Ucrânia: atualização sobre vítimas civis – abril de 2023
Data: 10 de abril de 20231
De 24 de fevereiro de 2022, que marcou o início do ataque armado em larga escala da Federação Russa, a 9 de abril de 2023, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) registrou 22.734 vítimas civis no país: 8.490 mortos e 14.244 feridos. Isso incluiu:
- 18.280 baixas (6.596 mortos e 11.684 feridos) em território controlado pelo Governo quando ocorreram as baixas:
– Nas regiões de Donetsk e Luhansk: 9.410 baixas (3.927 mortos e 5.483 feridos); e
– Nas demais regiões2 : 8.870 vítimas (2.669 mortos e 6.201 feridos). - 4.454 baixas (1.894 mortos e 2.560 feridos) no território ocupado pela Federação Russa quando ocorreram as baixas:
– Nas regiões de Donetsk e Luhansk: 2.968 baixas (652 mortos e 2.316 feridos); e
– Nas demais regiões3: 1.486 mortos (1.242 mortos e 244 feridos).
OHCHR acredita que os números reais são consideravelmente maiores, já que o recebimento de informações de alguns locais onde intensas hostilidades estão acontecendo foi atrasado e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração. Isso diz respeito, por exemplo, a Mariupol (região de Donetsk), Lysychansk, Popasna e Sievierodonetsk (região de Luhansk), onde há alegações de numerosas vítimas civis.
Vítimas civis de 1 a 9 de abril de 2023 (casos individuais verificados pelo ACNUDH)
De 1 a 9 de abril de 2023, o ACNUDH registrou 163 vítimas civis na Ucrânia:
- 44 mortos (22 homens, 11 mulheres, além de 11 adultos cujo sexo ainda não é conhecido); e
119 feridos (34 homens, 26 mulheres, 2 meninos, 1 menina, além de 56 adultos cujo sexo ainda não é conhecido).
Isso incluiu:
- 34 mortos e 101 feridos em 46 assentamentos em território controlado pelo Governo quando ocorreram baixas (83 por cento do total); e
10 mortos e 18 feridos em 7 assentamentos em território ocupado pela Federação Russa quando ocorreram baixas (17 por cento do total).
Por tipo de arma/incidente:
- Armas explosivas com efeitos de área ampla: 43 mortos e 108 feridos (93 por cento);
- Minas e restos explosivos de guerra: 1 morto e 11 feridos (7 por cento).
A Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia
Desde 2014, o OHCHR documenta baixas civis na Ucrânia. Os relatórios são baseados em informações que a Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU na Ucrânia (HRMMU) coletou por meio de entrevistas com vítimas e seus familiares; testemunhas; análise de material corroborativo compartilhado confidencialmente com HRMMU; registros oficiais; documentos de código aberto, materiais de foto e vídeo; registros e relatórios forenses; materiais de investigação criminal; documentos judiciais; relatórios de organizações não governamentais internacionais e nacionais; relatórios públicos de autoridades policiais e militares; dados de instalações médicas e autoridades locais. Todas as fontes e informações são avaliadas por sua relevância e credibilidade e comparadas com outras informações. Em alguns casos, a corroboração pode levar tempo. Isso pode significar que as conclusões sobre acidentes civis podem ser revisadas à medida que mais informações se tornam disponíveis e os números podem mudar à medida que novas informações surgem ao longo do tempo. As estatísticas apresentadas na actualização baseiam-se em registos individuais de vítimas civis onde o padrão de prova de “motivos razoáveis para acreditar” foi cumprido, nomeadamente quando, com base num conjunto de informações verificadas, um observador normalmente prudente teria motivos razoáveis para acreditar que o casualmente ocorreu como descrito.
FONTE: www.ohchr.org
Infelizmente o povo russo vai pagar e sentir na pele essa prática criminosa, realizada pelo Kremlin. Que todo dinheiro russo congelado no exterior seja repassado a Ucrânia, como forma de amenizar o sofrimento do povo ucraniano. Que o assaltante Putin e sua quadrilha de criminosos responda criminalmente pelos crimes cometidos. Que venha um novo julgamento de Nuremberg contra esse malditos.
