Saiba mais sobre a prospecção do EB para novos blindados sobre lagartas – VBC Fuz e VBC CC
Exército Brasileiro está prospectando viaturas dos tipos VBC Fuz e VBC CC existentes, planejando a aquisição de até 78 e 65 unidades respectivamente
Os leitores do Forças Terrestres estão acompanhando matérias, recentemente, de avaliações do Exército Brasileiro para uma nova família de blindados sobre lagartas, com viaturas do tipo VBC Fuz (Viaturas Blindadas de Combate de Fuzileiros) e VBC CC (Viaturas Blindadas de Combate Carro de Combate). É o caso, por exemplo, de um exemplar de VBC Fuz, o CV90 da BAe Systems, enviado ao Brasil para avaliações.
O processo é regido por uma portaria do Exército Brasileiro publicada em setembro do ano passado, onde se pode encontrar diversas informações sobre prazos, quantidades, objetivos, além de questões relacionadas à participação da indústria brasileira.
Seguem alguns trechos selecionados. Para a íntegra, clique aqui.
3. OBJETIVOS
a. Realizar uma prospecção no mercado nacional/internacional para identificar as VBC Fuz e VBC CC existentes e que atendam às necessidades do EB.
b. Elaborar, complementar, ratificar e/ou retificar os documentos previstos na fase de Formulação Conceitual das Instruções Gerais para a Gestão do Ciclo de Vida dos Sistemas e Materiais de Emprego Militar (EB10-IG-01.018).
c. Verificar a viabilidade de obtenção das VBC Fuz e VBC CC baseadas na mesma plataforma, considerando a possibilidade de aquisição ou de desenvolvimento.
d. Buscar a integração dos sistemas de Plataforma Veicular, de Comando e Controle (C2 ) e de Armas.
e. Procurar o máximo de comunalidade com os demais projetos de obtenção de viaturas do Prg EE F Bld
5. DADOS TÉCNICOS
a. Planejar a obtenção de até 78 (setenta e oito) VBC Fuz e 65 (sessenta e cinco) VBC CC, considerando o prazo até 2040, conforme o planejamento do Prg EE F Bld.
b. Com base no acrônimo DOAMEPI (Doutrina, Organização, Adestramento, Material, Educação, Pessoal e Infraestrutura), considerar:
1) Material:
a) possibilidades e impactos do custeio de sistemas e materiais obtidos para o Projeto, considerandose o ciclo de vida dos SMEM;
b) obtenção de MEM buscando priorizar a Base Industrial de Defesa (BID);
c) possibilidades de contratos de Offset, de acordo com a Portaria nº 245 – EME, de 6 de agosto de 2019;
d) consideração das informações contidas no Relatório do Grupo de Trabalho dos Sistemas de Comando e Controle (C2) de Viaturas Blindadas do Exército Brasileiro (EB), apresentado pelo Comitê Gestor de C2 e submetido ao EME;
e) padronização de materiais dentro do EB que facilitem a capacitação e a logística;
f) interoperabilidade: os requisitos levantados deverão contemplar a interoperabilidade como fator da capacidade em desenvolvimento, tendo em vista o horizonte temporal de 2040 já sinalizar o emprego da Força Terrestre dentro do contexto de Operações Conjuntas e/ou Combinadas; e
g) possibilidades de emprego da capacidade fabril do Exército Brasileiro, nos modelos de produção a serem considerados, visando internalizar capacidades de fabricação e de manutenção do material..
Com a palavras os palpiteiros de plantão.
Você incluso
Viaturas Blindadas de Combate de Fuzileiros. O EB tambem chama a infantaria de fuzileiro?
Correto, porém possui apenas os M-113 que são VBTP (viaturas blindadas de transporte de pessoal). Não Possuímos doutrina nem utilizamos VBCI (Viatura blindada de Combate de Infantaria). Na doutrina com os M-113 a infantaria desembarca próxima das posições inimigas para combater, enquanto que na utilização das VBCI a tropa combate embarcada sempre que possível.
Não.
Fuzileiros fazem parte da Infantaria.
Na Cavalaria, também há fuzileiros, nos GC dos Pel CMec e nos Esqd Fuz dos RCB.
Os fuzileiros são a espinha dorsal da infantaria, mas nessa há as armas de apoio, sua logística e C2 internos.
78 IFV e 65 carros de combate até 2040?? Estou achando esse prazo muito dilatado para tão poucos meios.
Até 2040… qndo a última unidade deste lite for entregue terá q ser gasto mais verba para mordenizar p os sistemas deste período… Brasil dando tiro no pé até quando… já não basta os lotes gripen que talvez nem sejam entregues já q foi um fracasso de vendas…
Fracasso de vendas? Não acha muito cedo para afirmar tal coisa? Quando o Rafale perdeu o F-X2, em 2013, estava em produção e em operação há mais de 10 anos e disseram que era um fracasso. Cinco anos depois, em 2018, foi comprado pelo Egito e, de lá para cá, teve várias vendas.
