42 razões que sublinham a necessidade de uma Reforma Militar
Por Manuel Domingos Neto*
Escrevi um livro sobre o que fazer com o militar. Apresento aqui um resumo de meus apontamentos.
1 – O militar fracassou em sua missão precípua. Em que pese o Brasil deter capacidade científica e industrial e dispor de um dos maiores orçamentos de Defesa do mundo, o militar não consegue negar os espaços territorial, marítimo, aéreo e cibernético ao desafiante medianamente preparado.
2 – As mudanças no jeito de guerrear, a dinâmica social e o cuidado com a democracia impõem uma reforma militar. Cabe revisar o papel, a organização e a cultura das Forças Armadas porque o Brasil precisa inserir-se dignamente na ordem internacional e as novas gerações devem ser poupadas das exorbitâncias do quartel.
3 – O brasileiro não se envolve na Defesa Nacional por ser impatriota, mas porque lhe é reiteradamente passada a ideia de que essa política pública cabe exclusivamente ao militar e também porque é escaldado pelo terrorismo de Estado praticado pelos comandos militares.
4 – Muitos admitem que as corporações devem estar subordinadas ao poder político, mas isso é impossível devido à inexistência de um corpo civil especializado e de um acervo de estudos atualizado. O Brasil precisa de uma Universidade da Defesa Nacional dirigida por um civil.
5 – A sociedade e o Estado devem destituir o militar da condição auto-outorgada de apóstolo do patriotismo e do civismo, que afronta a cidadania, anula o espírito republicano, prepara a tirania e deixa o Brasil indefeso.
6 – O valor do soldado não encerra “toda a esperança que um povo alcança”, como diz a canção do Exército. A reforma militar é necessária para que o soldado respeite a sociedade.
7 – O político não pode reconhecer as corporações armadas como interlocutoras. Soldado é treinado para obedecer e mandar, não para dialogar. Comandantes precisam ser consultados sobre a Defesa, mas a sua concepção e condução cabem ao político.
8 – Há generais e tropas em demasia. A distribuição espacial de efetivos e equipamentos é perdulária e inócua para a Defesa.
9 – É necessário rever o serviço militar obrigatório porque a composição da tropa reproduz a iniquidade da estrutura social: aos mais pobres são reservadas as posições hierárquicas inferiores. O serviço militar, como está organizado, reproduz o legado colonial.
10 – Cabem estudos aprofundados e planejamento para a revisão do serviço militar, que implica redimensionamento do tamanho, da estrutura, do funcionamento das corporações e em revisão da carreira militar.
11 – A reforma militar deve atenuar o isolamento do castro. A “família militar” é uma excrescência. Perturba a coesão dos brasileiros. O militar não pode ficar à margem da sociedade.
Os deslocamentos constantes pelas guarnições não lhe permite inserção social. A endogenia precisa ser contida. Os colégios militares representam despesas desnecessárias para a Defesa. Adolescentes devem ser socializados em estabelecimentos civis.
12 – É possível imprimir novos rumos às fileiras sem rupturas institucionais: cabe compatibilizá-las com a Constituição. O militar tem que respeitar o pluralismo político que fundamenta a República.
Ao diabolizar a esquerda, pisa na Carta e empobrece o intercâmbio de ideias. A reforma deve eliminar seu pavor às mudanças sociais e comportamentais.
13 – As corporações são importantes para o desenvolvimento socioeconômico. Devem ser equipadas com produtos nacionais.
A proposta de Política de Defesa Nacional que tramita no Congresso Nacional propõe parcerias com potências detentoras de tecnologia avançada. É a mesma orientação nociva que prevaleceu durante o século passado e que deixou o país desprotegido.
14 – Não há explicações aceitáveis para a elevada dependência externa do Brasil em material bélico. Os escritórios das Forças Armadas nos Estados Unidos e na Europa precisam ser desmontados. A subalternidade ao estrangeiro poderoso esvazia a retórica da incolumidade territorial.
15 – Sem reforma militar, não haverá Segurança Pública aceitável. Cumpre distinguir o militar do policial. Manter a ordem e combater criminalidade são missões distintas da luta contra o estrangeiro hostil.
16 – A ideia de combate ao “inimigo interno” precisa ser extinta: alimenta o transtorno de personalidade funcional do militar e do policial. Quando o policial age como militar e o militar como policial, a sociedade fica indefesa e o potencial agressor estrangeiro beneficiado.
17 – A noção de “inimigo interno” pressupõe a guerra civil permanente. Entre inimigos não há generosidade, mas ódio cego.
Admitir a existência desse “inimigo” é excluir propensões ao agasalho, à tolerância e ao convencimento, fundamentos da comunidade nacional.
18 – O militar deve ser liberado de tarefas que não lhe cabem. Reposições da lei e da ordem devem ser entregues à Segurança Pública.
A utilização das corporações para atender demandas crônicas sugere à sociedade noção enganosa do papel do militar e impede o preparo para a Defesa Nacional.
19 – Quem comanda os instrumentos estatais de força, controla o Estado e a sociedade.
O ativismo político do militar foi reforçado pelo uso combinado de instrumento letais e não letais, configurando a “guerra híbrida”, da qual a “guerra jurídica” e as “manobras informacionais” são expedientes.
20 – O militar não pode conduzir a Defesa porque forças de terra, ar e mar não se entendem quanto aos seus papeis.
O desentrosamento é oneroso: enseja sobreposição de estruturas, em particular no ensino, pesquisa, assistência médica e produção de armas e equipamentos.
21 – Em mãos castrenses, a formulação da Defesa Nacional será limitada em decorrência da unidade política e ideológica dos oficiais. Essa unidade nega a democracia, que tem como fundamento o pluralismo político. É uma forma de corrupção institucional.
22 – A unidade doutrinária é necessidade para a organização, o preparo e o emprego das Forças, mas a unidade ideológica deixa o militar em confronto com a sociedade, cuja coesão passa pelo embate de ideias.
23 – Se o leque de convicções políticas e ideológicas presente na sociedade não se refletir nas corporações, prevalecerá seu uso instrumental por uma corrente política.
24 – O conceito “poder nacional”, disseminado pelo Pentágono e absorvido pelo militar brasileiro, mantém viva a ideologia que orientou a ditadura. Nos Estados Unidos, esse conceito remete ao exercício do mando planetário. No Brasil, ampara o autoritarismo doméstico.
25 – Cumpre ao político deliberar sem pressão castrense sobre gastos militares. Assessorias legislativas, em matéria de Defesa, devem ser entregues ao corpo civil especializado.
26 – Cabe suprimir a cooptação de agentes públicos e privados pelo militar por meio de concessão de medalhas corporativas.
27 – A propaganda das Forças Armadas nos veículos de comunicação é nociva. Quando o militar disputa a simpatia popular, se confunde com o político.
28 – Reformas sociais são indispensáveis a uma Defesa que tenha como viga mestra a coesão nacional. Disparidades de renda e de oportunidades, bem como desigualdades de desenvolvimento entre as regiões desprotegem o Brasil.
29 – A Constituição ordena a mudança social, mas as corporações rejeitam avanços que contrariem os propósitos de suas existências, condicionem sua forma de ser e agridem as convicções ideológicas de seus integrantes.
30 – O combate à mitologia da “união das três raças”, que tenta encobrir o extermínio dos povos originários e esconde a desumanidade da escravidão, é indispensável à uma Defesa consistente.
31 – Vendo-se herdeiro do colonizador, o militar repele Tiradentes porque participou de seu martírio. Proclamando-se pacificador da sociedade escravocrata, declina do papel de defensor da nacionalidade.
Quem ama o colonizador odeia a pátria e semeia a desavença porque dela se abastece. Quem ama o povo brasileiro quer a inclusão de todos.
32 – Passo decisivo da reforma militar é a reverência aos heróis brasileiros. A exaltação da brutalidade do Estado contra a sociedade expõe as Forças Armadas ao desapreço. Não faz sentido o militar glorificar a repressão enquanto a sociedade reverencia suas vítimas.
30 – Tiradentes deve ser o farol da reforma militar. Quando o enfileirado sentir-se um vingador do mártir, a base estruturante das mudanças corporativas estará constituída. O transtorno de personalidade funcional do militar estará sendo vencido.
31 – O Brasil não logrará desenvolvimento econômico sustentável sem abraçar os vizinhos. Não conseguirá controle sanitário nem proteção ambiental. A proteção da Amazônia será uma quimera.
As ilicitudes nas fronteiras persistirão. A Defesa brasileira será dispendiosa e frágil. O subcontinente patinará na busca de futuro promissor.
32 – A coesão dos brasileiros, sendo a viga mestra da Defesa Nacional, a amizade com os vizinhos representa sua primeira grande escora. O militar brasileiro evita a integração sul-americana para não desagradar Washington.
33 – Não obstante Lula ser favorável à integração sul-americana, a Política Nacional de Defesa em análise no Congresso prioriza alianças estratégicas com potências imperialistas.
Os Estados Unidos não largam mão do controle do material de guerra produzido no Ocidente. A busca de cooperação com “nações mais avançadas” revela os fundamentos arcaicos da Defesa Nacional.
34 – O Brasil é um dos poucos países em condições de dissuadir potenciais agressores a partir da construção de um sólido bloco capaz de impor respeito no tabuleiro internacional. O Brasil precisa liderar a integração sul-americana.
35 – O militar foge da discussão sobre a Defesa Nacional. Pede mais recursos públicos com argumentos inconsistentes.
As dimensões territoriais do país, o tamanho de sua população e de seu PIB não são motivos para engrossar fileiras: a capacidade de uma corporação militar pode ser inversa ao seu tamanho. Diante de mísseis hipersônicos e drones furtivos, pouco valem homens preparados para a luta corpo-a-corpo.
36 – As premissas do planejamento do Exército brasileiro, “agilidade”, “força” e “presença” são insustentáveis e contrárias a uma Defesa Nacional consistente. Precisam ser revisadas.
37 – A “agilidade”, pressupõe o monitoramento de potenciais ofensores, o uso da aviação de combate e de mísseis de grande alcance e velocidade. O deslocamento rápido de tropas faria sentido diante de uma ocupação territorial difícil de imaginar, por supérflua e desarrazoada.
38 – Caso a ocupação de parte do território brasileiro seja tentada, seria inviabilizada pela interrupção de transporte aéreo e marítimo do invasor.
O combatente da “selva” formado pelo Exército passa ao contribuinte a impressão de capacidade para defender a Amazônia, mas serve essencialmente para combater brasileiros insatisfeitos e alimentar propaganda enganosa.
40 – A premissa “força” é negada pelo emprego dos recursos destinados a Defesa. Se as Forças Armadas pretendessem demonstrar “força”, reduziriam seus gastos com pessoal em benefício da produção autônoma de armas e equipamentos avançados.
41 – Quanto à terceira premissa, “presença”, muitos quartéis e extensas fileiras não dissuadem agressor estrangeiro. O militar precisa chegar em qualquer lugar e a qualquer hora, mas para isso precisa priorizar a Força Aérea.
42 – Por deter grande território e extenso mar, o Estado brasileiro deveria ter menos soldados e grande capacidade aeronaval. A supremacia da Força Terrestre serve para o combate ao “inimigo interno”, não para dissuadir estrangeiro hostil.
Espero que meu livro O que fazer com o militar estimule um debate que não pode ser postergado.
O livro pode ser adquirido aqui, via Gabinete de Leitura.
*Manuel Domingos Neto é professor aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF), ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED) e ex-vice-presidente do CNPq.
FONTE: viomundo.com.br
NOTA DA REDAÇÃO: As opiniões expressas neste artigo são do autor e não refletem necessariamente as posições do Forças Terrestres / Forças de Defesa.
