Análise do aumento de produção do complexo industrial militar russo após a Guerra na Ucrânia

97
Russia's military-industrial complex

Rodolfo Laterza [1]

Introdução

Após o início da guerra nos Ucrânia, os Estados beligerantes procuraram maximizar a produção de materiais de defesa, sistemas de armas, munições e tecnologias militares para sustentar seus esforços de guerra.

A Ucrânia sofreu a destruição de quase a inteireza de seu complexo industrial -militar (até 2013 bastante integrado à Rússia) , ao passo que seu inimigo promoveu grande reestruturação e reorganização de sua estrutura de produção de defesa.

Os custos crescentes para ambos países tem levado a um comprometimento cada vez maior de seus orçamentos, embora até o momento a Rússia ainda esteja gastando em torno de 3% do seu PIB total (Produto Interno Bruto, a soma total das riquezas e serviços produzidos em determinado período), enquanto que a Ucrânia chega a empenhar até 40% de seu PIB para sustentar seu esforço de guerra.

Diferentemente do que inúmeros veículos de comunicação ocidentais divulgaram, o complexo industrial -militar russo ampliou significativamente suas capacidades e não foi operacionalmente afetado pelo enorme conjunto de sanções imposto de Ocidente coletivo à Federação Russa, apesar da dependência ainda significativa deste país em prover suas necessidades militares e tecnológicas mediante a importação de componentes críticos ligados principalmente à microeletrônica e semicondutores.

Este estudo, em grande parte baseado em análises detalhadas de think tanks americanos e pesquisas de analistas ucranianos, visa explorar os resultados incrementais obtidos pela estrutura industrial -militar russa após o início do conflito militar com a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Os ajustes do orçamento estatal russo às necessidades de guerra

Após a deflagração da invasão militar à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 e o consequente prolongamento do conflito com a intervenção da OTAN e a subvenção multimilionária de equipamentos militares, a Federação Russa se viu na premência de ampliar a escala de produção de materiais e componentes relacionados às suas demandas militares.

Neste contexto, a indústria de defesa russa precisou de investimentos adicionais: o estado direciona recursos financeiros significativos para o desenvolvimento do complexo militar-industrial. Esses recursos são usados, em particular, para subsidiar a preparação acelerada das empresas ligadas à base industrial de defesa para aumentar o volume de produção de inúmeras modalidades de armas e equipamentos militares mais demandados, bem como a construção de base de capital de giro e reconstrução de instalações de produção em algumas empresas.

O dinheiro público destinado às regiões da Rússia também foi mobilizado para a guerra. Cerca de 550 bilhões de rublos (aproximada US$ 4,39 bilhões em conversão) em subsídios serão alocados para as administrações de ocupação nas partes capturadas pela Rússia dos oblasts de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson na Ucrânia e na República Autônoma da Crimeia em 2023. As administrações dessas novas regiões gastarão esses fundos a seu critério.

Os orçamentos locais em toda a Rússia arcaram parcialmente com os custos sociais dos militares. As regiões pagam 1-3 milhões de rublos (aproximadamente US$ 8.000-24.000) de seus próprios orçamentos às famílias para cada residente de sua região que é morto no conflito.

Alguns pagamentos do bem-estar social, como pensões mensais para veteranos deficientes, são cobertos pelo Fundo Social patrocinado pelo Estado russo.

Outra parte do dinheiro foi mobilizada de contas de empresas privadas e estatais. Uma investigação do analista ucraniano Bohdan Miroshnychenko, citando a BBC, revelou que a empresa estatal de energia Gazprom recrutou seus guardas de segurança para a guerra e os usou para formar as unidades Potok, Redut e Fakel. Da mesma forma, a Roscosmos alista seus funcionários em seu próprio batalhão, chamado Uran.

A Fundação Akhmat Kadyrov, que fornece pessoal para grupos de voluntários militares chechenos, é financiada por impostos sobre as empresas instaladas na República da Chechnya. .

Embora as despesas do orçamento federal excedam a receita, o déficit fiscal é insignificante, conforme atesta estudo de Bohdan Miroshnychenko para o Ukrainska Pravda. As lacunas são cobertas pelo Fundo Nacional de Riqueza (NWF), que detém 12 trilhões de rublos (cerca de US$ 95,7 bilhões) em suas contas, que o Kremlin vem acumulando com o excesso de receitas do petróleo e outros hidrocarbonetos nos últimos anos.

O governo russo também conseguiu obter mais dinheiro tomando rublos emprestados de seus cidadãos e bancos, bem como aumentando os impostos sobre as empresas.

Ademais, para cobrir as necessidades crescentes de financiamento estatal, o Kremlin aumentou o imposto sobre a extração mineral em 2022. O orçamento russo receberá um adicional de 1 trilhão de rublos (US$ 7,97 bilhões) apenas de empresas de gás, petróleo e carvão em 2023.

No escopo de elevar a carga tributária de setores corporativos com forte margem de lucro e até então pouco tributados, o Ministério das Finanças da Rússia planeja introduzir um imposto inesperado sobre os lucros das empresas privadas, o que contribuirá com mais 300 bilhões de rublos (US$ 2,39 bilhões) para o orçamento federal. O governo russo também aumentará o imposto especial de consumo sobre produtos de tabaco, ganhando 100 bilhões de rublos adicionais (US$ 797,8 milhões), conforme estimativas oficiais l.

As sanções também afetaram muito pouco a cadeia de empresas multinacionais que operam em território russo. No geral, ainda existem cerca de mil empresas ocidentais na Rússia. Conforme várias análises, empresas ocidentais continuam a operar na Rússia, ganhando dezenas de bilhões de dólares em receitas e pagando também impostos ao orçamento federal.

De acordo com o think tank norte – americano Jamestown Foundation, o índice de produção industrial para setores relacionados à indústria de defesa russa de janeiro a fevereiro de 2023 (em comparação com o mesmo período de 2022) foi significativamente ampliado, nos seguintes âmbitos de tecnologias e matérias – primas: I) para computadores, eletrônicos e dispositivos ópticos, aumento de 112,6%; II) para outros veículos e equipamentos de transporte (incluindo aeronaves e embarcações), incremento de 117,7%; III) e para a produção química (sem refino de carvão e petróleo bruto), aumento 94,2 por cento. Enquanto isso, o os índices de abastecimento do mesmo período diferem um pouco dos índices de manufatura: para computadores, eletrônicos e aparelhos ópticos, incremento de 126,1%; para outros veículos e equipamentos de transporte (incluindo aeronaves e embarcações), 140,7% de ampliação; para produção química (sem refino de carvão e petróleo bruto), aumento de 74 por cento.

Para o Jamestown Foundation, em seu estudo mencionado como fonte deste ensaio, , essa diferença entre os dois índices pode ser explicada pelo fato de empresas russas terem fornecido recentemente armas que foram fabricadas no final de 2022, considerando os  atrasos na entrega de armas e outros sistemas encomendados.

Um exemplo na expansão fabril de hardware militar está na ampliação da infraestrutura fabril de blindados e sistemas de artilharia. Vários meses após o estabelecimento de duas fábricas de reparo de tanques perto de Moscou e Rostov-on-Don – a 71ª Fábrica de Reparos de Blindados e a 72ª Fábrica de Reparos de Blindados, respectivamente – o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, anunciou o estabelecimento de uma nova fábrica de reparos de artilharia.

Quase todas as empresas do complexo industrial -militar passaram a operar em regime de funcionamento de até três turnos. Além desse detalhe, ampliaram-se as capacidades fabris e reequiparam-se as linhas industriais.

Por exemplo, para aumentar a capacidade da empresa de Tula “Splav”, que produz vários sistemas de lançamento de foguetes, foram construídas 5 novas oficinas.

A Kalashnikov também aumentou sua capacidade, onde, além de seus principais produtos de armas de infantaria, criou uma divisão de veículos especiais, tais como os drones de reconhecimento e munições vagantes da linha “Lancet”. Ademais, a empresa também produzirá veículos de lançamento terrestres, bem como veículos de teste, postos de comando móveis para ajustar munições guiadas com precisão e equipamentos de manutenção para equipamentos de uso especial.