O Gripen começou a ser entregue, na versão de produção em série, para Brasil e Suécia, em 2021. E agora é que está entrando em operação.
O mercado de defesa é dinâmico e as coisas mudam, de uma hora para outra. Por exemplo, acha que algum país, neste momento, tem intenção de comprar Su-35 ou Su-30 russos?
Se vai ser ele ou não eu não sei. Se é a melhor opção, também não sei. Mas, que é o mais mencionado, sem dúvidas.
Excelente opção sem dúvida,a versão 120mm poderia ser vista pelo CFN.
Horrível, espero que isso não vá pra frente, blindagem fraca, um RPG-7 destrói isso dai. Temos que comprar MBT de verdade, Merkava III usados seriam uma opção muito melhor.
Um verdadeiro desprezo pela vida do soldado, e prova que não se pensa em defesa caso vá pra frente. Trocar um MBT por um m113 enfeitado. Blindagem equivalente ao amx10… até entendo quem argumente por IFV, mas pra CC… O lobby tá forte de mais pra algo totalmente irracional, tão jogando a expectativa pra baixo pra enfiar alguma porcaria meio termo e acharmos bom.
Que lobby? Do CV90 da matéria anterior e que está nesta apenas para efeito ilustrativo?
Se for, as notícias sobre ele só aparecem em quantidade pelo fato do fabricante ter mandado um exemplar para ser avaliado aqui.
Outros interessados deverão enviar seus produtos, ou organizar avaliações em outros lugares e então as notícias estarão neles.
Ainda tem muito tempo e muita avaliação pela frente, basta ler a portaria do EB na íntegra para perceber que o processo está só começando.
Boa tarde, Desculpe-me se o fiz se sentir atingido, apenas comentei que estão divulgando muito o mesmo faz algum tempo, não foi um comentário específico ao fórum ou a sua pessoa.
Critico o produto e não os divulgadores, que fazem o seu papel.
Gari,
Não me “senti atingido”.
Você aparentemente faz confusão entre receber uma explicação numa resposta e achar que é defesa disso ou daquilo.
Estou te respondendo com base na experiência de quem viu e cobriu outros processos seletivos das forças armadas. A cada momento um concorrente está mais no foco porque o fabricante o coloca em evidência trazendo para o Brasil, ou levando autoridades para a fábrica etc. Apenas isso. Daqui a pouco será outro, e também vão dizer que o lobby está forte, que vai ser o ganhador etc. E depois outro e mais outro.
desculpe-me novamente, sou ruim mesmo em me expressar.
Ps: tentei editar para apagar esse ultimo comentário e não consegui, existe essa função?
Mas o CV-90 pode receber kits de blindagem adicional, bem como possui um sistema de proteção ativa… Não há como raciocinar o emprego desses meios sem suporte aéreo ou ao mínimo, proteção aérea…
Exato, não vale mais a pena gastar uma fortuna em um MBT pesado, com muita blindagem, isso não vai salvar ele das armas anti-tanque e drones. O importante é defesa ativa e blindagem o suficiente para aguentar estilhaços de um obus explodindo perto.
Eletrônica é fundamental, mas fica obsoleta numa velocidade absurdamente rápida para depender exclusivamente dela. Blindagem convencional é “barata” e vai proteger de muitas das ameaças por muito tempo com custo baixo de manutenção. Um projeto moderno já é capaz de proteger a tripulação de minas e estilhaços. Confiar tudo em uma folha de papel pela tecnologia de sensores é burrice, nesse caso é melhor adaptar um kit de sensores em um sistema mais barato. já disse em outro post, se é pra abrir mão da proteção blindada, uma Hilux faz o serviço. modernize o M113 pra função então, custará uma fração.
Verdade, devemos comprar leopard-2, MBT pesado, com muita blindagem, só não o use contra quem tenha mísseis anti-tanque modernos, minas E drones que já vimos que tanto faz ser Rússo, da OTAN, a torre voar ou ficar no chassi, foi visto, e destruído.
o colete não protegeu, logo não usaremos mais. Ladrões arrombam a porta de casa, pra que ter chave… Me diga um caso dos que vc citou em que usar um blindado mais leve e menor blindado seria melhor para a segurança da tripulação? Nem pra estrategia de uso em massa serviria, pois são mais caros como n serviriam em uma lógica de proteger a tripulação acima de tudo. Falhou tanto em ser mais barato como em proteger melhor. Difícil conseguir uma relação custo/beneficio desse jeito.
vc não tá acompanhando a guerra da Ucrania em nada? MBT de 60 toneladas sendo destruído por drone de 5 kg. Ninguém usa RPG7 não, melhor um veículo leve que possa parar drone
Para adquirir SMEM usados, têm de ser num número significativamente maior que os requisitos do EB…
Acho que a blindagem não importa mais, basta ser resistente ao impacto se armas leves e estilhaços de Obus. A guerra da Ucrânia está nos mostrando que qualquer tanque, atento merkava, e destruído por míssil anti-tanque, drones e minas.