Olá Colegas. Destaco o ponto 42, algo que venho apontando há anos. Não faz se mais sentido o EB receber cerca de 50% dos recursos do MInDef, fincando a FAB e a MB com cerca de 25% cada. As primeiras linhas de defesa são a superioridade aérea e a negação do mar. Destaco também que os principais programas estratégicos estão com a FAB e a MB (F39, Kc390, ProSub e FCT), o que mostra a importâncias destas duas forças. Também deveria chamar a atenção os programas militares destacados (pelos próprios militares) no PAC, “Kc390, F39, ProSub e FCT, além das NaPa500. O EB elegeu a aquisição do Guarani como programa estrategico.
“O EB elegeu a aquisição do Guarani como programa estratégico.”
Um monte de alvos para drones.
Ops…. pensando bem, não temos drones.
A miopia do EB
O Guarani antiaéreo está chegando. Parece que vão definir até 2024.
1580 guaranis!!!
Quantos mesmo para missões específicas?
1500 devem ser aqueles basicões pés de boi, com o armamento da torre sendo manual.
melhor que Urutu
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
Então…não só o guarani , mas o astros 2020 que poderá alcançar alvos a 900Km( Nacional). Sobre o guarani acredito que vc esteja mal informado. E desconhece a doutrina de deslocamento. Ao se deslocar uma coluna mecanizada deve se haver cobertura área. Ja esta em teste a versão do guarani antiaérea. Dotada de misseis e radar de varredura na própria viatura. Além de armas eletrônicas que desabilitam o comando atacante. Não pense que um ataque de drones convencionais será tão fácil.
Não é questão de eu estar mal informado. São 1580 guaranis. Quantos para missões específicas? São mais de 10 anos de produção e ainda não tem a versão aa? A doutrina de cobertura aérea deve algo recente no EB, de alguns meses, suponho.
Temos estas armas eletronicas que desabilitam o comando atacante?
O MTC terá um alcance de 300km apenas, nāo haverá nenhuma versāo “nacional”, nāo sei de onde tiraram isso.
Bom, contra drones a Ucrânia mostrou que o Gepard dá trabalho
No nosso caso em específico concordo com você, pois somos um país enorme cercado por vizinhos bem menores. Então, sim, as maiores ameaças militares contra o Brasil, provavelmente viriam de longe e neste caso uma guerra aeronaval seria uma possibilidade maior, já que o Brasil possui o serviço militar obrigatório e um plano de mobilização nacional, então uma potência militar estrangeira evitaria uma invasão terrestre, pois acabaria tendo que enfrentar Milhões de brasileiros (após a mobilização).
Mas isto não é válido para todos os países, vide Ucrânia que mesmo não tendo uma marinha de fato e mesmo com caças antigos, está suportando uma força estrangeira muito poderosa, justamente porque fez o oposto, ou seja, focou no seu exército.
Porém, sobre o orçamento, se nos lembrarmos que mais de 80% é utilizado para pagamento de pessoal, faz todo o sentido o exército receber 50%, afinal o EB possui mais de 50% do efetivo total das 3 forças.
Olá Luiz. Vocẽ tocou em três problemas que se relacionam. 1. o tamanho do efetivo geral (incluindo as trẽs forças). 2. o tamanho do efetivo do EB em si. 3. dos gastos previdenciários (que estão incluidos nos gastos com pessoal). Ao contrário de todos os demais órgãos públicos, as forças armadas gastam mais com pessoal inativo que com o pessoal ativo. Todos os demais órgãos em todos os níveis (municipal, estadual e federal), os gastos com pessoa ativo é maior que com o pessoal inativo.
Olhando o tamanho absurdo do efetivo da Marinha que é uma verdadeira piada em relação a outras nações como a Austrália e Canadá. É necessario diminuir e muito o efetivo da MB. Volto a defender a criação da Guarda Costeira do Brasil e a Guarda Nacional do Brasil que não seja vinculadas ao Ministério da Defesa.
Caro Thunder. È preciso um pouco de cuidado. Assim como simplesmente transferir os gastos com previdência para outro ministério não resolve o problema, criar uma guarda costeira ou uma guarda nacional, é só transferir o problema. O ponto fundamental é maximar a eficiência dos gastos. A polícia federal e a polícia rodoviáia federal são ambas civis. Talvez a sua ideia de criar uma guarda-costeira civil possa ser interessante, mesmo que ela esteja vinculada ao MinDef. Separar a função da guarda costeira da MB pode ser tão ou pior que mante-la, dependendo de como for feito. Além disso mesmo que a GC seja desmembrada, ainda será preciso reformar a MB.
Não vejo que seja uma opcão para tranferir o problama. é preciso entender e lembrar do papel das forças armadas. O exercito não é a melhor escolha para operaçoes de GLO, fiscalização nas fronteiras. É necessario a criação da Guarda Costeira e Guarda Nacional vinculado a um ministerio como o da Justiça ou Segurança Publica com o quadro de civis através de concurso publico como acontece na PRF e PF. Ademais, é necessario repensar o papel das forcas armadas, objetivos e uma reformulação no efetivo.
Olá Thunder. Concordo com as suas críticas em relação ás operações de GLO. Também sou um critico da militarização das forças de segurança. ainda que simplesmente desmilitarizar as polícias estudais seja insuficiente para resolver o problema da segurança pública, mas a solução também passa por este assunto.
O problema de criar uma GC no Brasil é que não tem absolutamente NADA que impeça que ela seja apenas mais um órgão inchado, perdulário, e que gasta mais com soldo e pensão do que com sua atividade-fim…
Sem contar que o Brasil não tem grana pra simplesmente criar mais um órgão na canetada…
O efetivo da nossa MB é maior que a da França ou Reino Unido. O problema é que esses dois países tem bases e operam em todos os continentes.
Eu entendo esse ponto pela necessidade de se separar o trabalho policial e o militar.
isso é uma coisa que me intriga. hoje aparentemente até pela grafia constitucional as forças armadas são os três entes exército-marinha-aeronáutica, terra-mar-ar. Essa trindade ainda é relevante, nesse formato organizacional?
é inclusive algo que o autor parece tratar no postulado número 20.
cada vez mais me parece estranha essa divisão, ainda mais com as atividades de patrulha de fronteira terrestre e marítma, que como você coloca acabam misturadas na marinha e exército, e o monitoramento espacial, que é particionado em sistemas de cada uma das três forças, o que parece uma redundância esquisita. Onde fica a ação conjunta, numa organização desse tipo?
no fim das contas o que parece é que fica a disfuncionalidade, falta de sinergia, um interesse de manter a coesão interna de cada corporação, quase como as fraternidades universitárias americanas, em desfavor da função real da/das forças de defesa – seja uma, três, doze – que é, afinal, a defesa.
kkkk,
Vamos acabar com a Marinha, pra criar a guarda costeira, que fará o serviço da Marinha.
Jenial
Meio que discordo contigo.
O EB tambem elegeu tambem como prioritário o MTC ( míssil de cruzeiro ) e esse aqui:
https://tecnodefesa.com.br/vbcoap-155mm-sr-uma-analise-do-mercado/
Além de outros programas menores, como o da obtenção de guinchos de combate pros Guaranis, e o programa que deu origem a escolha do Centauro.
O problema do EB é que ele, ao menos tempo em que sonha com material moderno, como MBT de ultima geração, Centauro II, mísseis de cruzeiro, etc, mantem suas estruturas do século passado, sendo inchadas e pouco sendo feito pra reformá-las, visando economia e melhor gerenciamento de gastos.
O mesmo EB que sonha com o moderno e equips. de ultima geração, ainda tem TG’s, ainda acha que treinamento de recruta se faz com 10 tiros de mosquefal por ano, e mantem um monte de estruturas inúteis no Sul do país, ainda com medo de uma invasão argentina.
O mesmo EB que sabe que seu país é imenso, mas tem uma frota de helis de transporte mínima, pro tamanho do país, e que não é móvel o suficiente.
O mesmo EB que corta pedidos de Guarani, mas gasta grana com modernização de Cascavel, veículo obsoleto.
O fato do EB ( as FA’s, de modo geral ) até hoje “empurrar com a barriga” a escolha de um sistma AA de médio/lomgo alcance, mesmo com o exemolo da Guerra na Ucrania, mostra isso.
Todas as armas precisam de upgrade. Não é possível que estrangeiros desdenham de nossas F.A. Quantos milhões foram desperdiçados em compras de material incapaz de receber upgrade, e agora são descartados. As F.A. tem de estar apostas, ofensiva e defensivamente. Por isso, a tecnologia deve ir a campo; só assim se saberá se avançamos nesse meio. O 5o pais deveria ser, pelo menos, a 5a força.
Vê-se que nada sabe….
Caro Alex. Também acho que tenho muitas limitações, por isso continuo estudando e lendo muito. Felizmente, isso se tornou um hábito. Sem pressa e sem descanso, sempre aprendendo. Talvez você possa tentar isso um dia.
O que eu li foram 42 opiniões, nada baseado em dados, teses e legislações…. argumentação frágil e estéril.
Caro Camargoer, o Brasil e enorme e claramente o EB terá que ser maior. A MB como FAB deve ser analisada pela qualidade/quantidade de seus meios e o uso dos mesmos. Tanto MB como FAB inchadas com cerca de 80k mil “combatentes” em contraste ao baixinho número de unidades aptas a guerra e com meios ultrapassados tecnologicamente em décadas. Israel tem orçamento militar de usd 19bi e Brasil usd 24 bi, nr de 2019. O questionamento, como em quase tudo aqui em nossa terra, não e o valor aplicado, mais como é aplicado e a qualidade do retorno. Ai vai, infelizmente, contra a administração de nossas forças. Falta profissionais aptos e isentos de interesses pessoais a gerir nossas forças. Todo o resto será equacionado com forças profissionais. O texto da matéria e claramente de viés político e a meu ver não espelha o que nos brasileiros gostaríamos de ver em nossas forças ( infelizmente isto se aplica a diversas áreas de nossa administração public)
Vamos partir do princípio de que quem comenta aqui gosta e importa-se com defesa e Brasil, assim sendo, doí-me o coração dizer que vi nestes governo passado uma politização quase generalizada das forças que até então supunha ter ficado legado aos tempos sombrios das ditadura militar, o exemplos são muitos, pessoas louvando torturadores, apoiando extermínio do pobre, militares da ativa fazendo política, ocupando cargos políticos, fazendo ameaças veladas e uma serie de outros comportamentos transviados que vou omitir apenas para encurtar o comentário, um completo desrespeito ao povo Brasileiro que através da democracia é soberano na escolha de seu destino.
Hoje eu vejo o conjunto das FA bem ao modo da matéria acima, com essa mentalidade mostrada são inimigos da nação, so não houve uma tragédia pq não houve condições pois na minha opinião a vontade estava ali muito bem cristalizada, é preciso uma reforma muito mais radical do que esta sendo discutido nos dias de hj, por o dedo na ferida mesmo, nada de anistia, fazer uma limpeza nessa mentalidade sob o risco dessa cobra dar um bote traiçoeiro em futuro próximo!
Excelente texto, concordo com o que foi dito praticamente em totalidade!
Concordo. Eles estão esperando uma próxima oportunidade (governo totalmente voltado à direita) para agirem. Só que na próxima vez agirão com mais experiência e agudeza.
Algo precisaria ser feito antes que ocorra. Infelizmente o atual governo mostra-se omisso nesta e em outras importantíssimas questões sociais.
O que é uma pena. Depois não adianta chorar…
A gente só não está vivendo em uma ditadura sangrenta neste exato momento pq tinha muita gente b#rr@ envolvida no projeto, prova de que o processo de ascensão nas forças é no mínimo “atrapalhado”, se na próxima escolherem gente com QI acima da temperatura ambiente a gente se lasca!