O incremento da produção industrial de sistemas de artilharia se concentrou nas fábricas Plant No. 9, no Instituto Central de Pesquisa Burevestnik, na empresa Uraltransmash e no complexo fabril da TsNIIM. Além de produzirem armas e munições realizam ao mesmo tempo tarefas de reparo e manutenção de sistemas de artilharia de vários modelos.

Recentemente o Governo russo anunciou que a Rússia produzirá e modernizará mais de 3 milhões de cartuchos de artilharia até 2025, o que significa que a Rússia pretende aumentar significativamente suas taxas de fabricação e modernização de munições de artilharia, já que estimativas em 2022 afirmavam que cerca de 1,7 milhão de cartuchos seriam produzidos anualmente.

Em outros exemplos, no ano de 2023, a Federação Russa aumentou a produção de sua base industrial militar nos seguintes níveis:

  • Aumento da produção munição de variados sistemas de armas em mais de 10 vezes em relação ao início do ano passado;
  • a empresa de produção e modernização de tanques *Uralvagonzavod” aumentou o fornecimento e a revisão dos tanques T-72 e T-90 em 3,6 vezes;
  • A empresa Uralvagonzavod também aumentou significativamente sua produção, incluindo os novos tanques T-90M Proryv, sistemas de lança-chamas pesados ​​TOS-1A, montagens de artilharia 2S19M1 Msta-S e outros sistemas de armas;
  • A empresa de veículos *Kamaz” aumentou a entrega de veículos em 17,6 vezes;
  • As entregas de helicópteros Ka-52 aumentaram em 2 vezes, dos helicópteros Mi-28 em 3 vezes;
  • As entregas de veículos de combate de infantaria BMP-3 aumentaram 2,1 vezes, BTR-82A aumentaram 4 vezes, os veículos de reconhecimento “Tigr-M”, tiveram em 2 vezes;
  • As entregas em 2023 para as Forças Armadas Russas de drones Orlan-10 e Orlan-30 aumentaram 53 vezes,
  • No ano passado, os volumes de produção de tanques e outros produtos na Omsktransmash aumentaram 4 vezes. Além disso, a fábrica alega que lançou uma única linha automática na Rússia para a montagem blindados sobre lagartas;
  • De acordo com a ROSTEC, desde o início de 2023, produziu-se 20 vezes mais projéteis para sistemas MLRS do que no ano passado. A liberação para as tropas de munição nos calibres de 122 mm, 220 mm e 300 mm foi significativamente aumentada, embora ainda seja insuficiente para as necessidades totais das tropas.

 Muitos desses resultados não abrangem sistemas novos, mas nodernizados, reparados ou atualizados dentre uma enorme reserva operacional herdada da antiga União Soviética.

Quanto à produção de tanques, esta opera em quatro cidades principais, com os seguintes indicadores:

  • Fábrica de Nizhny Tagil – 200 unidades de T-90M “Proryv” e 300 unidades de T-72BZM produzidos (amostra do ano de 2022)
  • Fábrica de Omsk – 200 unidades de T-80BVM e 100 unidades de T-72BZM produzidos (amostra 2022)
  • Fábrica de Chita – 200 unidades de T-62M modernizados
  • Fábrica de Strelna – 100 unidades de T-72BZ modernizados

O restante do inventário de tanques resto são reparos e atualizações das versões mais antigas de tanques, como T-72B, T-80BV e T-62, os quais são removidos do armazenamento e, em seguida, modernizados.

Outro exemplo importante no aumento da produção de equipamentos necessários para os esforços militares, são os dispositivos acessórios de combate. No primeiro trimestre de 2023, a produção de binóculos, monóculos e outros dispositivos ópticos na Rússia aumentou 73% em comparação com os mesmos números de 2022. A produção de radares, produtos de radionavegação, equipamentos de controle remoto, computadores, motores elétricos, geradores, baterias e roupas e calçados especiais aumentaram de 40 a 110%.

Isso pode indicar a substituição de produtos antes importados de países ocidentais e um aumento na produção para as suas próprias forças, embora a substituição total de importações ainda seja um esforço difícil de se lograr a curto prazo.

Outros indicadores indiretos atestam o crescimento da produção militar de novos sistemas e dispositivos críticos..Uma fábrica de drones em Dubna, perto de Moscou, mudou seu sistema de funcionamento para trabalhar em três turnos e a Smolensk Aviation Plant, que produz mísseis de cruzeiro, planeja aumentar o número de funcionários de 2.000 para 4.300.

Desafios críticos atuais

Para a Jamestown Foundation, cujo estudo foi considerado como fonte para essa análise, um dos desafios do complexo industrial -militar russo consiste em melhorar a capacidade de tecnologia de engenharia reversa juntamente com a necessidade de reforçar e apoiar melhor seu setor de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para fins de defesa devido à grave escassez de pessoal.

O déficit de candidatos qualificados na força de trabalho é outro problema sério para a indústria de armas da Rússia. Por exemplo, recentemente, representantes de Uralvagonzavog e Kurganmashzavod – fabricantes de tanques de batalha principais e veículos blindados, respectivamente – anunciaram que estão tendo sérios problemas para encontrar mais trabalhadores e engenheiros, apesar do aumento de salários e outros bônus.

O crescente déficit de pessoal na força de trabalho da Rússia para esses tipos de instalações dificilmente será resolvido tão cedo, mesmo que as fábricas estejam operacionais e se preparando para empregar trabalhadores completamente inexperientes.

Até o próprio presidente Putin tentou moderar seu otimismo nesse ponto. Por exemplo, sua afirmação de que a Rússia produzirá e modernizará 1.600 tanques de batalha principais em 2023–2025 inclui de fato os tanques T-72, T-80 e T-90, já que os antigos tanques soviéticos, como o T-62, estão sendo retirados do armazenamento e modernizados em várias fábricas de reparo.

Apesar do principal desafio situar – se na escassez de mão de obra para as centenas de profissões especializadas necessárias à produção de sistemas de armas e munições, o diretor industrial do cluster de armas, munições e produtos químicos especiais da State Corporation Rostec, Bekhan Ozdoev, afirmou que em 2022 as empresas estatais ligadas ao conglomerado da ROSTEC atraíram adicionalmente mais de 30 mil funcionários qualificados, sendo que em 2023 ,  houve aumento de contratação de 10% de funcionários, se mantendo o crescente recrutamento de trabalhadores e engenheiros qualificados para atender ao aumento da ordem do estado no setor de defesa.

De acordo com o think tank americano Jamestown Foundation, o Kremlin emitiu recentemente um plano para o desenvolvimento de tecnologia na Rússia até 2030. De acordo com os detalhes do plano, a Rússia espera superar sua dependência dos países ocidentais por componentes de alta tecnologia essenciais para a fabricação de eletrônicos, equipamentos industriais avançados, modernos armamento, inteligência artificial, aeronaves e espaçonaves, veículos aéreos não tripulados, equipamentos médicos, bem como equipamentos e software de telecomunicações.  Especificamente, a abordagem exige que a participação desses bens domésticos no volume total de consumo seja de pelo menos 75% até 2030.

Portanto, apesar dos esforços para aliviar a situação, a fabricação de armas russas permanecerá crucialmente dependente das importações de equipamentos industriais avançados, tecnologias e componentes do Ocidente e de outros países no futuro previsível. Mesmo os equipamentos de produção oficialmente rotulados como “fabricados na Rússia” ainda dependem de componentes críticos fabricados nos Estados Unidos, União Europeia, Japão e Taiwan, os quais o Kremlin está tentando substituir por componentes fabricados na China.

As importações de tecnologia de uso dual para os setores civis e que podem ser convertidas para tecnologias militares permitem à Rússia tangenciar as sanções e adquirir componentes essenciais para integração a dispositivos sensíveis (como microcircuitos e microeletrônicos) de sistemas complexos como satélites, mísseis de longo alcance, sensores e outros que o país dependia de fornecedores do Ocidente. Em 2022, a importação de chips até aumentou em relação ao ano anterior. Esses chips e circuitos integrados modernos, que podem ser usados ​​para fins militares, vêm de países da União Europeia – UE e do G7, entre outros. As importações ocorrem também através de terceiros países – Turquia, Emirados Árabes Unidos e Cazaquistão.

As exportações de semicondutores para a Rússia da Turquia, Armênia, Quirguistão, Cazaquistão e Sérvia aumentaram dez vezes em relação ao ano passado. Nenhum desses países são fabricantes de microchips. mas desempenham o papel de intermediários.

