Mac Jee apresenta novas munições para obuseiro em calibre 155mm
Produção reforça presença brasileira no mercado de defesa internacional com produtos confiáveis
São Paulo, maio de 2023 – A Mac Jee, empresa brasileira especializada em tecnologias de defesa, apresenta ao mercado suas novas munições para obuseiro em calibre 155mm. Fabricada nas instalações da empresa em Paraibuna, na região do Vale do Paraíba (SP), a munição está consolidada no mercado desde a década de 30 e evoluiu gradativamente de acordo com as novas necessidades e cenários geopolíticos. A solução da Mac Jee conta com as exigidas certificações das Forças Armadas Brasileiras e a garantia de qualidade Mac Jee, que cuida de toda a produção, desde a criação do projeto inicial, até a forja e carregamento das munições, entregando eficiência e baixo custo-benefício.
Munições de obuseiro 155 são projéteis lançados por obuseiros ou canhões com diâmetro do corpo de 155mm e com característica de funcionamento de fragmentação e explosão. O projétil conta com dois tipos de carregamento de carga explosiva, podendo ser TNT ou Comp B (que consiste em misturas fundíveis de RDX e TNT). As espoletas de detonação podem ter algumas variações de acordo com a missão a ser realizada, podendo ser do tipo espoleta de tempo, proximidade ou impacto.
“Trata-se de uma munição com excelente desempenho de custo-benefício e largamente utilizada para defesa de fronteira e operação de apoio à paz. No cenário atual é umas das munições mais utilizadas na Europa por seu range de alcance e poder de dissuasão”, destaca Alessandra Stefani, CEO da Mac Jee.
A capacidade de produção da companhia para a munição 155mm é de 85 mil unidades por ano, com uma demanda majoritariamente internacional. “Nosso foco está nos mercados do Oriente Médio, Estados Unidos e Leste Europeu”, explica a executiva. “É um mercado fundamental para a soberania brasileira, que gera emprego e renda e representa aproximadamente 5% do PIB do nosso país. O setor passa por um momento de retomada e o apoio da esfera pública será fundamental para a indústria de defesa brasileira buscar oportunidades no exterior e mostrar a nossa força para o mundo”, diz a CEO.
A tecnologia 100% brasileira e exclusiva, com envolvimento da Mac Jee desde a criação, projeto inicial, até a forja e carregamento de produtos, tem alavancado negócios no mercado global. Para atender a demanda aquecida, nos últimos dois anos foram investidos mais de R$ 120 milhões no desenvolvimento de novos produtos de defesa e expansão da empresa, com a construção de uma nova unidade fabril em Paraibuna voltada para armazenamento e logística de materiais energéticos.
Sobre a Mac Jee
O Grupo Mac Jee foi fundado no Brasil em 2007 e está entre as maiores empresas da Base Industrial de Defesa (BID) do país, com atuação global, se destaca pela capacidade em desenvolver produtos de alta qualidade e tecnologia exclusiva. Conta com unidades fabris em São José dos Campos (SP) e Paraibuna (SP) sendo essa a maior planta de carregamento de munições do Hemisfério Sul, além de três escritórios, em São Paulo (SP) e na Europa e no Oriente Médio. É formado pelas empresas Mac Jee Defesa, que produz sistemas de defesa e munições; Mac Jee Tecnologia, fabricante de explosivos e de linhas de produção desse material; e Equipaer, parceira estratégica na criação e fabricação de soluções de treinamento para as Forças Aéreas.
DIVULGAÇÃO: FSB Comunicação
Novamente…
Deveríamos aproveitar o momento para fornecer armas para a Ucrânia.
Deveríamos vender para outras nações reporem seus estoques e essas nações venderiam o estoque antigo para Ucrânia. Facilitaria o recebimento e, em tese, não poderia ser embargado pelo governo federal.
Mac Jee tem surpreendido, se mostrando capacidade de desenvolvimento de produtos priorizando conteúdo de desenvolvimento e produção nacional.
