Exército dos EUA concede contrato de US$ 72,5 milhões de pesquisa e desenvolvimento de munições guiadas de precisão à BAE Systems
A parceria visa a avançar as capacidades de fogo de longo alcance para derrotar alvos fixos e móveis em ambientes desafiadores
FALLS CHURCH, Va. — 22 de maio de 2023 — O Exército dos EUA firmou um contrato de US$ 72,5 milhões com a BAE Systems para pesquisa e desenvolvimento de munições guiadas de precisão. O contrato, concedido pelo Centro de Armamentos do Comando de Desenvolvimento de Capacidades de Combate do Exército dos EUA (DEVCOM AC), terá uma duração de três anos e tem como objetivo impulsionar os esforços de modernização do fogo de precisão de longo alcance do Exército.
Brent Butcher, Vice-Presidente e Gerente Geral de Sistemas de Armas da BAE Systems, expressou entusiasmo com a parceria estabelecida com o DEVCOM AC e destacou a importância de desenvolver uma capacidade de fogos de longo alcance altamente manobrável, capaz de enfrentar alvos de alto valor no campo de batalha.
Ao longo dos últimos anos, a BAE Systems tem investido no desenvolvimento de munições de alcance ultralongo e hipervelocidade. Nesse contrato, a empresa trabalhará em colaboração com o DEVCOM AC para aprimorar ainda mais a performance das munições de canhão de precisão, permitindo que elas derrotem alvos fixos e móveis em ambientes com sinal de GPS degradado ou inexistente, com um alcance duas vezes maior do que as munições guiadas de precisão (PGMs) lançadas por canhões atualmente em uso.
Já em 2021, a BAE Systems recebeu um contrato de US$ 16 milhões para desenvolver e demonstrar a eficácia das PGMs contra alvos terrestres de longo alcance.
DIVULGAÇÃO: BAE Systems / MSL Group
É Estados Unidos.
Rena, rema, rema que a Rússia está muito a sua frente neste campo.
Então tem de avisar para os soldados que estão na Ucrânia que eles tem de apertar o botão hiperphodastico de suas armas.
Nem deve ter percebido que são munições para canhões…
Primeiro leia a notícia, depois escreva asneiras em referência a notícia.
O novo obuseiro de 58 calibres que está sendo introduzido no USA permitirá atingir alvos a 70/80 km utilizando as munições guiadas Excalibur (base bleed) e XM1113 (RAP), 120 km com a munição subcalibrada XM1155 e 150/180 km com a munição “ramjet” de foguete sólido.
Bosco, com este alcance estendido, os projéteis não ficam mais, digamos, expostos ao vento (por exemplo), fazendo com que aumente o CEP?
Jag,
Mas todos são guiados e capazes de corrigir essas perturbações externas.
Até mesmo o XM1113 que é assistido por foguete recebe um kit na ponta (no lugar da espoleta de proximidade), de baixo custo, que o faz ser guiado por GPS. É denominado de PGK (kit guiado de precisão) e que ainda mantém a função de espoleta de proximidade.
Um projétil de 155 mm sem guiamento tem um CEP de 250 metros , já com o PGK reduz para menos de 30 metros , não sendo raro conseguir menos de 10 metros.
Esse kit, utilizado há mais de 10 anos, tem o potencial de fazer todo o estoque de munição de 155 mm da OTAN virar arma de alta precisão do mesmo jeito que os kits Paveway e JDAM fizeram com as bombas burras.
O que é de fato complicado é atingir alvos em movimento nessas distâncias.
Mesmo que tenha um seeker terminal como é dito nesse artigo ainda assim um disparo a 100 km pode permitir um veículo alvo se afastar uns 3 km (ou mais) do ponto em que estava quando o projétil foi disparado.
Isso só poderia ser resolvido se houver uma conexão via data-link de uma plataforma ISR (drone, satélite, equipe no solo) com o projétil porque só o seeker do projétil não teria capacidade de varrer uma área tão grande e mesmo que tenha, não saberia qual alvo foi selecionado.
A capacidade reconhecimento em tempo real em profundidade dentro do território inimigo é vital para que armas de longo alcance contra alvos táticos e sensíveis ao tempo, funcione.
Por isso não adianta muito os americanos correrem com seus mísseis hipersônicos que serão utilizados contra alvos de tempo crítico no coração do território inimigo já que hoje os EUA não tem capacidade de reconhecimento profundo pra fazer a kill chain funcionar a contendo.
Os americanos estão em fase de migrar a maior parte de suas plataformas de ISR para o espaço mas isso ainda levará duas décadas.
Do que adianta ter um míssil como o CPS com 4000 km de alcance e velocidade de Mach 17 capaz de atingir um lançador de DF-26B no interior da China se você não sabe onde o lançador está e como está num determinado momento?
Todo engajamento de longo alcance contra alvos móveis (em movimento ou relocáveis) exige uma complexa kill chain e que fica mais complexa quanto mais dentro do território inimigo se encontram os alvos.
E a kill chain se torna progressivamente mais complexa na medida em que o alvo é mais protegido, sendo o alvo mais protegido da Terra um CSG da USN.
Excelente explicação.
Correção: um projétil de 155 mm sem guiamento a 30 km tem um CEP de 250 metros…
250 m é muito mesmo.
As novas capacidades do US Army que estão sendo introduzidas são bem interessantes:
Os novos GMLRS-ER terão alcance de 150/180 km
O PrSM atinge alvos a 650 km
O SM-6 atinge alvos na superfície (inclusive navios) 470 km
O Tomahawk V lançado de terra atinge alvos (inclusive navios) a 1800 km
O Dark Eagle (LRHW) atingirá alvos a mais de 4000 km
O SM-6 Block IB deverá permitir atingir alvos na superfície a 1000 km
O Op-Fires terá alcance de 1800/2000 km
O PrSM Block IV ER terá alcance na faixa de 1200/1500 km.
A Raytheon deve ser a empresa que tem os funcionários mais assediados pelo exército chinês (propina). Com 1 empresa o EUA consegue dar conta de se defender e conquistar a China, impressionante.
M4 e Teropode,
Interessante a solução que vão dar para um seeker terminal autônomo contra alvos móveis nesse tipo de projétil subcalibrado que tem o bico muito fino.
Pela lógica seria um radar milimétrico mas esse tipo de seeker exige uma antena de certo diâmetro.
O seeker radar ativo de menor diâmetro foi utilizado no projétil Merlin, lançado por morteiro de 81 mm da década de 90 mas que não entrou em produção em larga escala.