O importante são as defesas ativas, e tirando guerra urbana, se um soldado chegar tão perto de um blindado para usar um RPG-7 que elas bazuca que míssil, esse tanque merece ser destruído.
E contra uma munição APFSDS, como faz? Esses carros de combate servem muito bem como apoio de fogo à infantaria, mas não substitui completamente um MBT, com toda certeza a introdução desses meios pode diminuir a quantidade de MBTs necessários, mas não vai eliminar.
Agora o jeito é se conformar com um mercado inflacionado pela guerra em andamento, com preços altos e prazos de entrega/fabricação indefinidos.
“O Brasil não perde a oportunidade de perder oportunidades”.
E agora queremos boas oportunidades no pior momento possível.
Espero que tantos estudos não sejam jogados no lixo para depois importar material usado que será mantido e “modernizado” indefinidamente.
Esses prazos são bem dilatados e as quantidades pequenas, o que pretende o EB? Criar um “núcleo de excelência” ou pretende encolher a tropa?
Falta é dinheiro mesmo, então pede poucos pra começar o processo assim que começar que tiver mais dinheiro vai aumentando, mas o mais importante é começar nem que seja em pequenas quantidades pq o tempo ta contra o EB agr.
Acho que o “plano” do EB é comprar um lote, depois compra outro.menor, e assim por diante…
Já pensou falar que vai comprar 400 de uma vez? A imprensa surta.
Acho que o exercício até faz certo em não comparar muitos MBT. Afinal, muitas certezas sobre o tema caíram por terra, talvez os dias dos Meus pesados realmente estejam acabando, e não vale a pena gastar muito em uma frota grande.
E mais lógico, gastar dinheiro em mísseis anti-tanque e drones.
É a melhor opção e nos cai bem como uma luva !
Para o cenário latino americano está maravilhoso
PQP até 2040 para comprar um pequeno punhado de viaturas de combate.
Prefiro um MBT do que este MMBT.
A questão é o custo. Um MBT pesado ocidental como M1A2 SepV3 Abrams custar cerca de U$ 19 mi. O K2 Black Panther tem valor semelhante.
Já um MMBT como o CV-90 pode custar quase a metade, cerca de U$ 10 mi a unidade.
Se não tivesse essa guerra, eu diria que a melhor opção seria o T-90M russo. A Índia está construindo sob licença por cerca de U$ 6 mi a unidade.
Um que dizem que é “barato” na faixa de U$ 5 mi é o Merkava Mk4 israelense.
Acho que se for barato assim, o EB deveria olhar ele de perto.
Um nível de proteção que o CV-90 nem sonha em ter.
Por esse preço, o número teria de ser substancialmente superior… e esquecer os alemães…
Tbm penso em um MBT puro, poderia ver com os sul coreanos o K2 em uma versão mais customizada para as necessidades brasileiras , usados com a guerra na Ucrãnia, esqueçam Leopards 2 , talvez M1A1 …
O CV-90 se encaixa perfeitamente como IFV, aliás, foi projetado para isto .
Blindado no estado da arte para VBCI, agora pra ser uma plataforma para substituir um MBT, é muito fraco, a blindagem deixa muito a deseja para a versão MBT dele.
Bacana hein, galera malha pau em modernizar Leo 1A5 mas vai engolir diminuir de 220 CC para 65 , parabéns. Por mim que se modernize, trocando a torre e colocando a do Cent.II pra aproveitar a cadeia logística , ao menos uns 120 Leopards mas…..
Pensando no longo prazo modernizar os Leo 1a5 é uma escolha pior, imagine passar mais decadas em uma plataforma já muito desgastada e com todas as limitações de um meio desenvolvido na decada de 60.
Melhor iniciar a compra de uma plataforma nova, mesmo em menores quantidades e ir aumentando os numeros a medida que o financiamento permitir.
Modernizar o Leo 1a5 segue a lógica de manter viva o que resta da indústria nacional de defesa enquanto se projeta uma solução para o futuro CC. não é a melhor solução, mas, ainda é melhor que a proposta na noticia, muito provavelmente.
Tomcat,
Há um programa separado e específico para modernização dos Leopards.
A empresa Norinco não tem nenhum MBT superior a esse CV90 com canhão 120mm?