Concluindo, concordo com vc, esse governo está sendo omisso com os militares envolvidos com política e golpe!
Entendo, mas discordo de sua afirmação, os oficiais do das FFAA não tem o menor apreço ao combate ou a preparação para tal, as forças se transformaram em repartições públicas voltadas a.si próprias, falam em DEFESA NACIONAL, que inimigo convencional teremos na América do Sul entre nossos vizinhos, a grande ameaça de hoje ao território brasileiro e o crome organizado qie vem ocupando faixas inteiras do nosso território e de nossas fronteiras. Não se pode.navegar em rios da Amazônia a noite sem.ser atacado por piratas, as fronteiras do PR e MS são dominados por narcotraficantes, mas os militares dizem que não é com.eles, se preparam para uma invasão a lá Normandia, comprando blindados e navios alemães e franceses, esses últimos inclusive e que seriam os.principais interessados numa.ocupacao amazônica, mas nossos militares , além de uma.boa pensão pra.filha solteira, adoram passear em Paris as custas da.viuva
As FFAA viraram as costas para o povo Brasileiro lamentável é a pior instituição Brasileira traidores da Pátria.
Realmente CG.
Depois das eleições pareceu-me claro que estavam armando um golpe. O que efetivamente estavam. Só não aconteceu porque o micto escolhido pra encabeçar o esquema mostrou-se um c0v@rde completo.
Mas ficou a lição de que as FFAA ainda estão aí com sede de poder. O que pra mim foi uma decepção completa com essas instituições, que cheguei a crer que tinham deixado os tempos de ditadura para trás.
E sim, já passou da hora de fazer uma limpa e uma reforma nas FFAA.
1, 2, 8, 10, 11,15, 17, 18, 20, 25, 35, 37, 40, 41; são perfeitos
o 13 é relativo: depende do que seja relevante termos a independência e do que possamos ter demanda suficiente para manter a produção. Não dá para abraçar tudo: devemos ser estratégicos sobre oque produzir aqui ou não.
O 42 é perfeito também:
Um exemplo
Quando vemos a FAB diminuir a quantidade de KC390 encomendados, vemos o tanto que nossa defesa não é levada a sério.
A mobilidade é uma das principais capacidades necessárias ao nosso país. Como mover tropas rapidamente sem termos as aeronaves para tal.
Quando vemos submarinos sendo aposentados com metade de sua vida útil; sem uma modernização de meia vida que favoreça pelo menos a substituição de baterias; quando em nossa END está explícito que a principal estratégia de defesa no mar deve ser a negação de seu uso; onde o submarino é o meio necessário para está missão…… é de doer.
E a Marinha mantém lá 20.000 fuzileiros inúteis e aposenta submarinos.
Meu Deus, nos proteja!
É bom nem pensar muito, dá desânimo
A conta no CFN é proporcionalmente assustadora: são 16000 fuzileiros dos quais 10 almirantes.
E alguém me explique porquê, no total, temos quase 70 almirantes, 70 brigadeiros e 165 generais.
Se você tá abismado com o n° de almirantes, brigadeiros e generais ativos, recomendo que você NÃO pesquise sobre o n° de almirantes, generais e brigadeiros na reserva atualmente…
Difícil acreditar que alguma reforma desse tipo possa ocorrer. Sinceramente, não acredito viver o suficiente para ver isso. E olhem que tenho só 40 anos!
Caro Pedro. Eu mesmo tenho falado desta necessidade há anos, inclusive usando as palavras “perdulária” e “anacrônica” para definir as forças armadas brasileiras, causando certo incômodo em alguns colegas. Parece que eu tinha razão.
Alguns pontos são mera crítica esquerdista contra o “homem branco” em “defesa” dos índios e negros. Achei até estranho não ter pontos em defesa das pessoas LGBTQUIA+ nas Forças Armadas.
Também tem a ingenuidade de achar que conseguiríamos desenvolver todos os armamentos sem necessidade de fazer compras no Ocidente e antiamericanismo escancarado.
Destaco o primeiro ponto:
“1 – O militar fracassou em sua missão precípua. Em que pese o Brasil deter capacidade científica e industrial e dispor de um dos maiores orçamentos de Defesa do mundo, o militar não consegue negar os espaços territorial, marítimo, aéreo e cibernético ao desafiante medianamente preparado.”
Discordo na parte que o Brasil possui “capacidade científica e industrial”. Infelizmente não possui. Na verdade parte da crítica que cabe aos militares também cabe aos cientistas que pouco produzem de útil ao país, apesar do orçamento não ser pequeno e de termos centenas de universidades públicas.
Porém, concordo que “o militar não consegue negar os espaços territorial, marítimo, aéreo e cibernético ao desafiante medianamente preparado.”
As Forças Armadas viraram um fim em si mesmo, como os principais órgãos públicos brasileiros. O importante é manter os privilégios da categoria e buscar conquistar outros. Cumprir a função de defender o país é um objetivo deixado de lado. Enorme quantidade de militares nas Forças incompatível com a quantidade de equipamentos. A FAB deve ser a Força Aérea com mais pilotos por avião em condições de vôo do mundo. O mesmo deve-se dizer da marinha com marinheiros sem navios. Investe-se pouco e mal (aquisição do Turbo Trader pela MB, modernização do Cascavel pelo EB, dentre outros e focando só naqueles que são escolhas da própria Força, sem ingerência do Governo). Por isso dá para dizer que não somos páreos para enfrentar qualquer país medianamente preparado.
Caro Rafael. Sobre as universidades, é preciso lembrar que elas não são instituições de produção, mas de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, nenhuma universidade no Brasil ou no exterior possui recursos próprios para desenvolvimento de produto. Por outro lado, o caso das ultracentrífugas de enriquecimento de urânio é um exemplo de um projeto no qual a MB (não havia MInDef) financiou a pesquisa e o desenvolvimento, que contou com apoio de várias universidades brasileiras. Eu mesmo participei do desenvolvimento do transdutores de PZT para sonar quando era estudante. Então, existem vários programas de sucesso envolvendo universidades, industrias e o setor militar. Talvez falte mais projetos. Uma vez, citei como exemplo o desenvolvimento de uma sala de simulação virtual e o desenvolvimento de um programa em código aberto financiado pelas forças armas para projeto 3D, criando uma independência para o uso de programas comercias. Isso seria rapidamente aproveitado pelas industrias e pelo setor privado, gerando ganhos para a sociedade muito maiores do que teria sido usado pelo poder público. Na verdade, falta um deparamento dentro do MinDef para coordenar este relação entre as universidades e o setor industrial e as demandas militares.
Caro Camargoer,
Claro que tem alguns exemplos de algo que foi desenvolvido nas universidades e em outras instituições de pesquisa estatais que deram certo.
O ponto é: de tudo que é investido o resultado final é pequeno quando se coloca na conta tudo que é gasto com pesquisa pelo CNPq, Fapesp e congêneres, além dos recursos com programas de mestrado e doutorado que, igualmente, viraram “um fim em si mesmo”. A maioria das pessoas só quer o título para vira professor universitário, pouco importando a pesquisa em si.
Enfim, também não quero começar uma discussão paralela ao tema principal da matéria que são os militares e não os cientistas rsrs.
Ola Rafa. A impressão é que a maioria dos doutores se tornam professores, mas é o contrário. A CAPES fez um levantamento há alguns anos e mostra que 2/3 dos doutores no Brasil estão na iniciativa privada, com destaque para os doutores nas áreas de humanas. E dos doutores que estão no setor público, apenas uma fração se torna docente. A maioria dos administradores e diretores de empresas têm doutorado, por exemplo. Ontem, vi uma entrevista com a diretora-presidente dos laboratórios Fleury, que é uma médica com doutorado em cardiologia. Ela é exceção por ser mulher, não por ter doutorado. O caso do mestrado é mais amplo, principalmente desde a criação do mestrado profissional há cerca de 15 anos. Sobre o financiamento de pesquisa, é preciso separar o que é financiamento de pesquisa básica de pesquisa aplicada. A FAPESP, por exemplo, tem orçamento de 1,5% do ICMS de SP, sendo que 0,5% é para pesquisa aplicada (PIPE e PITE) e 1% para pesquisa geral (básica e aplicada). A FINEP investe em pesquisa aplicada na industira e em infraestrutura geral. Existem editais do CNPq para a industria e também tem a Embrapii, que investe exclusivamente em pesquisa no setor de produção. Acho que esta discussão é muito apropriada para um blog de defesa. Espero que o Nunão concorde. RIso
Excelente esmigalhada no senso comum, vou guardar essa informação para uso futuro.
Olá Renato. Obrigado. A gente comete muitos erros ao confiar demasiadamente no senso comum. A atuação dos doutores no Brasil é um exemplo. Os professores são a face visível dos doutores, mas é a menor ainda que a mais barulhenta. riso.
Caro Camargoer, pesquisei e não encontrei esse levantamento da Capes. Seria possível enviar o link?
Acredito que tenha muita variação de acordo com a área, não é?
Outrossim, estar na iniciativa privada não significa que não seja docente, né? Pode ser professor em universidades privadas.
Olá Rafa. https://www.cgee.org.br/web/rhcti/mestres-e-doutores-2015 Eu não sei se existe um relatório mais novo. Teria que procurar
Obrigado!
Meu Deus, o que se gasta com C&T neste país é irrisório, mas mesmo assim temos universidades presentes em rankings internacionais. Com toda a certeza nossas melhores universidades estão mais próximas do 1° mundo que as FAs, principalmente considerando e comparando o quanto se investe e o quanto se produz.
O orçamento das universidades e instituições de fomento não é irrisório.
A USP tem um orçamento de quase 2 bilhões de dólares e a distância que a separa de um MIT é tão grande quanto a que separa o EB do US Army.
Praticamente a única patente da USP é o efeito flash do Vonau Flash.
Também é bizarro o Brasil não ter conseguido desenvolver uma vacina para covid19 em tempo semelhante a institutos e universidades de outros países.
E antes que alguém tire alguma conclusão sobre mim eu sou formado pela USP.
Olá Rafael. São duas coisas diferentes. Um é o orçamento da universidade empregado no ensino, lembrando que a Universidade Pública brasileira é gratuita. Outra coisa é o orçamento para pesquisa. O custo médio de um estudante de graduação hoje em uma universidade pública fica entre entre R$ 20 mil ~R$ 25 mil por ano (cerca de US$ 5 mil, muito abaixo do que uma universidade média dos EUA). Outra coisa são os recursos para pesquisa, que são oriundos das agências de fomento (CNPq, FAPESP, FAPERJ, FAPEMA, etc, e parte da CAPES, além de outros recursos da FINEP). Infelizmente, é pouco. Apenas para vocẽ ter uma comparação, o CNPq está avaliando as propostas do edital Universal (que atende todas as áreas). As propostas são limitadas a R$ 25 mil por pesquisador para 3 anos. É pouco sim.
Mas parte do orçamento das universidades é direcionada para pesquisa, que faz parte do tripé ensino-pesquisa-extensão. Aliás, a remuneração do professor não é apenas para dar aula, correto? Então os valores pagos a título de remuneração também são investimento em pesquisa.
É um custo bem alto, não? Muito acima de uma mensalidade em faculdade particular, principalmente nos cursos de humanas.
No mais, esses baixos valores por pesquisador ajudam a confirmar a minha tese. Gasta-se muito, mas gasta-se mal. Tem muita gente para a verba disponível. Igual as Forças Armadas.