“85 mil unidades por ano”
“com uma demanda majoritariamente internacional”
A produção anual desta empresa não garante uma semana de investida russa na Ucrânia, como a demanda é majoritariamente internacional, já imagino que nossos estoques não devam passar de 50mil 155mm.
Olá R. A capacidade de produção tem que ser adequada para a abastecer a demanda. Os exemplos das duas guerra mundiais mostraram que é possível ampliar a capacidade de produção durante um conflito, seja pela adaptação de outras linhas de produção ou pela construção de novas linhas de produção, desde exista domínio técnico sobre o processo de fabricação. No caso de uma fábrica brasileira de munição, a demanda interna é baixa, essencialmente para repor estoques usados para treinamento. Seria curioso saber quantas munições são disparadas anualmente pelo EB. Pelo que sei, considerando os M109 e os M114, o EB deve possuir umas 250 unidades que disparam munição 155. Se cada um disparar 100 munições para treinamento por ano, seria uma demanda de 25 mil. Se foram 300 disparos por ano, é praticamente a produção anual destra empresa. Uma escalada militar é um processo que leva meses ou anos, tempo suficiente para ampliar a produção de munição para gerar um estoque estratégico.
O EB disparando 85k de 155mm em um ano? Respeitosamente, nem em sonhos… lá pelos anos 90 ou 2000 lançaram um SS-80 e o comentário do alto-escalão foi: lá se vai uma Mercede$…
Lembro de uma vez, não lembro em qual matéria, em que o Bardini postou um link com um contrato da Imbel pra fornecer, se não me falha a memória, 5 mil projéteis de artilharia pro EB ( não lembro o calibre ), num prazo de…48 meses.
Acham mesmo que o EB dispara 85 mil munições de artilharia por ano?
Mas eu duvido, e duvido MUITO.
Olá RP. Eu não sei quantos disparos de munição 155 mm o EB faz por ano. Mostrei apenas o que significa a capacidade de produzir 85 mil munições por ano. Talvez os colegas que serviram na artilharia saibam este número. O Wilber, por exemplo, deu uma boa pista em seu comentário, algo em torno de 1000 disparos por ano para um determinado calibre.
A munição necessária para adestramento é muito menor do que a necessária para a guerra. O tiro da Art é diferente do tiro de fuzil, que ‘cada tiro é um tiro”.
O importante da Art é ajustar o tiro no mais curto prazo, com o menor custo de Mun. Quando o tiro está ajustado, é “sempre igual.” Já pode executar em outro alvo. Grosso modo.
Na guerra, a Art fica “batendo,batendo, batendo”, muitas e muitas vezes, no mesmo alvo.
Para certificar um Grupo de Artilharia, em alto nível de certificação, 200 tiros dá com segurança.
Na guerra, 200 tiros é a munição necessária para 2 peças de Obuseiro 155 na tomada de uma posição fortificada, por dia.
5.000 munições de Art dá para um monte de GAC se adestrar em dois anos.
Na guerra… vai igual água… saliento, q a vida útil do cano, normalmente é de 5.000 tiros.
Quem pensa: Tem q atirar muito treinando!! Tem q pensar nos custos da Mnt em todos os escalões. No caso da troca do cano, se não me falha a memória, é o último escalão de Mnt, o quinto.
Sim. Na segunda guerra o EUA tinham provavelmente a melhor artilharia do mundo, graças a rapidez na resposta e na precisão, mas muito disso se dava pelas excelentes comunicações que existiam entre a artilharia e as outras armas, então nem com o tiro estava relacionado. Na Guerra da Ucrânia muito das deficiências da artilharia russa são devido as más comunicações entre as armas e os vários escalões, então quando se fala em artilharia é preciso lembrar das comunicações já que a artilharia opera indiretamente sem visada do inimigo.
Em tese o número máximo necessário é o número de ciclos de disparos ainda previsto para a vida de cada equipamentos. Quantos disparos um canhão novo aguenta? 3000? Multiplica pelo número de canhão.
