão de reais no projeto calha norte, simplesmente para mandar dinheiro para mãos de políticos do centrão e continuar com os esquemas, depois que o Supremo bloqueou o orçamento secreto. Dinheiro esse do Ministério da Defesa na gestão do Braga Neto!
Daria para comprar 3 Navios de patrulha de 1800 t, ou 3 Kc 390, ou 2 gripens, ou 30 Leopards 2A6!
Nesse momento temos 12 helicópteros Mi 35 semi novos com pouco mais de 10 anos de uso, estocados!
Venezuela e Perú, Belarus, Países do oriente médio, etc, operam com esses helicópteros, não teriam interesse em comprar? Quanto arrecadaríamos com a venda deles? o preço de 2 gripens?
A Marinha deu baixa no terceiro submarino T 209. Em média, esses 3 submarinos estão com cerca de 25 anos de uso!
Podemos dizer que temos descomissionados uma força de submarinos com meio ciclo de vida e que Venezuela, Argentina, Perú, Equador, Colombia não tem tem nada igual!
Hoje, essa força de submarinos descomissionados seria uma das mais poderosas da região, e a MB não consegue vender?
Quanto poderíamos arrecadar com esse 3 submarinos?
O preço de mais 1 scorpene? ou mais uma fragata tamandaré? Ou 10 navios de patrulha de 500t?
O Exército doa blindados e Helicópteros para o Paraguai e o Uruguai, para os Presidentes desses países ficarem fazendo birras e ameaças no Mercosul. Não seria melhor armazenar esses equipamentos como uma reserva estratégica num possivel conflito? todos fazem isso, seja EUA, Russia, China etc.
Então, a conversa desse General, mostra como eles pensam que nossa sociedade é alienada em temas militares e que eles nunca terão de fazer o dever de casa. Eliminando os desperdícios e as mamatas, para só depois, querer um sacrifício maior da sociedade Brasileira.
Temos tanto dinheiro que a previsão da LOA de 2023 é de que nosso déficit chegue a R$ 228 bilhões, rs.
Caro MMerlin, nessa situação citada por você o problema não é a falta de dinheiro arrecadado (impostos) mas sim como estão gastando esse dinheiro (impostos), é só analisar as contas públicas de forma superficial mesmo amigo e vera o porque desse déficit.
Dá uma olhadinha aí: Bem-vindo ao Impostômetro (impostometro.com.br)
“Temos tanto dinheiro que a previsão da LOA de 2023 é de que nosso déficit chegue a R$ 228 bilhões, rs.”
Sabe o motivo dessa previsão? É, então. A má administração dos recursos. Foi o que eu disse lá em cima. O que o Brasil mais tem é dinheiro! O problema é como esse dinheiro é gerido e essa má gerência vêm de décadas, não é de hoje. A cada dia que passa, mais regalias estão surgindo, mais gastos desnecessários estão surgindo. É óbvio que o LOA não vai estar de acordo.
Claro que não tem dinheiro. Galera aqui não tenta desenvolver nada. Ficam felizes em ser um enorme fazendão. Aí temos que comprar tudo em dólar por preços absurdos.
Também tem que ser mantido o bolsa agro, bolsa baqueiro, e a farra da sonegação.
No Brasil tem juiz que ganha meio milhão de reais por mês e todos os generais reformados ganham acima do teto do INSS, ta aí o bode.
A elite do funcionalismo público é só uma parte. O problema é complexo. Toda a elite do Brasil é, no geral, podre. Os maiores nomes da elite econômica são frequentemente rentistas de caráter parasitário. Não trabalham, não produzem um lápis, mas recebem quantidades enormes de bens. Tais bens são frutos do trabalho de vários trabalhadores brasileiros. Tais trabalhadores são,em sua maioria, uns pobres lascados sem direito a nada. Sob a administração dessa elite, o nosso país não desenvolve nada.
Se você fosse um empreendedor você desenvolveria com quase 40% de impostos na produção, encargos trabalhistas medievais, insegurança jurídica e burocracia draconiana para abrir e fechar uma empresa?