Olá Rafael. A parte do orçamento das universidades usadas para pesquisa seria o custeio da infraestrutura (energia, água, internet) e o salário dos professores e técnicos. Os recursos para a construção e manutenção dos prédios de pequisa são obtidos por meio de projetos apresentados para as agências de fomento. Existem trẽs tipos de vínculo. 20h e 40h que permitem o servidor ter um segundo emprego e Dedicação Exclusiva, no qual o servidor só pode atuar na universidade. Como todos os docentes devem exercer a docência (exceto aqueles com ocupando cargos administrativos), então apenas “parte” do salário seria pesquisa. È muito difícil saber quanto do salário é pago ao professor e quanto é pago para o cientista, porque as duas atividades são indissociáveis, assim como as atividades de extensão. Sobre o custo médio do custo do estudante de graduação, é compatível com a estrutura ofertada. Por exemplo, a maioria dos docentes de universidades públicas tem doutorado. Uma boa conta de comparação é dividir o valor gasto em pesquisa pelo número de artigos publicados. Os pesquisadores brasileiros são mais produtivos que os dos EUA, Europa, China e Japão.
O orçamento de uma universidade é uma coisa, o orçamento de PESQUISA obviamente é uma fração disso. E vc está enganado quanto a distância, entre USP/MIT x EB/US Army só mostra seu desconhecimento, é isso que dá só se relacionar com pessoas da caserna. Em 2018 a USP já tinha 1.299 patentes, não tenho dado atual.
“(…) crítica esquerdista (…)”
Ai amigo…. Desculpa a honestidade.
Mas vc deve ser o tipo de pessoa que ainda acha que as forças armadas são o “poder moderador”.
Vc não está pronto pra esse texto.
Olá Lucas. Você tocou em um ponto importante para o debate que é o efeito Dunning-Kruger, que ocorre quando a falta de habilidade compromete a própria capacidade de avaliar a própria habilidade. Isso ocorre com frequência em relação a compreensão de assuntos complexos.
Fiquei curioso se o efeito está recaindo sobre mim, sobre o Lucas ou sobre você rsrs.
Ps: respondi ao Lucas anteriormente e está aguardando aprovação.
Olá Rafal. Pois é. riso. Um dos aspectos do efeito Dunning-Kruger é que o indivíduo com habilidade limitada tem uma elevada autopercepção; Ele realmente acredita ser muito hábil. ainda que a avaliação prática mostra sua inabilidade. Já o indivíduo hábil, conhecendo as dificuldades e os obstáculos, faz uma auto-avaliação rigorosa, ainda que sua avaliação prática mostre o contrário. Assim, o fato de duvidar da própria habilidade é um indicador positivo.. riso. OU seja, confie em quem desconfia de si mesmo, e desconfie de quem tem muita confiança.
Eu conheço o efeito e por isso achei engraçado o comentário. Acho que nenhum de nós três acha que ele se aplica a nós, mas se aplica ao outro rsrs.
Riso. Eu sei. Também achei muito apropriado, mas o engraçado é que o fato de você questionar se você teria falsa habilidade por excesso de inabilidade sugere que seu senso crítico é suficientemente aguçado pela própria habilidade. Riso. Quem entender o que escrevi, pode solicitar um certificado “negativo” do efeito Dunning-Kruger. Uma coisa claro no artigo original dos dois pesquisadores é a necessidade do teste de habilitação, independente da auto-avaliação ser positiva ou negativa.
Errrrrrouuuuu.
Acho que as Forças Armadas não tem Poder Moderador algum na Constituição da República e, inclusive, esse poder também era uma aberração na Constituição do Império, a única que o previu, mas nas mãos do imperador. E ainda acrescento: militares não tem que se envolver com política, muito menos dar golpe de Estado.
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Se você não vê um viés ideológico esquerdista nos itens 28 a 34 quem não está pronto para esse texto é você. Ademais, o mundo não é apenas formado pela extrema-esquerda e pela extrema-direita. Há muita gente que usa a cabeça e pensa fora desses polos que tão mal fizeram e fazem ao Brasil.
É preciso ter uma reforma política e judiciária urgente e modernizar as FAs,quanto ao texto sem comentários,parece que foi feito numa roda de um DCE da vida e escrito totalmente por um canhoto e partidário.
Item 20:
Se o papel das FFAA é a defesa do país contra um inimigo externo e não se envolver em atos antidemocráticos, não vejo razão para não se discutir a união das FFAA.
Este deveria ser o item 43 desta lista: discutir-se a unificação das FFAA, racionalizando gastos, removendo gastos/cargos e missões redundantes, aumentando a eficiência do gastos em defesa
Explicando melhor, para deixar claro que não estou defendendo este ou aquele governo:
Quando cito atos antidemocráticos, não estou me referindo a nada específico.
Sempre ouvi que o obstáculo principal à discussão sobre a unificação das FFAA é a necessidade de se manter 3 forças independentes com o intuito de dificultar qualquer tipo de intromissão de uma das forças em nossa democracia.
Se esta preocupação não existir mais, não há razão para não se discutir a unificação das FFAA.
Não precisamos ter 3 cadeias de comando separadas se as 3 forças deverão sempre atuar em conjunto. Imagine a simplificação envolvida! A diminuição de efetivo e gastos redundantes! Imagine o fim do empurra-empurra de responsabilidades.
Isto é um assunto que precisa ser seriamente discutido.
Não precisa ir ao extremo de transformar as 3 FA´s numa só, mesmo porque praticamente não há precedente disso, e simplesmente não sabemos se isso daria certo por aqui.
Mas o que deveria ser feito pra ontem é a máxima unificação de estruturas de treinamento, munição com calibre comum, equips. e veículos de uso comum pras 3 Forças, unificação e simplificação da logística.
As 3 FA´s usam o Caracal, mas até o momento não há nenhuma escola de pilotos unifdicada pras 3 Forças, e nenhum centro integrado pra manutenção deles.
E isso é apenas um exemplo.
Uma das primeiras coisas que lembro é que existem uma polícia do exército, uma de marinha e outra de aeronáutica. Haja crime e contravenção.
fora que implica na situação que comentei até em outra publicação: essa divisão terra-mar-ar não seria um resquício anacrônico de séculos atrás em que ora se fazia guerra em continente, ou em mar? e as intermináveis discussões sobre a possibilidade de aviação de exército e marinha também. curioso que por outro lado a FAB não possa pedir para ter navios ou guaranis (não que isso fosse útil, mas apenas a título de ilustração de como essa divisão tridentina tem limitações)
14 – Não há explicações aceitáveis para a elevada dependência externa do Brasil em material bélico. Os escritórios das Forças Armadas nos Estados Unidos e na Europa precisam ser desmontados. A subalternidade ao estrangeiro poderoso esvazia a retórica da incolumidade territorial.
e
32 – A coesão dos brasileiros, sendo a viga mestra da Defesa Nacional, a amizade com os vizinhos representa sua primeira grande escora. O militar brasileiro evita a integração sul-americana para não desagradar Washington.
As forças armadas brasileiras são o maior fã clube de americano do mundo. Um reflexo disso é a área de comentarios da trilogia. se vc critica o brasil tá tudo certo, mas vá criticar os estados Unidos pra ver kkk freud explica
Gostaria de prestar meus cumprimentos ao Manoel Domingo Neto! Até hoje, não tinha lido um estudo tão objetivo e certeiro em cada um dos seus apontamentos e razões sobre uma reforma que seria tão bem sucedida e necessária as forças armadas brasileiras. Em resumo: é exatamente isso! O Brasil tem necessidade de forças armadas profissionais, bem equipadas e bem pagas(principalmente: praças e oficiais de baixa patente) e conscientes de seu papel constitucional. Forças armadas não têm, de forma, alguma ter qualquer envolvimento político, forças armadas, não são um ramo de poder. Forças armadas não têm que dialogar: têm que obedecer de acordo com as regras constitucionais e pronto; não interessa se general, almirante ou brigadeiro vai fazer beicinho. Os brasileiros têm que ter a certeza de que se algum dia, num cenário futuro de médio ou longo prazo, se alguma potência militar ameaçar a integridade de nosso território nacional ou os direitos soberanos de nosso país; poderemos contar com as forças armadas como um escudo protetor e não como um agente de instabilidade interna cujos caprichos devem ser sempre apaziguados
Deixando de lado a clara falta de conhecimento ou elaboração técnica em suas fundamentações pontuais a respeito da estrutura, onde existe apenas jargões e clichês que estamos cansados de ler, ao menos o autor deixa claro que tal reforma teria o intuíto de qualquer outra reforma que se promove no Brasil: moldar instituições ao interesse da corrente política que detém o poder sobre o Estado. Nada de novo.
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Que as forças necessitam de uma modernização tecnológica e estrutural, todo mundo sabe. A falta de tais reformas aliada a um Ministério da Defesa que pode ser resumido como inútil, expõe as instituições a este tipo de proposta mirabolante e utópica, que mira a cooptação política do instrumento de guerra do Estado.
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No mais: é preciso destacar que o PCdoBista teve coragem com todo este “papinho” de Tiradentes, ao incitar a quebra do pilar fundamental que rege instituições militares, que é a hierarquia. Viva lá revolucíon, “cumpanheiro”!
“Manuel Domingos Neto é professor aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF), ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED) e ex-vice-presidente do CNPq.”
Esse autor, com essas citações, tem uma “clara falta de conhecimento ou elaboração técnica em suas fundamentações pontuais a respeito da estrutura…”
Quem sabe tudo é o “mestre” Bardini!
Tá SERTO!!!!
É esse o nível…
Sabe mais que você.
“Esse autor, com essas citações, tem uma “clara falta de conhecimento ou elaboração técnica em suas fundamentações pontuais a respeito da estrutura…””
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Caso você não tenha percebido, só destacou posições advindas de articulação e posicionamentos dentro do mundo da política. Nem aí a coisa é técnica.
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O cerne da questão abordada pelo autor é a participação política das forças no último mandato presidencial, onde ele fundamenta uma solução em forma de reforma. Participação política de militares é um problema em qualquer lugar do mundo. No entanto, a solução apresentada de forma pontal chamada de “reforma” está totalmente alinhada a sua visão política do autor. Em termos de lógica e dentro de outras publicações do mesmo, a os interesses se contrapõem.
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Não existe novidade no tocante a necessidade por uma modernização tecnológica e estrutural em nossas forças. Mas tal empreendimento deveria ser realizado com base nos conhecimentos e estudos elaborados por pessoal de cunho técnico, visando deixar de lado demandas e alinhamentos do mundo da política. Desta forma, seria de maior relevância contar com a extensa participação de militares e engenheiros, principalmente os qualificados em sistemas logísticos no estado da arte. Não precisamos criar uma Universidade para isto. O material humano para executar tais modernizações existe.
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Veja:
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“35 – O militar foge da discussão sobre a Defesa Nacional. Pede mais recursos públicos com argumentos inconsistentes.
As dimensões territoriais do país, o tamanho de sua população e de seu PIB não são motivos para engrossar fileiras: a capacidade de uma corporação militar pode ser inversa ao seu tamanho. Diante de mísseis hipersônicos e drones furtivos, pouco valem homens preparados para a luta corpo-a-corpo.”
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Qual a fundamentação técnica deste ponto?
Advogar mudanças baseadas em um gigantesco emaranhado de clichês, apontando os armamentos da moda, não reduz a importância de estruturas, váriados sistemas de combate tradicionais e estabelecidos, muito menos do soldado e seu fuzil.
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Uma força combate como um conjunto.
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Armamentos de elevada complexidade tecnológica são agregados ao conjunto para entregam maior efetividade no cumprimento de uma missão, mas por vias de regra, não substituem outros sistemas de combate. É uma sobreposição de subconjuntos, onde existe um mundo de complementariedades e redundâncias.
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Como exemplo, basta ver o atual conflito da Ucrânia: os russos não só possuem a vantagem tecnológica, como realizaram uma enormidade de ataques com armas de precisão. Qual o resultado, depois de mais de um ano e meio de conflito?Tais vantagens e armamentos dispensaram a necessidade de ter uma grande quantidade de soldados disponíveis para realizar um sem fim de operações ao longo de toda uma frente de combate, sua retaguarda e demais esforços de guerra, indo até as questões mais fundamentais da logística? Tais vantagens tecnológicas dispensaram a necessidade de ter uma grande quantidade de material humano capacitado em realizar operações militares, repondo baixas em um conflito de desgaste?