Olá P. Você tem razão sobre isso. Não me lembro do EB trocando canos de seus canhões ou precisando recondicioná-los após uso intensivo. Recentemente, discutimos algo nesta direção sobre a razão de alguns obuseiros ucranianos estarem fora de operação, possivelmente porque atingiram o limite de operação. Eu não sei dizer quantos disparos um M109 suporta antes de precisar uma revisão do canhão.
Em tempo, eu me lembro… temos Obus Leves especialmente para a infantaria de Selva recondicionados
https://www.forte.jor.br/2017/07/08/revitalizacao-de-obuseiros-de-105mm-m56-oto-melara/
Não é apenas essa empresa que produz munição de 155mm no Brasil!!!
Lista as outras com a respectiva produção anual.
A IMBEL
https://www.imbel.gov.br/produtos-imbel/26-municoes
85 mil por ano é bem aceitável para tempos de paz. Eu acho que o EB não deve comprar nem 1000 por ano só pra se ter uma ideia.
Não adianta ficar estocando toneladas de munição aqui.
Não se esqueçam que o produto possui validade…
O EUA tirou mais de um milhão de projetéis de 155mm dos estoques para doar a Ucrânia. Ter estoques é importante.
É importante sim, mas o general vai te falar aquela velha cantilena que todos nós já perdemos os cabelos de tanto escutar:
“-Veja bem, mas em nosso entorno estratégico…” rs,rs
Então ter em estoque é uma coisa, agora aumentar sem limites é outra, uma vez com os estoque que a EB julga adquado, a compra vira basicamente para repor o comsumo.
Importante se vai usar a curto prazo.
Até mobilizar a indústria pode levar meses ou mesmo anos daí é preciso ter munição suficiente para passar pelos primeiros meses da guerra.
A Ucrânia foi prejudica pelas sabotagens dos russos em seus depósitos de munição, se não fosse isso eles teriam muito mais munição e teriam derrotado os russos ainda mais intensamente.
O avanço dos russos a Kiev foi derrotado pela artilharia, não pelos Javelin como muitos acham.
Colegas. Tenho uma dúvida muito antiga. Como ocorre o disparo de uma munição de artilharia? No caso de armas pessoais, há o impacto do cão da arma na espoleta da munição. E no caso de obuseiros? O que deflagra a munição?
Veja esse vídeo e vai entender o principio de funcionamento.
https://www.youtube.com/watch?v=u4Ujbt-jglY
Não sou artilheiro 🙏 mas a munição de obuseiro no cal 105mm usa estojo e dispara mediante o impacto do percussor na espoleta. A 155mm não tem estojo e após ela entrar no tubo é colocada a carga de projeção, a carga tem espoleta sendo acionada pelo percussor. Se algum artilheiro estiver por aí pode me corrigir.
É isso. A munição de 105mm tem um estojo com espoleta e é deflagrada semelhante a um cartucho de arma de fogo enquanto a de 155mm precisa que seja inserida uma espécie de espoleta na culatra separadamente que é deflagrada por um percussor que por sua vez deflagra a carga propelente.
Bem mais emocionante mesmo é quando o morteiro simplesmente trava lá dentro e o comandante te “elege” pra tirar ele de lá, rs
Ainda bem que eles agem pensando no mercado internacional, a MacJee também tem um projeto de bomba guiada por GPS, não sei como anda o projeto, mas seria muito substituir futuramente as Spice por elas.
1- o EB utiliza esse calibre?
2- o EB tem interesse, ou já encomendou, essa munição dessa empresa?
As FFAA brasileiras só compram produtos estrangeiros, não prioriza a indústria nacional.
Só dei 1 like porque o site não me deixa dar 2 pro mesmo comentário.
Até hoje não negoli essa história de irem comprar AT4 nos Estados Unidos ao invés de comprar os ALAC que foi desenvolvido aqui.
Esse ALAC é um dos maiores buracos negros das FA´s ( e olha que tem vários ).
Toda notícia sobre ele, é de décadas atrás, falando que o EB adquiriu um lote piloto de 100 unidades e depois….mais nada. Nunca mais se ouviu falar nisso.