Galera lá paga 40 porcento de imposto. Pessoal aqui faz é sonegar feito louco. Deve bilhões e o governo não faz nada. No final, os otários aqui, ou seja, eu e a maioria das pessoas, e provavelmente você também, temos que pagar o que esses bandidos não pagam. Mesmo assim, eu duvido que a alíquota sequer chegue perto de 40 porcento. No geral, só produtos de consumo mesmo são tributados assim.
Os encargos? Eles são proporcionais ao salários, que são péssimos. Não é a toa que o nosso indice gini é horroso.No final eles aumentam os rendimentos de um trabalhador em algo em torno de quê? 30 porcento? 30 porcento de quase nada é praticamente nada.
Falou o dono das chaves do cofre…
O fato do autor ser “GENERAL DE EXÉRCITO, CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO BRASILEIRO” e acreditar, realmente, que as forças armadas tem “efetivo reduzido” apenas corrobora a visão de muitos aqui no Blog. Se houver aumento de gastos em relação ao PIB, vai ter aumento de gastos com pessoal.
No mais, sem novidades.
Daniel, já disse isso diversas vezes aqui na trilogia, mesmo assim ainda tem um pessoal que se ilude achando que se o orçamento fosse aumentado para 2%, no dia seguinte estaríamos anunciando a compra de F-35s, Abrams e mais uns 3 lotes de Scorpenes.
Esses caras têm que acordar para a vida, a primeira coisa que os militares iriam fazer seria aumentar o número de pessoal, a segunda seria aprovar algum penduricalho novo.
Já disse isso trocentas vezes:
Se liberarem HOJE 2% do PIB pros militares, amanhã teremos mais brigadeiros, almirantes e generais que toda OTAN, China e Russia juntos.
Escrevam, e podem me cobrar depois.
Bom já disse e repito, temo uma FAB e MB gordinhas de gente levando em conta a quantidade de equipamentos, mas um Exército pequeno e concentrado no sul/sudeste, 220.000 militares ativos ao meu ver é um efetivo muito modesto para o EB, e pior ainda a distribuição dele, apenas 28.000 militares no Norte e 24.000 no Nordeste, outros 30.000 no Centro-Oeste.
Uma coisa é ser neutro ideologicamente, politicamente e militarmente. Outra coisa é dizer-se neutro e tender para um lado ou outro. A esses restará a ira de ambos os lados.
Os militares desse país sāo uma piada, têm compromisso zero com a soberania da naçāo, têm um planejamento pior que o do dono do mercadinho da esquina, sāo corporativistas ao extremo e ainda têm a cara de pau para ficar exigindo mais verba sendo que o orçamento do MD é um dos maiores da Uniāo.
Deveriam tomar vergonha na cara, cortar privilégios, diminuir o número de pessoal e parar de queimar o dinheiro dos contribuintes com velharias. Se fizessem isso teríamos uma força militar decente. Mas é mais fácil vir com esse populismo barato.
“têm um planejamento pior que o do dono do mercadinho da esquina”
Discordo. Donas de casa e dono de boteco de esquina sabem o básico de gestão financeira, sabem fazer planilhas com entrada e saída de grana, sabem gerir o pouco que ganham.
Não posso dizer o mesmo do pessoal com estrelas nos ombos das FA’s BR…
Resumindo: ele quer continuar fazendo mais do mesmo que é feito há anos mas dessa vez gastando mais grana.
Nenhuma mudança de paradigma partirá do generalato.
Mas não é isso que todas as Pastas fazem todo ano?
Faz parte do jogo.
Mas, já que um dos problemas é o sucateamento, defasagem e baixo número de equipamentos devido ao baixo orçamento, que o Estado assuma todo o custo do soldo militar, transformando os mesmos em uma categoria diferenciada de servidor público com os devidos benefícios e adicionais.
Se fizer isso, reduzir o orçamento das FA para 1% do PIB (o já ficaríamos bastante no lucro) ou mantê-lo no atual patamar (o que duvido que permitiram), o valor ficaria dedicado principalmente a manter o parque existente, aquisição de novos equipamentos bem como P&D.
“que legado deixaremos para nossos filhos e netos”
Eu sei a resposta dessa eim!
Dica: envolve pensão
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!…
Não tem do que reclamar!