Há evidências de que o Cazaquistão – um grande parceiro comercial e integrante da União Econômica Euroasiatica , bloco econômico comunitário liderado pela Federação Russa – se tornou um canal particularmente relevante para importações russas de chips e semicondutores. A análise das fotos de longas filas de caminhões esperando para cruzar a fronteira para o Cazaquistão revela placas de vários países europeus. Apesar de todas as suas aberturas ao Ocidente e à China, o Cazaquistão permanece alinhado estrategicamente com a Rússia. Suas elites empresariais têm extensas redes com congêneres russas e a fronteira comum de ambos os países tem mais de 7.500 quilômetros de extensão.

Estudo de Guntram Wolff, o diretor do Conselho Alemão de Relações Exteriores (DGAP), usando como fontes pesquisas investigativas ocidentais, demonstra a eficiência dos mecanismos de tangenciamento implantados pela Federação Russa para contornar as milhares de sanções aplicadas pelo Ocidente.

Por exemplo, a cooperação entre a China e a Rússia na área de produtos de uso duplo está atraindo a atenção de políticos europeus e americanos. Note-se que a Rússia se tornou o principal beneficiário dos produtos chineses de uso duplo, comprando veículos aéreos não tripulados no valor de mais de US$ 100 milhões da China em 2023. Além disso, o crescimento das exportações de cerâmica chinesa para a fabricação de coletes à prova de balas na Federação Russa foi de 69% e chegou ao montante de US$ 225 milhões.

No entanto, à medida que o conflito com a Ucrânia e a OTSN continua, a Rússia fortaleceu sua economia de guerra e se adaptou às sanções. As medidas de adaptação no setor de defesa incluíram a substituição de importações por bens produzidos domesticamente, reequipamento de material de guerra antigo e o uso de empresas com objeto social diverso e opaco para importar bens de alta tecnologia através de países terceiros, tais como a Turquia e o Cazaquistão. Trabalhos recentes de pesquisadores da RUSI mostram como as importações russas de alta tecnologia via terceiros aumentaram ao longo de 2022. E um estudo do The Wall Street Journal documenta o fato de que a Rússia está adquirindo cada vez mais componentes militares da China.

Neste contexto, vale frisar que é difícil controlar a revenda de componentes críticos porque é impossível determinar o usuário final. Além disso, dependendo do nível de controle da tecnologia, os russos cobrem seus rastros de todas as maneiras possíveis.

As empresas ocidentais frequentemente se aproveitam do fato de que muitas empresas militares russas não estão sujeitas a sanções. Por exemplo, a empresa francesa Radiall SA forneceu componentes para a Roscosmos porque o principal contratante desta última, a ISS, estava sob sanções dos EUA, mas não europeias.

Especialistas apontam que bens fornecidos à Rússia não pertencem à categoria de armas letais, mas ao mesmo tempo permitem criar tecnologias e implementar planos táticos que antes não eram possíveis.

Conforme já analisado, no campo de componentes de alta tecnologia, a indústria russa de armas depende ainda importações. Mas no campo do capital humano (pessoal), a Rússia conseguiu encontrar reservas apropriadas em sua sociedade. Jovens técnicos qualificados e especialistas em TI que foram trabalhar na indústria de armas recebem reservas da mobilização, o que permitiu acabar com a emigração em massa de jovens qualificados para a indústria de defesa, tal como se observa desde o início da mobilização parcial no final de setembro.

No contexto da produção crescente de armas e equipamentos militares especiais, as empresas de defesa russas precisam ainda de 16.000 novos especialistas, notadamente pessoal da área de engenharia e centenas de modalidades de especialistas técnicos para as necessidades manufatureiras.

Entretanto, o ajuste das cadeias tecnológicas está sendo concluído para aumentar as garantias de continuidade no fornecimento de componentes críticos para a produção e modernização de milhares de sistemas de armas.

Considerações finais

Conforme concluiu em longo artigo, o periódico alemão Die Welt afirmou que o Ocidente queria estrangular a indústria de armas russa com sanções. Mas Moscou encontrou maneiras de contornar as medidas punitivas. Hoje, seu setor de defesa parece ainda mais forte do que antes, atesta a publicação.

O objetivo principal das sanções ocidentais contra a Rússia é tornar impossível o financiamento da guerra, mas isso não foi alcançado até agora. A Rússia continua a aumentar seus gastos militares e sua produção de produtos militares e a encontrar maneiras de importar componentes proibidos.

No dia 18 de julho, simbolizando essa realidade, o Primeiro-Ministro da Federação Russa Mikhail realizou uma reunião do Conselho Coordenador para atender às necessidades das Forças Armadas da Federação Russa, outras tropas, formações e órgãos militares. Apesar da pressão das sanções sobre a economia russa, o financiamento das necessidades dos militares e combatentes russos foi realizado integralmente, disse ele. Isso se aplica tanto ao apoio direto à produção quanto à garantia das atividades do pessoal militar.

Auditorias para se evitar ou diminuir desvios ou desperdício de recursos aparentemente tem dado melhor resultado: após inspeções realizadas pelo Tesouro Federal, a redução no valor dos contratos ultrapassou 10 bilhões de rublos.

O conglomerado Rostec, que tem cerca de meio milhão de funcionários e mais de 800 empresas integradas, produz com bastante autosuficiência produtos militares de variados perfis. De acordo com o Die Welt, Alexander Golts, especialista em questões militares e armamentos do think tank Instituto Sueco de Política Externa, acredita que antes da escalada das hostilidades em fevereiro de 2022 a indústria de defesa russa incluía mais de 900 empresas. Subestimar ou ignorar essa amplitude foi um grave erro de análise de setores militares e políticos do Ocidente, influenciando narrativas muito equivocadas da mídia ocidental quanto à realidade do poderio industrial -militar russo.

Mesmo observadores mais racionais no Ocidente advertem contra subestimar o complexo militar-industrial da Rússia. De fato, as fábricas integradas à ROSTEC estão funcionando continuamente e com capacidade total, por vezes operando até em quatro turnos. As sanções ocidentais as prejudicaram bem menos do que o previsto.

Isso não se deve apenas ao fato de que empresas civis russas, como siderúrgicas nos Urais, atendem ao setor de defesa em maior extensão do que antes, diz Natalya Zubarevich, uma conhecida economista russa no Ocidente também citada pelo jornal alemão Die Welt. A razão também é que empresas e instituições russas contornam com sucesso as sanções, principalmente considerando que mais de dois terços dos países existentes mantém relações normais ou até mais intensas com a Rússia, o que a permite receber os componentes de alta tecnologia que ela mesma não pode ainda produzir.

Um grande desafio à Rússia será manter a continuidade dos crescentes investimentos no complexo industrial -militar ao longo dos anos, atrair e formar mão de obra qualificada para o setor, impedir a evasão de pessoas capacitadas, controlar os altos indicadores de corrupção, desvio e desperdício de recursos, otimizar programas, estabelecer controle de qualidade de produção em todas as etapas e otimizar programas e projetos.

As perspectivas de crescimento das escaladas com o Ocidente e a baixíssima viabilidade atual de resolução do conflito por meios diplomáticos exigem a expansão e prontidão da base industrial militar da Federação Russa para sustentar seus objetivos estratégicos. Neste âmbito, é importante aduzir que s sanções não significaram um desastre para a indústria de defesa russa. Os trilhões de rublos de alocações orçamentárias e brechas no embargo são suficientes para apoiar a produção e manter alo esforço russo de guerra em andamento.

Portanto, apesar das dificuldades e diversos desafios a superar, o complexo militar-industrial russo continua sendo uma parte importante da economia do país, incorporando inúmeras instituições importantes, setores de pesquisa e desenvolvimento, além de absorver mão de obra qualificada e estratégica para o regime. O governo russo investiu pesadamente na modernização e expansão de suas capacidades militares nos últimos anos, e o complexo militar-industrial tem sido uma parte fundamental desse esforço, tornando – se agora a maior prioridade institucional do país.