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Achismos por achismos, todos temos. Eu ao menos expressos os meus, dizendo: “acho que”, “penso que”, “talvez”…
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E aí, temos contradições também:
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“7 – O político não pode reconhecer as corporações armadas como interlocutoras. Soldado é treinado para obedecer e mandar, não para dialogar. Comandantes precisam ser consultados sobre a Defesa, mas a sua concepção e condução cabem ao político.“
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Depois:
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“40 – A premissa “força” é negada pelo emprego dos recursos destinados a Defesa. Se as Forças Armadas pretendessem demonstrar “força”, reduziriam seus gastos com pessoal em benefício da produção autônoma de armas e equipamentos avançados.“
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Eu poderia simplesmente apontar a contradição, mas veja algo ainda mais fundametnal: em momento algum o autor trás a tona a questão da Estratégia Nacional de Defesa, que é tão mal elaborada, generalista e vaga em suas atribuições, que pode justificar qualquer ação ou falta dela, por parte dos administradores de nossas forças. E isto ocorre, pelo fato de que toda a problemática desta proposição de pontos, é de cunho de interesse político e não técnico.
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É fácil afirmar que as forças poderiam reduzir seus quadros. Clichê… Praticamente todos neste espaço em algum momento, já afirmaram isto. No entanto, é preciso lembrar que não foi estabelecida uma orientação específica para tal redução, que deve ser seguida pelas forças. Se não foi, as forças estão erradas mantendo-se como estão?
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Além do mais, toda essa tal necessidade de redução dos quadros está muito mal abordada. Nosso problema é o número de inativos e consequentemente, o número de integrantes das forças que vão cair neste pacote deste tipo de gasto futuramente. O número de ativos não é o nosso problema!
Obrigado por ter a pacência de passar alguns dos pontos contraditórios dele.
E o que sempre me deixa irritado é esse papo de criação de ‘Universidade de Defesa’ o que é absolutamente ridículo. É uma reformulação de uma idéia já bem louca de anos e anos atrás visando a criação de um instituto específico para formar os ‘profissionais’ que iriam atuar no Ministério da Defesa, mais ou menos como faz o Ministério das Relações Exteriores. Isso é um tapa na cara da academia como um todo e mais um cabidão de empregos que vai ser regido e angulado pela claque política que estiver no poder.
Enquanto isso você diminui ou simplesmente encerra o debate aonde ele precisa acontecer, que é na academia como um todo. Se já não existe incentivo para centros de pesquisa e desenvolvimento de pensamento voltados para Defesa (think tanks) em universidades como um todo, com isso então a coisa passa à definhar ainda mais e com isso se adota um pensamento monolítico, que é basicamente o que esse cara parece querer sugerir, apesar do discursinho inclusivo.
Tem muita coisa interessante, muita coisa certa e também muita coisa contraditória nisso aí.
O texto é um lixo.
Algumas coisas tem sentido. Outras s/ fundamentos sólidos. E até as vezes passado a impressão de opinião de um Militante ideológico do PT. Disse entre outras baboseiras o exesso de gente, discordo pois c/ a tecnologia existente, é o minimo de efetivo necessário. A exemplo estamos a adquirir artilharia auto-propulsada de 155mm. Tivemos a opcao de escolher as modernas onde apenas 3 militares capacitados operariam. Mas o Brasil optou em peças de 155mm que utilizam 6 a 7 militares por não serem tão avançadas. Ou seja, não estão preocupados em modernização e customização de efetivos. Quem realiza os processos de modernização precisa acordar e se atualizar no contexto bélico mundial.
Há tópicos interessantes, mas muitos pontos estão contaminados por ideias esquerdistas, precisamente oriundas do Gramscismo (uma ideologia nefasta para sociedade brasileira).
Caro. Vale a pena pensar no ítem 12:
“É possível imprimir novos rumos às fileiras sem rupturas institucionais: cabe compatibilizá-las com a Constituição. O militar tem que respeitar o pluralismo político que fundamenta a República. Ao diabolizar a esquerda, pisa na Carta e empobrece o intercâmbio de ideias. A reforma deve eliminar seu pavor às mudanças sociais e comportamentais.”
Mas o militar não respeita o pluralismo político? Eles não estão nesse momento recebendo e cumprindo ordens de um presidente de esquerda, tal como fizeram de 2003 a 2015?
Não existe militar esquerdista? É expulso da caserna?
No mais, eu vejo muito mais intolerância política na esquerda, para qual não existe centro-direita ou direita, é tudo extrema-direita ou ultradireita e sempre como sinônimo de fascismo. A esquerda busca sempre silenciar a direita. No jornalismo, nas universidades, nos sindicatos, na política e etc.
Caro. Os recentes fatos mostram que parte dos militares despreza a esquerda por motivos ideológicos. Basta lembrar que o comandante da MB não compareceu á cerimônia de posse do novo comandante. Também é possível lembrar das falas e declarações de vários oficiais generais (das trẽs forças) durante os anos recentes. Claro que existe a direita e a esquerda democráticas, assim como existem a extrema direita e a extrema esquerda. È um erro ignorar isso, assim como é um erro ignorar que as forças armadas brasileiras tem um viés de direita. característico do anticomunistmo. Isso fica claro ao lembrar que as forças armadas ainda defendem o golpe de 64 como legítimo.
Sim, concordo que parte deles despreza, mas, no final das contas, não apoiaram um golpe de Estado e estão sob comando de um presidente de esquerda.
Outrossim, não é exatamente a mesma coisa (talvez até em menor grau) do que as universidades fazem com a direita? Nós também vimos diversos “boicotes” a ministros de direita e ao próprio ex-presidente.
E assim como eles defendem o golpe de 64 como uma revolução, a esquerda defende diversos golpes de Estado como revoluções e várias ditaduras como democracias (não preciso lembrar as recentes declarações do atual chefe de Estado sobre a Venezuela e sua democracia relativa, né?). A verdade é que para os extremistas, sejam de direita ou de esquerda, ditaduras são apenas do polo oposto. Os seus governos são sempre democráticos e legítimos.
Rafael. Na história do Brasil, todos os golpes de estado foram feitos pela direita com o apoio dos militares, inclusive a deposição de D.Pedro I. A universidade é um ambiente de debates, tanto que a Janaina Paschoal, que foi deputada, é professora da USP, assim como Haddad. A universidade é o espaço por excelência da diversidade e do debate. Tem de tudo. Basta passar no concurso.
Na teoria: “A universidade é um ambiente de debates”
Na prática: político de direita sai de campo universitário sendo agredido junto com outras pessoas após ser convidado para um debate.
“Esquerdista” é o novo bicho papão de gente grande.
Ninguém sabe definir bem o que é. Mas qualquer coisa que gera desconforto ganha essa rótulo.
Alguns pontos discordo e considero enviesados, mas outros são certeiros, por exemplo: 35, 36, 37, 40, 41 e 42, se tratam do problema central da defesa no Brasil. Deixei alguns pontos (e provavelmente alguns erros de português) que discordo abaixo:
3 – … “também porque é escaldado pelo terrorismo de Estado praticado pelos comandos militares.”
– terrorismo de estado é exagero
4 -Muitos admitem que as corporações devem estar subordinadas ao poder político, mas isso é impossível devido à inexistência de um corpo civil especializado e de um acervo de estudos atualizado. O Brasil precisa de uma Universidade da Defesa Nacional dirigida por um civil.
Prefiro deixar a tomada de decisão com os militares, tenho muito receio do uso político da aquisição de equipamento de defesa. Ex.: se o estado X produz canoa para o EB usar na Amazônia, os políticos do estado X vão usar sua influência para pendurar canoa até em avião da FAB. (Apesar de acha controvérsia a tomada de várias decisões por parte dos militares nos últimos anos, principalmente a MB)
11 – … “Adolescentes devem ser socializados em estabelecimentos civis” – 99% já são
12 – É possível imprimir novos rumos às fileiras sem rupturas institucionais: cabe compatibilizá-las com a Constituição. O militar tem que respeitar o pluralismo político que fundamenta a República.
As forças armadas brasileiras são gigantes, achar que não tem pluralismo ou que todos pensam igual ou é ingenuidade ou forçar a barra.
14 – Não há explicações aceitáveis para a elevada dependência externa do Brasil em material bélico. Os escritórios das Forças Armadas nos Estados Unidos e na Europa precisam ser desmontados. A subalternidade ao estrangeiro poderoso esvazia a retórica da incolumidade territorial.
O elevado nível de dependência de material externo é porque o orçamento vai todo para pessoal e não sobra muito para investimentos.
Não faz sentido desmontar os escritórios no EUA, e Europa. Os EUA se “combinar direitinho” nos cedem equipamentos de graça ou quase de graça, e se fecharmos todos na Europa, podem atrapalhar o andamento de alguns programas estratégicos, como o Gripen e Centauro (mas se tiver algum aberto em algum país para não fazer nada vale a pena fechar)
20 – O militar não pode conduzir a Defesa porque forças de terra, ar e mar não se entendem quanto aos seus papeis.
O desentrosamento é oneroso: enseja sobreposição de estruturas, em particular no ensino, pesquisa, assistência médica e produção de armas e equipamentos.
Prefiro um militar do que um civil que só está no Ministério da Defesa pelo toma lá, dá cá com o congresso
27 – A propaganda das Forças Armadas nos veículos de comunicação é nociva. Quando o militar disputa a simpatia popular, se confunde com o político.
Acho nociva pelo desperdício de dinheiro público, e não pelo “papel político”
28 – Reformas sociais são indispensáveis a uma Defesa que tenha como viga mestra a coesão nacional. Disparidades de renda e de oportunidades, bem como desigualdades de desenvolvimento entre as regiões desprotegem o Brasil.
Esse ponto pode ser facilmente deturpado como tentava de justificar indicações políticas nas FA, promoções de oficiais com viés políticos partidário, e/ou cotas
33 – Não obstante Lula ser favorável à integração sul-americana, a Política Nacional de Defesa em análise no Congresso prioriza alianças estratégicas com potências imperialistas.
Podemos fazer exercícios bilaterais, trocas de informações, etc, mas infelizmente alguns países não devem ser levado a sério, e citar o Lula como exemplo não dá, só faltou colocar para fazer parceria com a Venezuela. “Potências imperialista”, será a desculpa eterna para qualquer problema que o Brasil não consegue resolver por incompetência própria
34 – O Brasil é um dos poucos países em condições de dissuadir potenciais agressores a partir da construção de um sólido bloco capaz de impor respeito no tabuleiro internacional. O Brasil precisa liderar a integração sul-americana.
Muitos países da américa do sul são instáveis, tem algumas desavenças com seus vizinhos, ou/e forças armadas irrelevantes. No final das contas não vão dissuadir ninguém, as exceções talvez sejam Chile e Colômbia, porém não vejo alguma ameaça externa para que os dois países tenham interesse em criar um bloco militar.
Só vou me ater a debater esse ponto 4 que você falou.
O Min. da Defesa foi criado em 1998 e até onde eu saiba, nunca teve um concurso público até hoje. Ou seja, é praticamente inexistente um corpo formal, dedicado e estável dentro do Ministério.
Os militares que lá estão são alocações que, até pela carreira militar como é (a necessidade do militar “rodar” para obter suas promoções), são de relativamente curta duração. Assim, é praticamente inexistente dentro do ministério da defesa especialistas com 10-15-20 anos de experiência para formular os embasamentos técnicos das políticas de Defesa. Fica tudo na base da vontade dos alocados daquele momento.