Quanto dinheiro foi enterrado nessa brincadeira?
Daveira estudar mais sobre o tema antes de tentar lacrar, pois a munição M107 está 100% nacionalizada e vem sendo adquirida localmente pelo EB.
Bardini você que é mais informado sobre oe EB, existe algum estudo pra substituir nossos obuseiros rebocados? Os nossos são bem antigos e sabemos da importância de ser ter essas armas em grande quantidade no arsenal.
Lacrou errado, __________
https://www.imbel.gov.br/index.php/municoes
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https://www.forte.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Eu achava que só a IMBEL fabricava munição de artilharia no território nacional. Como que esse pessoal da Mac Jee se segura de pé? Todas as notícias de compra de munição de artilharia que eu vejo são para a IMBEL.
Vendendo para o Exterior, como qualquer empresa de defesa que queira se manter de pé.
Parece ser um projétil tipo M107 https://en.m.wikipedia.org/wiki/M107_projectile
até aí nada demais. Agora queria saber se eles também fabricam a carga propelente e as espoletas.
Essa empresa é uma incógnita para mim, usa a bandeira nacional, mas fala muito bem o francês.
Mas em fim.
Acho que seria interessante uma cooperação entre Mac jee, SIATT, Avibras, CBC, para desenvolver uma “família” de munições nacionais guiadas.
Recentemente a SIATT, buscou o AGR para cooperar no desenvolvimento de sua granada de morteiro guiada por GPS.
Mas o que falta realmente em minha modesta opinião, é o “elefante branco” denominado Imbel, fabricar canhões , morteiros , metralhadoras e toda gama de armas de tubo que o EB e demais forças precisam.
O IA2 que é uma arma simples é fabricada a conta gotas agora imagine uma peça de artilharia. A IMBEL tem maquinário desatualizado, o EB teria que investir pesadamente para elevar o patamar da empresa.
“O IA2 que é uma arma simples é fabricada a conta gotas agora imagine uma peça de artilharia. A IMBEL tem maquinário desatualizado, o EB teria que investir pesadamente para elevar o patamar da empresa.”
Concordo plenamente.
Sou contra privatizações, mas o EB , neste caso da Imbel, deveria privatizar aquilo lá.
Cabide de emprego para generais e oficiais aposentados ou em vias de aposentar !
O foda é privatizar e acabar como uma Avibras, falindo, se o Brasil fosse pelo menos um mercado estavel era uma coisa, agr um contrato a cada 10 anos é complicado pra qualquer empresa.
Até porque apesar da IMBEL ser a fabricante de armas brasileira, teria que ser feito um grande investimento para ela se tornar uma capaz de competir em um mercado “saturado”.
Amigo, basta vontade.
Privatiza ela e veremos no que vai dar.
Veja o exemplo da Taurus.
Mercado mais concorrido do que o de pistolas e em um mercado hiper concorrido e exigente como o norte americano não há.
E veja os recordes de vendas e satisfação que a Taurus tem alcançado no mercado norte americano.
Temos que parar de tentar justificar incompetência.
A divisão de comunicação e eletrônica da Imbel, são empresas completamente diferentes da divisão de armas.
Privatiza ela, e verá um monte de “vampiros” incompetentes serem “eliminados”.
Falta dinheiro, assim como a marinha ta a 20 anos tentando comprar navios, o EB tem uma pilha de projetos mofando esperando aparecer verba.
Quem fabrica munição no Brasil utiliza insumos que só a IMBEL produz no Brasil.
No caso da Mac Jee eles tem uma fábrica própria de explosivos, então o que vem da IMBEL? A carga propelente?
A info q tenho é essa.
só falta o EB comprar
Bom dia! Ao invés de “baixo custo-benefíco”, não seria “alto custo-benefício”?
Uma parceria da Mec Jee e da SIATT, seria de grande valia, para desenvolver e produzir munições de artilharia guiadas. A SIATT já tem a munição de obuseiro de 120 mm.