Fontes consultadas


[1] Delegado de Polícia, historiador, pesquisador de temas ligados a conflitos armados e geopolítica, Mestre em Segurança Pública

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

97 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Godo
Godo
1 ano atrás

Artigo bem completo, interessante

Magaren
Magaren
1 ano atrás

Contrabando como politca de estado kkkk boa Russia, cada vez mais surpeendendo.

fjuliano
fjuliano
Responder para  Magaren
1 ano atrás

Provavelmente vc choraria se soubesse o que os EUA já fizeram nesse aspecto e continuam a fazer na Síria por exemplo.

No one
No one
1 ano atrás

“De acordo com o think tank norte – americano Jamestown Foundation, o índice de produção industrial para setores relacionados à indústria de defesa russa de janeiro a fevereiro de 2023 (em comparação com o mesmo período de 2022) foi significativamente ampliado, nos seguintes âmbitos de tecnologias e matérias – primas: I) para computadores, eletrônicos e dispositivos ópticos, aumento de 112,6%; II) para outros veículos e equipamentos de transporte (incluindo aeronaves e embarcações), incremento de 117,7%; III) e para a produção química (sem refino de carvão e petróleo bruto), aumento 94,2 por cento. Enquanto isso, o os índices de abastecimento do mesmo período diferem um pouco dos índices de manufatura: para computadores, eletrônicos e aparelhos ópticos, incremento de 126,1%; para outros veículos e equipamentos de transporte (incluindo aeronaves e embarcações), 140,7% de ampliação; para produção química (sem refino de carvão e petróleo bruto), aumento de 74 por cento”

No one
No one
Responder para  No one
1 ano atrás

Citam o Jamestown mas só o trecho que corrobora a tese do autor

O que realmente diz o relatório:

“Aqui, é necessário destacar que, apesar de aumentos aparentemente significativos durante o primeiro quadrimestre de 2023, esses índices não expressam a verdadeira quantidade física da manufatura, mas se baseiam nas receitas informadas das indústrias mencionadas e na comparação dessas receitas com os preços dos manufaturados a partir de 2018. Francamente, esses índices não levam em consideração o aumento dos custos de fabricação desses produtos.

Além disso, os índices de manufatura para abril de 2023 em comparação com março de 2023 realmente demonstram uma desaceleração na produção ( Rosstat.gov.ru , 31 de maio):

Componentes e produtos químicos – 97,1 por cento
Produtos fabricados de metal, além de máquinas e equipamentos – 97,5 por cento
Computadores, eletrônicos e dispositivos ópticos — 99,5 por cento
Outros veículos e equipamentos de transporte – 89,2 por cento
Além disso, um exame mais detalhado da quantidade real de fluxos de caixa para essas indústrias de janeiro a abril de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022 reforça a noção de que a produção de armas russas de fato desacelerou (Rosstat.gov.ru, acesso em 15 de junho ) . :

Componentes e produtos químicos – 1,97 trilhão de rublos (US$ 23,6 bilhões) contra 2,11 trilhões de rublos (US$ 25,28 bilhões)
Produtos de metal fabricados, além de máquinas e equipamentos – 1,26 trilhão de rublos (US$ 15,09 bilhões) contra 1,05 trilhão de rublos (US$ 12,58 bilhões)
Computadores, eletrônicos e dispositivos ópticos – 548,2 bilhões de rublos (US$ 6,57 bilhões) contra 433 bilhões de rublos (US$ 5,19 bilhões)
Outros veículos e equipamentos de transporte – 668,9 bilhões de rublos (US$ 8,01 bilhões) contra 546,9 bilhões de rublos (US$ 6,55 bilhões)
Mais uma vez, com base nesses números, é difícil ver como a fabricação de armas russas poderia ter aumentado “muitas vezes” nessas indústrias no ano passado”

Cláudio Rodrigues
Cláudio Rodrigues
Responder para  No one
1 ano atrás

Mas os dados de aumento estão aí. Se são sustentáveis a longo prazo, é outra questão. A matéria é sobre aumento da produção e aborda os problemas de produção de componentes críticos, necessidade de esquemas de fachada de importação, que muito disso é reparo e que falta mão de obra. Não tem visão tão boa assim se for analisar..

No one
No one
Responder para  Cláudio Rodrigues
1 ano atrás

Não é esse o ponto, simplesmente o autor pega um trecho do relatório descontextualizado e não explica o que representa os índices

“esses índices não expressam a verdadeira quantidade física da manufatura, mas se baseiam nas receitas informadas das indústrias mencionadas ”

“esses índices não levam em consideração o aumento dos custos de fabricação desses produtos.”

https://jamestown.org/program/the-true-state-of-russian-arms-manufacturing-june-2023/

Alecs
Alecs
Responder para  No one
1 ano atrás

Descontextualizar é o que ele e os ______________ mais sabem fazer.

COMENTÁRIO EDITADO. NÃO ROTULE OS OUTROS PARA NÃO SER ROTULADO. MANTENHA O RESPEITO. SIGA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Alecs
Alecs
Responder para  No one
1 ano atrás

É matéria para agradar os __________________

COMENTÁRIO EDITADO. NÃO ROTULE OS OUTROS PARA NÃO SER ROTULADO. MANTENHA O RESPEITO. SIGA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Marcos
Marcos
Responder para  No one
1 ano atrás

E o aumento da produção foi observado em números de unidades (caças, tanques, toneladas de munição, blindados de uso geral, drones, vestuário especializado, veículos militares de uso geral…)

No one
No one
1 ano atrás

Sério, não consigo interpretar as considerações do autor.

“até o momento a Rússia ainda esteja gastando em torno de 3% do seu PIB total”

Se já antes da “operação especial” a federação russa gastava bem mais dos 3%, com inúmeras publicações indicado que destinava o 4% do seu PIB no setor de defesa… Como aconteceu essa mágica de continuar destinando a mesma quantidade de recursos ou até menos?

…mais seriedade, por favor.

Wagner
Wagner
Responder para  No one
1 ano atrás

Rússia produz em rublos, talvez converteram em dólar,

No one
No one
Responder para  Wagner
1 ano atrás

Musicista, se você ganha 5000 reais por mês e gasta o 10%( 500,00 ) todo mês para as instalações de segurança da sua casa , você pode converter para qualquer moeda do mundo mas a porcentagem permanece a mesma.

Se você se refere ao PPC é um outro discurso , muito mais complexo.

Seria interessante o autor se manifestar e dizer de onde ele pegou esse 3% colocado aí

Rodrigo
Rodrigo
Responder para  No one
1 ano atrás

O autor está viajando, tem inúmeros artigos mostrando que o gasto público em setores adjacentes as forças armadas aumentaram consideravelmente.

Ciclope
Ciclope
Responder para  No one
1 ano atrás

Acho que ele separou o gasto com as ações de combate, dos gastos normais da defesa antes da guerra.
Se juntar tudo, deve dar 7% do PIB.

Jagder#44
Jagder#44
1 ano atrás

Entraram na mesma onda da Coréia do Norte e do Irã.
O estado só funciona através do contrabando.

Bosco
Bosco
1 ano atrás

Essa é a diferença entre um país que tem ampla liberdade de destruir o vizinho , reduzindo a escombros a sua infraestrutura e um país covarde que se protege atrás da ameaça nuclear e que tem seu território intacto.
E aí os apoiadores desse terrorista falam que a Rússia não conquistou toda a Ucrânia por conta de estar lutando contra 30 países da OTAN inteira.
Tivesse liberdade para atacar a infraestrutura russa os ucranianos com a pequena ajuda que recebem da OTAN já teriam chegado a Moscou e o czar já teria sido punido há muito tempo, tendo em vista o nível organizacional e a competência da cleoptocracia russa.
Um exército de Brancaleone comandado pelo belo Antônio. Essa é a melhor definição do “exército” russo e que só acha defensores entre os que se escondem atrás de dezenas de nicks para parecer ter alguma adesão à causa nazista desse jogador de damas de quinta categoria que ora ocupa o Kremlin.

Kommander
Kommander
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Mesmo mimimi de sempre.

Vira homem, cara. Para com esse moralismo barato, não via essa sua revolta toda quando os árabes eram massacrados pelos americanos sem distinção de militar ou civil.