Quanta bobagem da guerra do Vietnã até o presente os yankes é seus asseclas mataram mais “2,5 milhões de civis ” ao redor do mundo para impor a sua política de domínio. Os asiáticos, africanos e árabes sentiram na pele.
E os 14 mil moradores de Donbass que pereceram graças ao genocídio ucraniano, bem antes da invasão Russa, onde ficam nessa historia?
Ficam totalmente sob a responsabilidade Russa.
Para os mais distraídos, estes são os números totais causados pela 1ª invasão Russa em 2014.
Já foi mais difícil desmascarar esta propaganda mas parece que há alguns que continuam no nível mais básico.
Quanta bobagem…..
Infelizmente, somente a população ucraniana padece das consequências da guerra. Já o civil sírio, palestino, iraquiano, afegão, líbio, sérvio, iemenita, desconhece o significado da palavra sofrimento.
Indignaçāo seletiva é o que mais se acha hoje em dia.
“Indignaçāo seletiva é o que mais se acha hoje em dia.”
Onde assino?
Eu ainda vou mais longe e acrescento a esses eventos lamentáveis que você citou o extermínio de 20 milhões de seres humanos na URSS, 60 milhões da China de Mao, 2 milhões do Camboja, 2 milhões da CN, 2 milhões do Vietnã…
Tem também o genocídio de milhões de povos nativos americanos, o genocídio dos armênios, indianos e por aí vai…
Concordo! Todos lamentáveis.
Apesar de considerar que no caso do genocídio dos povos nativos americanos (do norte e do sul) foi um choque civilizacional que durou 400 anos e que tem relação diferente com os genocídios clássicos.
Nós mesmos, brasileiros, estamos tranquilamente sentados em nossas poltronas em lugar que antes devia haver uma oca enquanto nos mostramos indignados com os fatos que nos trouxeram até esse lugar onde estamos agora, digitando para a Trilogia, hipócritas que somos.
Genocídio é genocídio, simples assim, portanto, não existe essa de “genocídio clássico”. Tentar relativizar isso só para tentar amenizar o erro dos EUA é um completo equívoco ou mesmo falta de caráter. No mais, concordo que todos somos hipócritas, é da natureza humana.
Maurício,
Erro dos EUA, da Inglaterra, da Espanha, de Portugal, da França, da Holanda…
Na verdade, a imensa maioria das nações do mundo estão assentadas em território que antes pertencia a outros povos “nativos” que não raro foram expulsos ou exterminados.
Tentar relativizar isso e demonizar exclusivamente o processo civilizatório e “colonizatório” dos EUA a mim parece uma falta de caráter.
Os israelitas persistiram e conseguiram voltar para as terras originárias após uma diáspora de 2000 anos.
Quem sabe ainda veremos os descendentes de europeus e africanos serem expulsos da América do Norte e lá retorne para as mãos dos índios americanos remanescentes.
Tenha fé!
“Tenha fé!”
Bosco, só uma dúvida, você não é ateu? Estranho um ateu falando em fé, mas tudo bem… E desde quando eu falei apenas dos EUA? Veja que eu falei da índia também, que no caso, é culpa dos ingleses, falei dos armênios, que é culpa dos turcos. Só um detalhe sobre Israel, ele não voltou apenas por fé ou por sua persistência, teve que ter todo um jogo político e de interesses por parte de vários países, embora alguns acreditem que Israel seja uma “terra santa”, nem eu que sou cristão acredito nisso, acho que você, como ateu, também não.
Não sou ateu não. Já fui.
Depois virei agnóstico.
Não sou mais. Hoje sou “deísta”. Acredito no princípio do “design inteligente”.
Acredito que o Universo foi criado por um ser inteligente , eterno, infinito, com um propósito , que foge ao meu conhecimento.
Não acredito na teoria do Big Bang, na hipótese de Oparin/Haldane, na Teoria da Evolução das Espécies e em mais alguns outros “dogmas” científicos.
Simpatizo com o Budismo.