Quando o acadêmico fala em ser gerenciado por civis é isso. Não são só as indicações políticas que mudam entram governo e sai governo, mas de um corpo técnico de civis que dediquem sua carreira ao ministério e não à sua progressão de patentes como é no estamento militar.
De fato, a imensa maioria do quadro do ministério da defesa é de cedidos e militares. A desproporção entre servidores civis e militares é imensa e reflete bem os itens 11 e 12 sobre endogenia. Também gostei muito das questões levantadas nos itens 15 a 17 sobre a necessidade de separar o militar do policial e o benefício que isso traria em termos de segurança pública.
Aposto que os editores discordam de vários pontos, mas desejo parabéns ao FORTE por trazer opiniões tão diversas ao lugar-comum. Não tem solução se os problemas não forem encarados com diversidade de ideias.
Que lixo
Caro Vortex. Talvez fosse mais adequado você apontar alguns pontos nos quais discorda do autor (não precisa ser todos, porque é evidente que você discorda bastante) e colocar o que seria, em seu ponto de vista, os equívocos do autor e qual seria a sua proposta. Isso seria mais apropriado para o debate. Do modo como escreveu, seu comentário tem pouca utilidade.
Concordo.
O que só corrobora a capacidade do texto em expor o “pensamento” limitado dos milicos, ainda mais na mamata.
Uma necessidade de reforma seria a substituição desses três esquilos da foto da matéria por três AH-1Z Viper!
Alguns pontos fazem total sentido e são completamente coerentes. Ja outros, apenas demonstram uma total falta de conhecimento técnico e de estrutura, o autor usa apenas frases de efeito e não propõe nada realmente alcançável.
Mas ainda sim é louvável que reconheça a necessidade de uma reforma urgente, só assim estaremos minimamente preparados para um improvável porém não impossível conflito.
A pergunta que fica é: quando essa tao sonhada reforma ira acontecer? O EB apresenta um comportamento incoerente, por um lado quer se modernizar e se equiparar pelo menos em núcleos de excelência aos melhores exercitos do mundo. Ja por outro lado, ainda esta preso a tecnologias e mentalidade do século passado.
Análise muito lúcida. O problema é implementar qualquer mudança numa instituição conservadora, voltada para exclusivamente para o pagamento do soldo no final do mês, e que não entende a utilidade prática em investimentos em pesquisa e na proteção da indústria bélica nacional. Falta uma doutrina militar própria, lideranças capazes, e noção do sentimento de pátria: nisso a Ucrânia e EUA estão anos luz à frente! Fora isso…
Olá Arthur. Há algum tempo, escrevi que os militares tiveram mais de 30 anos desde a redemocratização, para reformar a sua estrutura (perdulária e anacrônica), mas fracassaram nesta tarefa. Como esta reforma é urgente e necessária, ela terá que ser feita de fora para dentro, a partir do poder civil.
Quando Golbery do Couto e Dilva morreu, morreu o único gênio da geopolítica que o EB produziu nos últimos 70 anos. Hoje, o EB é como um paciente sequelado de AVC: a parte cognitiva está morta.
Olá Arthur. Tive a sorte de ler todos os livros do Golbery durante a graduação. Continuam excelentes.
“O combatente da “selva” formado pelo Exército passa ao contribuinte a impressão de capacidade para defender a Amazônia, mas serve essencialmente para combater brasileiros insatisfeitos e alimentar propaganda enganosa.”
Esse foi um dos pontos certeiros!
falou bastante bobagem…
…bem menos que você em apenas uma linha.
42, perfeito!
Só não aprende as lições da guerra moderna quem não quer. Se não fosse uma razoável capacidade de defesa antiaérea a Ucrânia já teria sucumbido.
Nesse quesito não bastam caças, precisamos de sistemas de defesa antiáerea (em camadas como afirmam os especialistas), mísseis antinavios. inclusive disparados da costa e uma boa e eficiente marinha.
Não temos nada disso.
O sujeito que atreveu-se a escrever estas asneiras é um completo imbecil ou é um comunista nefasto, o que dá no mesmo. Não tem a menor idéia do que seja um patriotismo, a ponto de dar a vida pelo País. Esse é daqueles “machões” atrás de uma tela de computador que pensa que entende alguma coisa. Na verdade o que ele diz é o que o Ladrão que está no poder quer fazer, esvasiar as FA e criar, à maneira de Venezuela, Cuba e outros, a tal guarda, que serve para matar as pessoas que pensem diferente deles, mas para defesa do País, não dá nem para o cheiro.
É um comuna soberbo e imbecil. Nunca pisou num quartel. Acha-se acima do bem e do mal.
Não posso dizer que concordo com todos os pontos ( alguns como os de natureza política tem viés claramente ideológico), mas quando ele fala da questão de equipamentos, ou da dependência (praticamente uma submissão) aos equipamentos e doutrinas ocidentais (leia-se Otan) e das questões de ordem administrativa como mal uso das verbas destinadas as forças ou pessoal excessivamente inchada e insuficiente eu concordo integralmente.
Teve alguns colegas nos comentários abaixo que citaram os projetos estratégicos como o kc 390 da fa e o submarino nuclear da MB , na ocasião o EB escolhe oque como estratégico? O guarani, e pior agora coloca 36 obuseiro auto propulsados e importados como estratégico, 36! E ainda pra pagar em 10 anos, enquanto isso não temos uma defesa anti aérea que presta 🤦
Ideologia é como sotaque, só reparamos quando é diferente da nossa. Tenho minhas ressalvas mas, no geral, o texto tem mais acertos que erros.
O que poderia ser benéfico se mostra suspeito,devido ao escancarado teor ideológico do texto. Achei hipócrita a forma como se propõe fazer uma discussão importante,que é o papel das FFAA na nossa sociedade…No fundo é uma defesa de que o poder militar deva estar sob firme controle da esquerda.
Concordo com a abolição do serviço militar obrigatório e a formação de analistas civis de Defesa Nacional , o resto é tudo bobagem ! 1)A Função primaria das forças armadas é a segurança nacional , e o bom funcionamento e equipamento das mesma JAMAIS deve ser comprometido em função de politica industrial nenhuma… 2) Não cabe ao ministério da Defesa promover rancor contra Portugal e os Portugueses. 3) Aquisição de equipamentos na Europa e nos EUA a principio não compromete em nada a segurança do Brasil, muito pelo contrario , promove o funcionamento das forças em estado de arte. 4) A Ênfase orçamentária nas forças terrestres está absolutamente correta e deve ser mantida ! Desde os tempos do império romano sabemos que o território é de quem ocupa o espaço.
5) Os recursos aeronavais devem ser empregados numa linha pragmática que visa a segurança das rotas comerciais , recursos naturais e o meio ambiente. E não precisamos de nenhum recurso extraordinário para isso , mas apenas priorizar as coisas certas.
Sobre 1…
Todas as forças armadas que você admira… veja bem… eu disse TODAS…
Utilizam suas forças armadas como instrumentos de Política Industrial e de Ciência e Tecnologia.
Como você falou… Segurança nacional. Só que segurança (mais uma vez em todas as forças que você admira) possuem um conceito MUITO mais amplo do que “proteger o território às invasões estrangeiras”. A Defesa é apenas UM elemento da Segurança Nacional que envolve: Segurança alimentar, segurança energética, segurança comercial, segurança hídrica, segurança ambiental, segurança tecnológica. Elementos que constituem o grau de Soberania de uma nação.
Sim… Forças armadas são sempre utilizadas como instrumentos de Política Industrial e de Ciência e Tecnologia. Não à toa você está aí no seu computador, na internet, no touch screen…
Eu disse que não deveriam ser usadas em DETRIMENTO de seu correto funcionamento. Se for conciliável tudo bem ! Agora arruinar financeiramente as forças armadas e deixar o país indefeso a resposta é : NÃO! Os demais elementos que você citou são competências de outros órgãos do governo e não do MD. Segundo NENHUM país no mundo tem essa soberania que o senhor cita mais uma vez : NENHUM! Agora sim TODAS as forças armadas que eu admiro CONCILIAM projetos de engenharia e tecnologia na medida de suas demandas de acordo com suas respectivas capacidades.
Na pressa não entrarei em pormenores agora, mas discordo da maioria dos itens… uns por terem viés ideológico, outros, q embora façam sentido, só seriam possíveis em um país rico, o q passa longe daqui. Políticos no Brasil … complicado, basta ver a ficha corrida do atual presidente. Aceitar mudanças na sociedade? Se for pra melhor sim, mas o q se apresenta está longe d ser aceitável.
Caro, e não discordar de um argumento com viés ideológico não seria também um argumento ideológico? Um argumento técnico pode ser rebatido por outro contra-argumento técnico. Contudo, se o argumento é ideológico, não seria o contra-argumento igualmente ideológico?
O melhor desse texto é a “Nota da Redação”
Caro. A qualidade de alguns comentários também se destacam.
Primeiro reduzir os efetivos da Marinha e força aérea para 50.000 homens cada. O exército pode continuar com 200.000 soldados.
Segundo 90% do efetivo nas forças armadas temporários máximo 15 Anos sem pensão aposentadoria militar.
Terceiro orçamento das 3 forças armadas igual 33% para exército, Marinha e força aérea. Aumentar investimento em equipamentos e colocar um teto de 60% no pagamento de salário e pensão aposentadoria.
Reduzir os efetivos no RJ e Sul das 3 forças e enviar para o Norte.
Fazendo isso já melhora bastante.
Em linhas gerais, concordo com com as proposições.
E parabéns ao FORTE por trazer um texto que não apenas foge do decrépito corporativismo militar, como o fustiga.
O momento atual me causa muita preocupação, principalmente quando vemos um professor de alto nível, publicando um texto totalmente direcionado por questões partidárias, ideológicas e doutrinárias, cujo o único intuito é o de depreciar as forças armadas e seus integrantes, impondo a ideia de que as forças armadas não são parte do seu povo, como se cada integrante não tivesse vindo da nação brasileira.
Não ficou clara a formação nem a função acadêmica do autor que lhe qualifica além do achismo. Realizou pesquisas sobre o assunto fundado no método cartesiano? Se não, é só achismo mesmo. Os outros títulos apresentados são quase honorarios.
Pouca coisa. Doutorado e pós-doutorado na Sorbone, 11 livros publicados, orientou 20 mestrados e 9 doutorados. http://lattes.cnpq.br/0574664171968622
Faltou mencionar que o autor foi deputado federal pelo PCdoB
https://www.camara.leg.br/deputados/1532/biografia
O Roberto perguntou sobre a carreira acadêmica do autor. E por que o fato do autor ter exercido um mandato federal seria ruim? Eu conhece uma longa lista de deputados excelentes e outros que foram cassados por crimes eleitorais. Se o autor exerceu o mandato sem ser cassado por crimes eleitorais ou improbidade administrativa, isso parece-me bom.
Aliás, faria diferença se tivesse sido um deputado pela ARENA? Ou pelo PL atuai?
O fato dele ter tido um mandato não tem nada de mais.
Porém, o fato de ser (ou ter sido) filiado a um partido político de viés extremista que, como instituição, não apenas participou diretamente como até hoje defende atos violentos – como guerrilha e terrorismo – como meios válidos para a resolução de conflitos, compromete a credibilidade do autor como um estudioso imparcial.
Mais do que isso, o autor nem sequer se preocupou em esconder seu interesse em moldar as Forças Armadas para que se enquadrem em sua visão particular de mundo – que é antagônica ao posicionamento atual das forças e que tampouco recebe o apoio de uma parcela muito significativa da população.
Extremistas, como o autor, só falam em “pluraridade” quando o seu lado está em desvantagem, jamais quando são hegemônicos. Nesses casos, o divergente nada mais é que do um “bom alvo, para uma boa bala, em um bom paredão”, como disse o sr. Mauro Iasi, do PCB (irmão siamês do PCdoB).