AVISO DOS EDITORES: A DISCUSSÃO ESTÁ DESVIANDO PARA A MERA TROCA DE ATAQUES PESSOAIS.
MANTENHAM O RESPEITO. SIGAM AS REGRAS DO BLOG OU SEUS COMENTÁRIOS SERÃO APAGADOS SEM MAIS AVISOS:

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Bosco
Bosco
Responder para  Kommander
1 ano atrás

Você não via porque não estava aqui ou se estava não tinha comportamento de “homem” e tinha um outro nick e aí não tem como eu te responder.
Aponte algum comentário meu relativizando as regras as regras civilizacionais como você faz rotineiramente e aí a gente pode comparar, ainda que seja complicado por conta de seus inúmeros nicks.
Eu não lhe devo satisfação mas nunca torci para árabes serem massacrados como você faz de forma hedionda em relação aos ucranianos que até 2 anos atrás você sequer sabia da existência deles, mas por conta da sua bizarra fidelidade ao czar hoje lhes presta um ódio mortal, sem fazer distinção alguma se são civis, militares, crianças…

AVISO DOS EDITORES: A DISCUSSÃO ESTÁ DESVIANDO PARA A MERA TROCA DE ATAQUES PESSOAIS.
MANTENHAM O RESPEITO. SIGAM AS REGRAS DO BLOG OU SEUS COMENTÁRIOS SERÃO APAGADOS SEM MAIS AVISOS:

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Kommander
Kommander
Responder para  Bosco
1 ano atrás

_________

COMENTÁRIO APAGADO. VOCÊS FORAM AVISADOS.

Bosco
Bosco
Responder para  Kommander
1 ano atrás

_________

COMENTÁRIO APAGADO. VOCÊS FORAM AVISADOS.

Bosco
Bosco
Responder para  Kommander
1 ano atrás

_________

COMENTÁRIO APAGADO. VOCÊS FORAM AVISADOS.

pragmatismo
pragmatismo
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Opa! Cadê o moderador?

AVISO DOS EDITORES: SE VOCÊ AINDA NÃO VIU, A MODERAÇÃO JÁ FEZ VÁRIAS ADVERTÊNCIAS NAS DISCUSSÕES DAS ÚLTIMAS HORAS, INCLUINDO NO COMENTÁRIO AO QUAL VOCÊ SE REFERE. MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA.

Bosco
Bosco
Responder para  pragmatismo
1 ano atrás

Meu comentário inicial não foi ofensivo e representou tão somente a minha opinião sobre o tema proposto, mas logo em seguida eu fui diretamente ofendido e você pede a moderação… para mim?
Eu posso até estar precisando ser moderado mas com certeza você está precisando ou de um oftalmologista ou/e de um psiquiatra.

Fabio Jeffer
Fabio Jeffer
Responder para  Bosco
1 ano atrás

EDITADO

fjuliano
fjuliano
Responder para  Kommander
1 ano atrás

Até q enfim alguém falou para esse sujeito um recado que serve para vários outros.

AVISO DOS EDITORES: QUEM DÁ RECADO AQUI É A EDIÇÃO DOS BLOGS, E TODOS ESTÃO PASSANDO DOS LIMITES DOS ATAQUES PESSOAIS EM DIVERSAS DISCUSSÕES. LEIAM AS REGRAS DO BLOG E APRENDAM A DISCUTIR OS TEMAS SEM SE ATACAREM.
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Bosco
Bosco
Responder para  fjuliano
1 ano atrás

Ui! Essa doeu…

AVISO DOS EDITORES: O RECADO É PARA TODOS, INCLUINDO VOCÊ.

Arariboia
Arariboia
Responder para  Kommander
1 ano atrás

Mas o _____________moralismo pro ocidente do Bosco é conhecido aqui, por muito tempo. Sempre teve uma forma de creditar o ocidente com mais democrático e tecnológico. Mesmo que isso não seja uma realidade 100% como alguns acreditam. Acha eco em pessoas que acreditam em comunismo” russos são comunistas, pobres e selvagens etc, terra plana e direita lacradora.
Aí se pegar um exemplo das maravilhas tecnológicas do ocidente, que explodem ou não funciona. Existem N variáveis pra fazer e dizer que elas são melhores. Mesmo que não. Agora pro equipamento. Russo, chinês etc ou uma gota é maremoto pra criticar. Uma medida e dois pesos.

COMENTÁRIO EDITADO. MANTENHA O RESPEITO. SIGA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Bosco
Bosco
Responder para  Arariboia
1 ano atrás

Ainda com essa de rotular quem pensa diferente de “terraplanista”.
Tenha dó!

pragmatismo
pragmatismo
Responder para  Kommander
1 ano atrás

Opa! Sem ofensas.

AVISO DOS EDITORES: A TROCA DE OFENSAS ENTRE COMENTARISTAS NÃO É TEMA DESTA MATÉRIA. LEIA AS REGRAS DO BLOG:

6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

L G1e
L G1e
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Mestre Bosco, é lógico tirando os contestos históricos diferente. O mesmo ocorreu com a indústria bélica dos EUA na segunda G mundial. Enquanto as indústrias da Alemanha e da URSS foram muito atacadas.

Bosco
Bosco
Responder para  L G1e
1 ano atrás

L G1,
O contexto em questão não é histórico e sim, geográfico e capacitacional. Os países que entraram em conflito com os EUA não tinha alcance ou capacidade de atingi-lo.
Não é o caso da Ucrânia, que é vizinha da Rússia e tem capacidade de atingi-la e só não o faz por conta da ameaça nuclear.

L G1e
L G1e
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Mestre Bosco. Cada época. Cada país. Cada um luta com o que tem. Se o Vietnã tivesse poder de atacar as indústrias dos EUA. Se si. O tal do si. Se si. Infelizmente existe o si. Se eu tivesse feito isso na minha vida a 20 anos atrás. O si é o cara.

Marcos
Marcos
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Ela pode escolher como vai perder essa guerra então…
Porque não vai ser aceita na Otan, e ser protegida por seu guarda chuva nuclear se estiver em guerra com a Rússia.
Existe sempre a possibilidade da Ucrânia decidir “pagar pra ver” e fazer ataques massivos ao território russo.
Diferiria entre perder em pé ou de joelhos…
Nessa diferença está incluso o quanto de “brio” há na Ucrânia ainda…
Os russos podem retaliar de forma convencional ou nuclear.
Mas essa é a realidade dessa guerra.

fjuliano
fjuliano
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Esse desprezo seu pelos russos não é compartilhado pelo comando militar dos EUA e Europa que sabem muito bem o que de fato são os russos, do contrário não haveria uma ampla aliança para combate-los.
_____
_____

EDITADO. MANTENHA O RESPEITO. LEIA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Bosco
Bosco
Responder para  fjuliano
1 ano atrás

Não tenho desprezo pelos russos e sim pela Putin.
Não sou como você que tem ódio de europeus, americanos, ucranianos, japoneses, taiwaneses, australianos, sul coreanos, israelenses, canadenses…

Bosco
Bosco
Responder para  fjuliano
1 ano atrás

Sem dúvida! Os EUA e os europeus sabem muito bem como são os russos e essa percepção deles se confirmou no dia 24 de fevereiro de 2022.

Pedro
Pedro
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Pais covarde que se protege atrás da ameaça nuclear? Não vejo nada de covarde nisso. Meu sonho o Brasil ter esta capacidade

Bosco
Bosco
Responder para  Pedro
1 ano atrás

Nesse caso seria dissuasão nuclear. Ou seja, o país que detém capacidade nuclear a utiliza para dissuadir possíveis inimigos de atacá-lo.
No caso da Rússia ela atacou um país vizinho, pacífico para anexá-lo , já tendo anexado via força militar parte do país no passado.
Esse uso da “dissuasão nuclear” é contrário ao entendimento estabelecido de “dissuasão” (“grandes poderes trazem grandes responsabilidades”) e constitui um ato de covardia. Não há como fazer outra leitura disso.

fjuliano
fjuliano
Responder para  Bosco
1 ano atrás

“País vizinho pacífico” é revoltante ver uma coisa dessa. E o pior q esse cidadão sabe muito bem que havia uma guerra em curso na região desde 2014 e milhares de russos étnicos foram mortos e perseguidos, civis inclusive cujos territórios foram bombardeados apesar de acordos assinados. “Ato de covardia” que jamais, é claro, é trazido a baila por esse sujeito e os equivalentes quando os “bombardeios da liberdade” dos EUA matam como já mataram milhares de civis no OM e outros lugares. Nesse caso, para eles, quando não é tudo lindo e glamouroso é aceitável. Povo desprezível.