Mas venho evoluindo. Tenho lido muito sobre o judaísmo. É bem diferente do que imaginava e é muito interessante.
Converso com o Criador todos os dias. Sempre grato pela oportunidade de existir.
Tenho dúvidas se persiste um “eu” pessoal após a morte do corpo mas acho que a vida é mais que apenas reações químicas.
Ah! Só pra constar: acredito que a Terra é redonda.
Bosco, parabéns por acreditar em Deus, eu sou Adventista do Sétimo Dia, embora eu esteja passando por um momento de revolta com Deus por não entender e aceitar certas coisas, ando meio afastado, eu não acredito que quem é cristão vai ser salvo só por ser cristão e acreditar em Deus. No mais, quando se refere aos EUA, eu e você temos pensamentos que nunca vão se encontrar, mas faz parte. Já disse que eu não tenho nada contra você, só da sua defesa ferrenha dos EUA como nação, que na verdade eu considero como dois países, o livre da política interna, mas também o da política externa, que invade, mata e saqueia riquezas de outros países, e que possui aliados onde um simples ato de orar pode colocar você crucificado em praça pública. Bem, vou encerrando esse debate por aqui, porque só pra “variar” estou saindo do tema da matéria.
Maurício,
Respeito muito sua religião. Acompanho muitos pregadores adventistas no YT , mas infelizmente (ou felizmente???rsss) não recebi a graça de crer.
*De acordo com os calvinistas já estou condenado ao tormento eterno.
Quanto à sua percepção de que faço uma “defesa ferrenha” dos EUA é por conta de que há indivíduos (e grupos de pessoas) que invariavelmente fazem um ataque ferrenho a esse país (e ao Ocidente como um todo) e relativizam outros países com ações tão ou mais reprováveis e eu vejo nisso um método com objetivos insuspeitos (talvez seja paranoia minha) e não uma reação normal de humanitarismo ou uma demonstração natural de empatia com os povos oprimidos.
A toda ação corresponde uma reação de força igual e sentido contrário.
Houvesse uma discussão arrazoada sobre cada país no cenário mundial, apartado de ideologias, que não fosse de caráter maniqueísta , levando em conta o contexto histórico e a falibilidade humana e eu não teria a percepção que tenho de muitos e estes não teriam a percepção que têm de mim.
Bom domingo!
Sobre processos de ocupação territorial que eu denominei impropriamente de “processo colonizatório” (querendo fazer referência ao processo de ocupação de um território por colonos e não ao processo de um país transformar outro país soberano em colônia pelo uso da força) você parece se incomodar só com o processo ocorrido na América do Norte.
Em referência à colonização, sim, você citou a Índia.
A regra é clara! Se pode no Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria e Palestina, então pode também na Ucrânia!
Quando escrevem isso, significa que a opinião contrária a guerra na Síria, Líbia, Afeganistão e Palestina nunca foi humanitária.
Mas, dentro dessa visão de Xico e Francisco, qual guerra é pior pro contexto geral da humanidade?
Qual vale e qual não vale?
As guerras q citou são regionais com potencial regional.
A guerra da Ucrânia é regional, com potencial nuclear, ou seja, de consequências mundiais.
Aí fica outra questão, é torcida ou é análise?
Conflitos no Oriente Médio quase sempre envolvem Israel, que é potência nuclear. Entāo também têm potencialmente consequências mundiais.
Isso sem falar que ambas guerras mundiais começaram por causa de conflitos regionais.
Só um adendo as bombas de napalm despejadas no Vietnã mataram mais que os dois Nucks sobre o Japão.
Dois erros fazem um acerto?
E isso pôde na ww2, tanto por potencias do Eixo, como pelos aliados… bombardeio de Dresden foi algo criminoso
O número é muito maior que esse… até porque tem áreas que estão ocupadas pelas russia em que vários civis morreram… a verdade é que o número real jamais saberemos!
Deveriam considerar além das baixas civis de 2014 a 2022 as “baixas” decorrente do genocídio conhecido como “Holodomor/’ que chega a cerca de 10 milhões de ucranianos.