Tem o melhor regime de previdência pensões do serviço público e um dos melhores do mundo entre os miltares…
Retiro o que estou dizendo no dia em que um oficial general vier a público defender uma reforma administrativa militar, racionalizando os gastos e destinando mais recursos para investimentos. Nunca vi isso acontecer e duvido que alguém encontre uma declaração nesse sentido!
Como General, seu dever era gastar melhor o enorme orçamento do Exército Brasileiro.
“efetivos reduzidos”. EFETIVOS REDUZIDOS!
Em que país vivem nossos oficiais-generais? Ou melhor, em que planeta?
É absurdo; é inaceitável; é de causar ira e espanto o quanto nossos generais estão deslocados da realidade brasileira. Como é possível que tenham coragem e audácia de vir a público exigir aumento do orçamento em um país que discute cortes em saúde e educação? Em que não há verba o bastante para prover até mesmo medicamentos básicos (dos quais a vida dos pacientes depende) em muitos municípios? Em que há falta de professores no ensino básico em várias regiões? Em que saneamento básico está longe de ser universal?
Como tem a audácia de pedirem aumento de verba quando gastam 80% do orçamento com pessoal (e nada fazem para tentar remediar o problema)?
A classe militar nesse país precisa – com URGÊNCIA – de um choque de realidade. Por vezes parece até que não vivem no mesmo país que eu vejo todos os dias.
É, como diria um de nossos ex-presidentes, óbvio ululante, que a reforma que nossas Forças Armadas tanto necessitam não virá de seus líderes militares. Se faz preciso que algum membro do poder político tome a frente para fazer, por força de lei, o que deveria ser feito pelos generais.
Esse pessoal acha que guerras são lutadas com carne e não com armamentos? Do que adianta ter um exército numeroso mas com poucas armas pesadas e munição em pequenas quantidades? Como eu digo, temos que salvar o EB de seus generais, por eles nós nunca vamos superar essa mediocridade e pobreza de materiais.
P.S. errata: óbvio ululante é do Nelson Rodrigues, não de um de nossos ex-presidentes
Esses generais viraram piada pronta,textão para pedir dinheiro.
O maior ameaçador do Brasil foi alçado à PR, loteando a Amazônia e dizendo que ela pertence ao mundo.
No mais segue o baile do país do futuro do passado.
Parabéns, general, o Sr. está correto. As FAs precisam sim de mais recursos. Os recursos poderiam ser meklhor geridos? Claro q sim. Mas isso não exclui o fato das FAs serem carentes de material bélico e necessitarem de mais recursos.
Havia já um tempo q eu não lia uma declaração profissional de um oficial militar brasileiro, sem politicagem e baixarias ao nivel de chamar outro homem de “imbroxavel”. Parece q finalmente voltamos a normalidade.
Isto…
A fanfarrice e a imaturidade tomou conta dos homens de verdade deste pais… Na hora que precisarem de agirem com responsabilidade e como homens , ficarao perdidos entre militância virtual e mundo real.
Sugestão ao General, coloca na pauta do alto comando o tema Auditoria da Dívida Pública.
Sim, vamos dar um calote só que com outro nome que vai dar certo! Os investidores continuarão a emprestar dinheiro mesmo com o calote e, na remota hipótese de isso não acontecer, nosso governo conseguirá gastar só aquilo que arrecada.
O problema orçamentário do Brasil é juiz ganhando meio milhão de reais por mês e os oficiais do EB ganhando acima do teto fo INSS, não é o governo pegando finheiro emprestado para fechar esses buracos.
Pelos comentários iniciais . os Brasileiros serão facilmente conquistados por uma potência militar externa, zero brio e muita desonestidade intelectual.
Seguem um viés de confirmação por questões puramente ideológica e ou ranço por hierarquia e disciplina.
Se verificar direitinho, Muitios dos que estão esculachando o General, reclama da falta de nacionalização de equipamentos militares, da incapacidade da indústria em produzir um navio de patrulha, um blindado , um missel para defesa defesa terra Ar, produzir e lançar os próprios satélites…
Qual lado este pessoal está?