Bosco
Bosco
Responder para  fjuliano
1 ano atrás

A narrativa do Putin é muito parecida com a do Füher para invadir a Polônia em 39.
https://www.arqnet.pt/portal/discursos/setembro10.html

Pedro
Pedro
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Os EUA fazem isto desde a ww2. São covardes também, suponho.

Bosco
Bosco
Responder para  Pedro
1 ano atrás

Uma potência nuclear tem que primeiro se tornar uma potência militar convencional -coisa que a Rússia demonstrou não ser- para não ter que apelar para seu arsenal nuclear no caso de alguma aventura militar sair de controle.
Os EUA nunca se viram ameaçados no seu território ou na sua existência para ameaçar utilizar armas nucleares contra um país que não as têm. Eles deram conta no plano militar convencional e quando exauridos, se retiraram sem mimimi.
Os russos iniciaram uma guerra contra o país vizinho, não nuclear, e não dando conta no plano convencional, apelaram para a ameaça nuclear como forma de passarem menos vergonha.

Comte. Nogueira
Comte. Nogueira
Responder para  Bosco
1 ano atrás

A Ucrânia aceitou as regras do jogo impostas pelos EUA/Otan.
Agora está enfrentando as consequências.
Desde meados dos anos 2000 a estratégia ocidental é cercar a Rússia, cooptando os antigos satélites (países) do Leste europeu. Mas foram aumentando a aposta, acreditando que a Rússia não teria culhão para uma ação militar que afrontasse a Otan.
Praticamente coagiram-na a decidir por essa ação maluca.
E, no final das contas, a coisa saiu exatamente como os EUA queria: a invasão da Ucrânia pela Rússia, para legitimar o discurso da “ameaça” à segurança mundial e blablabla e a imposição unilateral de sanções.

Bosco
Bosco
Responder para  Comte. Nogueira
1 ano atrás

Essa é a sua leitura dos acontecimentos.
A minha diverge da sua!

LUIZ
LUIZ
Responder para  Bosco
1 ano atrás

“A minha diverge da sua!”

Você emite seus comentários pela ótica ocidental. Vc nunca entenderá como os russos estavam se sentido acuados pela ambição expansionista dos EUA.

Bosco
Bosco
Responder para  LUIZ
1 ano atrás

Mas a minha empatia com os ucranianos me fez entender como eles se sentiam acuados pela ambição expansionista russa.

Magaren
Magaren
Responder para  Bosco
1 ano atrás

boscão como sempre mandando a verdade

Eduardo Neves
Eduardo Neves
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Prezado colega, você acredita mesmo que os russos não tem estoques novinhos em folha para o caso de confrontação direta com a Otan????? O amigo acredita que as bases militares da Otan não seriam dizimadas assim como a infraestrutura crítica desses países????? Acha mesmo que a Rússia não enfrentaria a Otan com essa intensidade ????? Não meu caro, a Rússia multiplicaria esses ataques e todo o sofisticado poder aéreo ocidental seria reduzido a metade em dias pois com certeza os russos tem milhares de mísseis de cruzeiro ( e centenas de hipersonicos) prontinho pra atacar o núcleo do poder aéreo da Otan, menos meu caro, menos…

Junior
Junior
Responder para  Eduardo Neves
1 ano atrás

Há quem acredita? Vc? Manda T55 para combate e guarda T90 para um presumido ataque da OTAN?

Felipe
Felipe
Responder para  Junior
1 ano atrás

Se T55 cumpre a função (que é retaguarda), pq deixar T90M novinho lá parado esperado o inimigo que não consegue romper nem a primeira linha da defesa?

Bosco
Bosco
Responder para  Eduardo Neves
1 ano atrás

Sim! Acredito que os russos meteram os pés pelas mãos na Ucrânia . Infelizmente não combinaram com a Ucrânia e a aventura que deveria durar algumas semanas deu tchutchu.
O urso pode ter a maior capacidade de overkill nuclear do planeta (há dúvidas sobre isso e há dúvidas se tal capacidade é realmente útil) mas no plano convencional não passam de um pandinha e só se sustentam porque seu território e portanto, sua infraestrutura , está intocável.

Marcos
Marcos
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Essa discussão do quão moral ou imoral é a atuação Russa é estéril.
Eles farão o que querem… E sem se importar com o que julgamos sobre suas condutas.
Aqueles no mundo que se acham mais justos ou ilibados podem fazer o que quiserem para contrapor. “Ocidente Livre” incluso.
A análise técnica de como fazem isso e de como são contrapostos é satisfatória aos entusiastas do assunto per si.
Mas é fato que os Russos veem aprendendo e melhorando.
Os ganhos de produção e operacionais são claros. Era esperado que depois do choque de realidade que levaram no inicio da guerra aprendessem alguma coisa.
Resta saber se esse ganho será suficiente para que atinjam seus objetivos.

LUIZ
LUIZ
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Mais os EUA não se vale do seu poderio militar,político e econômico pra subjulgar outros países aos seus interesses?? Vc acha que não é hipocrisia da sua parte atacar a Rússia? Não tem santinhos na Ucrânia e nem na OTAN. Ta ai o exemplo da França e EUA na África e os EUA também ilegal na Síria. Esses 2 países usam da força pra manter seus interesses sugando as riquezas desses países. A Rússia pode ter seus erros ao intervir na Ucrânia mais os erros começaram antes com o EuroMaidan.

Felipe M.
Felipe M.
Responder para  Bosco
1 ano atrás

sim, estão quase chegando em Berlim.
Só um detalhe não é abordado nessa torcidinha patética de vocês: a realidade.

Bosco
Bosco
Responder para  Bosco
1 ano atrás

“Nem uma linha sobre as informações e fatos da análise.”

Equívoco seu ou deficiência de interpretação de textos.
“Essa é a diferença entre um país que tem ampla liberdade de destruir o vizinho , reduzindo a escombros a sua infraestrutura e um país covarde que se protege atrás da ameaça nuclear e que tem seu território intacto.”
Nesse meu comentário inicial eu faço uma observação que considero pertinente e importante acerca do tema proposto (aumento de produção do complexo industrial militar russo após a guerra na Ucrânia) que é a integridade do território russo após o início da guerra e que possibilita que haja esse aumento de produção.

Claudio Moreno
Claudio Moreno
Responder para  Bosco
1 ano atrás

Viajou!

Sgtº Moreno

Kommander
Kommander
1 ano atrás

Como é bom rir do choro das ______________

No mais, como eu queria que o Brasil tivesse pelo menos metade dessa capacidade, mesmo a Rússia tendo suas limitações econômicas, é incrível como produz quase tudo o que precisa, e o Brasil é eterno dependente de material estrangeiro.
Quando tentamos fazer alguma coisa aqui, rapidamente caímos na real que não vale a pena o esforço, pois além de não haver incentivo, as Forças Armadas e o Gov fazem um esforço danado para dificultar a vida dessas empresas.
A desindustrialização do Brasil segue a todo vapor!

COMENTÁRIO EDITADO. NÃO ROTULE OS OUTROS PARA NÃO SER ROTULADO. MANTENHA O RESPEITO. SIGA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Alecs
Alecs
Responder para  Kommander
1 ano atrás

Mais _____________ que você? Kkkkkkk os ____________ são verdadeiros humoristas.

COMENTÁRIO EDITADO. NÃO ROTULE OS OUTROS PARA NÃO SER ROTULADO. MANTENHA O RESPEITO. SIGA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Alecs
Alecs
Responder para  Alecs
1 ano atrás

EDITADO:

Acalme-se, o comentarista Kommander foi devidamente advertido.
Talvêz você não saiba, mas a moderação não está 24 horas por dia controlando o que se escreve.