Em tempo: eu sei que o Iasi estava citando um poema de Bertold Brecht, mas dado o contexto, a declaração não fica menos aterradora.
O autor relata suas ideias e soluções, com a profunda vivência e sabedoria de quem aparentemente não teve coragem nem para ter sido UM Soldado Recruta. Essa sua Cartilha vermelha, não engana ninguém, Senhor Déspota Esclarecido 2.0!
Pois é. Ele tem doutorano e pós-doutorado na Sorbone. Podia ter sido soldado.
Prezado, Carmargoer. Poderia ter sido os dois. Primeiro soldado e constatado o descalabro das forças armadas brasileiras; e, logo em seguida, erudito.
E é nesse ponto em específico que muitos corporativistas se apegam. Visto que não aceitam que alguém por mais diplomado que seja, opine ou teorize sobre suas amadas instituições.
Acho que a experiência de servir como soldado ou no TG acrescenta pouco para a capacidade analítica de um intelectual, ainda que possa ser uma experiência pessoal importante e até o momento de forjar algumas amizades. Seria o equivalente a imaginar que para ser juiz ou promotor, fosse obrigatório ter sido policial. Ou que para ser médico fosse necessário ter trabalhado em uma farmácia.
Entendo o seu ponto. Mas não concordo.
Há alguns casos em que a pessoa precisa sim ter vivenciado ao menos um pouco daquilo a que se proprõe a falar.
Se eu concordasse completamente com você, estaria contrariando a minha opinião pessoal de que, p.ex., é uma injustiça uma pessoa na mais baixa condição de vida receber julgamento de quem, p.ex., tem imóveis no exterior e jamais saberá o que é a miséria.
Ou em outro aspecto, que se fale bem ou mal de um sistema de combate corpo a corpo sem jamais ter praticado artes marciais.
Não precisa ter “trabalhado em uma farmácia” para ser médico. Mas talvez seja necessário entender a dor e o sofrimento alheios. E isso muitas vezes não acontece.
É aquilo, julgar é fácil e a semeadura é livre…
Caro. Creio que você faz uma confusão. Por exemplo, um juiz devem julgar pela letra da lei, não por suas simpatias, crenças religiosas ou posição ideológica. Ampliando o conceito, a atuação profissional depende da aplicação rigorosa da técnica. o que se aplica no caso de um atleta de alto rendimento, um musicista ou qualquer outra atividade. Claro que cada indivíduo tem a sua história, suas vitórias e derrotas, as quais marcam profundamente a personalidade de cada um. Como escreveu Guimarães Rosa, a colheita é coletiva mas o capinar é pessoal. Sobre o autor, a sua formação acadêmica (cujo caminho é de 10~15 anos apenas para atingir o ponto de início da carreira) dá uma perspectiva ampla e uma capacidade analítica extremamente sofisticada.
Caro Camargoer,
Penso que é necessário ter um certo saber prático e não apenas o saber dos livros.
Um juiz criminal precisa ter sido policial? Não, mas certamente se tivesse sido teria uma experiência sobre diversos fatos que não se aprendem na universidade ou em cursos para concurso.
Assim como ter sido vítima de violência deve fazer um juiz ter mais empatia. Ter experimentado a emoção (adrenalina e outros) de um tiroteio faz ter outros olhos sobre um caso de legítima defesa.
Ou um juiz trabalhista que nunca trabalhou numa fábrica ou mesmo no comércio. È uma experiência de vida desejável para quem vai julgar situações.
Direito não é ciência exata. Longe disso. A lei não é completa e coerente. Casos idênticos tem soluções diferentes a depender do juiz que julga e não é porque um é melhor do que outro, mas porque há casos dentro de uma zona cinzenta que precisam ser julgados como preto ou branco, de forma que o resultado não é igual para todos.
Volto ao exemplo da legítima defesa. A lei diz apenas:
Art. 25 – Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
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Julgar um fato em que uma vítima reage e mata um ofensor é bem mais complicado. O que é usar moderadamente os meios necessários? Só pode dar um tiro? Pode dar 3? Se a pessoa estiver desarmada não pode atirar? Tem que atirar na perna? Quantos tiros são necessários para evitar que o ofensor consiga matar a vítima? O cara pode fazer doutorado onde for que isso não será ensinado (ou serão aqueles lugares comuns típicos do Direito, enviesados para um lado para o outro). Não há uma resposta técnica perfeita e isenta. O Juiz vai julgar de acordo com a sua experiência de vida ou, na falta dela, com aquilo que der na telha.
Muito bom. Parabéns.
Eu entendo o seu ponto, mas seu exemplostambém mostram claramente como é importante ter gente com experiências diversas para produzir boas organizações. Seguindo essa logica ter militares que funcionam uma casta endógena e separada da sociedade é ruim, para os militares e a sociedade. O mesmo vale para juízes e cia.
Uma das belezas da democracia liberal é a ideia de mobilidade social, Porém, essas castas, sejam judiciária, militar ou mesmo empresarial são inimigas viscerais dessa mobilidade social por considerarem invasões aos seus respectivos domínios.
Sim. Eu também acho ruim que os militares fiquem separados dos civis. Não deveriam morar em vilas militares, por exemplo. É importante conviver com civis e o Ministério da Defesa deve ter civis e militares, a meu ver, para discutirem melhor com dois pontos de vista de diferentes.
Mas aí vamos bater num problema que não é só do militar, mas do brasileiro. A dificuldade em aceitar análise externa e a tendência a tomar crítica como ofensa pessoal.
Uma das coisas que admiro nos militares americanos é a disposição de assumir publicamente erros, escandalos e fracassos. E nesse aspecto nos parecemos mais com os russos que os americanos.
Caro. Obviamente estamos prestando atenção para coisas diferentes. Claro que individualmente, as experiências vividas determinam a visão de mundo. Isso é a própria essencial da individualidade. Outra coisa é assumir que é o exercício profissional de uma classe depende ou não de uma determinada experiência prévia. Vou me ater ao motorista profissional, por ser bem ilustrativa. Nada obriga a um motorista profissional de ônibus a ser habilitado para conduzir motos para compreender as demandas dos motociclistas. Nem mesmo é preciso que o motoboy seja habilitado para conduzir caminhões para entender as demandas dos caminhões no trânsito. Em ambos os casos, a propria experiência profissional colabora com a capacidade de avaliar riscos e necessidades. No caso específico do autor, com doutorado e pós-doutorado na Sorbone, com 30 anos de experiência na vida acadêmica estudando o assunto, parece-me inadequado imaginar que faça diferença hoje uma experiência de um ano como soldado na década de 70. Aquilo que o autor tivesse aprendido como soldado há 40 anos atrás nada representa em uma avaliação que é muito mais sociológica, histórica, tecnológica e econômica. Esta crítica ao autor não faz sentido. Aliás, como já coloquei, após 30 anos de redemocratização, os militares (e falo do alto comando) foram incapazes de reformar as estruturas das forças armadas, tanto que vivemos hoje uma crise inédita no setor militar. Ou seja, aqueles que possuem a mairs profunda experiẽncia militar fracassaram na missão de reformar as forças armadas. Obviamente, a experiência de um ano como soldado também não contribui para esta formulação crítica. Complicado né?
Caro Camargoer,
Acho que o exemplo dos motoristas não é ideal, pois são atividades mais simples e similares, assim como não demandam altos estudos.
Mas pensei em outro exemplo.
Se um militar escrevesse um texto com “42 razões que sublinham a necessidade de uma reforma universitária.” o que você pensaria a respeito se ele não tivesse estudado em uma universidade civil (ainda que tivesse uma carreira militar brilhante)?
Ter prestado serviço militar obrigatório pouco agregaria ao professor que escreveu o texto. Mas tivesse sido militar por uns 10 anos não seriam as mesmas razões que apresentou.
Enfim, acho que uma reforma nas Forças Armadas é necessária, mas ela só será eficiente se for realizada pelo Ministério da Defesa e ouvindo bastante os militares que vivenciam os problemas existentes. Assim como são necessárias reformas no Judiciário e no sistema universitário e elas não podem ser impostas por alguém de fora sob pena da resistência implodi-las.
A característica do meio acadêmico é o debate. É como aquela piada, se colocar dois professores universitários em uma sala, vão aparecer três ideias, com as quais os dois discordam. riso. Existem excelentes intelectuais com formação militar, muitos com mestrado e doutorado, outros que estiveram à frente de importantes instituições de ensino superior, como o ITA, IME, Aman, AFA. que certamente podem contribuir para o debate sobre o desempenho das universidades públicas. Aliás, este intercâmbio é comum. Eu mesmo já participei de vários grupos de trabalho nos quais havia um militar. Também existem muitos pesquisadores civis que dedicaram a sua vida a estudar e entender o setor militar. Sendo sincero, quase todo mundo no setor acadêmico acredita ser necessário uma reforma universitária. A última vez que isso aconteceu foi em 1968, implementada exatamente pelo governo militar. Sobre a reforma militar, acho que os militares fracassaram neste ponto. A reforma terá que ser feita de fora para dentro, a partir do poder civil, que aliás, é o único poder constituído. O setor que mais tem feito sucessivas reformas administrativas é o Executivo civil, desde carreiras, previdência, modelos administrativos e gestão de gastos.
A piada é engraçada, mas não é um grande espelho da realidade. Existe outra piada que diz que no debate na academia há cinquenta tons de vermelho rsrs. São bem comuns cenas de pessoas de direita sendo expulsas e agredidas em universidades públicas. Palestrantes convidados sendo impedidos de falar. Às vezes, até por menos, como exibição de algum filme de direita ou mesmo a fundação de algum partido de direita para disputar eleições em centros acadêmicos acabam em pancadaria. Além dos professores de direita hostilizados, sendo um caso recente o da Janaína Paschoal.
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Por que é possível dizer que os militares fracassaram em fazer uma reforma e os acadêmicos/cientistas não fracassaram? Por que os últimos também não promoveram uma reforma nas últimas décadas? Por que nesse caso a reforma não pode vir de fora?
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Claro que a reforma é civil pois, no final, tem que ser aprovada pelo Congresso. O que digo com uma reforma de dentro para fora é um projeto de lei do executivo que tenha sido discutido com os militares de forma profunda em vez de uma reforma imposta de fora. O mesmo raciocínio, para mim, vale para reformas no Judiciário e nas Universidades. Ampla participação dos interessados na formulação da reforma, mas a palavra final é do Congresso ou Assembleia Legislativa, conforme o caso.
O problema que eu vejo na obsessão pela ideologia alheia pode ser traduzido na fala do Milton Friedman: ele dizia disse que devemos julgar programas de políticas públicas não por suas intenções, e sim por seus resultados. Eu incluo a razão custo x benefício no resultado. Assim, independente da ideologia de quem fala, o argumento faz sentido?
A necessidade de entes externos a uma organização que precisa de mudanças é a razão de ser da consultoria.
E a academia e os militares são bem parecidos nesse aspecto.
Fui recruta, concordo com qause tudo que ele disse. “E daí?”, como diria um futuro presidiário…
Esse Manoel Domingos Neto, deve ser filiado ao PT ou PSOL!
Deve não, é!
https://www.camara.leg.br/deputados/1532/biografia
As nossas FFAA, um conto de Alice no país das Maravilhas ou uma das fábulas de Sherazade no conto Mil e Uma Noites. Só temos: GENERAIS augustos intelectuais e péssimos SOLDADOS, sucatas doadas ou compradas das grandes potências, que já iriam para desmanche. Soldados levianamente preparados que não resistem a mísseis supersônicos ou drones furtivos. (Item 35).