Quando um em Proeminência fala a real para os políticos e para a nação, este defensores da nacionalizações são os primeiros a combater o mensageiro.
Que país é este? Bem disse o poeta
Prezado, com todo o respeito, o General em questão – Chefe do Estado-Maior de um exército que possui mais militares do que os da França e RU SOMADOS – está falando em efetivo reduzido. Você REALMENTE acredita que se a União destinasse mais recursos para a defesa estes seriam gastos com desenvolvimento e aquisição de armamentos?
Antes de virem pedir uma fatia maior do orçamento, faria bem que arrumassem a própria casa. A situação atual das coisas indicas que esses recursos iriam para um poço sem fim de soldos e benefícios.
Concordo, se os próprios generais promovessem auditoria nas pensões e uma revisão dos privilégios, para baixo, teriam argumentos fortes acerca de um aumento da tropa. No momento esse artigo soa como jogar a responsabilidade para a sociedade e não assumir um papel ativo na solução.
Acho que todos os generais deviam parar de pedir grana, ta chato e não surte efeito, quando tiveram a chance no governo passado encheram o gov de militares e qual o bônus disso? Nenhum, reduziu investimentos na defesa.
Em vez de mendigar, sugiro aos generais fazer lobby para termos fabricas de chips, eletrônica de ponta, industrialização massiva, que aí o país ficando mais tecnológico tudo melhora, até o orçamento.
Neutralidade geopolítica é para quem pode e não para quem quer! O Brasil não tem capacidade industrial e tecnológica que viabilize nossa independência…e pela configuração politica do país atualmente nós jamais a teremos. Não somos mais um país jovem …O Brasil envelheceu pobre! Temos compromissos previdenciários e sociais que não mais nos permitem nos aventurarmos em grandes projetos militaristas. Parque industrial para quê?! Em 2040 seremos um país majoritariamente de idosos e com taxa de natalidade baixíssima.
Neste caso teremos de estimular que jovens de outros países venham para cá…
“Além do princípio primário de defender nosso território, valores, tradições e desejos justos e naturais de nosso povo, ao fazer defesa garantimos que a sociedade brasileira possa tomar suas decisões com total autonomia.”
Militar só depende território mesmo. Valores , tradições e desejos quem defende é o povo com total autonomia e garantia constitucional. E o orçamento é realista, aconselho uma reforma nas aposentadorias e corte de alguma benefícios (coisa que a sociedade civil sofre na pele quando o gov precisa gastar menos)
EDITADO:
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão.
O texto é bom mais Olha não é muita novidade não, Temos que investi mais e muito mais em tecnologia e em nossa industria de defesa.. Acho que desde que aprendi a ler essa “mensagem” é passada.
Isso que você escreveu é o paradigma dos últimos 15 anos e no que deu isso? Esse pessoal só mendiga mais dinheiro e mais nada. De onde vão tirar esse dinheiro pra gastar mais em pesquisa? É o pessoal que há décadas só pede mais dinheiro pra educação, de onde vão tirar essa grana? O orçamento federal é uma pizza, pra alguém ganhar um pedaço maior outro tem que receber uma fatia menor, agora quem vai bancar uma briga dessa se temos uma “presidência de coalizão”?
A postura adotada com relação a nossa situação interna….”Além do princípio primário de defender nosso território, valores, tradições e desejos justos e naturais de nosso povo, ao fazer defesa garantimos que a sociedade brasileira possa tomar suas decisões com total autonomia”…..
Não fizeram o básico….
Neutralidade diante da invasão da Ucrânia? Você gostaria de ver o mundo neutro diante da destruição do Brasil (nossa casa) pela Argentina, por exemplo?
Não, eu não sou neutro, tenho lado, tenho valores! Eu não fico em cima do muro…ser homem é ter valores e tomar posição sempre! Isso não é o oposto da ausência, é o preenchimento do vácuo da ausência.
O mundo todo observando os absurdos feitos pela Rússia contra a Ucrânia e eu devo ficar neutro, ou pior, ver Bolsonaro e Lula apoiando abertamente a Rússia? Jamais, não sou covarde!
Os homens que morreram na II Guerra tinham lado, inclusive brasileiros.