Alecs
Alecs
Responder para  Alecs
1 ano atrás

Então os comentários dele são prontamente liberados e os meus sempre ficam aguardando liberação. Peço desculpas se pareci afoito, mas não gosto de injustiça. Não estou e nem estava nervoso. A discussão agrega conhecimento e pode até mesmo nos fazer mudar de opinião em alguns casos. Há vários comentários regados de torcida (de ambos os lados) e nada mais correto que não rotular os comentaristas, vocês estão certíssimos. Apesar de eu não me sentir ofendido quando algum comentarista me chama de torcedor da OTAN, otanete ou qualquer outro nome, mas sei que a pessoa do outro lado pode se ofender. A moderação tem sido muito acertada, melhorou muito principalmente quando faz os comentaristas se aterem ao tema da reportagem. Acredito que vocês tem um “abacaxi” nas mãos, pois tem vários comentários com outros termos como fanboy… É notório que algum termo tem que ser autorizado, até mesmo para poder dar sentido em alguns comentários. Acredito que quanto menos pejorativo melhor, então sugiro os termos “torcedor russo e torcedor ucraniano como válidos. É só minha opinião. Peço desculpas por estar postando isso aqui. De acordo com as regras do site foge à postagem, mas já que aconteceram rusgas penso que é preciso ser resolvido. Até mesmo para evitar discussões desnecessárias no futuro.

RESPOSTA DOS EDITORES:
AMBOS TIVERAM COMENTÁRIOS RETIDOS E AMBOS TIVERA COMENTÁRIOS LIBERADOS APÓS EDIÇÕES E ADVERTÊNCIAS.

Rafael
Rafael
1 ano atrás

Enquanto políticos da Europa e dos EUA gastam o tempo decidindo que pronome usar, a Rússia tá gastando o tempo fazendo armas. Rs

Kommander
Kommander
Responder para  Rafael
1 ano atrás

Pois, é! Parece que a vida das “minorias” importa mais que a minha e a sua. Isso porque a constituição diz que perante a lei somos “todos iguais”.

Bosco
Bosco
Responder para  Rafael
1 ano atrás

Mas para ter um “conservador” iluminado como o Putin e sua claque na governança eu prefiro a promiscuidade promovida pela New Left na Europa e nos EUA, mesmo porque , a admirada Rússia “conservadora” (adorada pelos progressistas justiceiros sociais daqui, sabe-se lá como) ofende um principio basilar do conservadorismo que é a liberdade e com certeza o Putin não defende esse princípio.

AVISO DOS EDITORES: MANTENHAM-SE NO TEMA DA MATÉRIA.

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Jose
Jose
Responder para  Bosco
1 ano atrás

E quem defende a “liberdade” de fato??? desde que o mundo é mundo cada um defende seus interesses, a diferença está tão somente nas narrativas ou se preferir em como vem embrulhada, o resto é conversa fiada

Bosco
Bosco
Responder para  Jose
1 ano atrás

Então tanto faz já que não há ponderações morais , éticas ou legais e tudo se resumindo no velho “mamãe mandou” e nesse caso eu fico do lado ucraniano.

L G1e
L G1e
1 ano atrás

Melhor análise da trilogia até agora da indústria militar da Rússia na guerra da Ucrânia. Parabéns. Parabéns.

Pedro
Pedro
1 ano atrás

Parabéns Rússia!

Esta matéria cala a boca dos ________ que teimam em acreditar que a Rússia esta sendo afetada substancialmente pelas sanções ocidentais.

Rapidamente o país se reorganizou e conseguiu aumentar a produção de munições em 10 vezes, de armamentos em 3, 4, em alguns casos, 6 vezes!

A destruição da capacidade industrial do inimigo ajudou ainda mais a consolidar a posição de supremacia absoluta da Rússia em relação à Ucrânia.

Por isso da Otan estar pressionando para o Zelensky aceitar perder territórios e buscar negociar a paz para entrar na aliança. Quanto mais demorar, mais a Rússia terá condições de anexar mais territórios. O Medvedev, ciente disso, alertou ontem que a Ucrania para entrar para a Otan, teria de abrir mão de muito mais território, inclusive de sua capital.

___________

COMENTÁRIO EDITADO. NÃO USE O ESPAÇO PARA PRATICAR XENOFOBIA. NÃO ROTULE OS OUTROS PARA NÃO SER ROTULADO. MANTENHA O RESPEITO. SIGA AS REGRAS DO BLOG:

https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Maurício.
Maurício.
Responder para  Pedro
1 ano atrás

“que teimam em acreditar que a Rússia esta sendo afetada substancialmente pelas sanções ocidentais.”

Um detalhe sobre sansões, recentemente um jornalista perguntou para o Biden o por que ele não colocou sansões na oligarca russa Elena Baturina que fazia negócios com seu filho Hunter Biden, ele se fez de desentendido…rsrsrs.

AVISO DOS EDITORES:

6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Allan Lemos
Allan Lemos
1 ano atrás

Rússia nāo é o Iraque, tem que respeitar, o Ocidente gostando ou nāo.

Felipe
Felipe
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

Pois é…mas tem uns aqui que insistem, fala que o PIB russo é menor que o brasileiro, que com as sanções não iam sustentar 5 dias de guerra, que se fosse contra a OTAN não iriam aguentar 2 dias…está aí. Rússia não é Cuba, nem Venezuela. Produção de equipamento militar novo de ultima geração a todo vapor, num ritmo que só China e EUA conseguiriam equiparar (e nem em tudo, como munições por ex). Talvez seja por herança da URSS, mas por isso e outras coisas são considerados uma das maiores potencia miltiares do planeta.

Felipe M.
Felipe M.
Responder para  Allan Lemos
1 ano atrás

não é mesmo. E acho que ninguém jamais pensou que seria. Aliás, você pensou que seria? Pq se pensou…

OSEIAS
OSEIAS
1 ano atrás

Caro editor do poder terrestre, a pagina está sem as setas de verificação das noticias. As paginas do poder aereo e naval esão ok. Mas a terrestre está com esse problema, eu já mudei de navegador e de maquina e o resultado é o mesmo.

Franz A. Neeracher
Responder para  OSEIAS
1 ano atrás

Oi Oséias
Estamos cientes do problema.
O provedor já foi notificado!

Quirino
Quirino
1 ano atrás

“A razão também é que empresas e instituições russas contornam com sucesso as sanções, principalmente considerando que mais de dois terços dos países existentes mantém relações normais ou até mais intensas com a Rússia”

A 30 anos atrás os Estados Unidos teriam mobilizado o mundo para sancionar a Rússia, hoje, dois terços do mundo não seguem os Estados Unidos, que vitória para o mundo, os Estados Unidos e seus lacaios não podem mais encurralar ninguém com essas porcarias de sanções, se o ocidente não quer negociar, não tem problema, tem que queira.
Aos Estados Unidos, Europa e seus fanboys eu digo, sejam bem vindos ao mundo novo.

L G1e
L G1e
1 ano atrás

Esse texto deveria ser lido pelos oficiais das forças armadas brasileira como exemplo de como se faz uma mobilização nacional para uma guerra. Industrial, logística, econômica,pessoal,ett.Guerra contra grandes potências. O Brasil já tem planos de guerra para enfrentar um país da América do Sul apoiado pôr grandes potências.Muito bom.

Pedro
Pedro
1 ano atrás

A Rússia vem numa guinada de descolamento da economia mundial (ocidental) num claro movimento de País que entrará em Guerra por muito tempo e não depender de fatores, diga-se dinheiro externo dos países ocidentais. Não sei se ficará em algo apenas localizado a sua fronteira ocidental estratégica ou uma grande jogada a longo prazo, penando-se em conjunto com a China contra o mundo ocidental.

LUIZ
LUIZ
Responder para  Pedro
1 ano atrás

E dias atrás enviou a estação lunar pra Lua.

fjuliano
fjuliano
1 ano atrás

Excelente estudo do Doutor Rodolfo Laterza, parabéns ao Forte por trazê-lo com regularidade.

Luís Henrique
Luís Henrique
1 ano atrás

Até que enfim uma análise ocidental mais realista.
Já cansou as matérias ilusórias que sonham com a derrota russa e fazem mágicas com os números para tentar alterar os fatos.
O fato é que a Rússia é uma super potência militar por causa do tamanho das suas forças armadas e também pela sua gigantesca base industrial de defesa.
Eu não estou torcendo para a Rússia, para mim essa guerra não deveria existir.
Mas também não consigo engolir tanta propaganda ocidental totalmente fora da realidade.