Não conseguiremos nos defender nem da Argentina ou Venezuela. Diante de todas ILUSÕES, que contratemos o MISTER M!
Os recrutas não recebem treinamento de tiro decente, aliás a doutrina de tiro com armas leves do EB e ridicula, perde para a PM mais despreparada do pais.
Apesar de eu discordar de vários dos pontos, o site está de parabéns pela coragem e sensatez em promover a necessidade de uma reforma profunda das nossas Forças Armadas.
Porém, eu adicionaria uma outra necessidade, a de decidirmos, como sociedade, o que pretendemos com nossas Forças Armadas e quais são nossos potenciais inimigos.
Queremos supremacia regional? Capacidade de projetar poder? Como vamos nos inserir em nossas alianças? Quem são nossos aliados? Quem são nossos adversários? O que queremos proteger? Essas são perguntas importantes para determinarmos a estrutura, composição e nível de investimento do EB, MB e FAB.
E é preciso reajustar prioridades. Nossa marinha, que sequer consegue impedir a pesca predatória e ilegal por embarcações estrangeiras (especialmente chinesas) em nossa ZEE está gastando bilhões construindo um subnuc para nos proteger de sabe se lá o que.
Concordo contigo.
Atendo-se apenas ao EB, qual tipo de EB queremos?
Uma EB com capacidade de combate. Ok, capacidade de combate contra quem?
Contra quais tipos de ameaças? Quem seria “criador” dessas ameaças? Definindo as ameaças, o que precisaria pra que o EB fosse efetivo contra essas ameaças? E porque não temos essas capacidades?
Queremos um EB com capacidade regional, ou com capacidade global? Pra quê? Para o qiê?
Ou queremos um EB que seja apenas uma PM bombada?
Sáo as perguntas que deveriam ser feitas pra começar.
São perguntas que apenas um direcionamento de longo prazo do país pode responder. E tem que ser feito um direcionamento objetivo e totalmente apartidário no qual todos tenhamos interesse em seguir.
Mas isso não vai ser feito, né? Esse é o problema. Não há como adivinhar o futuro, e não temos a maturidade política para dar norteamento ao país à ponto de se ter qualquer previsibilidade. Assim, as forças, sem a contribuição do MinDef, aplicam suas energias no que cada uma julga ser necessário para si. E temos a bagunça que temos hoje em dia.
Esqueceu de dizer que é integrante do PC do B…
O Aldo Rabelo também é comunista.
E com isso você quer dizer que ele foi um bom ministro da defesa?
Caro. Só disse que ele é comunista.
E eu só fiz uma pergunta.
E eu só respondi á sua pergunta de modo educado.
Não respondeu não. Ele foi ou não foi um bom ministro?
Torama,
recomendo que não perca seu tempo. É um engano imenso!
Saudações.
Mad o Aldo Rabelo é racional,já esse daí é um militante raivoso.
O Aldo continua sendo comunista.
Os discípulos do “deuses e generais”, devem estar com um ódio danado de seu livro.
São aqueles que não exergam.um palmo a frente da cara.
Mas as verdades foram ditas em seu livro, assim como.fazia um amigo nosso comentarista, e que sumiu diga-se de passagem.
O Foxtrot !
A verdade nem.sempre é bem vinda aqui.
Esta lista grita a urgência de uma Reforma Militar – EXCELENTE! Que contribua para discussão franca, sem medos infundados. Se o objetivo é aprimorar a defesa, tão debilitada, que se debata o tema sem paixões simplórias ou ideologias covardes e traiçoeiras. A “causa” da defesa não pode ser transmutada em ações para benefícios pecuniários corporativos como aparentam recentes ações de algumas lideranças castrenses desesperadas em apaziguar os dessabores internos que enfrentam, mas agenda comum para toda a sociedade.
Simplesmente o Manuel decidiu fazer um artigo com a opiniões que tem sobre o tema. Assim, cumprimentos pelo esforço e dedicação, mas dizer que 2 mais 2 igual a 4 nem pensar. Muitos dos equivocos vem devido ao partidarismo e não conhecer a realidade da caserna. Por exemplo , com os CM prega , ao defender sua extinção, não ter compromisso com a excelência e o certo. E erra também no item tecnologia, que há muito tem a participação do meio civil. O que poderia ter declarado é o seu credo, talvez muito condescendente com o PT, responsável pelo MAIOR roubalheira da história da HUMANIDADE.
A questão não é conhecer a realidade da caserna. O ponto está em fazer a caserna conhecer a realidade.
Não concordo com vários pontos. Outros têm relevância e deve ser alvo de reflexões. No mais fica explicito aos que julgam o autor ser de esquerda ou de direita que ele tem razão sobre a necessidade de despolitizar as FAs.
A estrutura deve ser repensada porque hoje parece uma casta separada da sociedade: tem hospitais para militares e familiares que a população em geral não pode usar; previdência própria diferente dos demais indivíduos; Casas/vilas/clubes militares com valor subsidiado que a maior parte da população e demais servidores civis não tem acesso, fora segurança de praças nas casas de oficiais e suboficiais, subsídios para compra de residências, entre outras benesses. A estrutura deve ser repensada porque há cidades com menos de 80 km de distância entre outras com uma ou mais unidades de quartéis (sul do país) e isto é um excesso; Todo mundo fala em excesso de contingente, mas e o excesso de prédios, terrenos e quartéis? Como faz para manter uma estrutura destas? Se o exército compra 50 linces/jeeps ou congêneres como se faz a distribuição destes para tanto quartel? Acaba sendo pouco material para muita estrutura. A estrutura deve ser repensada porque militar não é bombril, não serve para fazer tudo como se apresentam hoje em dia. Isto é o contrário de ser especialista e profissional. Enfim, que o texto sirva pelo menos para reflexão.
Precisamos de uma lei que obrigue as FFAA a intervirem contra forças do estado quando essas cometerem crimes contra a sociedade e contra nossa CF
Não Tiago. Em caso de crime, a alçada é da polícia, seja a estadual ou a federal e o assunto é tratado no judiciário. As forças armadas não são polícia nem são o poder judiciário. Isso que você está propondo não tem amparo constitucional. Seria um estado de exceção.
Quem faz isso é tribunal, o poder moderador acabou com o Império e é lá que devia ter ficado.
Ola Renato. O poder moderador era exercido pelo imperador. A ideia de imaginar que as forças armadas poderiam exercer um “poder moderador” dá um sinal de que existe um problema grave de descolamento entre a sociedade e as forças armadas. A gente deveria debater mais este ponto.
Sim, esse é um problema a ser encarado. Não sei quem disse, mas os militares, tendo proclamado a república passaram a se achar os donos dela. E o resultado foi todo o rolo que se seguiu ao longo dos séculos XIX e XX.
Eu perdi meu tempo lendo até o itens 8, 9 e 10. O autor demonstra total falta de entendimento das necessidades das corporações. Em que pese o efetivo elevando da Marinha e Força Aérea, o do Exército é inferior as necessidades de defesa para uma nação continental como Brasil.
Podemos ter o melhor sistema de vigilância de fronteiras do mundo, em um conflito ou ameaça ainda precisaríamos de efetivo para cobrir essa vasta extensão territorial.
Por fim, serviço militar não é passeio, o recruta não tem que querer servir ou gostar, ele tem que entender que ele será treinado para sobreviver em um ambiente hostil de conflito.
Salvo algumas obviedades, o tal resumo está cheio de preconceito, rancor e inverdades.
Parei de levar a sério no apontamento 3
“terrorismo de Estado praticado pelos comandos militares.”
Tem alguns pontos, de fato, interessante, entretanto alguns outros demonstra uma certa visão político-ideológica, como no ítem 30, dentre outros, mas tem sim alguns pontos necessários, como a desconcentração de algumas estruturas militares, ou os escritórios nos EUA e Europa, dentre outros pontos.
Em suma, algumas coisas podem e devem ser usadas, outras jogadas foras desse texto.
Minha opinião.
E historico, as FA em especial o exército manter a integração nacional, o Brasil e continental, dividido por regiões e interesses próprios dos governos locais, no passado o exército teve que intervir para que políticos e grupos não separasse o estado brasileiro. A defesa interna de agressão externa e missão das FA, uma situação dessa envolve todo povo brasileiro. Se vê as FA em várias missões internas, ao ser convocado, atende. O comandado deve cumprir ordem e o comandante observar a lei e não dar ordem ilegal. Se o ego de alguns fere o dever militar, cabe na forma da lei apurar e corrigir o ato. Novos tempos, ideias, comportamentos, mas a doutrina militar tem que prevalecer para o militar.
Olha, concordei em muito tópicos, discordei de outros tantos. Uma coisa é certa, há que se empreender uma Reforma sim.
1) é vergonhoso termos um orçamento grande*, mas quase todo voltado para o pagamento de aposentadorias precoces e pensões, algumas injustificadas.
2) é imperativo que as FAs deixem de se meter em política, e pior, ter lado. Oras, se tem lado, o “outro lado” se sente ameaçado, e obviamente jamais irá apoiar estas instituições, quando não combate-las ou pregar para a sua extinção.
3) Foi-se o tempo que a esquerda visava a implantação de regimes comunistas ou afins. Apesar de termos uma esquerda atrasada no país, e alguns radicaizinhos, ninguém em sã consciência quer colocar em xeque a livre iniciativa, o pluripartidarismo e o direito de propriedade. Então este ódio à esquerda nada mais é que ódio a uma parcela considerável de brasileiros que anseiam por uma sociedade mais justa.
4) Embora eu acredite que o Brasil deva ter um papel de liderança na América Latina, também acho que devemos ter boas relações com o Ocidente (OTAN), até mesmo por afinidade cultural.
5) é imperativo que os militares deixem de fazer trabalho de civis, a modernização da intendência, e o fechamento ou redução de escritórios em SP, Rio e Brasília seria altamente saldável.
6) Ainda que eu ache que o efetivo do EB está adequado, não o digo da FAB e MB que estão obviamente inchadas com não combatentes, e com efetivo desproporcional aos equipamentos que tem.
7) Seria extremamente saldável que se discutisse o importante tema “Defesa” em fóruns acadêmicos e políticos, visando a compreensão de tema tão importante para nossa cidadania. O assunto Defesa deve continuar sendo operado pelos experts (militares) mas discutido por fatias maiores da sociedade, para que esta entenda a importância do tema.
É um absurdo o militar ser expulso e sua esposa receber pensão, com se ele tivesse morrido em serviço.
Esse blog tá virando o “Brasil 247 da defesa”. Tenham coragem e liverem o comentário, já que não liberaram o anterior.
Só besteirol
Um dos melhores textos que já li aqui no site. Sintetiza muito do que eu penso em relação a nossa defesa.
Puro lixo.
Nunca li tanta porcaria! Tinha mesmo q vir de um “prof” aposentado (ja foi tarde!) De uma universidade federal… arq!
Hoje o EB está aquém das outras Forças, porque sempre foi o patinho feio. Muita gente, formação da Reserva Mobilizável e poucos investimentos e estrutura e tecnologia. Quanto a falta de oportunidade dos mais pobres e Colégios Militares, o escritor só falou asneiras. Os pobres podem entrar e fazer carreira como qualquer riquinho, filho de ricaço, até porque rico não que seu filho ganhando o salário que um militar recebe e os Colégios Militares dão condições aos filhos de praça se prepararem para os concursos, em iguais condições com os filhos de oficiais da AMAN.
Nem a classe média tem interesse em seguir carreira militar.
No meu entender o livro é, em sua maioria, fake e o escritor deveria justificar o que escreveu, afinal, não se trata de um romance nem de um livro de ficção.
Dari, isso é uma sinopse, não o livro… apenas aponta de forma super resumida, o que o livro (que eu não li), trata e pela descrição em um site de vendas, tem 228 páginas, infelizmente sem versão eletronica.