General com todo respeito permitirei discordar de alguns pontos já que concordo com outros :
1, precarização do trabalho pela extinção do modelo fordiano , afirma o senhor …..
Isto é muito bom , pois o modelo fordiano empobrece o trabalhador concentrando renda , o que está havendo é uma mudança do paradigma trabalho pelo avanços de múltiplas tecnologias e uma mudança de consciência coletiva que não aceita imposições de hora e normas …. A sociedade coletiva humana está mais rica que a décadas atrás e não mais pobre , o mundo todo da América Latina , a África e da África ao Oriente Médio e de lá a Ásia Central e de lá ao Extremos Oriente ….
2, disputa entre democracia ocidental e o modelo chinês , diz o senhor !
Não concordo pois a Índia tem seu próprio modelo , o Oriente Médio com a Arábia Saudita e Emirados a frente estão criando seu próprio modelo , os países africanos estão agora se libertando do colonialismo francês após 3 séculos de exploração cruel …. Isto é ótimo para a África …. Será péssimo para a Europa …
Nós não podemos importar o medo da Europa e dos EUA , como faz em seu discurso …. Eles estão numa encruzilhada e não nos ….
O Brasil deverá ser afirmativo .
Não deve ser neutro …. O Brasil deve ser o Brasil e defender seus pontos de vista que deverão ser os dele , se alguém mais deseja se achegar será bem vindo ….
De fato para um país se afirmar como livre deverá ter entre outras um Elite que entenda o mundo .
Dentro desta elite deverá estar a classe militar , que devem gostar de guerra e amar o combate e não podem ser funcionários públicos com medo do combate e por isto desejosos de neutralidade para que ninguém nos veja na sala e não nos vendo não nos ataquem .
Devemos estar prontos para atacar se preciso for e nos defender se preciso for .
O Brasil precisa deixar de ser criança e tronar se um adulto entre as nações !!
Infelizmente eu acho que vai ser essa opção: Ser um país fraco e vulnerável a pressões, onde a sociedade é arrastada para um lado ou outro de acordo com a vontade de outros países
Todas as vezes que dou minhas passadas aqui na trilogia sempre observo – saudável e democrática – discordância entre os comentaristas. Essa matéria é a primeira em que vejo quase que absoluta concordância entre os foristas. Por aí se vê a ” moral” de nossas Forças Armadas. Armadas?
“É um padrão internacional que os gastos militares girem em torno de 2% do PIB para manter um aparato de defesa razoável. De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri), os dispêndios do Brasil com a área de defesa vêm diminuindo gradualmente e de forma contínua. Com a moeda estável do real, tornou-se mais fácil mensurar. A curva aponta um declínio de quase 44%. Em 1995, o orçamento destinava cerca de 1,86% do PIB, enquanto em 2022 foi de apenas 1,05%.”
Quando me dei conta de que o texto era esceito por um militar, eu JÁ SABIA que ele iria bater nessa tecla dos 2% do PIB…
Curiosamente, o mesmo militar acima não cita, em nenhum momento, o quanto aumentou a % da Defesa que vai pra pagamento de soldo e pensão…
Mas como relembrar é viver:
Segundo a tabela, em abril de 2022 eram 74.868 militares na ativa, 92.808 inativos e 65.288 beneficiários de pensão.
A MB tinha 10 almirantes de esquadra, 33 vice-almirantes e 73 contra-almirantes. A título de comparação, a Marinha dos EUA tem 9 almirantes e o mesmo número de vice-almirantes (ver nota da Redação).
Fonte:
https://www.naval.com.br/blog/2022/12/16/quantitativo-de-pessoal-da-marinha-do-brasil-2022/
O cara defendendo o dele né…. efetivo pequeno? O problema é dinheiro né?
Você esta fazendo um desserviço ao país ao postar tamanha mentira.
O dinheiro é muito: 130 bilhões por ano!
Pelo nível dos comentários aqui sugiro acabar com as FFAA, criar uma Guarda Bolivari… digo, Nacional e aumentar o número de Parlamentares e seus asseclas nos 3 niveis de Governos, assim como o número de Ministros do STF para 22 , TST para 66 e magistrados!! Esse militares acabam mesmo com o país!!