Magaren
Magaren
Responder para  Luís Henrique
1 ano atrás

Menos, menos, rússia se vendeu com superpotencia mas pode no máximo ser considerado potencia diante dos resultados desse 1 ano de conflito contra um ex país satelite.

Felipe
Felipe
Responder para  Magaren
1 ano atrás

Mas parece q virou o jogo e nem a Otan sabe como desvirar mais.

Magaren
Magaren
Responder para  Felipe
1 ano atrás

Virou mesmo, estão com os 10% consquistado de território kkk

Com mais 1 ano de conflito talvez cheguem em 20%!

soldado imperial
soldado imperial
1 ano atrás

Esta historia é velha e eu ja sei o final, alias vai se repetir o que aconteceu no passado. A Russia foca demais na industria bélica, fazendo produtos de segunda qualidade( ou até de terceira) em quantidade grande(apenas grande pra Russia), esquece a outra parte da economia……. o resultado foi o que ocorreu com a economia da URSS, vai quebrar e vira pó….. agora o ocidente não vai cair nesta cilada de querer juntar os cacos.
Pronto falei!!! Eis o futuro da Russia. Nâo precisa nem de mãe Dinah pra prever o futuro

BraZil
BraZil
Responder para  soldado imperial
1 ano atrás

Com o devido respeito colega. A economia Russa pode quebrar, todas podem, mas comparar essa quebra com a da antiga URSS é uma tolice. A economia Soviética era imensamente menos diversificada e com menos ramificações, que a Russa de hoje. (Era planificada – comunista). São dois mundos bem diferentes. Hoje é um dos países mais capitalistas do mundo (vede quantos bilionários – antes isso seria impossível, aliás, se patrão é demonizado no socialismo, imagine bilionário). Se por um lado esse é apenas um fator da equação, ainda assim, diz muito sobre essa nova economia. Ambos os sistemas tem vantagens e desvantagens, o capitalismo é mais volátil, apesar de mais diversificado e a Rússia teve 09 anos para se preparar para as consequência que sabia que viriam após a invasão. Outro fator é o nível de domínio que o poder central exerce, facilitando certas tomadas de decisões. Abre o olho, com opiniões assim, tu vai continuar sendo soldado…

soldado imperial
soldado imperial
Responder para  BraZil
1 ano atrás

Agradeço seu comentário,
Seu raciocinio está parcialmente correto. A russia não é mais economia planificada, fechada e comunista, isto é verdade. Porém o pouco que ela se abriu (padrão coreia do sul etc), o ocidente( leia-se e os que tem dinheiro) não vai mais querer arriscar seu dinheiro naquelas bandas. Ou seja, a Russia saiu do fogo e caiu na brasa….. os investidores estão agora com o pé atras com a Russia.É a dura realidade da russia.
Melhor um dia de soldado no caminho certo do que cem anos de general no caminho errado.

BraZil
BraZil
1 ano atrás

Parabéns para a Rússia e para outras nações que definem objetivos e tem determinação para alcançá-los. Quiseramos nós que o Brasil tivesse essa força militar, atuasse em vários continentes ao mesmo tempo e ainda enviasse missões ao espaço, com sucesso. Inveja (do bem)

Maurício.
Maurício.
1 ano atrás

É, para quem acreditava naquela ladainha americana, em que eles prejudicariam a indústria de defesa russa, esse texto é um baita de um balde de água fria e realidade… Tem um pessoal que acha que a Rússia é um Iraque, Síria ou Líbia da vida! De resto, só o mesmo de sempre, ou seja, o blá blá blá e mimimi seletivo…

Rodrigo
Rodrigo
1 ano atrás

Se a Rússia produziu 800 tanques(sem mencionar os modernizados) eu sou uma Brastemp.

Bispo
Bispo
1 ano atrás

Acompanho a CNN Internacional há anos, com a eclosão da guerra Rússia x Ucrânia se um pássaro “kHgR” num soldado russo vira notícia por lá.

O nível ufanista beira ao ridículo, estilo Globo Trash em editar seus jornais.

O texto trazido por este “post” tenta ilumina os que vivem na ilusão da grande mídia ocidental.

A Ucrânia é um peão nas mãos dos EUA e a patota da OTAN(sobre a bandeira fake estamos defendemos a democracia) , o “cheque em branco” será sustado e a fatura vai ser “ceder”(e a democracia? Bem ela continua , vamos ajudar a reconstruir o que ajudamos a destruí

Bispo
Bispo
Responder para  Bispo
1 ano atrás

Complicado tentei editar e até excluir para postar de forma mais clara , impossível(aparece mensagem de estar enviando rápido de mais).

Seria produtível a possibilidade de exclusão por parte de quem postar.

Fica a sugestão.

Completando o que tentei editar:

———-//————

A Ucrânia é um peão nas mãos dos EUA e a patota da OTAN(sobre a bandeira fake , estamos defendemos a democracia).

O “cheque em branco” será sustado e a fatura será “ceder”(e a democracia? Bem , dirá a OTAN, ela continua , agora vamos ajudar a recon$truir o que ajudamos a destruir).

Democracia tem preço, e a indústria militar americana a adora.

Dani
Dani
1 ano atrás

O artigo poderia se chamar: Como quebrar um país 2.0. Mesma historia da União Sovietica. Estao metendo toda a grana no complexo militar e armando uma bomba relogio que ira implodir o país economica e socialmente. Acho que dessa vez será pior ainda.

Claudio Moreno
Claudio Moreno
1 ano atrás

Olá Senhores camaradas do Forte!

Mais uma vez, reforço que não tenho torcida por qualquer uma das partes beligerantes, para o Brasil e para os brasileiros o melhor é essa guerrinha acabar logo para seguirmos a vida.

Mas não há como não dizer que a NATO fracassou e a Ucrânia apostou e perdeu!

A Rússia não é Iraque, Líbia, Sérvia, Kosovo, Síria, Líbano ou os países latino americanos como Granada, Panamá, Nicarágua, Honduras e outros mundo à fora!

Estamos falando de uma nação que está lutando contra uma coalizão de potencias militares e que não vencendo de forma contundente por pura incompetência, mas que não está nem perto de dar sinais de cansaço moral, industrial ou econômico (ainda que muitos assim desejassem). Em contra partida, quando a guerra acabar, o leste ucraniano não vai passar de um mero buraco desgovernado tal como é hj o Afeganistão, quanto a NATO, o TO ucraniano serve para provar e atualizar doutrinas, se fosse pra valer mesmo, a velha Europa iria ficar mais 7 anos de carnificina generalizada.

Em fim, que o Brasil aproveite o que sobrar de ambos. E que continuemos a assistir os aventureiros morrer por uma família que não é a sua, uma causa que não vai gerar empregos ou melhoria de vida aos seus compatriotas, em uma guerra provocada pela NATO, cujo alguns membro (leia-se França e Alemanha) querem apossar-se de nossa Amazônia por pretexto de descuido de nossa parte e por abandono de minorias.

Fica a pergunta antes de vir as críticas (aliás estou pouco ou nada preocupado com elas, vindo de quem virá):
_E as minorias europeias, o que o bloco fez por eles, além de exterminá-los ou exilá-los? E por que a Floresta Negra sumiu? Por que a Europa está ardendo? Hummmm será que o machado passou além do pescoço daquele francesinho, também passou nas florestas europeias?

Sgtº Moreno
(CM)

Cristiano
Cristiano
1 ano atrás

Ontem vi a melhor definição da falência das FFAA e da nossa indústria de defesa: Compramos 20 caminhões de resgate dos EUA, não conseguimos fazer o arroz com feijão, o básico do básico.
Fim…

Fernando "Nunão" De Martini
Responder para  Cristiano
1 ano atrás

Cristiano, discordo disso ser um argumento para a definição de “falência” das Forças Armadas (não estou negando a conclusão, apenas o exemplo / argumento):

Esse tipo de caminhão está longe de ser o “arroz com feijão” da categoria, é um equipamento bastante especializado e com requisitos bem altos de mobilidade, capacidade e sobrevivência.

Marcelo
Marcelo
1 ano atrás

Esforço de guerra aumenta gastos públicos e gera hiperinflação … tão desastrosa … por quanto tento o povo russo vai aguentar?

BERNARDO DE ANDRADE
BERNARDO DE ANDRADE
1 ano atrás

Uma bela maquina de guerra.