Brasil é um país adormecido em berço esplêndido. Com a verba que temos poderíamos comprar armamentos melhores. Não temos defesa aérea de média distância, muito menos de alta. Não temos drones bons, não temos artilharia em grande quantidade
Tinha que acabar com as pensões vitalícias para filhas solteiras de militares isso sim! Essa excrecência consome mais recursos do que o gasto com a tropa. O que o Brasil precisa é de uma ampla reforma nas forças armadas, para priorizar equipamentos e tecnologia ao invés de regalias absurdas para oficiais burocratas que estão mais preocupados em defender seus privilégios!
“Quando os governantes perdem a vergonha, os governados perdem o respeito. Como pensar no futuro de um país onde o presi dente não poder sair na rua sem ser chamado de ???
Mudar a visão das ffaa é algo imprescindível. Nesse último governo o alvo foi esquerda composta por brasileiros que eram vistos como inimigos por um governo de malucos incluindo militares.
Não há mais como o Brasil ser neutro, os europeus e os Estados Unidos (quando comandados por democratas) estão claramente tendo posições agressivas com o Brasil por causa das questões ambientais, o desejo de internacionalizar a Amazônia cresce a cada dia, o player europeu mais importante a falar sobre isso foi o presidente francês.
Por mais que tenhamos mais em comum com o ocidente, o fanatismo ambiental dos democratas e principalmente da Europa vai nos colocar em rota de colisão com o ocidente.
Isso é inevitável porque a inutilidades de nossos governantes garantem que a Amazônia fique em um estado de constante ameaças ambientais.
O antigo e atual governo vivem se atacando por causa da Amazônia mas na pratica ambos fizeram pouco para mudar a realidade, os incêndios florestais estão a toda e nossas governantes são incapazes de controlar essa situação, então a inutilidade dos políticos brasileiros garante que os europeus e americanos sempre tenham motivos para nos atacar nas questões ambientais.
Se o Brasil fosse uma potencia militar, talvez pudéssemos ficar mais tranquilo em relação a Amazônia mas a verdade é que não somos, então o fanatismo ambiental de potencias estrangeiras é uma ameaça para nós.
Nesse contexto não temos como ser neutros quando um lado claramente tem um problema conosco.
Não fosse o sempre constante sumidouro de recursos, nossas forças armadas até que estariam em melhores condições. O EB ainda está na primeira metade do século 20. Os caras ainda acham que drone é apelido de traficante…
A expressão “entre a democracia e o “sistema chinês”” é uma bela bandeira de posicionamento ideológico.
Para ser neutro a base de defesa deve ser muito forte para garantir ao mandatário brasileiro que o NÃO ou SIM em alguma reunião deve ser respeitado.
Não só a base de defesa como a economia interna ou do bloco.
Uma consulta, ja que esse debate tbm temos aqui no Uruguai.
Cuando se fala em “gastos militares”, se inclui salários e retiros/pensões/ aposentadorías?
Tá, tudo bem, mas a premissa de que a sociedade brasileira é monoliticamente vítima de uma fraqueza casual simplesmente não bate com a realidade e com a verdade. Uma parte da nação, a menor e a decisora, não deseja que as coisas sejam diferentes; e há quem diga que a própria corporação militar está dentro desta parte, o que levaria, e não é o caso deste comentário, a uma leitura/interpretação cínica dos arrazoados nacionalistas e neodesenvolvimentistas. Resumidamente, nação autônoma reconduzida ao estado de colônia de extração (de commodities ou renda financeira, altamente urbanizada com o inchaço do setor terciário e esgotamento do secundário) só tem forças armadas críveis e eficazes, exatamente como todo o restante aparato institucional democrático (democrático…), apenas na potência de uma virtualidade: ao mesmo tempo uma imitação sofrível do modelo distante e uma pantomima cheia de galhofa a divertir os severos senhores do sistema mundial. No entanto, está defeso continuar pedindo o dobro em recursos, posto que mesmo o quádruplo não significaria uma mudança de patamar qualitativo pra corporação.
“…e a disputa pela hegemonia política, entre a democracia e o ‘sistema chinês’.”
Que bom que deu nome aos bois.